Copie Gênesis 3:1-15 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Gênesis 3:6-9. Você também pode reescrever a passagem com suas próprias palavras ou fazer um esboço do texto.
1. Leia Hebreus 1:1-4. Quais são os argumentos mais importantes defendidos pelo apóstolo a respeito de Jesus no início da Epístola aos Hebreus?
No passado, a revelação de Deus tinha vindo de maneira fragmentada por meio dos profetas; em Jesus, no entanto, a revelação final e completa de Deus chegou até nós.
2. Leia 2 Coríntios 4:1-6. Quem é Jesus e o que aprendemos com Ele? (Compare com Hebreus 1:1-4).
Ao instruírem as pessoas sobre Deus, Paulo e seus companheiros buscavam refletir o próprio ministério de ensino de Jesus acerca do Pai. Sendo “a imagem de Deus” (2Co 4:4), Jesus nos trouxe o conhecimento de Deus, o Pai. Semelhantemente, Paulo evitou enganos e distorções da Palavra de Deus e, em vez disso, apresentou a verdade claramente (2Co 4:2).
Enquanto os dois primeiros capítulos de Gênesis apresentam Deus, o Filho, como agente da Criação, o terceiro capítulo se concentra na tentativa de “criação” por parte de Adão e Eva. Eles juntaram folhas de figueira e se esforçaram para criar vestes com o objetivo de cobrir a nudez. Sem obter sucesso para se esconderem do Criador, Adão disse: “Ouvi Teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi” (Gn 3:10). Quando Deus substituiu as vestes deles por roupas de pele, a Bíblia enfatiza que “Ele as fez” para o casal (Gn 3:21).
Quando Deus criou Adão e Eva, eles naturalmente se rendiam ao Criador porque confiavam em Sua sabedoria, poder e amor. E por saberem que Ele era infinitamente mais sábio, poderoso e amoroso, confiar Nele era surpreendentemente fácil. O que faz Deus diferente de nós são Suas virtudes distintas: sabedoria, poder e amor. A estabilidade de todo o Universo se fundamenta nessas três qualidades. Se Deus não tivesse poder, sabedoria ou amor necessários, as repercussões no cosmos seriam inimagináveis.
Antes do pecado, Adão e Eva viviam felizes e em harmonia com o Criador. No entanto, essa harmonia dependia de sua completa obediência a Ele. A união entre o Criador e eles era tão íntima que, quando foi pedido a Adão que escolhesse nomes para todos os animais, Deus aprovou completamente (Gn 2:20).
Na cosmovisão de Adão e Eva, Deus era perfeito, e Sua perfeição era a base para a unidade, felicidade e confiança.
Contudo, Satanás introduziu uma nova e conflitante interpretação da realidade, uma nova cosmovisão. Deus havia alertado Adão e Eva sobre a árvore do conhecimento do bem e do mal: “No dia em que dela comer, certamente você morrerá” (Gn 2:17). Mas o tentador disse: “Certamente não morrerão!” (Gn 3:4). Se Deus estivesse errado, Ele deixaria de ser confiável. Assim, na árvore do conhecimento do bem e do mal as apostas foram altíssimas.
Satanás não somente estava acusando Deus de estar errado, mas também de ser tirano e egoísta: “Na verdade, Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gn 3:5). O inimigo estava dizendo a Eva que Deus a estava impedindo de se tornar como Ele: imortal e onisciente. A implicação de Satanás era de que Adão e Eva estavam sendo impedidos de atingir todo o seu potencial.
Iludida pela serpente, e em dúvida sobre o caráter de Deus, Eva mudou sua cosmovisão. Ela “viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento” (Gn 3:6). A humanidade hoje vive sob a mesma realidade de julgar pelo que vê. Temos a tendência de entender o mundo ao nosso redor pelos nossos sentidos, em vez de pela Palavra de Deus, porque confiamos naturalmente em nós mesmos mais do que no caráter de Deus. Esse é o golpe mais catastrófico para a educação!
