Muitos cristãos compreenderam a expressão “fogo eterno” de maneira equivocada, crendo na existência do inferno como um local em que os perdidos são atormentados eternamente após a morte por um fogo inextinguível. Uma leitura cuidadosa do versículo de hoje nos permite compreender a real natureza do fogo eterno.

Sodoma, Gomorra e as demais cidades destruídas são um exemplo da ação do fogo eterno. Elas foram consumidas até se tornarem cinzas, e o mesmo acontecerá com aqueles que forem queimados por esse fogo.

A palavra hebraica olam e o termo grego ai?nios, traduzidos para o português como “eterno” ou “perpétuo”, têm um significado temporal restrito à duração do objeto. Para Jonas, por exemplo, o “para sempre” no interior do grande peixe durou apenas três dias (Jn 2:6). Paulo, seguindo essa lógica, recomendou que Filemom recebesse Onésimo “para sempre” (ai?nios; Fm 15), ou seja, enquanto vivesse.

Em Sodoma e Gomorra, o fogo eterno durou até a total incineração das cidades. Desse modo, a expressão descreve uma chama impossível de se apagar; ou seja, enquanto houver matéria, ela queimará.

Depois do milênio, esse fogo durará até que os ímpios sejam totalmente consumidos (Ap 20:9). Não haverá um incêndio eterno, como alguns acreditam. Isso seria uma distorção do caráter amoroso de Deus. Também é ilógico pensar que esse fogo queimará perpetuamente sobre a face da Terra, porque a Bíblia diz que, após ser purificado, nosso planeta será renovado, e os salvos morarão nele (Ap 21:1-4).

Deus não tem prazer na destruição do ímpio. Ele deseja salvá-lo. Por isso, quando Ele aplicar Sua punição, ela cumprirá o propósito para o qual foi destinada e terminará. A destruição do pecado será um ato de libertação do Universo da presença do mal.

Hoje e sempre, afaste-se do pecado e se apegue a Jesus.