Copie Gênesis 1 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Gênesis 1:1-8. Você também pode reescrever a passagem com suas próprias palavras ou fazer um esboço do capítulo.
1. Leia Gênesis 2:7-23. Em sua opinião, qual foi o propósito de Deus em criar, estabelecer e empregar Adão?
Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e lhes deu um lar e um trabalho significativo. Quando consideramos a dinâmica professor-aluno, esse é um relacionamento ideal. Deus conhecia as habilidades de Adão porque Ele o tinha criado. Ele podia ensinar Adão, sabendo que Adão poderia alcançar todo o seu potencial. Ele também desejava que a humanidade fosse feliz. E talvez, um dos meios para dar felicidade à família humana foi lhe conceder responsabilidades. Deus também sabia que o homem necessitava estar em íntimo relacionamento com Ele. Por isso, criou um espaço particular no Éden dentro dos limites do jardim. Tudo isso comprova o propósito de Deus na criação e Seu amor pela humanidade.
No mandamento destacado por Cristo, “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento” (Lc 10:27), temos um vislumbre da natureza divina e da natureza humana. Nele, encontramos subentendida nossa capacidade de amar e de Deus de ser amado.
Ser criado à “imagem de Deus”, em latim, imago Dei, significa que fomos criados com coração, alma, forças e raciocínio. Significa que fomos dotados com faculdades emocionais, espirituais, físicas e mentais. Também sugere que esses atributos nos tornam semelhantes ao Criador. Porque Deus é um Ser emocional, espiritual, físico e mental.
Quando Deus criou Adão e Eva, Ele os fez à Sua semelhança. Além disso, criou-os com a capacidade de se desenvolverem mais e mais à Sua semelhança. Isso parece ser algo além da compreensão humana! Adão e Eva eram perfeitos quando saíram das mãos do Criador. Eram seres físicos, espirituais, emocionais e mentais perfeitos. No entanto, Deus planejava que quanto mais eles vivessem, mais perfeitos se tornassem. Deus concedeu a eles aptidão para se desenvolverem tanto em habilidades quanto em vigor. Adão e Eva não apenas tinham o privilégio de receber grandes bênçãos físicas, mentais e espirituais, mas também de serem dotados com essas bênçãos em qualidade cada vez mais elevada.
A narrativa da Criação indica que, se o casal tivesse permanecido leal a Deus, o propósito divino para seu desenvolvimento físico, mental e espiritual teria sido eterno, proporcionando-lhes o privilégio de adquirir uma compreensão nova e mais profunda a respeito da sabedoria, do poder e do amor de seu Criador. Nessas descobertas, o santo casal cresceria em conhecimento e felicidade. “Criou Deus o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27).
Ao criar Adão e Eva à Sua imagem, Deus deu à humanidade um objetivo eterno a ser cumprido. Ele também os habilitou a alcançar esse objetivo. Nenhum propósito maior e mais gratificante poderia ter sido dado do que os seres humanos perfeitos espelhassem a imagem espetacular de um Deus que é perfeito em sabedoria, poder e amor.
2. Leia Gênesis 3:1-6. O que você observa sobre as informações que a serpente apresentou à mulher?
No Jardim do Éden, vemos o cuidado divino ao preparar um ambiente de aprendizado para Adão e Eva. No entanto, há uma mudança abrupta de Gênesis 2 para Gênesis 3. A presença da serpente.
Além de constituir a história das origens, a narrativa introdutória do Gênesis também é uma apresentação do Criador. Se observarmos cada um dos verbos usados em Gênesis 1, vamos obter uma percepção mais clara de quem é Deus, o Criador.
O Deus que fala – O Senhor é um Deus que fala (Gn 1:3). Ele não é mudo nem alguém que não deseja se comunicar. Ele Se comunica com Sua criação. Embora seja infinito e eterno, o Criador não está separado da humanidade finita e temporária. A Palavra de Deus desafia as teorias existencialistas e ateístas e prova a realidade, “de modo que aquilo se vê não foi feito do que é visível” (Hb 11:3). Não é o estado atual das coisas que define a realidade, pelo contrário, foi por meio da Palavra divina que tudo veio a existir.
