O Novo Testamento revela quem é Jesus. Ele viveu, morreu, ressuscitou e prometeu retornar à Terra para dar vida eterna aos que nEle crerem. Quando crianças, provavelmente, nossas primeiras palavras ao orar eram: “Querido Jesus”. Certamente, também cantamos hinos sobre Jesus, encenamos peças no Natal em Sua honra e comemoramos Sua ressurreição na Páscoa.
Por meio de nossa compreensão de Jesus, podemos conhecer mais a respeito de Deus, o Pai. Cristo disse: “Quem Me vê, vê o Pai. […] As palavras que Eu lhes digo não são apenas Minhas. Pelo contrário, o Pai, que vive em Mim, está realizando Sua obra. Creiam em Mim quando digo que estou no Pai e que o Pai está em Mim” (Jo 14:9-11). Se cremos no que Jesus disse, podemos crer que sabemos tanto sobre Deus Pai quanto sobre Deus Filho.
Como evidência de que a compreensão sobre o Pai vai se aprofundando, à medida que as pessoas passam da infância para a idade adulta, muitos deixam de orar a Jesus e passam a dirigir suas orações a Deus Pai e a iniciá-las com as palavras “Querido Senhor” ou “Nosso Pai celestial”.
Mas não sentimos a mesma ligação com a terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. A maioria de nós conhece pouca coisa sobre Ele, além da promessa de Jesus aos discípulos de que O enviaria quando fosse para o Céu (ver Jo 16:12-14) e das fantásticas línguas de fogo que Ele produziu no Pentecostes. Ele é o menos compreendido dos Três.
Temos poucos hinos dedicados ao Espírito Santo. Não temos comemorações em Sua honra. Não oramos usando Seu nome no princípio nem no fim da oração. Mas como poderíamos orar sem o Espírito Santo? Paulo diz em Romanos 8:26: “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.
Nesta semana vamos estudar sobre Deus, o Espírito Santo, adorado como uma das pessoas do “Deus triúno” (HASD, 585).
Renard K. Doneskey | Keene, Texas, EUA
1. Leia João 3:3-8 e Ezequiel 37:5, 9. Por que o vento é uma ilustração apropriada para a atuação do Espírito Santo?
A. ( ) O Espírito é um sopro; portanto, um vento.
B. ( ) Assim como não sabemos para onde vai o vento nem de onde ele vem, assim também ocorre com os nascidos do Espírito.
Há algo misterioso nos movimentos do vento. É difícil prever com exatidão de onde ele vem e para onde vai. De maneira semelhante, o Espírito Santo atua onde Ele quer. Ninguém pode controlá-Lo, mas podemos saber onde Ele está atuando. Ele é invisível como o vento e age com poder. Quando o Espírito Santo é descrito como o vento, Sua atuação tem sido relacionada à ideia de trazer vida aos mortos. Isso pressupõe poder à potência máxima, algo que somente Deus é capaz de realizar. A maneira pela qual isso é realizado permanece um mistério. Deus e Sua atuação mediante o Espírito Santo estão além do que podemos compreender plenamente.
Ellen G. White declarou apropriadamente: “Os mistérios da Bíblia, longe de ser um argumento contra ela, acham-se entre as maiores evidências de sua inspiração divina.” (Educação, p. 170).
Pelo fato de que o Espírito Santo é o parakletos, cujo significado é “aquele que é chamado para estar ao lado”, Ele está envolvido na história dos seres humanos. Ao descrever a atuação do Auxiliador, o parakletos, Cristo disse: “Ele […] convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16:8).
No santuário terrestre, o Espírito Santo era representado pelo óleo que abastecia o castiçal (Cristo, a luz do mundo [Jo 8:12]). Mas a representação e atuação do Espírito Santo não Se limita apenas à simbologia nem aos componentes do santuário. Ele também atua por meio de nós.
Em Mateus 5:14, Cristo nos diz: “Vocês são a luz do mundo.” Toda luz, seja ela uma vela ou uma lâmpada, precisa da energia extraída de algum combustível. O Espírito Santo é esse combustível. Para que uma candeia continue acesa, ela precisa de óleo. Na parábola das dez virgens, as que tinham o óleo, que representa o Espírito Santo, entraram no banquete nupcial. Em nossos dias, o óleo pode ser comparado à eletricidade. Se você não tiver eletricidade, sua lâmpada não irá funcionar. Cristo nos chama a manter nossa lâmpada sempre acesa para tirar pecadores das trevas do pecado.
