Por que, nos tempos antigos, algumas pessoas se curvavam diante de uma estátua de madeira ou de um ídolo de metal? Simplesmente, não entendo. Elas achavam que o objeto representava um espírito que podia ajudá-las: “Ó Baal, responde-nos!” Elas queriam algo real, visível, em que pudessem confiar e a quem dirigir suas súplicas. Mas não tinham nenhuma prova de que aquele deus existisse, portanto, aquilo tudo era em vão.
Contraste isso com a visão de Apocalipse 4 e 5. O apóstolo João descreve sua visita à sala do trono do Deus verdadeiro. Suas limitações o impediram de descrever as cenas com exatidão, mas, inspirado pelo Espírito Santo, o idoso apóstolo fez o que pôde.
Em comparação com outras partes do Apocalipse esses capítulos não envolvem muita ação, nem parecem fazer parte de uma narrativa movimentada. Mas eles nos dão um vislumbre fantástico do que significa estar na presença do Senhor. Precisamos refletir profundamente no que Deus nos revela de Si mesmo e de Seu Filho Jesus no recinto do trono celestial, lugar em que a Divindade está trabalhando em favor da humanidade.
Tente imaginar a cena da ascensão do Salvador descrita em Atos 1:9-11. Jesus foi subindo da Terra, atravessou o espaço sideral e voltou para o Céu. Apocalipse 5:6 em diante, menciona o trono celestial, o Cordeiro de Deus e toda glória que envolve esse local sagrado. Esses versos também descrevem detalhes do que ocorre lá.
Entre as coisas a ser examinadas nesses capítulos, estão os 24 anciãos e os quatro seres viventes sentados ao redor do trono. Quem são os quatro seres viventes? Eles estão na presença de Deus e O louvam constantemente. Por que fazem isso? O que significam seus louvores? O que simboliza o arco-íris semelhante à esmeralda sobre o trono? Há também um livro que ninguém podia abrir, o que é esse livro? Por que ele está selado com sete selos? O que acontece quando o cordeiro o abre?
O livro de Hebreus menciona (Hb 1:1-3) que Deus falou a nós pelos profetas e pelo Filho. Mas Apocalipse 4 e 5 nos mostram mais do que uma mensagem. Esses capítulos nos apresentam mais detalhadamente a santidade do Pai e do Filho no ambiente celestial, e o que Eles estão fazendo hoje em favor da humanidade. Por isso, eles merecem nossa adoração.
Tim Lale › Bowie, MD, EUA
1. Apocalipse 4:1-8, Ezequiel 1:26-28 e Apocalipse 5:11-14 descrevem a sala do trono celestial. O que esses versos ensinam sobre a natureza da sala do trono celestial?
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2. Leia Apocalipse 4:8-11; 5:9-14. O que é revelado sobre a verdadeira adoração nessas passagens? No capítulo 4, por que o Senhor Deus é digno de adoração e, em Apocalipse 5:9-14, por que o Cordeiro é digno?
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O capítulo 4 do Apocalipse apresenta uma descrição geral da sala do trono no templo celestial e da adoração que ocorre repetidamente ali. Enquanto a adoração no capítulo 4 exalta o poder criador de Deus, o capítulo 5 celebra a redenção provida pelo Cordeiro que foi morto.
Os capítulos 1-3 do Apocalipse não apresentam dificuldade de compreensão. No entanto, quando chegamos ao capítulo 4, talvez a palavra que venha à mente seja “estranho”. Nele, lemos sobre um Ser semelhante a jaspe e sardônico sentado em Seu trono, vinte e quatro anciãos sentados em tronos ao Seu redor, quatro criaturas viventes cobertas de olhos...!
O que mais me fascina ao ler esse capítulo são os vinte e quatro anciãos (Ap 4:4). Não são semelhantes a pedras preciosas nem características fora do comum. Eles usam vestes brancas, têm coroas de ouro e louvam ao Cordeiro. Quem são esses anciãos? O que eles representam?
A Bíblia e a tradição judaica fazem referência a seres humanos como anciãos. Os 24 anciãos se assentam em tronos, o que sugere que compartilhem ao lado do trono de Deus. As vestes brancas dos anciãos e as coroas de vitória representam justos salvos e os santos que também irão recebê-las (ver Ap 3:4, 5; Tg 1:12). Todas essas evidências sugerem que os vinte e quatro anciãos não sejam anjos, mas seres humanos resgatados da Terra. Eles representam as primícias dos salvos que ressuscitaram e subiram com Cristo após Sua morte e ressurreição (Mt 27:50-53).
