Ellen G. White escreveu: “Os pais devem considerar que estão em lugar de Deus para com os filhos, a fim de incentivar todo princípio correto e reprimir todo mau pensamento” (Orientação da Criança, p. 335 [480]). Com base nesse texto, podemos dizer que a relação que a criança constrói com os pais durante a infância influencia sua relação com Deus na adolescência e na vida adulta.
Em nossa sociedade, parece que o papel dos pais tem sido esvaziado, sobretudo no aspecto da autoridade. Em muitas famílias, os pais obedecem aos filhos, e não o contrário. Por isso, tem se tornado cada vez mais comum vermos filhos autossuficientes que não levam em consideração a vontade dos pais. Como consequência, esse relacionamento anormal tem levado muitos a enxergar Deus de forma distorcida.
A história de Hofni e Fineias nos lembra que o sentimento de autossuficiência dos filhos não é um problema novo. Ambos sabiam exatamente o que Deus esperava deles, mas, ainda assim, preferiram ignorar as orientações divinas. Mesmo sendo sacerdotes, eles achavam que poderiam fazer o que bem entendessem com as coisas sagradas. Essa postura foi fruto de uma educação permissiva. Deus perguntou a Eli: “Por que você honra os seus filhos mais do que a Mim, deixando-os engordar com as melhores partes de todas as ofertas feitas por Israel, o Meu povo?” (1Sm 2:29).
Infelizmente, os que se acostumam com pais fracos veem Deus como fraco e permissivo. Pensam que Ele passa por alto os erros que cometem. Pessoas assim não querem um Senhor. Desejam um benfeitor permissivo, como seus pais.
Pense em como tem sido sua relação com Deus. Depois, reflita sobre sua relação com seus pais. Provavelmente, você encontrará paralelos positivos e negativos. Se seus pais foram permissivos, e hoje você tem dificuldade de lidar com a autoridade do Pai celestial, seja humilde e peça a Ele que transforme seu coração. Obedecer a Deus é uma bênção!