A única maneira de conseguir isso é pedir constantemente ao Espírito Santo que nos “energize” e nos encha com Seu poder. Êxodo 31:3 menciona que Bezalel foi cheio do “Espírito de Deus” e teve “plena capacidade artística” para fabricar os utensílios do santuário. Toda vez que houver algo que você não consegue fazer, peça pelo Espírito Santo, o parakletos, e Ele Se colocará ao seu lado para ajudá-lo. Ao permitir que o Espírito Santo atue em nossa vida, poderemos usar nossos talentos para refletir a glória de Deus.
Loisbet Marie Castro | Keene, Texas, EUA
A primeira grande obra de Deus neste planeta foi sua criação, da qual o Espírito Santo também é um agente (ver Gn 1:1, 26; Jó 33:4).
2. Leia os seguintes textos: Gn 1:2; Jó 26:13; 33:4; Sl 33:6; 104:29, 30. Qual foi a função do Espírito Santo na criação? Que relação há entre o Espírito de Deus e a criação da vida?
O Espírito Santo _________________________________________________________________ sobre a face das ___________________________________________________________________________________________ na criação. É Ele quem dá o __________________________________________________________________________ de vida à matéria inanimada. Ele __________________________________________________________________________ o nosso corpo.
A história da criação, em Gênesis 1:2, menciona a presença do Espírito de Deus. As citações bíblicas mencionadas acima endossam o papel ativo do Espírito Santo na obra da criação. Ele não aparece como protagonista na história da Criação. Em vez disso, Ele “pairava” (Gn 1:2) sobre o vazio e, por meio de Seu movimento esteve presente na origem da vida na Terra.
A palavra hebraica (merahepeth) empregada em Gênesis 1:2 para “mover-se sobre” ou “pairar” sobre a superfície da Terra é a mesma utilizada em Deuteronômio 32:11, onde Deus é comparado a uma águia que paira sobre Sua ninhada.
Vento, fôlego e espírito (Gn 1:2; 1Rs 19:11; Jo 3:8; At 2:2, 4). O Espírito Santo tem estado em ação ao longo de toda a História, no entanto, longe dos holofotes. Assim é a atuação do Espírito. Ela é imperceptível, suave. Semelhante ao vento ou ao sopro. Ruach é a palavra hebraica para “espírito”, um termo rico em significado. No Antigo Testamento, ruach também significa “fôlego” ou “vento”, e isso não é coincidência. As qualidades do vento e do sopro refletem as capacidades e características do Espírito Santo. Por exemplo, vento e sopro são ar em movimento, e o ar é vital para a manutenção da vida. O Espírito é a fonte da vida (Jó 33:4). O vento e o sopro não têm forma, porém, podem ser reconhecidos por seus movimentos; de idêntica maneira, o Espírito não tem forma explícita, mas é reconhecido por Seus frutos (Gl 5:22, 23). O vento e o sopro agem com diferentes intensidades; o Espírito atua de diversas maneiras, desde um vento impetuoso (1Rs 19:11) até um vento calmo e flutuante (Gn 1:2). Na primeira vez que encontramos o Espírito na Bíblia, em Gênesis 1:2, Ele Se movia sobre a Terra sem forma e vazia. A impressão dada pela palavra hebraica para “mover-se”, nessa passagem, é de algo bem suave, semelhante ao vento.
O Novo Testamento traz a ideia da continuidade dessa atuação do Espírito Santo. A palavra grega pneuma significa “espírito” ou “vento”. Para Nicodemos, Cristo disse: “O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito” (Jo 3:8). E no Pentecostes vemos, mais uma vez, a similaridade entre o Espírito e o vento: “De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. […] Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava” (At 2:2, 4).