O número de anciãos também é simbólico. Os 24 anciãos se unem aos quatro seres viventes e à hoste celestial na adoração a Deus. Lançam suas coroas de vitória aos Seus pés. No capítulo 5, o louvor deles se estende a Jesus como o Único que é digno de abrir o livro como Salvador da humanidade pecadora.
Quantas das coisas que fazemos rendem glória Àquele que nos trouxe à existência e que deu Sua vida para nos salvar? Pense em quem, realmente, Deus é para você, e renda-se ajoelhado diante Dele em adoração.
Chelsy Tyler › Westminster, MD, EUA
3. Apocalipse 4:6-8 também menciona os quatro seres viventes. Compare sua descrição com os quatro seres viventes em Ezequiel 1:5-14, 10:20-22, e com os serafins em Isaías 6:2, 3. O que aprendemos com essa comparação?
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Os quatro seres viventes simbolizam os seres exaltados que servem a Deus como Seus agentes e guardiões de Seu trono (Sl 99:1). Suas asas indicam simbolicamente sua rapidez na execução das ordens de Deus, e seus olhos apontam para sua inteligência. Sua presença, juntamente com os 24 anciãos e as miríades de anjos ao redor do trono (Ap 5:11), revela que, tanto o Céu quanto a Terra estão representados na sala do trono.
Lampejos da magnificente glória divina, no Céu, são revelados em Apocalipse 4 e 5. João teve um vislumbre do trono de Deus e do Cordeiro ao Seu lado. Ali, Cristo foi recebido após Seu sacrifício na Terra. Contemplamos assombrados as cenas descritas, enquanto os seres que estão ao redor do trono, aguardam com ansiosa expectativa o desfecho do plano da redenção.
Onde foi que já vi isso? (Hb 4:14-16). Obviamente, Jesus não é um filho pródigo que retornou à casa do Pai. No entanto, Seu retorno ao Céu, após Sua vitoriosa odisseia terrena, foi marcado por uma grande cerimônia. Foi o início de Seu ministério celestial, em que Ele Se tornou nosso Mediador por meio da graça redentora (Hb 4:14-16). Nenhum cordeiro mais seria morto em favor dos pecadores. O Cordeiro de Deus havia sido sacrificado uma vez por todas!
As cenas reveladas em Apocalipse 4 e 5 estão repletas de imagens extraídas do santuário. Esses capítulos também têm semelhança com a inauguração do templo de Salomão (1Rs 8:62-66). Outra clara alusão ao ritual do santuário terrestre se encontra em Apocalipse 4:6-8. As quatro criaturas viventes mencionadas encontram paralelo em 1 Reis 6:23-28.
E quanto aos 24 anciãos? A maioria dos comentaristas bíblicos acredita que eles representem os que ressuscitaram com Jesus (ver Mt 27:52, 53; Ef 4:8). Também, no Antigo Testamento, encontramos relatos de que havia 24 turnos de sacerdotes (1Cr 24:1-19). Os 24 anciãos celestiais, número simbólico, têm participação significativa na adoração a Deus e ao Cordeiro (Ap 4:9-11). João os descreve caindo de joelhos, lançando sua coroa aos pés de Jesus e cantando louvores ao grande Sumo Sacerdote!
No centro, ao redor do trono celestial, há também quatro seres viventes (Ap 4:6-9). Eles se parecem com os seres descritos em Ezequiel 1:5-26. Cada um deles tem seis asas (compare com Isaías 6:2). No simbolismo bíblico, asas geralmente representam “a velocidade com que as criaturas celestiais executam suas tarefas.”1 E alguns comentaristas veem os “olhos” dessas criaturas viventes como um idiomatismo hebraico que indica brilho e que também pode significar inteligência.
As coisas mencionadas acima são apenas algumas das impressionantes semelhanças com os serviços do santuário nos escritos do Antigo Testamento. Quanto mais lemos, mais se torna evidente que tudo isso cumpre um propósito divino.
E quanto ao livro? (Ap 5:1-8). Você já teve dificuldade para abrir a tampa de um vidro que só conseguiu depois de muito esforço? Certamente, a fábrica deve ter lacrado exageradamente a tampa! Imagine, então, tentar abrir algo que foi lacrado com sete selos pelas mãos divinas! Foi isso que aconteceu com o livro mencionado em Apocalipse 5:1-8. Ninguém conseguiu romper os selos, até que o Cordeiro vitorioso foi achado digno de fazê-lo. Por que somente Jesus? Porque Ele é o único que possui as credenciais necessárias para salvar a humanidade!
