O cantor e compositor americano, Sufjan Stevens, usa como base para a maioria de suas músicas sua experiência de abandono quando era criança. Sua vida e arte giram em torno disso. Note que as experiências de uma pessoa com sua família são fundamentais para seu desenvolvimento e suas decisões.
A maldição hereditária é algo que pode se perpetuar e perverter a descendência de uma família. Os pais cometem um pecado, seus filhos cometem o mesmo pecado, e assim por diante. Êxodo 34:7 diz: “[Deus] castiga os filhos e os netos pelo pecado de seus pais, até a terceira e a quarta gerações.”
“Pois sou Eu que julgo todas as pessoas – tanto pais quanto filhos. E esta é Minha regra: a pessoa que pecar é a que vai morrer” (Ez 18:4, NLT, tradução livre). Embora Deus somente discipline a pessoa que pecou contra Ele, os pecados de um pai ou mãe, muitas vezes, se espalham na família perpetuando nos filhos. Por essa razão, os filhos que cometem os mesmos erros sofrem por causa dos erros de seus pais. Na vida de muitos personagens bíblicos vemos exemplos assim.
Davi pecou contra o Senhor ao adulterar com Bate-Seba. O avô de Bate-Seba, Aitofel, aconselhou Absalão, filho de Davi, a se rebelar contra o pai, e essa rebelião custou-lhe a vida. Davi pagou caro por seus pecados, e as consequências deles afetaram a vida de seus filhos. O que é bonito nessa história é que as coisas não terminaram assim. Dessa linhagem de pessoas que seriam reprovadas aos olhos humanos, nasceu Jesus. Porém, Jesus teve uma vida sem pecado. Ele pôs fim ao ciclo de maldições hereditárias presentes em Sua família.
Cristo nos oferece o privilégio de ser adotados em Sua família para que as coisas ruins de nossa herança familiar terrestre possam ser vencidas. Como parte da família de Jesus, já não somos perseguidos pelos pecados de nossos pais; Jesus nos oferece uma nova vida Nele.
Emerald D. Norman, Rockville, MD, EUA
1. Leia Atos 10:1-28, 34, 35. O que essa história ensina sobre a necessidade de superarmos nossas barreiras e preconceitos ao lidarmos com outras culturas? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Não devemos considerar as pessoas imundas nem indignas do nosso amor.
B. ( ) Devemos preservar nossa cultura e evitar pessoas de culturas inferiores.
2. O que os primeiros missionários cristãos concluíram em relação à apresentação do evangelho a outras culturas? At 15:19, 20, 28, 29; 1Co 2:2; 1Ts 5:21, 22
Somos um planeta em guerra! Não uma guerra com armas e bombas, nem com tanques e metralhadoras, mas uma guerra moral e espiritual. Essa batalha é travada contra nossa família e nossos filhos, os preciosos dons que Deus nos concedeu.
Em um artigo para a revista Time, Randall Terry disse: “Creio que o diabo existe, e sua agenda é a seguinte: Primeiro, ele não deseja que ninguém tenha filhos. Segundo, se os casais tiverem filhos, ele quer que sejam mortos. Se não forem mortos, ele deseja que sofram de negligência ou abuso físico, emocional e sexual. Se não acontecer isso, ele fará tudo para os envolver em algum contexto profano a fim de que sua mente fique poluída. De uma forma ou outra, as legiões do inferno querem destruir as crianças porque elas são o futuro. Se essas legiões puderem corromper a criança, ela se tornará uma pessoa deturpada e irá passar isso para a geração seguinte.”*
O pecado de Davi (2Sm 12:5-17). Davi confiou em si mesmo em vez de confiar no Senhor. Ele teve um relacionamento adúltero com Bate-Seba. Quando Davi foi confrontado pelo profeta Natã, o qual lhe contou uma história e perguntou qual deveria ser a penalidade para o culpado, Davi, sem saber, pronunciou sua própria sentença: “Ele deverá pagar quatro vezes o que tirou, por ter feito uma coisa tão cruel!” (2Sm 12:6, NTLH). Deus permitiu que a profecia que Davi mesmo proferiu se cumprisse. Quando acreditamos que sozinhos podemos consertar nossos erros, quase sempre falhamos e caímos em erros piores ainda.
