Lição 11
05 a 11 de dezembro
As escolas dos profetas
Prévia da semana: Forças especiais Durante as duas guerras mundiais, a maioria dos grandes exércitos treinou seus soldados para operações de ataque surpresa por atrás das linhas de combate inimigas. Eles faziam parte das forças especiais. Em vez de usar técnicas de combate convencionais, esses soldados eram usados para sabotagem e reconhecimento. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), forças armadas de vários países têm seguido a prática e treinado combatentes especiais para missões cada vez mais complexas. Entre as principais responsabilidades desses grupos militares de elite estão operações secretas de inteligência, defesa das fronteiras, resgate de reféns e interceptação de espionagens estrangeiras. Em 2018, jogadores tailandeses de um time de futebol júnior ficaram presos na caverna Tham Luang Nang Non. A notícia correu o mundo. Um grupo de militares das forças especiais de outro país se voluntariou para resgatá-los. A operação era tremendamente arriscada. Contudo, esses homens eram treinados e obtiveram sucesso. Se o antigo Israel tivesse uma equipe de elite das forças especiais, provavelmente teria sido formado por jovens que estudaram nas escolas dos profetas. Na realidade, a razão pela qual essas escolas receberam esse nome era porque seus alunos eram chamados e enviados por Deus como profetas entre Seu povo.
Leitura adicional: 2 Reis 4:38-44
Domingo, 06 de dezembro

Copie 2 Reis 4:38-44 na versão bíblica de sua preferência. Você também pode reescrever as passagens com suas próprias palavras ou fazer um esboço do texto.

Mãos à Bíblia

1. Qual é o contexto de Gênesis 3:19? O que isso revela sobre outro aspecto do trabalho, pelo menos para alguns?

O trabalho é mais que uma necessidade econômica. O homem é mais que um empregado. Compreendido da maneira correta, o trabalho de uma pessoa pode ser uma possibilidade de ministério, uma expressão de seu relacionamento com o Senhor. Parte da tarefa de um professor é ajudar os alunos a encontrar um trabalho em que suas habilidades e interesses dados por Deus coincidam com as necessidades do mundo.

Segunda-feira, 07 de dezembro
Proteção contra os inimigos

Saul ficou impressionado com a coragem e habilidade do jovem Davi quando o viu matar o gigante Golias. Depois de procurar saber quem ele era, convidou-o para fazer parte do exército de Israel.  “Tudo o que Saul lhe ordenava fazer, Davi fazia com tanta habilidade que Saul lhe deu um posto elevado no exército” (1Sm 18:5). Saul chegou a colocar Davi como líder das forças especiais de seu exército. Isso proporcionou condições para Davi causar uma impressão positiva entre o povo. As mulheres dançavam e cantavam: “Saul matou milhares, e Davi, dezenas de milhares.” (v. 7).

Logicamente, Saul ficou muito furioso e enraivecido quando viu a fama de Davi (v. 7, 8). Desse momento em diante, ele passou a odiá-lo. Além disso, “um espírito maligno mandado por Deus apoderou-se de Saul” (v. 10). Davi precisou fugir depois que Saul tentou matá-lo.

“Davi foi falar com Samuel em Ramá […]. Então Saul enviou alguns homens para capturá-lo. Entretanto, quando viram um grupo de profetas profetizando, dirigidos por Samuel, o Espírito de Deus apoderou-­se dos mensageiros de Saul, e eles também entraram em transe” (1Sm 19:18-20). Por três vezes, Saul enviou mensageiros antes que ele mesmo fosse procurar Davi. Em todas elas, os perseguidores de Davi foram possuídos pelo Espírito do Senhor e entraram em transe, ficando desorientados diante do grupo de alunos da escola de profetas. Saul também entrou em transe e “ficou deitado nu todo aquele dia e toda aquela noite” (v. 24).

A escola dos profetas serviu de salvaguarda contra a apostasia. Os israelitas haviam falhado em eliminar as nações pagãs que Deus lhes havia ordenado. Eles se misturaram com esses povos vizinhos e logo adotaram seus costumes. “Para confrontar esse mal crescente, Deus providenciou outros meios como auxílio aos pais na obra da educação. Desde os primeiros tempos, os profetas eram reconhecidos como mestres divinamente designados” (Ellen G. White, Educação, p. 46). Samuel reuniu jovens que buscavam excelência espiritual e acadêmica para ajudar a fortalecer o povo contra a corrupção. Eles se tornaram conhecidos como filhos dos profetas.

