A simples menção da palavra “dívida” nos traz desconforto, mas o mundo da propaganda nos estimula a fazer empréstimos. Crediários em lojas, cartões de crédito, crédito educativo, financiamento de automóveis e imóveis, e muitos outros tipos de empréstimo nos são “empurrados”. Essas facilidades muitas vezes nos pegam de surpresa, e acabamos comprando o que está sendo oferecido, só para descobrir, mais tarde, que poderíamos ter passado sem aquilo.
“A dívida se esconde no canto, atrás de cada porta, e é a sombra que segue você. Cada gasto produz culpa.”1 Vemos pessoas constrangidas e arrependidas porque fizeram um empréstimo e sentem a dolorosa pressão dos exorbitantes termos e condições.
Embora algumas dívidas sejam necessárias, como por exemplo, financiamento de uma casa ou um carro, ou créditos educativos, outras, que são motivadas pela cobiça, forçam-nos a assinar na linha pontilhada apenas para satisfazer nossos desejos. São bens materiais desnecessários. O sábio Salomão escreveu que aquele que toma dinheiro emprestado se torna um escravo (Pv 22:7). A dívida “é uma armadilha de Satanás. Diminui a autoestima, enfraquece a fé e, numa palavra, é desmoralizante.”2
O ramo da consultoria de dívidas está crescendo cada dia mais. Os profissionais dessa área apresentam estratégias do tipo “visualize suas dívidas”, “procure renegociar suas dívidas”, “corte seus gastos”, “elabore e controle seu orçamento”. Contudo, para que essas estratégias funcionem, a pessoa precisa primeiramente entender a diferença entre desejos e necessidades. Isso exige disciplina, mas pode ser alcançado se pretendemos viver dentro do que ganhamos.
O caminho proposto por Deus nos livra do desconforto da dívida e nos conduz à paz mental.
Nesta semana examinaremos, à luz da mordomia cristã, como evitar a escravidão da dívida.
1. Kate O’Mahoney, “Poem About Debt”, http://www.homestartwestminster.org.uk/articles/1647, acessado em 17 de outubro de 2016.
2. Mel Rees, Biblical Principles for Giving and Living (Hagerstown, Md.: Review and Herald, 1995), p. 79.
Patrick A. Herbert |
Birmingham, Reino Unido
1. O que os seguintes textos têm a dizer sobre dívida?
Sl 37:21 ___________________________________________
Ec 5:5 ____________________________________________
Dt 28:44, 45________________________________________
Desperdiçar dinheiro emprestado permite que vivamos um estilo de vida que não conseguimos bancar. A tentação de pegar e gastar dinheiro emprestado é a pulsação de uma cultura consumista que influencia ricos e pobres. Quando somos tentados, devemos buscar a provisão de Deus (1Co 10:13), pois o empréstimo pode ser uma maldição (Dt 28:43-45).
Não inicie o mau hábito de pedir dinheiro emprestado. Se você já tomou um empréstimo, pague da maneira mais rápida possível. Precisamos gastar com sabedoria e ser mestres na administração do dinheiro de Deus, e não escravos do dinheiro do mundo.
No entanto, como já dissemos, existem algumas situações em que precisamos pedir dinheiro emprestado. Mas isso deve ser feito com cautela e com a intenção de pagar tudo do modo mais breve possível.
Dívidas resultam em desastrosas consequências na vida profissional, matrimonial e patrimonial. A Palavra de Deus contém sábios conselhos sobre como devemos administrar nossos recursos. O Senhor espera que Seus filhos sejam bons administradores de seus recursos materiais e sejam livres de dívidas.
“Deem a cada um o que lhe é devido: Se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra. Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei” (Rm 13:7, 8).
O perigo de desprezar as orientações divinas. Deus deseja nossa felicidade e prosperidade. Sob a orientação do Espírito Santo podemos ser bons mordomos do Senhor, administrando zelosa e sabiamente nossos recursos. No antigo Israel, tomar dinheiro emprestado e gastar além da própria capacidade, deixando de pagar a dívida, eram considerados sinais de que o povo de Deus estava desobedecendo às orientações divinas e, por isso, deixava de receber as bênçãos celestiais ( Dt 28:43-45; Ec 5:5; 8:7). Deus promete ajudar e abençoar os que confiam Nele e seguem Suas orientações. Aqueles que desobedecem experimentam infortúnio e vergonha (Pv 13:18).
