No texto de hoje, vemos que o título de maior homem da história pertence a João Batista. Contudo, sua grandeza não é do tipo que se mede com fita métrica. A estatura de João não era de impressionar, mas havia algo que o fez ser “o maior”.
João foi o grande influencer de sua geração. Ele não lotava teatros, templos nem auditórios. Seu palco estava na aridez do deserto. Mesmo sem disponibilizar assentos confortáveis e sem um ambiente climatizado, ele atraía milhares de seguidores. Mas sua grandeza não estava nisso.
Seu nascimento miraculoso foi predito por um anjo, o que o torna parte de um seleto grupo de crianças prestigiadas pelo Céu. Ele era descendente de uma linhagem sacerdotal e primo de Jesus. João chegou a ser comparado a grandes profetas como Elias e Jeremias. Contudo, nada disso definia sua grandeza.
João era um forte candidato ao título de Messias. Sua ousadia, coragem, seu carisma e sua influência fizeram com que muitos pensassem que ele fosse o Messias aguardado. Entretanto, ao ser indagado sobre esse assunto, ele respondeu categoricamente: “Não sou eu.” A dúvida ainda pairava no ar: Quem ele seria, então?
É o próprio João quem responde a essa pergunta: “Eu sou ‘a voz que clama no deserto’” (Jo 1:23). Curiosamente, nesse mesmo capítulo, Jesus é identificado como sendo aquele que é a Palavra (Jo 1:1-3). Mas João se define como a voz. A voz e a palavra estão intimamente ligadas. Entretanto, a palavra não precisa da voz para ter sentido. Em contrapartida, a palavra dá sentido à voz. De fato, voz sem palavra é um grunhido. Assim como a voz encontra seu propósito na palavra, o propósito de João dependia completamente de Cristo. Sua própria existência estava intimamente ligada à de Jesus.
Assim, João foi o maior homem que já existiu, não por seu histórico ou por seus atributos, mas porque sua vida foi dedicada a anunciar a vinda do Messias. Se você quiser ser grande, lembre-se de que sua existência só encontra sentido em Cristo, assim como a voz só tem sentido quando está a serviço da palavra.