Lição 8
17 a 23 de fevereiro
O impacto da fidelidade nos dízimos
“Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo, e que os que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar? Da mesma forma o Senhor ordenou àqueles que pregam o evangelho, que vivam do evangelho” (1Co 9:13, 14).
Prévia da semana: Compreender o impacto da devolução dos dízimos reforça nossa decisão de ser mordomos fiéis dos recursos que Deus colocou sob nosso controle.
Leitura adicional: Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, capítulo 67, “Ais Sobre os Fariseus”; Atos dos Apóstolos, capítulo 32, “Uma Igreja Liberal”
Domingo, 18 de fevereiro
Dando tudo

Jennifer era mãe solteira e tinha uma filhinha de dois anos, chamada Mia. Ela trabalhava em um supermercado em sua pequena cidade, no estado do Kansas, EUA. Com o baixo salário que recebia, Jennifer pagava o aluguel do apartamento e sustentava a casa. No entanto, quase não sobrava dinheiro para abastecer seu velho carro. O que fazer?

A igreja que frequentava era perto da sua casa. Aos sábados, ela e a filha iam a pé para economizar. Certo sábado, durante o culto, Jennifer ouviu o apelo para os dízimos e as ofertas. Ela abriu a Bíblia em Lucas 21:1-4. Depois, orou para que o Senhor a ajudasse a ser fiel como aquela viúva pobre da história contada por Jesus.

No entanto, ela pensou: “Como posso devolver o dízimo se não ganho o suficiente para cobrir minhas despesas?” Naquele momento, sentindo o toque do Espírito Santo, ela orou mais uma vez: “Senhor, humildemente Te peço que aumentes minha fé e confiança em Ti. Usarei o dinheiro destinado à compra dos alimentos para devolver meu dízimo. Por favor, me ajude a encontrar um meio de comprar os mantimentos e pagar a gasolina.”

No sábado seguinte, Jennifer entregou o dízimo na igreja. Havia deixado de comprar mantimentos para sua casa a fim de ser fiel a Deus. Na segunda-feira, Ela recebeu o telefonema do seu patrão oferecendo-­lhe um cargo de gerência. Seu salário foi aumentado para mais que o dobro do que ela ganhava. Agora Jennifer tinha recursos financeiros suficientes para comprar os alimentos e abastecer seu carro, e ainda sobrava algum dinheiro para outras necessidades.

Você tem enfrentado a mesma situação de Jennifer? Já deixou de comprar algo necessário para devolver o dízimo? Está temeroso de que suas necessidades não sejam supridas se for fiel na devolução dos dízimos e das ofertas ao Senhor? Você sabe qual é o significado da devolução dos dízimos e das ofertas, e qual é o seu propósito? Qual é o papel da fé em relação a isso?

Na lição desta semana vamos estudar o propósito do dízimo, o que é a Casa do Tesouro e a relação entre salvação pela fé e dízimo.

Ashley M. Wagner | Nova York, Nova York, EUA

Mãos à Bíblia

Jesus ordenou que pregássemos o evangelho (Mc 16:15). Como mordomos, nossa responsabilidade é manter essa missão por meio dos recursos que Deus nos confiou. Nossa participação aprofunda o compromisso pessoal de apresentar Cristo aos outros. Portanto, cada discípulo deve trazer os dízimos para a realização dessa obra sagrada. Nossa fidelidade em manter a missão fortalece nossa unidade de fé.

1. Qual é o plano financeiro aprovado por Deus para o cumprimento da missão? Qual é o significado das expressões “todos os dízimos” e “para que haja mantimento na Minha casa”? Ml 3:10

O dízimo é parte de um sistema de manutenção do ministério. Ele é a maior fonte de sustento e o método mais equitativo e equilibrado para o cumprimento da missão.

Se todos os cristãos devolvessem o dízimo honestamente, o resultado seria “quase inimaginável, simplesmente surpreendente, quase além da compreensão” (Christian Smith e Michael O. Emerson, Passing the Plate, Nova Iorque: Oxford University Press, 2008, p. 27).

