Copie Neemias 2:10-20 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Neemias 2:16-18. Você também pode reescrever as passagens com suas palavras ou fazer um esboço do capítulo.
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1. O que Esdras 7:10 revela sobre esse líder? Como ele poderia ter “preparado” ou “disposto” seu coração para buscar “a Lei do SENHOR” e cumpri-la?
A palavra hebraica para “preparado” ou “disposto” é kun. Ela pode ser traduzida como “preparado, decidido, firmado, estabelecido firmemente, mantido estável ou fixo”. Portanto, o verdadeiro significado dessa declaração é que Esdras “dispôs firmemente em seu coração” ou “decidiu em seu coração” buscar a Deus.
2. Por que Neemias foi escolhido? Ne 1:1-11. Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Porque ele era muito rico.
B. ( ) Por causa de seu amor a Deus e compaixão pelo povo.
Depois de três dias da sua chegada a Jerusalém, Neemias, de maneira discreta, saiu à noite e andou pela cidade para examinar o estado em que ela se encontrava. Com certeza, muitas questões lhe sobrevieram à mente: Como conseguir o apoio do povo? Como administrar sabiamente os recursos? Como lidar com os obstáculos? Contudo, o grande líder não desanimou.
Em vez de ficar esperando informações de segunda mão, ouvindo comentários negativos e dependendo de boatos e opiniões, Neemias foi pessoalmente verificar a situação.
Ele não contou a ninguém sobre suas vigílias da noite. Ninguém sabia disso, exceto, alguns homens de confiança que o acompanharam. O povo em geral, os sacerdotes, os nobres, os oficiais, e outros, não souberam o que ele estava fazendo (Ne 2:12, 16).
Possivelmente a responsabilidade em fazer o melhor para honrar a Deus e pelo bem-estar de Jerusalém o deixou tão preocupado que ele não conseguiu dormir. Ele também precisou guardar segredo sobre suas observações e conclusões até o momento apropriado de contar aos líderes e ao povo. Qualquer que tenha sido o caso, fica claro que suas intenções não se tornaram públicas. Sua atitude sábia impediu que os inimigos soubessem do plano e se unissem para prejudicar o início das obras.
Há dois estilos de liderança. Um é concentrado no projeto a ser executado, o outro, nas pessoas. O primeiro é centrado em planos, prazos, tarefas e objetivos. O segundo em relacionamentos, equipes e na motivação dos envolvidos. Neemias já havia demonstrado competência em relação ao primeiro estilo de liderança. No entanto, o texto bíblico desta semana descreve uma mudança para o segundo estilo.
Em vez de ordenar: “Construam!”, Neemias usou a primeira pessoa do plural e disse: “Vamos construir” (Ne 2:17, 18). Ele procurou se identificar com o povo expressando desejo de unidade e sendo solidário à vergonha que todos estavam sentindo pela deplorável condição da cidade. Não criticou nem acusou o povo de indolência e indiferença. Em vez disso, ele motivou todos para, juntos, reconstruírem os muros de Jerusalém.
As pessoas desanimam facilmente. Por isso, Neemias encorajou o povo com palavras de motivação. Ele contou a respeito do apoio do rei e da promessa de Deus. Motivar pessoas é mais difícil do que elaborar o projeto e seu planejamento. Além disso, trabalhar com pessoas é sempre algo desafiador. Liderança não se resume a coisas teóricas ou abstratas. Há pessoas em jogo. Algumas podem reagir negativamente diante do projeto a ser realizado.
Pouco tempo depois de tornar público seu plano, Neemias começou a enfrentar oposição. Sambalate, governador de Samaria, e Tobias, governador de Amom, se uniram a Gesém, líder das tribos árabes confederadas. A primeira reação deles foi zombar da iniciativa de Neemias. A segunda reação foi de desprezo, insinuando motivos escusos na liderança de Neemias.
Dois inimigos são identificados em Neemias 2:10: Sambalate e Tobias. Mas, Neemias 2:19 menciona um terceiro personagem. O território de Sambalate ficava ao norte; o de Tobias, a leste; e o de Gesém, ao sul de Jerusalém. O trio opositor, em essência, estava dizendo que eles é quem deveriam opinar e decidir sobre Jerusalém e seu futuro.
Neemias não perdeu tempo procurando responder as acusações deles. Simplesmente clamou ao Senhor, seu benfeitor, e negou que eles tivessem algum direito sobre a região de Judá. Os que se opõem aos propósitos divinos podem até ter razões lógicas, mas o líder que se entrega à direção de Deus persevera em seus objetivos, e não se distrai com discussões improdutivas. “O Deus dos Céus fará que sejamos bem-sucedidos” (Ne 2:20), disse-lhes Neemias.
Ele demonstrou coragem ao enfrentar a oposição dos três líderes dos territórios ao seu redor. Sua coragem estava firmada na certeza de que Deus era o protetor de Jerusalém e desejava sua reconstrução. Neemias não buscou agradar pessoas. Na integridade de seu caráter e consciente de sua missão, ele se manteve na rota proposta. O líder que se coloca nas mãos de Deus não teme o fracasso, nem a perda de posição, mas confia sempre na direção e nas promessas divinas.
3. Em que ano Esdras foi chamado para o ministério? O ano em que o rei Artaxerxes emitiu um decreto. Por que esse ano é importante na profecia? Dn 9:24-27
4. Leia Daniel 8. Qual parte da visão não foi explicada? Dn 8:14, 26, 27. Assinale a alternativa correta:
A. ( ) A parte das 2.300 tardes e manhãs.
B. ( ) A identidade do carneiro e do bode.
A única parte da visão não explicada em Daniel 8 foi a visão sobre as 2.300 tardes e manhãs (às vezes traduzidas como “dias”) em Daniel 8:14. Daniel 8 contém a visão e, em seguida, uma interpretação parcial, enquanto em Daniel 9 há apenas uma interpretação. Neste caso, a interpretação da única parte não interpretada de Daniel 8, a profecia dos 2.300 dias de Daniel 8:14, a parte da visão que Daniel não havia entendido (veja Dn 8:27).