3. Leia João 1:14, 18. Qual foi o resultado de Cristo ter Se tornado um ser humano? Como Verbo, que luz Ele trouxe? Quais qualificações Ele possui para realizar tal feito?
“Havia apenas uma esperança para a humanidade: a de que […] o conhecimento de Deus fosse restaurado no mundo. Cristo veio para restaurar esse conhecimento. Veio para remover o falso ensino pelo qual os que pretendiam conhecer a Deus O haviam representado de maneira errada. Veio para manifestar a natureza de Sua lei e revelar em Seu caráter a beleza da santidade” (Ellen G. White, Educação, p. 74-76).
4. O próprio Jesus disse: “Quem Me vê a Mim vê o Pai” (Jo 14:9). Qual foi o contexto dessa declaração? Por que Ele disse isso? (Jo 14:1-14).
Todas as ações de Jesus durante Sua vida na Terra tinham um único propósito: “a revelação de Deus para o reerguimento da humanidade” (Educação, p. 82).
Nossa visão de mundo determina tudo. Para fazer com que Adão e Eva caíssem em pecado no Jardim do Éden, Satanás precisou enganá-los completamente e mudar a cosmovisão deles, a qual era contrária ao que Deus havia estabelecido. Algumas pessoas argumentam que Eva foi enganada, enquanto o pecado de Adão foi mais deliberado. Independentemente da motivação, Adão pecou porque também teve uma visão incorreta de Deus. Ele foi enganado quando adotou uma cosmovisão defeituosa. Como vimos no estudo de ontem, no diálogo do inimigo com Eva encontramos pelo menos três enganos sutis:
Olhos abertos – As palavras de Satanás a Eva, de que seus olhos seriam abertos se ela comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, eram verdadeiras em certo sentido. O versículo seguinte diz: “Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se” (Gn 3:7). No entanto, pelas consequências que sobrevieram a eles após pecarem, seus olhos se tornaram fechados. Sua visão espiritual ficou obscurecida e a capacidade mental limitada.
Infelizmente, possuímos também essa visão limitada que paradoxalmente reconhece uma falha em nossa condição humana, mas, ao mesmo tempo, teimosamente nos mantém cegos. Nossos olhos, às vezes, se abrem apenas para admitir a vergonha do racismo, do orgulho, da luxúria e da ganância. Cristo disse que é preciso que nossos olhos sejam abertos e convertidos: “das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé em Mim” (At 26:18).
Ser como Deus – Na árvore do conhecimento do bem e do mal, Satanás transformou a semelhança com Deus em algo que precisava ser protegido. Essa semelhança, isto é, a santidade, era uma dádiva que havia sido oferecida gratuitamente a Adão e Eva quando foram criados. Não era algo que exigisse obras deles. Não era algo a ser obtido. A santidade era algo que deveriam apenas desenvolver e desfrutar. A rendição altruísta era a chave para manter esse presente, desde que se entregassem totalmente ao Criador.
Contudo, de maneira ardilosa, o inimigo colocou na mente de Eva que ela seria como Deus, e que a verdadeira semelhança com Deus era um estágio que ainda estava para ser alcançado. Ironicamente, Eva foi levada a acreditar que santidade era exatamente o oposto do que realmente é. Assim, o engano do adversário foi transformar a santidade em egoísmo e tornar o egoísmo atraente para Eva.
Conhecer o bem e o mal – O terceiro engano de Satanás foi em relação ao conhecimento. Ele convenceu Eva de que o conhecimento que ela possuía era incompleto. O tentador disse a Eva que ela poderia aumentar o conhecimento que já possuía “se” experimentasse o fruto da árvore. O inimigo continua usando esse mesmo argumento hoje, dando a impressão de que conhecer mais, inclusive o que está em desarmonia com a vontade de Deus, é melhor do que conhecer apenas o que é bom.
No entanto, esse engano acaba destruindo a vida das pessoas que acreditam nele. O que é bom é eterno, enquanto o mal é efêmero. Satanás astutamente fez com que Adão e Eva adotassem uma cosmovisão de uma falsa concepção de excelência, às custas de uma fonte eterna do que é bom e verdadeiro.