Segunda-feira, 19 de fevereiro
A escolha é sua

Após o ataque terrorista nos Estados Unidos em setembro de 2001, ocorreu uma acentuada queda na devolução do dízimo entre os cristãos daquele país. O Instituto de Pesquisas Barna relatou que apenas 3% dos americanos estavam devolvendo o dízimo. Antes do ataque, eram 8%. Isso representou um decréscimo de 62% nas entradas de dízimo das igrejas cristãs americanas.

O princípio bíblico para a devolução do dízimo foi estabelecido por Deus. Abraão entregou a Melquisedeque o dízimo de tudo o que havia ganho. Ele reconheceu a bênção divina e devolveu ao Senhor uma parte do que havia recebido.

Em Números 18, Deus instruiu os israelitas, por meio de Moisés, a contribuir com o dízimo para o sustento dos sacerdotes e levitas que eram responsáveis pelos serviços do santuário. O povo de Israel contribuía com três dízimos: o anual regular (Nm 18:21, 24), o anual especial (Dt 14:22-27), e outro a cada três anos (Dt 26:12-15).

Há evidências de que, ao longo da história, outras sociedades praticavam um tipo de doação semelhante ao dízimo. Nações pagãs, como a Babilônia de Nabucodonosor, e governantes de povos pagãos, como gregos, fenícios, romanos e árabes, exigiam parte da renda dos seus cidadãos para oferecer aos deuses.

A igreja primitiva cresceu graças à fidelidade dos cristãos nos dízimos e ofertas. Entretanto, séculos depois, o Concílio de Trento (1545-1563) restringiu a liberdade de consciência a esse respeito. O membro católico que não devolvia o dízimo era excomungado.

Embora a devolução dos dízimos e ofertas seja um princípio bíblico, Deus nos dá liberdade de escolha. Não somos “obrigados” a devolver o dízimo. Porém, quando levamos nosso dízimo à casa do Senhor, estamos demonstrando que confiamos em Suas promessas. É a melhor maneira de dizer: “Ó Deus, confio ao Senhor minha vida, minhas finanças e tudo que sou e tenho.”

Deena Bartel-Wagner | Collegedale, Tennessee, EUA

Mãos à Bíblia

2. Leia 1 Pedro 3:8, 9. Qual é a relação entre ser abençoado e ser uma bênção aos outros? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Nenhuma, pois Deus abençoa a cada um de modo independente.

B.( ) O objetivo de Deus é que compartilhemos as bênçãos que Ele derramou sobre nós.

O ato de devolver o dízimo resulta em uma bênção dupla. Somos abençoados e também abençoamos outros. Podemos dar do que recebemos. As bênçãos de Deus nos alcançam internamente e aos outros, externamente (Leia Lc 6:38).

3. “Há maior felicidade em dar do que em receber” (At 20:35). Isso se aplica também ao dízimo?

A maior bênção trazida pelo ato de devolver o dízimo é que aprendemos a confiar em Deus (Jr 17:7). “O sistema especial de dízimos tem por base um princípio tão duradouro como a lei de Deus. Esse sistema foi uma bênção para os judeus, do contrário o Senhor não o teria dado a eles. Assim será igualmente uma bênção aos que o observarem até ao fim do tempo. Nosso Pai celestial não instituiu o plano da doação sistemática com o intuito de enriquecer-Se, mas para que fosse uma grande bênção ao ser humano. Viu que o referido sistema era exatamente aquilo de que o homem necessitava” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 404, 405).

Terça-feira, 20 de fevereiro
Portal para a justificação

Não encontramos nenhuma indicação bíblica de que o sacerdote Melquisedeque tenha requerido o dízimo de Abraão. Deus havia abençoado Abraão na batalha contra seus inimigos, e o patriarca reconheceu isso. A bênção pronunciada por Melquisedeque demonstrou a relação que existia entre Deus e Abraão (ver Hb 7). Essa deve ser a ligação entre Aquele que concede toda boa dádiva e a pessoa que devolve o dízimo. Ela se fundamenta nas bênçãos prometidas pelo Senhor. Em alguns casos isso pode incluir recompensas materiais, mas a maior bênção será a vida eterna.