O primeiro filho de Davi e Bate-Seba morreu após sete dias do seu nascimento (2Sm 12:18). Depois disso, Amnom estuprou Tamar, sua meia irmã. Embora Davi tenha ficado irado, não fez nada a respeito. Mas Absalão matou seu irmão Amnom para vingar o que ele tinha feito com Tamar. Alguns dos filhos de Davi tentaram tomar seu trono, esses levantes resultaram em muitas mortes. Todas essas consequências ocorreram devido ao pecado de Davi, seu pai.
Davi se arrepende (Sl 51). O Salmo 51 nos ajuda a compreender a transformação que se deu no coração de Davi e sua lealdade a Deus, depois de haver pecado tão gravemente. Primeiramente, é uma lição para os pais, de que, quando erramos, podemos ir a Deus em busca de restauração. Segundo, o Senhor não apenas perdoa, mas também capacita a todo pecador que se arrepende verdadeiramente para se reconciliar com as partes envolvidas.
Muitas vezes, os filhos lutam contra os mesmos pecados nos quais os pais sucumbiram. Os pais devem ajudar os filhos a vencê-los, levando-os a compreender as consequências drásticas que esses pecados podem trazer. Trabalhando com os filhos dessa maneira, o relacionamento entre pais e filhos se tornará fortalecido. Os pais devem ter conversas francas com seus filhos. Às vezes, falar sobre suas próprias lutas pode ajudá-los a lidar com as deles.
As últimas palavras de Davi estão registradas em 2 Samuel 23:1-5. Sua queda no pecado foi terrível, mas seu arrependimento foi sincero e verdadeiro. Por isso, o Senhor o perdoou. Com a fé fortalecida, amor e dedicação a Deus, Davi testemunhou do perdão divino até o fim de sua vida.
Os pais precisam ser pais, e não apenas amigos dos filhos (Pv 22:6). Os pais devem assumir a responsabilidade de sua paternidade. Nessa época pós-moderna, de relativismo dos valores sociais e religiosos, os pais precisam dar um norte aos filhos. A Bíblia diz que os filhos devem obedecer aos pais “no Senhor, pois isso é justo” (Ef 6:1). Mas a Bíblia também diz: “Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor” (Ef 6:4). Provocamos nossos filhos quando exigimos obediência sem investir no relacionamento com eles. Exigir obediência sem ter proximidade, inevitavelmente, provocará rebelião. Relacionar-se intimamente não significa apenas os pais conhecerem seus filhos, mas permitir que os filhos conheçam seus pais. O objetivo principal não é que pais e filhos sejam grandes amigos, mas que compreendam as ideias e motivações um do outro. Isso dará aos filhos segurança e direção para seguir seu caminho no mundo.
Os filhos podem ter amigos na escola ou na igreja, mas, em casa, eles precisam de pais. É alto tempo de os pais serem pais segundo o coração do nosso Pai celestial.
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* Richard Lacayo e Randall Terry, “Interview: Randall Terry”, Time, 21 de outubro de 1991.
Julius R. Everett, Berrien Springs, MI, EUA
3. Como a cultura afetou a vida familiar nos exemplos a seguir? Quais princípios aprendemos com esses exemplos?
Gn 16:1-3: _______________________________________________________________________________________
Gn 35:1-4: _______________________________________________________________________________________
Ed 10: __________________________________________________________________________________________
1Rs 11:1: ________________________________________________________________________________________
Como cristãos, nossa responsabilidade é viver em nossa cultura da melhor maneira que pudermos, mantendo o que está em harmonia com nossa fé e, ao mesmo tempo, rejeitando tanto quanto possível o que conflita com ela.
“Deus deseja que nossas famílias sejam símbolos da família do Céu. Conservem pais e filhos em mente este fato cada dia, mantendo entre si relações de membros da família de Deus. Então sua vida será de tal natureza que dará ao mundo uma lição objetiva do que podem ser famílias que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. Cristo será glorificado; Sua paz, graça e amor impregnarão o círculo da família como um precioso perfume.