O Deus que observa e organiza – Além de falar, Deus é capaz de observar e organizar tudo o que Ele criou (Gn 1:4). Ele tem a capacidade de enxergar o que é bom e o que não é, de organizar a condição caótica de uma Terra que era “sem forma e vazia” (Gn 1:2).
3. Examine Gênesis 3:4-6. Além de negar o que Deus havia dito, o que mais a serpente disse para enganar a mulher? De quais princípios ela se aproveitou?
Quando a serpente lhe disse que parte da mensagem estava incorreta, Eva poderia ter consultado a Deus. Na educação do Éden, os alunos tinham acesso ao seu poderoso Mestre.
Entretanto, Adão ficou numa situação difícil. “Adão compreendeu que sua companheira transgredira a ordem de Deus, desrespeitando a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor. Teve uma terrível luta interior. Lamentou que tivesse permitido que Eva se afastasse dele” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 56). Infelizmente, apesar de saber distinguir o certo do errado, ele também escolheu de modo errado.
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave (Gn 1) da lição desta semana:
- Gênesis 2
- Salmo 33:6-9
- Romanos 1:19-21
Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com a visão de Deus como Criador?
4. Leia 2 Pedro 1:3-11. O que devemos fazer para buscar a restauração da imagem de Deus em nossa vida? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Buscar as virtudes que Cristo nos oferece: fé, perseverança, conhecimento e domínio próprio.
B. ( ) Devemos fazer penitências.
João escreveu a respeito de Jesus: “No princípio era Aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio Dele; sem Ele, nada do que existe teria sido feito” (Jo 1:1-3). O Personagem atuante em Gênesis 1 não é outro senão o próprio Jesus Cristo. Ele estava com Deus, o Pai; e tudo foi feito por meio Dele. Cristo é a figura central da narrativa da Criação. Ele é o Criador.
Um dos aspectos mais fascinantes da história da Criação é o cuidado e a consideração que Jesus demonstrou pelas coisas que criou. Isso fica evidente em pelo menos dois casos: quando Ele chamou a luz de “dia” e quando atribuiu propósito à Sua criação.
Nomes dados por amor – Quando refletimos sobre o assunto, percebemos que o ato de dar nomes não acontece apenas por razões elementares. Se os pais quisessem dar nomes aos filhos com o único objetivo de identificá-los adequadamente, poderiam chamar o primeiro filho de “Um”, o segundo de “Dois” e assim por diante. No entanto, dar nomes aos filhos traz consigo um valor sentimental. Os pais geralmente gastam tempo pensando no nome que a criança terá, e alguns chegam a comprar livros que apresentam o significado dos nomes.
Da mesma forma, as pessoas não dedicam tempo para dar um nome a cada inseto que se infiltra em sua casa, mas dão nomes aos animais de estimação que são queridos pela família. Jesus não apenas identificou a luz como luz, Ele deu a ela o nome de “dia”.
O propósito do amor – Outro aspecto do amor de Cristo é demonstrado em como a narrativa descreve a criação dos luminares. Deus criou “o [luminar] maior para governar o dia e o menor para governar a noite” (Gn 1:16). Ele fez outros luminares “no firmamento do céu para separar o dia da noite” e “para marcar estações, dias e anos” (Gn 1:14).
O fato de Cristo atribuir propósito aos objetos criados constitui um ato de amor. Muitas pessoas que não encontram propósito na vida tentam buscá-lo por meio da morte. No entanto, o amor faz parte da natureza de Cristo. Quando Ele criou a humanidade, criou-a com o maior privilégio de todos: o propósito de refletir Sua própria imagem infinita e eterna. Poderia haver maior manifestação de amor?
5. Leia 2 Pedro 2:1-17. Quais palavras fortes e condenatórias foram apresentadas nesse texto? Ao mesmo tempo, em meio a essa severa advertência e condenação, que grande esperança nos é prometida?