5. Leia Filipenses 2:1; 4:2, 3. Qual era a preocupação de Paulo em relação à comunidade cristã de Filipos? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) A questão da saúde dos membros da igreja de Filipos.
B. ( ) A preocupação de Paulo era a unidade dos membros.
6. Como Paulo introduziu Filipenses 2:5-11? Dos eventos da vida de Jesus celebrados por Paulo, quais, em sua opinião, ele esperava que os cristãos refletissem em sua vida? Fp 2:6-11
Paulo esperava que os cristãos de Filipos, que eram inclinados a discussões, aprendessem com Jesus e com Sua encarnação. Se Cristo adotou a forma humana, “assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens” (Fp 2:7), e até Se submeteu à crucifixão, quanto mais eles deveriam se submeter uns aos outros por amor?
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave (Gn 3:1-15) da lição desta semana:
- Romanos 6:23
- Isaías 59:1, 2
- Efésios 1:7-10
Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com a maneira de Deus nos salvar?
7. Leia 2 Coríntios 5:16-21. Por que a reconciliação está no centro da encarnação de Cristo e de Sua função como Mestre? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Porque estávamos separados de Deus. Cristo veio nos reconciliar com o Pai.
B. ( ) Porque Cristo Se tornou pecaminoso para que Deus Se reconciliasse conosco.
8. Leia Lucas 2:8-20. Imagine-se com os pastores, contemplando a manjedoura. O que você vê?
9. Leia Mateus 2:1-12. Como os magos do Oriente reagiram às notícias do nascimento de Jesus? Qual foi a reação de Herodes? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Herodes e os magos ficaram felizes com a notícia do nascimento de Jesus.
B. ( ) Herodes ficou alarmado; os magos, porém, buscavam adorá-Lo.
Antes de contar Sua primeira parábola ou realizar Seu primeiro milagre, o Mestre já era digno de adoração por ser quem Ele é. A fim de compreender plenamente o posterior ministério de ensino de Jesus, precisamos nos unir a esses primeiros discípulos, os magos do Oriente, em sua adoração ao Senhor. Aquele cujos ensinamentos admiramos é mais do que um educador sábio. Ele é Deus, que veio habitar com os homens. A educação cristã está fundamentada na adoração a Cristo.
Em sua advertência e conselho aos colossenses, Paulo apresentou várias questões essenciais. Ele escreveu: “Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo” (Cl 2:8). A Nova Versão Transformadora assim traduz esse texto: “Não permitam que outros os escravizem com filosofias vazias e invenções enganosas provenientes do raciocínio humano, com base nos princípios espirituais deste mundo, e não em Cristo” (Cl 2:8). A implicação é que, a menos que haja esforço intencional de vigilância de nossa parte, certamente nos tornaremos prisioneiros, porque nossa condição humana é suscetível de acreditar no que é vazio e enganoso.
Paulo nos adverte que as “tradições humanas”, fundamentadas no “raciocínio humano” e nos “princípios espirituais deste mundo”, são antagônicas a Cristo. Além disso, essas “filosofias vãs” são enganosas, pois parecem ser satisfatórias, enquanto na verdade são incapazes de realizar algo significativo em nossa vida. Em outras palavras, as “tradições humanas” e os “princípios espirituais deste mundo” parecem abrir nossos olhos e nos tornar deuses, levando-nos a conhecer o bem e o mal, quando, na verdade, isso é possível somente em Cristo, em quem “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2:9).
A igreja de Colossos lutava com a mesma tentação que muitos têm hoje: acreditar que mesmo uma pequena quantidade de filosofia humana pode ser útil no esforço para se tornar mais semelhante a Jesus. No entanto, o objetivo de Cristo é livrar-nos de tudo o que é mundano, porque a raiz do mundanismo, segundo a Bíblia, é o esforço humano o qual é impotente para nos transformar.
Um dos problemas da igreja dos colossenses era a tentativa de alcançar a santidade pelos méritos próprios. Paulo apresentou a solução para essa cosmovisão distorcida em sua carta aos filipenses: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-Se; mas esvaziou-Se a Si mesmo, vindo a ser Servo, tornando-Se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-Se a Si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fp 2:5-8).