A criação (Gn 1:2; 2:7; Sl 104:29, 30). Na história da criação (Gn 1:2) o Espírito Santo é mencionado pela primeira vez. Ele estava Se movendo sobre o planeta Terra, em formação. Embora a palavra hebraica traduzida pelo verbo “mover-se” transmita o sentido de vento, a raiz da palavra, rachaph, também comunica a impressão de uma galinha chocando seus ovos. De idêntica maneira, o Espírito estava preparando nosso planeta para que a vida pudesse existir.
Quando Deus deu vida ao corpo de Adão, formado do barro, Ele o fez por meio do sopro divino. “Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2:7). A palavra relacionada a sopro nesse verso é diferente de ruach, mas retrata ideia semelhante: o Espírito Santo, o sopro de Deus, o vento de Deus, é a fonte de vida para todo ser humano. O salmo 104 ecoa isso nos versos 29 e 30: “Se lhes cortas a respiração, morrem e voltam ao seu pó. Envias o Teu Espírito, eles são criados” (ARA). Sem o Espírito não há vida. Portanto, o Espírito Santo é tão responsável pela criação quanto o Pai e o Filho. Mas, o verso 30 não termina aí. Ele continua, dizendo: “E, assim, renovas a face da Terra” (ARA).
A recriação (Ez 37). O Espírito também é responsável pela recriação. O vale dos ossos secos de Ezequiel 37 pode ser visto como representação simbólica da cena da criação em Gênesis 1. Deus, por meio do Seu Espírito, levou Ezequiel de um lado para outro (v. 2), num vale repleto de ossos secos. A expressão hebraica traduzida como “de um lado para outro” traz a ideia de “fluidez”. Pode-se aplicar à passagem da água ou do vento sobre um terreno, como ocorreu na criação. Deus disse a Ezequiel que profetizasse aos ossos secos, prometendo-lhe que Seu ruach entraria neles e eles voltariam a viver. “Porei um espírito [ruach] em vocês, e vocês terão vida. Então vocês saberão que Eu sou o Senhor” (v. 6). Quando o profeta anunciou a promessa divina, os ossos começaram a se juntar, um a um. As palavras resultaram em uma recriação, assim como ocorreu na criação dos nossos primeiros pais em Gênesis. E, de idêntica maneira, os corpos em Ezequiel 37 eram apenas corpos sem vida até que Deus enviou Seu fôlego, ou vento, para entrar neles. Depois que o ruach entrou nos corpos, eles passaram a ter vida novamente. “Profetizei conforme a ordem recebida, e o espírito [ruach] entrou neles; eles receberam vida e se puseram de pé. Era um exército enorme!” (v. 10).
Assim como aqueles ossos secos, também podemos ser recriados pelo Vento de Deus, pelo Sopro da Vida, o ruach, o pneuma. Deus nos oferece isso em Ezequiel 36:26, 27: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito [ruach] novo em vocês. […] Porei o Meu espírito [ruach] em vocês e os levarei a agirem segundo os Meus decretos e a obedecerem fielmente às Minhas leis”. Podemos experimentar a mesma recriação que Ezequiel viu acontecer com os ossos secos. E se alguém perguntar: “Esses ossos poderão tornar a viver?” (Ez 37:3), podemos responder com absoluta certeza: “Sim, o Espírito pode renová-los.”
Melissa Anderson | Keene, Texas, EUA
“E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles” (Êx 25:8).
3. Leia Êxodo 31:1-5. Qual foi o envolvimento do Espírito Santo na construção do Santuáro? Como Ele auxiliou aqueles que construíram a habitação de Deus? Complete as lacunas:
O Espírito Santo deu àqueles homens ___________________________________________________ e plena ______________________________________________________ artística para ____________________________________________________, fazer trabalhos em ouro, ________________________________________________ e ___________________________________________________, para talhar e esculpir ___________________________________________ e realizar todo tipo de obra ___________________________________________.
O santuário era o modelo de Deus para ilustrar Seu plano de salvação. Deus habitaria no meio de Seu povo de maneira especial. Era a obra do Espírito Santo capacitar os homens a executar, com habilidade artística e beleza, o projeto de Deus.