Bons mordomos não cedem à gratificação instantânea. Muitas vezes cedemos aos desejos da carne e perdemos as boas coisas que possuímos. O desejo incontrolável de Adão e Eva de conquistar um status mais elevado (ser como Deus) fez com que tomassem o que não lhes pertencia. O resultado foi que eles perderam o domínio sobre si mesmos e sobre o mundo, além de muitas outras perdas (Gn 3:6, 17-19). Esaú, incapaz de controlar o apetite, perdeu o direito à primogenitura (Gn 25:34).
A incapacidade de Davi em controlar seus desejos sexuais fez com que perdesse sua honra e integridade (2Sm 11:2-4). Aqueles que são controlados pela carne não podem agradar a Deus (Rm 8:8).
Seguir a natureza carnal pode levar à destruição (Fp 3:19). Para ser um mordomo fiel é preciso controlar os desejos, e isso exige domínio próprio. Jesus demonstrou em Sua vida e em Seu ministério que é possível, pelo poder da graça divina, manter a mente e os desejos submissos ao controle do Espírito Santo e às instruções da Palavra de Deus (Mt 4:3-10; Tt 3:7). A restauração da capacidade de administrar os recursos do Senhor é uma parte importante das boas-novas do evangelho.
Bons mordomos vivem dentro do que ganham. A sabedoria divina nos faz pensar no futuro e não somente no presente (Pv 14:15). Os tolos não se preocupam com o amanhã (Pv 21:20). Pessoas sábias fazem planos cuidadosos e usam criteriosamente seu dinheiro, investindo nos estudos, profissão, casamento, educação dos filhos e aposentadoria.
Os conselhos de Cristo em Lucas 14:25-33 realçam o fato de que precisamos ser bons administradores. Precisamos nos certificar de que recebemos amor suficiente do Espírito Santo para pagar a Deus a dívida de amor que temos para com Ele. Cristo e Seu reino precisam ocupar o primeiro lugar em nossa vida (Mt 6:33). Quando Cristo está no centro da vida somos capacitados a administrar corretamente os nossos recursos (1Tm 6:6-8), a devolver a Deus o que Lhe pertence e a ofertar com generosidade.
Bons mordomos dizem “não” às dívidas. Pertencemos a Deus. Foi Ele quem nos criou e nos colocou neste mundo. Foi Seu Filho quem nos redimiu com Seu sangue e maravilhoso amor. Fez de nós mordomos sobre tudo o que foi criado. Prometeu que, se permitirmos que Ele tome Seu lugar de direito em nossa vida, o Senhor nos guiará por Sua Palavra e pelo Espírito Santo. Ele nos abençoará e fará com que prosperemos.
Embora em algumas ocasiões possamos tomar um empréstimo, precisamos ter todo o cuidado e estar sempre vigilantes para não acabar endividados por causa da nossa insensatez. As dívidas imprudentes e a miséria que delas resultam representam mal a Deus, pois Ele é nosso sábio Conselheiro (Dt 28:12-14).
Os que tomam emprestado se tornam, muitas vezes, escravos dos que emprestam (ver Pv 22:7).
Bons mordomos investem num futuro com Deus. Deus nos dá conhecimento e força para prosperar: “Lembrem-se do Senhor, do seu Deus, pois é Ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza, confirmando a aliança que jurou aos seus antepassados, conforme hoje se vê (Dt 8:18). Ele nos ensinou a ser diligentes como as formigas e a economizar cuidadosamente para o futuro (Pv 6:6-8; 21:5); a ser generosos e a ajudar os necessitados (Ec 11:1, 2; Lc 12:33). Acima de tudo, Ele nos ensinou a buscar em primeiro lugar Seu reino e Sua justiça, pois de nada adiantará ganhar o mundo inteiro e perder a vida eterna.
A orientação do nosso divino Conselheiro é que não fixemos os olhos “naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2Co 4:18).