O dízimo não é uma troca que fazemos com Deus. Não é algo meritório, do tipo “dou o dízimo para ganhar o Céu”. Naturalmente, o coração agradecido adora ao Senhor com a devolução do dízimo. É o coração que está pronto para o Céu.

Romanos 4:1-5. A segurança financeira prometida pelos bancos pode não ser confiável. Muitas pessoas já perderam tudo o que possuíam porque confiaram em instituições humanas. Deus não quer nos conceder apenas dádivas passageiras.

A devolução do dízimo por parte de Abraão foi um ato de fé e adoração, não uma obra que podia garantir salvação. Abraão tinha fé em Deus e estava familiarizado com o cumprimento de Suas promessas. Esse tipo de crença proativa é fé. Deus concedeu a Abraão a vitória sobre seus inimigos e abundantes riquezas. Tudo o que Abraão tinha quando retornou da guerra era dádiva do Senhor. Como demonstração de gratidão por ter sido usado pelo Senhor para livrar o povo de Sodoma de seus inimigos, ele entregou a Deus o dízimo, por meio de Melquisedeque. “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça” (Rm 4:3).

Deus atribuiu Sua justiça a Abraão. Ele justificou Abraão. A dádiva espontânea do dízimo foi simplesmente um indicativo exterior da fé que estava no coração de Abraão.

Jeremias 17:7, 8. A confiança surge quando temos suficiente evidência para acreditar que uma pessoa cumprirá suas promessas. Assim, não há razão para supor que no futuro as coisas serão diferentes. Isso traz esperança. Por isso a segunda vinda de Cristo é chamada de “bendita esperança”. Todas as profecias e promessas do Antigo Testamento sobre o Messias se cumpriram. Seu sofrimento, morte e ressurreição nos provam que Deus não falhou em tudo que prometeu sobre nossa salvação (ver Gn 3:15). Podemos confiar em Suas promessas. Nada pode nos dar mais esperança do que essa certeza.

Os versos 7 e 8: “[…] bendito é o homem cuja confiança está no Senhor […]”, estão em oposição aos versos 5 e 6: “Assim diz o Senhor: ‘Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor […]’” Estes últimos nos advertem de que confiar no ser humano é sofrer a maldição do desapontamento, por deixar de confiar no Único que pode nos dar esperança verdadeira.

Nenhum pecador é “totalmente” digno de confiança. As intenções podem ser as melhores possíveis, mas aqui está a dificuldade: “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa […]” (Jr 17:9). Nossas melhores intenções podem ser traídas pelo nosso coração enganoso. Por isso temos necessidade de confiar no Senhor, o Único que pode nos oferecer esperança verdadeira.

Devolver o dízimo como forma de adoração e gratidão, sem expectativas ou exigências, é a atitude correta para que sejamos justificados, por meio dos méritos de Cristo, diante de um Deus santo.

Gênesis 28:22. Quando estava fugindo de Esaú, Jacó teve a visão da escada que chegava até o Céu. Recebeu de Deus a promessa de que a terra sobre a qual havia repousado seria dada a ele e aos seus descendentes.

Como lembrança dessa promessa Jacó erigiu uma coluna e a chamou de Betel, “a casa de Deus”. Ela simbolizava algo muito maior e mais importante: era um símbolo da onipotência do Deus de Jacó. Em reconhecimento e gratidão ao Senhor, Jacó prometeu: “De tudo o que me deres certamente te darei o dízimo” (Gn 28:22).

Tanto o ato de erigir a coluna quanto a promessa de ser fiel na devolução do dízimo foram atos de adoração.

Gary R. Wagner | Union Springs, Nova York, EUA

Mãos à Bíblia

4. Leia 1 Coríntios 9:14. Qual é o significado dessas palavras e a sua implicação moral? Leia 2 Coríntios 11:7-10. Quais dificuldades Paulo enfrentou? O que isso ensina sobre a necessidade de manter os que pregam o evangelho?