Observe o que Pedro escreveu no verso 10 sobre aqueles que desprezam a autoridade. Que repreensão severa ao que também é uma realidade em nossos dias! Como corpo da igreja, devemos trabalhar com base no princípio de que devem existir certos níveis de autoridade (Hb 13:7, 17, 24), e somos chamados a nos submeter e obedecer-lhes, pelo menos na medida em que essas autoridades estão sendo fiéis ao próprio Senhor. Embora não se possa dizer que Adão e Eva desprezaram a autoridade, eles acabaram desobedecendo ao Criador.
"A fim de compreendermos o que está envolvido na obra da educação, necessitamos considerar tanto a natureza do homem quanto o propósito de Deus ao criá-lo. Precisamos também considerar a mudança na condição do homem em virtude da entrada do conhecimento do mal e o plano de Deus para ainda cumprir Seu glorioso propósito na educação da humanidade.
“Quando Adão saiu das mãos do Criador, trazia em sua natureza física, intelectual e espiritual a semelhança de seu Criador. ‘Criou Deus o homem à Sua imagem’ (Gn 1:27), e era Seu propósito que quanto mais o homem vivesse tanto mais plenamente revelasse essa imagem, refletindo ainda mais a glória do Criador. Todas as suas habilidades eram passíveis de desenvolvimento; sua capacidade e vigor deveriam aumentar continuamente. Era ampla a esfera disponível à sua atividade, e magnífico o campo aberto à sua pesquisa. Os mistérios do Universo visível […] convidavam o homem ao estudo.
“Aquela comunhão com Seu criador, face a face e com intimidade, era seu grande privilégio. Se ele tivesse permanecido fiel a Deus, tudo isso teria sido seu para sempre. […] Mais e mais amplamente teria cumprido o objetivo de sua criação, mais e mais teria refletido a glória do Criador. […]
“Uma vez que Deus é a fonte de todo o verdadeiro conhecimento, o primeiro objetivo da educação é, como temos visto, dirigir a mente à revelação que Ele faz de Si mesmo. Adão e Eva adquiriam o saber mediante a comunhão direta com Deus, e a Seu respeito aprendiam por meio de Suas obras. Todas as coisas criadas, em sua perfeição original, eram uma expressão do pensamento de Deus. Para Adão e Eva, a natureza estava repleta de sabedoria divina. Porém, pela transgressão, o homem e a mulher foram impedidos de aprender de Deus mediante a comunhão direta e, em grande parte, por meio de Suas obras.
“A Terra, corrompida e maculada pelo pecado, não reflete senão palidamente a glória do Criador. É verdade que Suas lições objetivas não se apagaram. Em cada página do grande livro de Suas obras criadas ainda se pode perceber os traços de Sua escrita. A natureza ainda fala de seu Criador. No entanto, essas revelações são parciais e imperfeitas. […] Necessitamos da revelação mais ampla que Deus nos concedeu de Si mesmo em Sua Palavra escrita. […]
“Cada ser humano criado à imagem de Deus é dotado de uma característica própria do Criador: a individualidade, a capacidade de pensar e agir. […] A verdadeira educação desenvolve essa qualidade divina, preparando os jovens para que sejam pensantes e não meros refletores do pensamento dos outros” (Ellen G. White, Educação, p. 14-17).
DISCUSSÃO
Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais.
Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- Quais outros aspectos do caráter de Deus você observa no segundo relato da Criação (veja Gênesis 2)?
- Por que a criação ex nihilo (ou seja, a partir do “nada”) é tão importante para a veracidade bíblica da Criação?
- Você acredita que modificar a narrativa da Criação (por exemplo, rejeitando-a abertamente, ou considerando-a um mito, parábola ou metáfora) afeta nossa compreensão do caráter de Deus? De que maneira?
- Como podemos ser mais perfeitos física, espiritual, emocional e mentalmente?
- Por que a história da Criação é essencial para uma compressão correta de individualidade e identidade pessoal?