Desses lugares, surgiram líderes em quem a nação confiava para servir como mensageiros de Deus e conselheiros. Por meio dessas operações especiais a nação israelita alcançou prosperidade.

Mãos à Bíblia

2. O que os textos a seguir nos ensinam sobre o trabalho – usando as “mãos” como símbolo?

Dt 16:15 __________________________________________

Ec 9:10 ___________________________________________

Pv 21:25 __________________________________________

Jr 1:16 __________________________________________

Deus nos deu a “obra das nossas mãos” para que pudéssemos encontrar satisfação e alegria (veja Pv 10:4; 12:14). Na psicologia, a “autoeficácia” descreve a crença de que toda pessoa tem a capacidade de realizar algo significativo.

Pense Nisto
O que hoje pode nos proteger da apostasia?
Mãos à obra
- Volte ao texto que você copiou (2Rs 4:38-44) e estude a passagem. - Faça um círculo em torno das palavras/frases/ideias repetidas - Sublinhe palavras/frases que você achou importantes - Desenhe setas ligando palavras/frases a outras palavras/frases que estejam associadas ou relacionadas - Escolha um verso favorito do texto-chave desta semana. Escreva-o para ajudar na memorização.
Terça-feira, 08 de dezembro
Milagres nas escolas

Depois de Samuel, as escolas dos profetas permaneceram sob a liderança de Elias (2Rs 2). Porém, após sua ascensão ao Céu, elas ficaram sob a direção de Eliseu. Talvez alguns desses profetas estivessem entre os sete mil heróis que nunca haviam dobrado os joelhos diante de Baal (1Rs 19:18).

Uma história interessante ocorreu na escola dos profetas de Gilgal. Eliseu se encontrava ali em uma época de fome e escassez na região. Certo dia, os filhos dos profetas (assim eram chamados os alunos), estavam preparando um ensopado em uma grande panela. Colocaram nela um tipo de vegetal desconhecido e venenoso. Quando a comida foi servida, descobriu-se que havia algo mortal no ensopado. Então, o profeta Eliseu pegou farinha, derramou na panela, e o alimento se tornou comestível.

Tempos depois, um homem veio de Baal-Salisa e trouxe pães e espigas para os alunos. No entanto, a quantidade não era suficiente para todos. Eliseu abençoou
e os alimentos se multiplicaram. A comida foi servida, todos comeram e ainda sobrou. A Bíblia menciona outros milagres que aconteceram nessas escolas, principalmente em momentos de muita dificuldade.

O objetivo divino em meio a essas crises, não era matar as pessoas de fome. Deus desejava que aqueles jovens tivessem oportunidade para desenvolver a fé e reconhecer sua dependência do poder e do cuidado divinos. Outra lição que eles deveriam aprender era a de que as crises devem ser enfrentadas com fé e oração. Havia “morte na panela” (2Rs 4:40), mas o Senhor preservou miraculosamente a vida de cada um dos estudantes.

A missão mais importante da educação cristã é desenvolver nos estudantes da Palavra o desejo de ter experiência íntima com Deus para testemunhar aos outros. Eles não devem ter apenas um entendimento teórico a respeito do Criador, mas aprender a confiar no poder do divino e experimentar do amor de Deus. O mundo precisa de escolas que elevem nações, igrejas e comunidades, desenvolvendo alunos que busquem excelência espiritual e acadêmica, pessoas a quem Deus pode usar para um momento como este.

Mãos à Bíblia

3. Leia Êxodo 25:10–30:38. Deus foi específico ao pedir a Moisés que construísse um tabernáculo de adoração? O que isso revela sobre o caráter do Senhor?

Moisés poderia ter dito: “Não tem problema, Senhor! Venho montando tendas desde que fugi do Egito. Na cultura midianita semi nômade da época, montar uma tenda era algo simples. O que Moisés não deve ter esperado foi uma série de projetos tão detalhados. Deus espera que sempre tenhamos o melhor desempenho, usando bem nossos talentos, habilidades, tempo e educação para grandes causas.

