A morte, o corpo e o luto sempre foram tratados por meio de rituais. Estes, por sua vez, são uma forma de dar expressão às crenças acerca da morte. Seriam essas manifestações um adeus eterno?
O Dia dos Mortos é conhecido desde a Idade Média como o “Dia de Todas as Almas”, sucedendo o “Dia de Todos os Santos”, que é comemorado em 1o de novembro. Mas foi apenas a partir de 2002 que o Dia de Finados foi oficializado como feriado nacional.
Você sabia que esse dia tem tudo a ver com uma piscada de olhos? Vou explicar. Nossos olhos piscam para proteger, lubrificar e limpar o globo ocular. Esse movimento é controlado pelo sistema nervoso autônomo, portanto, acontece sem percebermos, assim como as batidas do coração
ou o ato de respirar.
Cada piscadela dura cinquenta milésimos de segundo. Considerando que piscamos 24 vezes por minuto, isso quer dizer que, nesse mesmo espaço de tempo, nossos olhos ficam 1,2 segundo sem enxergar a luz. Assim, alguém de 70 anos deu piscadas suficientes para permanecer 21 dias
“cego”. É claro, isso sem contar o período em que passou dormindo!
Agora vem a ligação com a morte: uma piscadela ou cinquenta milésimos de segundo será o tempo que durará “mentalmente” o sono dos mortos. Segundo a Bíblia, tanto faz ter morrido milhares de anos antes da volta de Cristo ou perto desse evento. Para os que vão ressuscitar, o tempo de espera parecerá o mesmo: um instante que durará um “abrir e fechar de olhos”. Isso quer dizer que os que dormiram no Senhor não estão sentindo o tempo passar. Eles estão no “pó da terra” (Gn 3:19), em um estado de total inconsciência, livres de toda dor (Ec 9:5). Quando o Arcanjo tocar a trombeta de Deus, os que morreram em Cristo ressuscitarão transformados (1Ts 4:16).
Se você perdeu um ente querido, lembre-se da promessa de Deus. A separação não será para sempre. Apenas uma piscada de olhos e estaremos juntos novamente. Console hoje os enlutados e diga-lhes com carinho que Deus trará de volta aqueles que a morte levou.