Já assisti a muitas apresentações ou sermões em que o orador parecia não chegar ao ponto. Eu suspirava e me perguntava: Qual é o sentido disso? Ou: Será que algum dia ele chegará ao ponto? Não me entenda mal, eu gosto das histórias engraçadas, das citações intelectuais, das distrações no palco e do vocabulário eloquente, mas, sério: “Qual é o sentido?” Minha capacidade de atenção não é mais a que costumava ser.
Você já frequentou fielmente a igreja, mas no fundo está se perguntando: Qual é o sentido? Sua condição espiritual a levou a se perguntar isso. Talvez você não esteja vendo os resultados que ir à igreja e ser obediente deveriam produzir: paz, alegria, poder e vitória sobre o pecado. Mas quando você olha para si mesma, há apenas um vazio, um desejo enfraquecido de realizar aquilo que esperam de você e um ressentimento, uma rebelião crescente. Quer admitamos ou não, muitas de nós estamos nessa condição, por vários motivos. Então, qual é o sentido? “Perdemos o sentido.”
Quando meus filhos eram bebês, as pessoas queriam segurá-los no colo. As coisas corriam bem por um tempo, mas então o bebê começava a olhar em volta, a ficar inquieto e a emitir sons que logo o levavam a chorar. Você sabia o que estava acontecendo: seu bebê queria você. Quando você estendia a mão para pegar seu bebê, a pessoa gentilmente lhe dizia:
– Eu cuido disso. Sei como lidar com bebês.
A ignorância bem-intencionada ou o orgulho teimoso faziam com que elas não quisessem devolver seu bebê. Por fim, quando seu instinto de mãe leoa apertava o botão do “chega”, você pegava seu bebê de volta. Aquele adorável bebê soltava um gritinho de alegria e dava um sorriso que valia mais que cinco milhões de palavras.
O sentido é: Deus é nosso Pai, somos Suas filhas e precisamos Dele. É bom que as igrejas, e até mesmo as pessoas, queiram nos abraçar, nos entreter, nos proteger e tentar satisfazer todas as nossas necessidades, mas elas nunca devem se esquecer de que precisam fazer como nosso Pai, mas que não são nossos pais. Toda a inquietação, os gritos de descontentamento, as reclamações, e as lágrimas de desespero são provavelmente um sinal de que queremos e precisamos desesperadamente do nosso Pai. Nossa necessidade mais profunda só Deus pode suprir por meio de
Jesus Cristo, nosso Senhor. Se quisermos ver uma mudança completa em nossa caminhada espiritual, devemos voltar para o que faz sentido (ver Fp 4:19; 1Co 1:30).
Sharon Pergerson