Quando Paulo disse: “Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir” (2Co 11:8), ele estava falando ironicamente sobre o fato de que recebeu salário de uma igreja macedônica pobre enquanto ministrava a uma rica igreja de Corinto. Seu argumento à igreja de Corinto foi que aqueles que pregam o evangelho merecem receber salário.

O dízimo deve ser usado para um propósito específico e deve permanecer assim. “O dízimo é separado para um uso especial. Não deve ser considerado fundo para os pobres. Deve ser dedicado especialmente ao sustento dos que estão levando a mensagem de Deus ao mundo; e não deve ser desviado desse propósito” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 103).

Pense Nisto
Estou devolvendo o dízimo como gratidão e adoração a Deus ou como uma exigência que tenho que cumprir? Dou o dízimo para receber bênçãos “materiais” ou como expressão de reconhecimento por tudo o que o Senhor já me concedeu? Se não estou devolvendo fielmente o dízimo, Deus vai entender as circunstâncias? Minhas outras “obras” vão compensar essa falta?
Quarta-feira, 21 de fevereiro
Antes de tudo, uma bênção

“O sistema especial de dízimos tem por base um princípio tão duradouro como a lei de Deus. Esse sistema foi uma bênção para o povo judeu, do contrário o Senhor não o teria dado a eles. Assim será igualmente uma bênção aos que o observarem até ao fim do tempo.”1

“O Senhor criou cada árvore que havia no jardim do Éden agradável à vista e boa para comer, e permitiu a Adão e Eva que desfrutassem delas livremente. Fez, porém, uma exceção. Da árvore do conhecimento do bem e do mal, não lhes permitiu comer. Essa árvore foi reservada como lembrança constante de que Ele é o legítimo Proprietário de todas as coisas. Desse modo, deu-lhes a oportunidade de manifestar sua fé e confiança Nele, em obediência perfeita às Suas ordens.

“Assim é também com as reivindicações de Deus a nosso respeito. Ele deposita Seus tesouros nas mãos dos Seus filhos, porém requer deles que separem fielmente a décima parte para a Sua obra. Ordena que essa porção seja recolhida à casa do Seu tesouro, e a Ele entregue como propriedade Sua. Ela é sagrada e deve ser usada para propósitos santos, para o sustento dos que levam Sua mensagem ao mundo. Deus reserva essa parte para que não faltem recursos em Sua casa, e a luz da verdade possa ser levada a todos os que estão distantes e os que estão perto. Pela obediência fiel a essa ordem, reconhecemos que todas as coisas pertencem ao Senhor.”2

“As reivindicações de Deus têm a primazia. Não fazemos Sua vontade quando Lhe consagramos aquilo que resta depois de suprir nossas supostas necessidades. Antes de gastarmos uma só parcela de nossos rendimentos, devemos separar e oferecer a Deus a parte que Ele exige de nós. […] Se somos prósperos em nossos negócios seculares, é porque Deus nos abençoa. […] Se dermos a Deus o que Ele pede, o restante será santificado e abençoado em proveito nosso. Porém, se alguém rouba a Deus retendo a parte que Ele requer, a maldição recai sobre tudo que essa pessoa possui.”3

1. Ellen G. White, Conselhos Para a Igreja, p. 285.

2. ___________ , Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 386.

3. Ibid., v. 4, p. 477.

Ashley N. Wagner | Chattanooga, Tennessee, EUA

Mãos à Bíblia

5. Quais outros nomes são usados nas Escrituras para identificar a “casa do Tesouro”? (1Cr 26:20; 2Cr 31:11-13; Ne 10:38). Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) Tesouros da Casa de Deus; depósitos da Casa do Senhor; câmaras da Casa do Tesouro.

B.( ) Armazém; cofre sagrado; sala das ofertas.