Pense Nisto
- Observando o texto bíblico que você copiou e marcou, que ideia principal você destacaria? - Quais perguntas surgem em sua mente? - Como você pode se envolver no trabalho do Senhor?
Quarta-feira, 09 de dezembro

Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave (2Rs 4:28-44) da lição desta semana:

  • 1 Reis 20:35-43
  • 2 Reis 2:1-18
  • 2 Reis 6:1-7

Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com o ensino no antigo Israel?

Mãos à Bíblia

4. Leia Gálatas 5:22-26. Quais dons descritos por Paulo também descrevem você e seu trabalho?

Quinta-feira, 10 de dezembro
Valor radical

A pérola de grande valor é uma das histórias mais curtas que Jesus contou. É parte de uma sequência de parábolas sobre o Reino dos Céus. “O Reino dos Céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou” (Mt 13:45, 46).

Essa parábola pode ser analisada de vários ângulos. De uma perspectiva, a pérola pode simbolizar Jesus deixando tudo o que tinha no Céu para vir e salvar a humanidade perdida. Deus não considera a humanidade como algo sem valor, Ele enxergou o que poderíamos nos tornar nas mãos de um Negociante talentoso.

De outra, podemos ver Jesus como a pérola de grande valor. Essa perspectiva é um pouco confusa para muitas pessoas. Afinal, a salvação é gratuita. Para alguns, essa parábola não significa apenas que o Céu precisa ser comprado, mas que deve ser comprado a um custo bastante elevado. No entanto, “devemos buscar a pérola de grande valor, mas não nos mercados mundanos nem por meios mundanos. O preço que de nós é exigido pagar não é ouro nem prata, pois isso pertence a Deus. Abandone a ideia de que privilégios terrestres ou espirituais possam adquirir sua salvação” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 117).

Essa parábola ensina de forma simples e clara que, quando se trata de Jesus, valor é um conceito radical. Ao contrário do tesouro escondido, que antecede a parábola da pérola, o vendedor conhece o valor. Acontece que, para que o comprador possa comprar a pérola, ele deve vender tudo o que tem.

É aqui que o valor se torna radical. Algumas pessoas têm condições de adquirir um carro que vale o mesmo que a casa de outra pessoa. Um atleta pode ter um relógio que custa tanto quanto o carro do seu colega. Isso significa que o colega que tem o carro pode comprar um relógio igual ao do atleta. A única coisa que o impede de fazer isso é o fato de ter escolhido comprar o carro em vez do relógio. No entanto, para ele, e para muitos, talvez essa seria uma ideia radical demais. O relógio e o carro, embora iguais em valor, não têm a mesma importância para seus proprietários.

No caso de Cristo, não podemos tê-Lo e nos apegar às coisas e aos valores mundanos. Para aceitar o dom da Sua salvação, precisamos abandonar muito mais do que coisas materiais. Devemos transformar nossa maneira de pensar para aprender a ser como Cristo.

“Não podemos ganhar a salvação, mas devemos buscá-la com tanto interesse e perseverança, como se por ela fôssemos abandonar tudo no mundo. […] Existem alguns que parece sempre procurar a pérola celestial. Mas não renunciam completamente a seus maus hábitos. Não morrem para o próprio eu, para que Cristo viva neles. Por esse motivo, não encontram a pérola preciosa. Não venceram a ambição profana e o apego às atrações do mundo. Não tomam a cruz nem seguem o Salvador no caminho da abnegação e do sacrifício. Quase cristãos, mas não plenamente, parecem estar perto do Reino do Céu, mas não podem entrar ali. Quase, mas não completamente salvos, significa estar não quase, porém completamente perdidos” (ibid., p. 117, 118).

Mãos à Bíblia

5. De acordo com Eclesiastes 9:10 e 1 Coríntios 10:31, como devemos trabalhar e ensinar outros a trabalhar? Assinale a alternativa correta:

A. (    ) Fazendo o nosso melhor e usando nossa força para a honra e glória de Deus.
B. (    ) Pensando em nossa glória pessoal e promoção.

