Todos nós nascemos predispostos aos relacionamentos. Nossa fisiologia demonstra isso. Afinal, o que somos senão o resultado da união de dois seres humanos, pai e mãe, que se relacionaram?
Eu sei que a solitude também é uma necessidade. O teólogo Paul Tillich associou o termo à “glória de estar consigo mesmo”. Na solitude, ou no isolamento voluntário, conseguimos entrar em contato com nosso mundo interior e organizar nossos pensamentos e emoções.
Contudo, esse é um exercício que precisamos realizar por um breve espaço de tempo. Na maior parte de nossa existência, necessitamos de relacionamentos interpessoais, caso contrário, a solitude evolui para a solidão, que é a miséria do ser.
Nesse sentido, é notório que temos não apenas a necessidade de relacionamento com nossos semelhantes, mas também com os animais, as plantas e a natureza em geral. E, acima de tudo, precisamos de um relacionamento com Deus. Nossa alma grita quando não comungamos com o Altíssimo. Por isso, a sociedade está repleta de multidões buscando na fama, no dinheiro, no sexo e em outros prazeres uma desesperada forma de preencher o vazio existencial que só Deus é capaz de suprir. Agem como crianças, supondo que um balde de água é suficiente para encher o fosso dos oceanos.
A atitude do ser humano de questionar naturalmente sobre o mundo e a realidade ao seu redor mostra sua abertura para algo maior, que em teologia chamamos de transcendência. Ela se refere ao constante sentimento de que existe uma realidade maior do que tudo que vemos, tocamos e ouvimos. Nosso olhar contempla o horizonte, mas nossa intuição nos diz que existe algo além dele, que atravessa e ultrapassa o limite contemplado. É algo que está lá fora e, ao mesmo tempo, sussurra em nossa consciência.
Convido você hoje a ouvir a voz do Espírito Santo falando ao seu coração. Ele quer nos conduzir para o verdadeiro significado da vida. Dê uma chance a Ele. Ouça agora mesmo a voz de Deus.