“Muito depende do pai e da mãe. Eles devem ser firmes e bondosos em sua disciplina, e devem trabalhar diligentemente para ter uma família bem ordenada, correta, em que os anjos celestiais possam ser atraídos a fim de comunicar paz e uma influência odorífera.”1
“Ao sobrevir uma crise, [o Senhor] Se revelou e interpôs para impedir a execução do plano de Satanás. Muitas vezes, Ele permitiu que uma crise chegasse aos povos, famílias e indivíduos para que Sua intervenção se tornasse notada. Então manifestava que havia um Deus em Israel que mantinha Suas leis e vindicava Seu povo.”2
“Enquanto os seres humanos se acham em ignorância quanto aos seus estratagemas [de Satanás], este vigilante adversário se põe em seu caminho a cada momento. Intromete-se em cada compartimento do lar, em toda rua de nossas cidades, nas igrejas, nos conselhos nacionais, nos tribunais de justiça, confundindo, enganando, seduzindo, arruinando por toda parte a mente e o corpo de homens, mulheres e crianças, desmembrando famílias, semeando ódio, rivalidade, contenda, sedição, assassínio. E o mundo cristão parece olhar estas coisas como se Deus as tivesse designado, e elas devessem existir.
“Satanás está continuamente procurando vencer o povo de Deus, derribando as barreiras que os separam do mundo.”3
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1. Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 17.
2. ___________ , Parábolas de Jesus, p. 178.
3. ___________ , O Grande Conflito, p. 508.
Patience Barnes, Mount Pleasant, PA, EUA
4. Considere alguns exemplos de grandes mudanças enfrentadas por pessoas, algumas das quais foram traumáticas. Como essas mudanças afetaram a vida familiar delas? O que o ajudaria a lidar com elas?
Abraão, Sara e Ló (Gn 12:1-5): __________________________________________________________________________
Hadassa (Et 2:7-9): _______________________________________________________________________________________________
Daniel, Ananias, Misael e Azarias (Dn 1): _______________________________________________________________________________________________
Caim administrou mal suas emoções para com seu irmão Abel. Isso o levou a cometer o primeiro assassinato na face da Terra. Esse relato bíblico é um exemplo de que os conflitos podem provocar reações irracionais.
Davi derrotou Golias, o gigante de Gate. O confronto entre o pequeno e valente pastor de ovelhas e a arma secreta do exército filisteu foi travado com preparo estratégico. Davi escolheu “cinco pedras lisas” (1Sm 17:40). Uma investigação mais minuciosa revela que, embora a batalha física já fosse significativamente adversa, havia por trás a pressão adicional da discórdia entre irmãos.
O diálogo entre Davi e Eliabe, o filho mais velho de Jessé, revela animosidade. Davi já tinha idade para lutar, mas não para fazer parte do exército israelita. Além disso, seu currículo em matéria de combates se resumia apenas aos deveres de um pastor de ovelhas. Embora Davi estivesse confiante em sua capacidade para vencer o gigante, foi questionado por Eliabe, seu irmão mais velho.
Para Davi, a batalha começou antes do vale. No entanto, ele “não retribuiu insulto com insulto. Com uma resposta branda, desviou a ira de seu irmão. [...] Os que empreendem serviços importantes não devem achar estranho enfrentar desaprovação e oposição da parte de pessoas das quais têm motivos para esperar apoio e ajuda; mas devem humildemente prosseguir com seu trabalho, em face não só das ameaças dos inimigos, mas do menosprezo e das suspeitas dos amigos.”*
A batalha que Davi ganhou nessa rivalidade entre irmãos foi só o início da vitória que ele obteve naquele dia.
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*Matthew Henry’s Commentary on the Whole Bible: Complete and Unabridged in One Volume (Peabody, MA: Hendrickson, 1991), p. 413.
Kaneil Williams, Laurel, MD, EUA
5. Após a morte de Josué e de sua geração, que crise de fé ocorreu em Israel? (Jz 2:7-13). Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Muitos começaram a reclamar sobre as más influências culturais que eram toleradas no território de Israel.
B. ( ) O povo abandonou o Senhor e passou a adorar Baal e Astarote.
6. Dizem que Deus não tem netos, apenas filhos. Em sua opinião, o que isso significa? (Veja também Jo 1:12, 13; 3:7; 1Jo 5:1).
De maneira bem semelhante à nossa vida, a flor começa com o plantio de uma semente. Entretanto, o Senhor, em Sua onisciência, já sabe tudo o que irá suceder com ela durante o processo de se tornar uma flor. Os benefícios do solo, do sol e da chuva proporcionam tudo o que ela precisa para crescer. Mas, depois, suportar as adversidades do tempo e outras também fará parte da sua vida.