“Jesus está esperando para soprar sobre todos os Seus discípulos, dar-lhes a inspiração de Seu Espírito santificador e transmitir a influência vital dEle para Seu povo. Ele quer que entendam que, daí em diante, não podem servir a dois senhores. Sua vida não pode estar dividida. Cristo deve viver em Seus agentes humanos, atuar por meio de suas faculdades e agir através de suas habilidades. A vontade deles deve estar submissa à Sua e devem agir com Seu espírito, para que não seja mais eles que vivam, mas Cristo viva neles. Jesus está procurando impressioná-los com a ideia de que, ao lhes dar Seu Santo Espírito, está lhes dando a glória que o Pai Lhe deu, para que Ele e Seu povo possam ser um em Deus. Nosso desejo e vontade devem estar submissos à vontade de Deus, pois sabemos que ela é santa, justa e boa.”¹
“O Espírito Santo é um agente livre, atuante e independente. O Deus do Céu usa Seu Espírito da maneira que Lhe agrada, e a mente, o raciocínio e os métodos humanos não podem limitar Sua atuação nem determinar o canal através do qual Ele irá atuar, da mesma forma que não podem dizer ao vento: ‘Ordeno-lhe que sopre em tal direção, e que se comporte de tal e tal maneira.’”²
“‘Ele vos guiará em toda a verdade’, declarou o Salvador (Jo 16:13). [...] O Espírito tomará as coisas de Deus e as gravará no coração. Por Seu poder o caminho da vida se tornará tão claro que ninguém o errará.”³
“Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por esses terrenos.”4
“O Consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu, é o Espírito em toda a plenitude da Divindade, tornando manifesto o poder da graça divina a todos quantos recebem e creem em Cristo como Salvador pessoal.5
1. Ellen G. White, “Faith Brings Light,” The Signs of the Times, 3 de outubro de 1892.
2. Ellen G. White, “The Work of the Holy Spirit,” The Signs of the Times, 8 de março de 1910.
3. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 53.
4. ___________ , Evangelismo, p. 616
5. Ibid., p. 615.
Benjamin Ermshar | Keene, Texas, EUA
O Espírito Santo atuou intensamente na época do Antigo Testamento. Com a vinda de Jesus, o Messias prometido, o ministério do Espírito Santo foi intensificado e Ele passou a conceder Seus dons a todos os cristãos. Embora o Novo Testamento revele que o Espírito Santo atua de muitas maneiras diferentes em nossa vida espiritual e na vida da igreja, talvez Sua obra mais importante seja a de glorificar Jesus Cristo.
4. Leia João 16:13, 14; 15:26. De acordo com Jesus, qual é a obra do Espírito Santo? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Dar-nos esperança.
B. ( ) Fazer-nos enxergar nossa pequenez e nos humilharmos diante de Deus.
C. ( ) Acusar-nos dos nossos pecados, para que nos lembremos do Senhor Jesus.
D. ( ) Guiar-nos à verdade, convencer-nos do mal, dar testemunho de Cristo e glorificá-Lo.
Jesus disse que o Espírito Santo não fala de Si mesmo, mas dEle. Sua obra consiste em exaltar a obra redentora de Cristo.
Enquanto Jesus falava aos discípulos sobre Sua breve partida para o Céu, confortou-os dizendo que enviaria o Espírito Santo. Assegurou-lhes que, quando o Consolador viesse, ocuparia o lugar dEle. Cristo também mencionou que o Espírito Santo testemunharia a respeito dEle (Jo 15:26) e convenceria o mundo “do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16:8).
Depois que Jesus subiu ao Céu, o Espírito Santo Se tornou o Agente de nossa ligação com Ele. O Espírito atrai e guia os pecadores para que conheçam a salvação em Cristo. O Espírito glorifica Jesus e continua o ministério que Ele iniciou. Como podemos glorificar Jesus por meio do Espírito Santo? Eis aqui alguns passos:
Pedindo que o Espírito Santo dirija nossa vida. Precisamos orar e pedir que Deus encha nosso coração com o poder do Espírito Santo. Ele nos purifica e santifica (2Ts 2:13; 1Pe 1:2). Para glorificar a Cristo, precisamos ser purificados.