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave (Ne 2:10-20) da lição desta semana:
Provérbios 6:6-8
Provérbios 16:9
Lucas 14:28-33
Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com Neemias 2:10-20?
5. Leia Romanos 8:28, 29. Para que Deus nos chama? Para que Ele nos escolhe?
6. Leia Romanos 9. Qual tipo de eleição ou chamado de Deus é descrito nesse capítulo?
Em Romanos 9, Paulo discutiu a eleição divina para uma tarefa específica. Os israelitas haviam sido escolhidos para levar as boas-novas sobre Deus ao mundo.
Nos escritos do economista e filósofo escocês, Adam Smith, a figura de uma mão invisível é usada para descrever a interação capitalista do indivíduo com a sociedade. Quanto mais alguém trabalha, motivado por seus próprios interesses, mais a economia como um todo se beneficia. Esse é um dos princípios-chave da economia do lassez-faire, na qual as sociedades modernas em geral estão fundamentadas. Embora a complexidade da economia faça com que as causas e os efeitos pareçam ser fruto do acaso, Smith argumenta que esse modelo econômico funciona, e atribuiu isso ao conceito da mão invisível.
A complexidade da vida vai muito além da complexidade da economia. A mão divina, na verdade, pode ser usada para descrever eventos espirituais.
Neemias se referiu ao auxílio divino como sendo “a boa mão de Deus” (Ne 2:8, 18, ARA). A mão boa e poderosa do Senhor representa a providência divina operando Sua vontade em nossa vida. É preciso discernimento espiritual para perceber essas intervenções celestiais nas diversas situações da vida. A mão divina representa a onisciência e a onipotência de Deus. Embora Ele não esteja visivelmente presente em nossa vida, Sua atuação pode ser vista por meio das bênçãos incomuns que recebemos.
7. Leia Êxodo 3 e 4. O que acontece quando o Senhor chama alguém para uma tarefa?
Nossa resposta pode ser como a de Esdras e Neemias, que foram sem questionar, ou podemos ser como Moisés, que tinha objeções e desculpas. Moisés acabou indo no final, mas não sem antes tentar se livrar da tarefa. Ele se opôs a ela, alegando que não era bom o suficiente, que era um “ninguém” e que não tinha um cargo importante. No entanto, ao lermos a história de Moisés, descobrimos o líder poderoso, embora falho, que ele se tornou.
"As cartas reais para os governadores das províncias permitiram a Neemias recepção honrosa e auxílio. Nenhum inimigo ousou atrapalhar o oficial que era protegido do rei persa e tratado com consideração notável pelos líderes das províncias. A viagem de Neemias transcorreu segura.
“Entretanto, sua chegada em Jerusalém, acompanhado de uma guarda militar e revelando que viera para desempenhar uma missão importante, despertou o ciúme e ódio dos inimigos de Israel. [...]
“Neemias continuou agindo com cautela e prudência que até então tinham marcado sua conduta. Tendo sido informado de que inimigos cruéis estavam prontos para se lhe opor, ele ocultou o objetivo de sua missão [...]. Agindo assim, ele esperava se assegurar da cooperação do povo e levá-lo a trabalhar antes que seus inimigos tivessem oportunidade de despertar temores e preconceitos nos habitantes.
“Neemias havia sido honrado por Deus e grandes responsabilidades tinham sido confiadas a ele. Mas nem por isso agiu de maneira independente e autossuficiente. Ele escolheu alguns homens que sabia serem dignos de confiança e contou-lhes o que o havia trazido a Jerusalém, o que pretendia realizar e os planos que propusera seguir. O interesse deles para executar a tarefa lhe foi assegurado prontamente.
“Em sigilo, Neemias completou sua vistoria dos muros. [...] Nesse exame meticuloso ele não atraiu a atenção nem de amigos nem de inimigos, para que não se criasse uma agitação e surgissem boatos que pudessem derrotar, ou pelo menos estorvar sua obra.
“Embora Neemias estivesse desempenhando uma missão que requeria cooperação para a reconstrução dos muros da cidade, preferiu não confiar no mero exercício da autoridade. Procurou, antes, ganhar a confiança e simpatia do povo, sabendo que essa união seria indispensável para o êxito da grande obra. Ao convocar o povo, ele apresentou argumentos com conhecimento de causa para despertar as energias e unir os dispersos.
“Carecemos hoje de Neemias na igreja – não de homens capazes somente de pregar e orar, mas de homens cujas orações e sermões sejam animados e de propósito firme e sincero. [...] O êxito que acompanhou os esforços de Neemias mostra o que podem realizar a oração, a fé e a ação sábia. A fé viva impele para a ação. O povo refletirá em alto grau o espírito manifestado pelo dirigente” (Trechos selecionados do livro de Ellen G. White, Lições da Vida de Neemias, capítulos 4 e 5).
DISCUSSÃO
Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais. Perguntas sugestivas para ser discutidas:
Deus já lhe concedeu alguma experiência que você compartilhou com alguma pessoa para encorajá-la? Alguma experiência que você nunca compartilhou com ninguém?
Qual é o perigo de confiar em informações dadas por pessoas que não conhecemos a respeito de uma situação?
Quais são os princípios bíblicos de liderança para se conseguir o apoio das pessoas? E para lidar com a oposição?
Há algum muro espiritual em sua vida que precisa ser reconstruído?