Um dos slogans cristãos é: “A família que ora unida permanece unida.” Há poder na oração. A prática da oração na família é a melhor coisa para fortalecer a fé de cada um dos seus membros. Deus deseja que sejamos o melhor que podemos ser sob o poder do Seu Espírito. O Senhor prova Seu amor para com Seus filhos derramando chuvas de bênçãos que irão propiciar raízes fortes e crescimento saudável.
É maravilhoso ver tipos diferentes de flores em um jardim ou vaso criando um lindo arranjo! As diferentes espécies, cores, formatos, tamanhos e fragrâncias se complementam mutuamente. As famílias possuem membros de diferentes culturas e contextos sociais, mas se Cristo fizer parte delas tudo funcionará melhor. Se confiarem no Senhor e obedecerem Seus preceitos, Ele as ajudará a obter a força e a estabilidade de que precisam.
Deus criou as flores não somente para embelezar. Algumas têm propósitos medicinais, outras desempenham papel importante em ocasiões alegres ou tristes, e ainda outras reduzem o estresse e aliviam a ansiedade. Se Deus pode ter propósito para uma flor, então Ele definitivamente tem um propósito para você, mesmo que você ainda não saiba qual é. “Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro” (Jr 29:11).
Você se sente como se não tivesse família? Você se sente como se não houvesse ninguém que o ame e o apoie? Acha que ninguém se importa com você? Se está vivendo dessa forma, você devia saber que tem um Pai que o ama e que está disposto a fazer tudo o que puder para que você tenha êxito nesta vida e esteja ao lado Dele na vida eterna.
T. Michelle Beard, Hazel Green, AL, EUA
7. Como você resumiria a mensagem usando os seguintes textos? Mt 28:5-7; Jo 3:16; Rm 1:16, 17; 1Co 2:2; 2Co 5:18-21
A primeira notícia anunciada pelos discípulos por toda parte foi a ressurreição de Jesus. As famílias cristãs de hoje se unem a uma longa fileira de mensageiros proclamando: “Ele ressuscitou”, como havia dito (Mt 28:7). A realidade da Sua ressurreição torna digno de confiança tudo o que Cristo disse sobre Si mesmo, sobre Deus e Seu amor pelos pecadores, sobre o perdão e sobre a certeza da vida eterna pela fé Nele.
Como seres humanos, sentimos necessidade de construir vínculos com nossos semelhantes. As famílias cristãs devem ser divulgadoras do amor divino às pessoas que buscam sentido para a vida. Relacionamentos familiares saudáveis são um reflexo do relacionamento entre nosso Pai celestial e Seu filho. O tecido da família de Deus é formado pelos inúmeros fios de diversas famílias que creem no amor divino e o compartilham com seus semelhantes. Deus Se agrada das famílias que são generosas, amáveis e obedientes à Sua lei. Quando estudamos a Bíblia para aprender o que envolve pertencer à família da fé, descobrimos os exemplos de famílias fiéis, o sacrifício de Cristo que nos adota na família celestial e a responsabilidade de conservar nossa família sob a orientação do Espírito Santo.
A Bíblia fala de Cornélio e sua família. “Ele e toda a sua família eram piedosos e tementes a Deus, davam muitas esmolas ao povo e oravam continuamente a Deus” (At 10:2). A vida de oração e a natureza humilde dessa família nos ensinam que Deus Se agrada das famílias que se importam com os necessitados, doentes físicos, moradores de rua, órfãos e que passam por problemas e aflições. Ser parte da família de Deus se resume em ter relacionamento íntimo com Deus por meio da oração e ser amável para com o próximo.
Jesus pagou o preço supremo dos nossos pecados para que o Pai perdoasse e Se reconciliasse com os filhos perdidos deste mundo. Sendo o Filho unigênito do Pai celestial, Jesus oferece a todos a oportunidade de se tornarem parte da família de Deus, seja qual for a etnia, característica física, formação, nível social ou histórico de vida.
Na cruz, Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lc 23:34). Não temos ideia do que foi necessário para que Deus nos perdoasse e entregasse Seu Filho para tomar sobre Si os pecados do mundo. Somos convidados a crer e a receber a vida eterna (Jo 3:16). O convite para pertencer à família divina está aberto a todos os que creem em Jesus. Mas há uma responsabilidade no fato de pertencer a essa família: todos temos uma parte a desempenhar.
Gerdine Dalambert, Columbia, MD, EUA