“No antigo Israel, toda vez que um novo rei assumia o trono, recebia o livro da aliança.”2 Em outras palavras, como tantas outras coisas nesses capítulos, a cena do trono também está fundamentada no santuário. Aqui, o livro que precisava ser aberto representa a totalidade da história da salvação, como claramente fica demonstrado nos dois capítulos seguintes.3 É como se a abertura de cada selo introduzisse um novo estágio dessa História, em que novas cenas são retratadas.
João chorava muito (Apocalipse 4). Mas por que ele estava chorando? Porque ele tinha dedicado sua vida servindo ao Salvador e promovendo Sua causa. E, se em algum momento, ele teve dúvida se tudo aquilo tinha valido a pena, agora já não mais existia dúvida nenhuma. Desde a sangrenta cruz até o mar de vidro, João tinha visto tudo, e isso o deixou maravilhado.
É possível que aconteça o mesmo com você!
1. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 850.
2. Seth Pierce, What We Believe: Prophecies of Revelation for Teens (Nampa, ID: Pacific Press Publ. Association, 2013), p. 92.
3. Jon Paulien, The Deep Things of God (Hagerstown, MD: Review and Herald Publ. Association, 2004).
Randy Fishell › Smithsburg, MD, EUA
4. Leia Apocalipse 5:1-4. À luz de Isaías 29:11, 12, qual é o significado do livro selado e por que João chorou? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) O selamento é a colocação de um enfeite para ornamentar o livro. João chorou de alegria.
B. ( ) O selamento indica que o livro não estava aberto à compreensão. João chorou por que ninguém podia abrir o livro.
5. Leia Apocalipse 5:5-7. Por que Cristo é o único em todo o Universo digno de pegar o livro selado e abri-lo? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Porque Ele é o Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo, vencendo, assim, a morte.
B. ( ) Porque Ele é a pessoa mais importante da Trindade.
Ah, se todos pudessem contemplar o nosso Salvador como Ele realmente é: um Salvador! Que Sua mão abra o véu que oculta Sua glória de nossos olhos. Aparece Ele em Seu santo e elevado lugar. O que vemos? Nosso Salvador não está em silêncio e inatividade. Acha-Se cercado de inteligências celestiais, querubins e serafins, dezenas e dezenas de milhares de anjos.
“Todos esses seres celestiais têm um objeto de seu supremo interesse, colocado acima de todos os outros: a igreja de Deus num mundo corrupto. Todos esses exércitos estão a serviço do Príncipe do Céu, exaltando o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Estão trabalhando para Cristo, comissionados por Ele para salvar totalmente os que olham para Ele com fé. Tais agentes celestiais são velozes em sua missão, e fazem a favor de Cristo o que Herodes e Pilatos fizeram contra Ele. Unem-se numa confederação para exaltar a honra e a glória de Deus. Encontram-se unidos numa santa aliança, numa grande e sublime unidade de propósito, para mostrar o poder, a compaixão, o amor e a glória do crucificado e ressurreto Salvador.”*
O tempo estava se esgotando. As tropas aliadas se encontravam nas praias de Dunquerque, na França, e as tropas alemãs se aproximavam. Através de túneis secretos por baixo dos muros do Castelo de Dover, o vice-almirante Bertram Ramsay e sua equipe trabalhavam noite e dia numa tentativa desesperada de resgatar os soldados aliados. Em apenas dez dias e com recursos limitados, Ramsay conseguiu o impossível: o resgate de mais de 338 mil combatentes. Ele mobilizou uma frota de centenas de barcos de pesca, iates, botes salva-vidas e outras pequenas embarcações. Bertram Ramsay ficou conhecido como “O salvador de Dunquerque”.
Às vezes pode parecer que Deus abandonou este mundo à sua própria sorte, e que o diabo esteja obtendo a vitória. Mas, nos bastidores, Jesus está trabalhando incansavelmente na maior missão de resgate da história do Universo.
Catherine Robinson › Silver Spring, MD, EUA
6. Leia Apocalipse 5:8-14, Efésios 1:20-23 e Hebreus 10:12. De acordo com esses textos, o que deve nos dar grande esperança e conforto neste mundo que traz dor e desespero? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Saber que Cristo recuperou o domínio de Satanás e restaurou o que Adão havia perdido.
B. ( ) Saber que haverá uma reencarnação dos mortos.
Quando Cristo, o Cordeiro, aproxima-Se do trono, Ele pega o livro. Esse ato mostra que toda autoridade e soberania pertencem a Ele (ver Mt 28:18; Ef 1:20-22). Nesse momento, todo o Universo reconhece o legítimo governo de Cristo sobre a Terra. O que foi perdido com Adão foi recuperado com Cristo. Quando Cristo pega o livro, isso mostra que Ele tem o destino de toda a humanidade em Suas mãos.