Precisamos conservar nossa mente nas coisas de Deus e no Seu reino. Bons mordomos investem num futuro com Deus porque O amam e compreendem que nada neste mundo dura para sempre.
Elliott A. Williams | Watford, Hertfordshire, Reino Unido
2. Quais são os potenciais perigos da satisfação instantânea, mesmo para pessoas fiéis? 2Sm 11:2-4; Gn 3:6; Fp 3:19; 1Jo 2:16; Rm 8:8. Assinale a alternativa correta:
A.( ) Não há perigos. A satisfação instantânea garante alguma alegria aqui, pois nada nos espera no além.
B.( ) A satisfação instantânea nos faz perder de vista os objetivos futuros e pode nos levar a uma vida de pecado.
O desejo por satisfação instantânea é característico de uma mente descontrolada; é um inimigo da paciência e destrói lentamente os objetivos a longo prazo, zombando da responsabilidade e a prejudicando. Retardar essa satisfação é um princípio aprendido; é uma habilidade que nos ajuda a lidar com situações e pressões, especialmente com as tentações que o mundo tem para oferecer, como tomar dinheiro emprestado imprudentemente. No entanto, essa ideia não é popular em um mundo fundamentado em gratificação instantânea, soluções rápidas e esquemas para enriquecer rapidamente. Uma vez que experimentamos a satisfação instantânea, ficamos mais propensos a escolher a “recompensa” de curto prazo outra vez, e depois novamente, e novamente […] Como mordomos dos dons que Deus nos deu, não devemos cair nessa armadilha.
“O mordomo se identifica com o patrão. Aceita as responsabilidades de um mordomo e age em lugar do dono da casa, fazendo o que ele faria se estivesse administrando. Os interesses do seu senhor tornam-se seus. A posição do mordomo é de dignidade, pois o patrão confia nele.”1
“Num grau maior ou menor, a todos são confiados os talentos do seu Senhor. A capacidade espiritual, mental e física, a influência, condição social, posses, afetos, simpatia, são todos preciosos talentos que devem ser usados na obra do Mestre para a salvação das pessoas por quem Cristo morreu.”2
Cristo nos designou para “disseminar o conhecimento de Sua graça. Porém, enquanto alguns saem a pregar, Ele pede a outros que contribuam com suas ofertas para manter Sua obra na Terra. Ele concede meios para que Seus dons divinos possam fluir através de canais humanos, a fim de que façamos a obra que nos foi designada, de salvar nossos semelhantes.”3
“Deus dá a todos a sua obra e espera retribuição correspondente segundo seu variado depósito. Não exige da pessoa a quem deu apenas um talento juros de dez talentos. Não espera que o pobre dê esmolas como o rico. Não espera do fraco e sofredor a atividade e força que a pessoa sadia tem. Um único talento usado da melhor maneira será aceito por Deus ‘conforme o que o homem tem, e não segundo o que ele não tem.’”4
“Deus deseja que escolhamos o celestial em vez do terrestre. Abre-nos as possibilidades de um investimento no Céu. Deseja prover encorajamento para nossas mais elevadas aspirações e segurança para nosso mais estimado tesouro. Declara: ‘Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro e mais raro do que o ouro fino de Ofir’ (Is 13:12, ARC). Quando forem consumidas as riquezas que a traça devora e a ferrugem corrói (Mt 6:19), os seguidores de Cristo poderão se rejubilar em seu tesouro celestial, em suas riquezas imperecíveis.”5
1. Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 113.
2. Ibid., p. 117.
3. Ibid., p. 15.
4. Ibid., p. 119.
5. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 374.
Lily Mclay | Reading, Berkshire, Reino Unido
3. Qual princípio deve ser lembrado antes de qualquer outra coisa? (Veja Mt 6:33). Estamos praticando esse princípio? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Buscar em primeiro lugar as coisas de Deus.
B.( ) Conquistar nossas aspirações em primeiro lugar.
Devemos pensar em nosso dinheiro não como renda, mas como recursos que temos a responsabilidade de administrar. O orçamento é o método que devemos usar para realizar essa tarefa. Planejar um orçamento é uma habilidade que precisa ser aprendida e estudada cuidadosamente.