Sendo humildes. O Espírito Santo não fala “de Si mesmo”, mas nos guia à verdade tributando glória a Jesus (Jo 16:13). Podemos aprender com a humildade do Espírito Santo e, assim, avaliar nossos motivos e nos certificar de que nossos atos estão glorificando a Cristo e não a nós mesmos. O Espírito Santo também nos afasta dos desejos carnais e nos permite cumprir a justiça da lei. (Rm 8:5).
Estando preparados. Precisamos estar preparados para o que Deus nos reserva. O resultado da plenitude do Espírito em nossa vida será o desenvolvimento do fruto do Espírito (Gl 5:22, 23) e também a utilização dos dons que Ele nos dá para servir a Deus (1Co 12). Usaremos nossos dons para glorificar a Deus e cumprir a missão.
Colette Dente | Keene, Texas, EUA
O Espírito Santo foi o responsável pela encarnação de Jesus (Lc 1:34, 35). Ele O ungiu por ocasião do batismo (Lc 3:21, 22). A unção de Jesus O dotou de poder para cumprir Sua tarefa messiânica e O habilitou a conceder o Espírito Santo aos discípulos. O Espírito guiou e sustentou Jesus em Suas tentações (Mc 1:12; Mt 4:1; Lc 4:1, 2, 14) para que Ele fosse “capaz de socorrer aqueles que estão sendo tentados” (Hb 2:18, NVI; compare com Hb 4:15, 16). O Espírito Santo habilitou Jesus para essa obra redentora (Hb 9:14) e tornou possível Sua ressurreição (1Pe 3:18). Em tudo isso, Ele ficou nos bastidores e ajudou a levar Jesus Cristo à preeminência.
5. Leia os seguintes textos: Lc 24:44-49, Gl 5:16-23, Ef 4:23, 24. O que eles nos ensinam sobre a obra do Espírito Santo? Como o Espírito Santo glorifica Jesus?
O Espírito Santo glorifica Jesus pelo menos das seguintes maneiras:
1. Ensinando sobre Jesus nas Sagradas Escrituras de maneira fidedigna.
2. Atraindo pessoas para uma vida de comunhão com Jesus.
3. Reproduzindo o caráter de Cristo em nós.
4. Ele nos habilita a ter uma vida cristã de amor e serviço aos outros.
Lembro-me de que, ao estudar a disciplina História da Igreja Adventista, fiquei surpreso ao saber que o Espírito Santo foi um dos assuntos mais controversos entre nossos pioneiros. Muitos deles não acreditavam que o Espírito Santo fosse uma Pessoa e não havia consenso quanto à Sua função na Trindade. Mais tarde, ao refletir e me aprofundar sobre o tema, concluí que a luta deles para entender o assunto não era tão surpreendente assim.
Raramente, o estudo do Espírito Santo tem sido o centro das nossas atenções. Jesus e o Pai são glorificados com frequência, mas a presença e importância do Espírito em nossa vida passa despercebida. Sua obra é realizada no coração das pessoas, e isso não é tão visível.
Sendo que o Espírito atua dessa forma, acho que seria importante para nossa caminhada cristã perguntar: “Então, o que o Espírito Santo faz? Como Ele afeta minha vida? Como posso saber quando Ele está atuando?” Talvez, devêssemos perguntar: “Por que é importante conhecer o Espírito?” Creio que esse mistério e a atuação silente do Espírito Santo seja, na verdade, para nosso benefício. A princípio isso é difícil de aceitar, porque sempre queremos entender as coisas que acontecem em nossa vida, saber como acontecem e por quê. Isso nos dá um senso de controle e segurança.
Somente o Senhor conhece o coração. E eu diria que o Espírito Santo conhece intimamente o coração. Quando oramos por outras pessoas que estão enfrentando lutas, talvez alguém que amamos e que abandonou a fé, ou alguém por quem nos sentimos impelidos a orar, mas que não mostra nenhum sinal da atuação divina, podemos conservar o ânimo e a confiança em Deus, porque a obra do Espírito Santo é sobrenatural e invisível. Sua obra nem sempre é notada e nem sempre é instantânea. Deus atua de maneira misteriosa em todos nós, à medida que Seu Espírito transforma nosso coração para torná-lo mais semelhante ao dEle. Cristo disse: “O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito” (Jo 3:8).
Renard A. Doneskey | Keene, Texas, EUA