Os seres viventes que circundam o trono do Pai proclamam que Ele é santo e digno de receber glória (Ap 4:11). O Cordeiro que foi morto abre o livro e todas as criaturas proclamam que Ele é digno de receber honra e glória para sempre (Ap 5:13). Essas cenas do livro do Apocalipse nos deixam maravilhados. Mas quando estivermos no Céu, habitando com o Senhor e com nosso Salvador, também teremos o privilégio de render honra, glória e louvor a Eles.
O inimigo espalhou a mentira de que Deus não é digno de confiança, tampouco de honra e glória. No entanto, quando proclamamos que Deus é santo, justo e digno de louvor, vindicamos Seu caráter e contradizemos a mentira do inimigo.
Como podemos vindicar o caráter de Deus perante o mundo pelo nosso testemunho?
Passando tempo diário com Ele. Você já notou que quando você passa um tempo considerável com um amigo a tendência é adotar seus costumes, seu palavreado e um pouco do seu estilo de vida? O mesmo acontece quando passamos tempo na presença de Deus.
Permitindo que Deus seja nosso Conselheiro em tudo. Desde a escolha de sua roupa até a pessoa com quem você vai se casar, busque o conselho de Deus e peça que Ele dirija tudo em sua vida. Ele nunca irá desejar nada que não seja para nosso bem (Sl 84:11, 12), portanto, podemos entregar nossa vida inteiramente em Suas mãos.
Louvando a Deus mesmo quando os planos não dão certo. Quando Deus fecha uma porta, muitas vezes, questionamos Suas intenções para conosco. É então que o inimigo vem e sussurra em nosso ouvido que Deus não é quem diz ser, e que não se pode confiar Nele.
No entanto, nossa atitude para com Ele deve ser de gratidão mesmo quando nossos planos e projetos fracassam. Talvez, Ele esteja nos livrando de um sofrimento desnecessário.
Kim Machado › Columbia, MD, EUA
Com o derramamento do Espírito Santo no Pentecostes (Atos 2:1-4), é confirmado um dos eventos mais decisivos na história do plano da salvação: a investidura de Cristo em Seu ministério como Sumo Sacerdote e Rei no santuário celestial, após Seu sacrifício na cruz do Calvário.
7. Leia Atos 2:32-36 e João 7:39. Que esperança e encorajamento encontramos no fato de Jesus estar no Céu como nosso Sacerdote e Rei?
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“A ascensão de Cristo ao Céu foi, para Seus seguidores, um sinal de que estavam para receber a bênção prometida. [...]” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 38, 39).
Lembre-se de que a vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram o fôlego!” Essa citação tem sido atribuída a muitos autores. Ela faz vibrar uma corda em meu coração. Esses momentos de assombro, admiração e alegria, são experiências que nos pegam de surpresa e deixam marcas indeléveis em nossas recordações.
Viajar é uma boa maneira de conhecer pessoas e lugares ao redor do mundo ou em nosso país. Isso me deixa maravilhada! Já visitei grandes salas de concertos, catedrais, museus, edifícios governamentais e estruturas ecléticas em vários países. Na natureza, montanhas e cachoeiras, em particular, me chamam a atenção. Pessoas e culturas também me fascinam, e muitas vezes fico ansiosa para interagir com elas e aprender sobre elas.
Há tanta beleza neste mundo! Mas aprendi que isso é apenas uma amostra da verdadeira beleza do Universo.
Quando penso “na sala” do trono de Deus, descrita em Apocalipse 4, fico verdadeiramente sem palavras. Não há nada na Terra, seja em meio à natureza ou feito pela mão do homem, que se compare à majestade, à glória e à maravilha desse lugar celestial.
Um trono de pedras preciosas, um arco-íris de esmeralda, pessoas com vestes fora do comum, seres impressionantes, música divinal e, é claro, a presença de Deus, o Pai e do Cordeiro, Jesus.
Pleno de amor e graça, o Senhor nos revela por meio de Sua Palavra que considera os seres humanos a obra prima de Sua criação. Deus nos ama e fez tudo o que estava em Seu poder para restaurar Sua preciosa criação ao oferecer Seu único Filho.
Por causa de Jesus, do Seu sacrifício e da Sua vitória, eu e todos que O invocarem como Redentor podemos ter a certeza de que um dia estaremos junto com Ele, no Céu.
Juliana Baioni › Rockville, MD, USA