Se você tem problemas com a administração de seu dinheiro, faça um orçamento. Pode ser simples: totalize seus gastos por alguns meses e, em seguida, faça a média de suas despesas mensais. O segredo é viver sempre com os próprios recursos e fazer o possível para evitar dívidas.
Um conhecido cântico infantil termina da seguinte forma: “Sim, Cristo me ama, a Bíblia assim me diz”. Na minha opinião, a mordomia cristã está fundamentada no amor de Cristo, porque a Bíblia diz que Ele me ama.
Certa noite, Mandrake, um garotinho de oito anos, estava sentado ao lado do pai na varanda de sua casa de campo na Jamaica, e cantava: “Sim, Cristo me ama, a Bíblia assim me diz”. O pai o interrompeu antes que ele continuasse a cantar, e perguntou: “Como você sabe que Jesus o ama?”
“A Bíblia diz”, Mandrake respondeu sem hesitação.
“Muito bem! A Bíblia também diz que você deve dar o dízimo. Você gostaria de começar a dar o dízimo?”
“Mas eu não tenho bastante dinheiro para colocar no envelope”, disse o garoto.
“A Bíblia não diz que é preciso colocar bastante dinheiro no envelope. Diz que devemos dar 10% do que recebemos. Então, mesmo que você receba só 10 centavos, deve dar um centavo de dízimo.” Mandrake ouviu atentamente. “Você entende isso?” Perguntou-lhe o pai.
“Sim, papai, e porque eu amo a Jesus, quando ganhar qualquer dinheiro, eu mesmo vou pôr meu dízimo no envelope e colocá-lo na salva de ofertas.”
Hoje, já adulto, o empresário Mandrake continua devolvendo fielmente o dízimo. Ele conta que nem sempre foi fácil, especialmente quando morou fora do seu país e teve que sustentar seus estudos. Mas sempre teve fé. “Eu acredito que Deus sempre cumpre a promessa que fez em Malaquias 3:10. Ele nunca falhou. Nunca me faltou dinheiro”, explica Mandrake.
“Os 90% que restam depois que eu devolvo o dízimo rendem muito. Deus certamente derrama Suas bênçãos, de maneira que posso ser generoso para com os outros”, afirma. Mandrake tinha somente oito anos quando aprendeu que a relação entre o amor de Deus e a fé na Bíblia teria uma influência positiva sobre sua vida.
Quantas crianças em nossa igreja sabem que a mordomia ensina a viver em harmonia com o que Deus deseja para elas?
Albert A. C. Waite | Berkshire, Reino Unido
4. Leia Deuteronômio 28:12. O que esse texto ensina sobre as muitas dívidas? Qual princípio vemos em atuação nesse verso?
Evitar dívidas o máximo possível é um princípio do senso comum. A Escritura também nos desencoraja a ser fiadores das dívidas dos outros (Pv 17:18; 22:26). A dívida manipula o futuro e nos obriga a nos submeter às suas exigências a partir da nossa posição de fragilidade financeira. É um elixir suave que os cristãos julgam difícil de recusar e de administrar. Contrair dívida pode não ser imoral, mas não fortalece nossa vida espiritual.
“Deve-se ter em estrita consideração a economia, senão se incorrerá em pesadas dívidas. Conservem-se dentro dos limites. Evitem contrair dívidas assim como evitariam a lepra” (Ellen G. White, Conselhos Sobre
Mordomia, p. 272).
A dívida pode se tornar uma escravidão financeira, tornando-nos um “servo do que empresta” (Pv 22:7). Visto que a dívida está tão ligada à estrutura econômica do nosso mundo, pensamos que ela seja o padrão. Afinal, nações inteiras se endividam; por que os indivíduos não deveriam fazer a mesma coisa? Não é certo ter essa atitude.
A cultura moderna sugere que a felicidade, o sucesso e a qualidade de vida estão em possuir muitos bens e desfrutar experiências agradáveis. “O amor ao dinheiro e às coisas que o dinheiro pode comprar é, de fato, um motivo primário ou secundário por trás da maior parte das coisas que fazemos. […] Queremos achar o caminho da felicidade consumindo, adquirindo e comprando – e queremos isso agora.”*
A prática da mordomia cristã nos ajuda a lutar contra essas tentações do inimigo. A seguir, estão três passos para vencer a tentação da autogratificação.