Hoje, pela fé, podemos combater esse engano satânico permitindo que a mente de Cristo esteja em nós (Fp 2:5). Quando Cristo morreu, Ele obteve o direito de nos disponibilizar Seus méritos para que pudéssemos continuar a jornada da educação que nos conduzirá à vida eterna. Nesse mundo decaído, é preciso confiar crendo que conhecer o Salvador é mais valioso do que qualquer outra coisa.
"Com o pecado, a semelhança divina ficou obscurecida, sendo quase que totalmente apagada. Enfraqueceu-se a capacidade física do homem e sua capacidade mental diminuiu; sua visão espiritual também foi afetada. Tornou-se sujeito à morte. Apesar disso, o ser humano não foi deixado sem esperança. Com infinito amor e misericórdia, foi concebido o plano da salvação, concedendo-lhe um tempo de graça.
“Restaurar no homem a imagem de seu Autor, levá-lo de novo à perfeição em que fora criado, promover o desenvolvimento físico, mental e espiritual para que se pudesse perceber o propósito divino de sua criação – essa devia ser a obra da redenção. Esse é o objetivo da educação, o grande objetivo da vida.
“O amor, base da criação e redenção, é o fundamento da educação verdadeira. […] O primeiro e grande mandamento é: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento’ (Lc 10:27). Amá-Lo […] implica o mais alto desenvolvimento de todas as potencialidades. […]
“Semelhante ao primeiro é o segundo mandamento: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22:39). A lei do amor pede a consagração do corpo, da mente e da alma ao serviço de Deus e de nossos semelhantes. E esse serviço, ao mesmo tempo em que faz de nós uma bênção aos outros, traz sobre nós mesmos as maiores bênçãos. […] Por intermédio do serviço abnegado, cada habilidade adquire o mais elevado desenvolvimento. De maneira cada vez mais plena, nos tornamos participantes da natureza divina. […]
“Para Adão e Eva, a natureza estava repleta de sabedoria divina. Porém, pela transgressão, o homem e a mulher foram impedidos de aprender de Deus mediante a comunhão direta e, em grande parte, por meio de Suas obras. […]
“A natureza ainda fala de seu Criador. No entanto, essas revelações são parciais e imperfeitas. E, em nosso estado decaído, com capacidades enfraquecidas e visão restrita, somos incapazes de interpretá-las corretamente. Necessitamos da revelação mais ampla que Deus nos concedeu de Si mesmo em Sua Palavra escrita.
“As Escrituras Sagradas são a perfeita norma da verdade, e, como tal, a elas se deve dar o mais alto lugar na educação. Para obter uma educação digna desse nome devemos receber conhecimento de Deus, o Criador, e de Cristo, o Redentor, como se encontra revelado na Palavra Sagrada. […]
“O mesmo nos é sugerido também pela natureza. Apesar de maculada pelo pecado, ela fala não somente da criação, mas também da redenção. […] As árvores lançam fora suas folhas apenas para se vestirem de folhagem mais verdejante; as flores morrem, para brotar com nova beleza; e, em cada manifestação do poder criador, existe a segurança de que podemos de novo ser criados em ‘justiça e santidade’ (Ef 4:24). Assim os próprios elementos e as ações da natureza, que nos trazem à mente e de maneira tão vívida nossa grande perda, tornam-se mensageiros da esperança” (Ellen G. White, Educação, p. 15-17, 27).
DISCUSSÃO
Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais.
Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- Imagine um cenário no qual exista grande capacidade de desenvolvimento, mas não de tempo suficiente; ou outro, em que exista tempo suficiente, mas não capacidade de desenvolvimento.
- Como o pecado “quase” apagou a imagem de Deus na humanidade?
- Mencione alguns elementos da cosmovisão apresentada por Satanás em Gênesis 3 que podem ser encontrados nas cosmovisões contemporâneas.
- As teorias e os valores modernos da educação refletem os princípios divinos?
- De que maneira redenção e a educação estão interligadas?