Uma das armadilhas comuns da vida é a tendência de “compartimentalizar” os diferentes aspectos da vida. Existe vida profissional, familiar, espiritual e até uma vida de lazer. Por exemplo, não é bom levar o trabalho para casa de maneira que interfira na família. A busca do lazer também não deve reduzir o tempo que passamos com Deus.

Compartimentalizar nossa vida religiosa, limitar Deus a um dia, a uma hora ou até apenas a uma área da vida é rejeitar a própria presença de Deus nessas outras áreas.

Pense Nisto
- Como essa parábola muda sua visão e o leva a valorizar mais a Cristo? - O que Jesus está dizendo a você por meio desses textos? - Você passou a ver Jesus sob nova perspectiva depois desta lição?
Sexta-feira, 11 de dezembro
A verdadeira educação

"Desde os primeiros tempos, os profetas eram reconhecidos como educadores divinamente designados. Na mais alta acepção da palavra, o profeta era alguém que falava por direta inspiração, comunicando ao povo as mensagens que recebia de Deus. Mas esse nome era dado também aos que, embora não fossem diretamente inspirados, eram divinamente chamados para instruir o povo nas palavras e caminhos de Deus. A fim de preparar essa classe de ensinadores, o profeta Samuel, pela direção do Senhor, estabeleceu as escolas dos profetas.

“Essas escolas tinham como objetivo servir como barreira contra a corrupção que se propagava por todas as partes, atender ao bem-estar mental e espiritual da juventude e promover a prosperidade da nação, dotando-a de homens habilitados para agir no temor de Deus como dirigentes e conselheiros. Com essa finalidade, Samuel reuniu grupos de jovens piedosos, inteligentes e estudiosos. Eles foram chamados de ‘filhos dos profetas’. […]

“No tempo de Samuel, havia duas dessas escolas – uma em Ramá, a terra natal do profeta, e outra em Quiriate-Jearim. Em tempos posteriores, outras foram estabelecidas.

“Os alunos dessas escolas se mantinham com o próprio trabalho de cultivar o solo ou com alguma ocupação manual. Em Israel isso não era estranho nem degradante; na verdade, considerava-se pecado permitir que as crianças crescessem na ignorância do trabalho útil. Todo jovem, fossem seus pais ricos
ou pobres, era instruído em algum ofício. Mesmo que devesse ser educado para o ministério sagrado, um conhecimento da vida prática era considerado essencial à maior utilidade. Muitos dos professores também se mantinham pelo trabalho manual.

“Tanto nas escolas quanto nos lares, grande parte do ensino era oral; no entanto, os jovens também aprendiam a ler os escritos hebraicos, e os rolos de pergaminho das Escrituras do Antigo Testamento eram abertos ao seu estudo. Os principais assuntos do currículo dessas escolas eram a lei de Deus, além das instruções dadas a Moisés, história sagrada, música sacra e poesia. Nos registros da história sagrada acompanhavam-se os passos de Jeová. […] Não somente se ensinava aos estudantes o dever da oração, mas eles eram ensinados a orar, a aproximar-se de seu Criador e ter fé Nele, compreender os ensinos de Seu Espírito e obedecer-lhes. O intelecto santificado tirava do tesouro de Deus coisas novas e antigas, e o Espírito divino se manifestava na profecia e no cântico sagrado.

“Essas escolas se demonstraram um dos meios mais eficazes para promover aquela justiça que ‘engrandece a nação’ (Pv 14:34). Ajudaram muito a lançar os fundamentos da maravilhosa prosperidade que distinguiu os reinos de Davi e Salomão” (Ellen G. White, Educação, p. 46-48).

 

DISCUSSÃO

Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais.

Perguntas sugestivas para ser discutidas:

  • O que você achou do currículo de disciplinas das escolas dos profetas?
  • Como as escolas dos profetas serviram de proteção contra apostasia e males sociais?
  • A excelência espiritual e acadêmica é necessária?
  • Você acredita que a verdadeira educação possa transformar o mundo?
  • O que seria uma “escola dos profetas” hoje?

Você gostaria de se matricular em uma dessas escolas? Como seria essa experiência?

Pense Nisto
- Depois do estudo desta semana, quais aplicações você pode fazer em sua vida? - Quais práticas você pretende adotar na escola, na família, no trabalho e na igreja? - Releia 2 Reis 4:38-44. Como esse texto se aplica à sua vida?