Analise. Procure identificar e se conscientizar dos “ídolos” que estão consumindo sua atenção e seu tempo. Lembre-se de que felicidade e realização verdadeiras somente são encontradas em Cristo.
Controle sua vontade. O Espírito Santo pode lhe dar forças para vencer a tentação e os desejos. Cristo venceu o inimigo pelo poder da Palavra de Deus (ver Mt 4:3-10). Se você resistir ao diabo, ele fugirá (Tg 4:7). Procure textos bíblicos que o ajudem a refletir sobre sua situação e reivindique as promessas divinas.
Aja. Deus é suficientemente poderoso para lidar com qualquer situação que você estiver enfrentando. Confie Nele e não em seus próprios sentimentos (ver Pv 3:5, 6). Seja grato pelo que você já tem e o Senhor lhe dará uma nova perspectiva de vida.
Ao dar esses três passos, você estará colocando Deus e Seu reino em primeiro lugar, porque confia e crê que suas outras necessidades serão satisfeitas (Mt 6:33).
*Adam Hamilton, Enough: Discovering Joy Through Simplicity and Generosity (Nashville, Tenn.: Abingdon Press, 2010), p. 74.
Gina Miller | Nottingham, Reino Unido
5. Como é possível lidar melhor com questões financeiras? (Pv 13:11; 21:5; 13:18) Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Aceitando conselhos, planejando e se esforçando.
B.( ) Rejeitando a instrução, buscando dinheiro fácil e tendo pressa.
Os mordomos poupam para as necessidades familiares e investem no Céu os recursos de Deus. A questão não é quanto possuímos, mas se temos um plano bíblico de administração, seja qual for a nossa situação. Poupar para atender às necessidades familiares deve ser algo feito com sabedoria. A fim de minimizar as perdas, reparta o risco
(Ec 11:1, 2). Trabalhar com essa minimização antes das próprias necessidades (Pv 24:27) e procurar aconselhamento qualificado de outras pessoas (Pv 15:22) são dois recursos eficazes nesse modelo. À medida que as necessidades forem satisfeitas e nos tornarmos mais prósperos, devemos nos lembrar do “SENHOR” (Dt 8:18).
O modelo de investimento mais seguro para o mordomo de Deus é investir no “reino dos Céus” (Mt 13:44). Não há recessão, riscos, ladrões nem declínio no mercado. É como ter uma bolsa ou uma carteira que nunca se desgastam (Lc 12:33). Aceitar a Cristo é como abrir uma conta. Devolver o dízimo e dar ofertas são depósitos. Isto é, por mais que precisemos cuidar das nossas necessidades, devemos manter nosso foco nas verdades eternas.
Como cristãos, precisamos administrar sabiamente nosso dinheiro. Nossa maneira de gastá-lo reflete a quem servimos. “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6:24).
Devemos dar prioridade ao que é mais importante. O dinheiro do dízimo e das ofertas voluntárias deve ser separado antes de comprometê-lo com qualquer despesa. “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda” (Pv 3:9).
Alguém pode se ver em dívidas por sua própria escolha ou por circunstâncias que fugiram do seu controle. Seja qual for a situação, é preciso reconhecer, assumir a responsabilidade e pagar a dívida. Não devemos arranjar desculpas nem colocar a culpa em outras pessoas pelas escolhas que fazemos, e não devemos fingir que a dívida não existe. O cristão deve ter sua vida financeira em ordem.
Quando não pagamos o que devemos, negamos a fé. Isso pode impedir que outras pessoas aceitem a verdade que professamos. Precisamos dedicar nossas finanças a Deus em oração e não julgar os que estão em dificuldades. “Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma como Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus” (Rm 15:7).
Sempre estaremos em débito para com nosso Salvador, que pagou o preço de nossa dívida, tomou nosso lugar na cruz e morreu pelos nossos pecados. Como retribuição ao que Ele fez, precisamos viver de maneira a glorificar Seu nome.