Trazer o dízimo à casa do Tesouro é o único modelo apresentado nas Escrituras. Em cada dispensação, Deus teve um “depósito central” para administrar o dízimo. Os Adventistas do Sétimo Dia são uma religião/igreja mundial em que o “princípio da casa do Tesouro” é aceito e praticado. Os membros são encorajados a devolver seu dízimo à Associação/Missão por meio da igreja local. A Tesouraria da Associação/Missão é o local em que os pastores recebem seu salário.

Quinta-feira, 22 de fevereiro
Confie em Deus e seja abençoado

“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas” (Pv 3:5, 6). A expressão “reconheça o Senhor” também pode ser traduzida como “conheça o Senhor”. Se conhecemos intimamente uma pessoa, a probabilidade de compreendê-la e confiar nela é bem maior.

Minha esposa constantemente recebe informações da empresa de investimentos em que mantém seu fundo de aposentadoria privada. Geralmente é uma apostila imensa, cheia de jargões legais e difíceis de entender. Para esse tipo de aposentadoria a empresa define uma “custódia”, um tipo de “acordo” que permite ao agente fiduciário administrar seus recursos.

Ao devolver o dízimo ao Senhor, O tornamos nosso “agente fiduciário” [agente de confiança], que pode então favorecer os beneficiários, isto é, Seus ministros e os membros da igreja, que devem pregar o evangelho ao mundo. Quais passos você deve dar para colocar sua confiança no Senhor?

Dê na proporção que gostaria de receber. “Deem, e lhes será dado”
(Lc 6:38). Para fazer isso é necessário ter em mente os sentimentos que experimentamos quando, sem esperar, recebemos um presente maravilhoso. Deus já fez isso ao nos dar a esperança da vida eterna por meio de Seu Filho. Ele nos deu Seu exemplo, dando como Ele gostaria que Lhe fosse dado.

Dê sem esperar nada em troca. “Há maior felicidade em dar do que em receber” (At 20:35). Isso é mais ou menos um clichê, mas é um princípio que funciona, especialmente quando damos ao Senhor.

Dê sabendo que Deus prometeu abençoá-lo. Muitas vezes devolvemos a Deus esperando receber uma bênção material em troca. Deus prometeu nos abençoar, mas talvez não seja da maneira que esperamos. Pode ser com amor, paz, alegria, saúde, que são coisas mais valiosas do que o dinheiro. “Vejam se não vou abrir as comportas dos Céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-­las” (Ml 3:10).

Keith Ingram | Horsham, Pennsylvania, EUA

Mãos à Bíblia

6. Qual verdade essencial à nossa fé é ensinada em Romanos 3:19-24? Por que devemos sempre manter esse ensino como fundamento das nossas crenças? Assinale a alternativa correta:

A.(  )Somos salvos pela graça, independentemente das obras da lei.

B.(  )A devolução do dízimo é um requisito para a salvação.

7. Leia Romanos 4:1-5. O que esses versículos ensinam sobre a graça em contraste com os méritos?

A salvação é um dom (Ef 2:8, 9) concedido aos que não merecem. Ela ocorre porque os méritos do perfeito sacrifício de Cristo são creditados em nossa conta. Quanto à questão do dízimo, não recebemos nenhum crédito de Deus por devolvê-lo. Afinal, se o dízimo é de Deus, qual mérito poderia haver em devolvê-lo ao Senhor? As boas obras não nos salvam. Assim também, a devolução do dízimo não nos salva.

Sexta-feira, 23 de fevereiro
Investimentos a longo prazo

Minha aposentadoria ainda está muito longe. As raras ocasiões em que penso nela são quando preciso pesquisar e decidir onde devo investir meu fundo de aposentadoria privada. O dinheiro que coloco nessa conta cresce quando as companhias nas quais invisto vão bem. Elas me devolvem parte dos seus lucros como depósitos em minha conta ou aumentam minha quantidade de ações na companhia.

Às vezes, imaginamos que nosso dízimo deve seguir o mesmo padrão. Citamos Malaquias 3:8-12 para motivar sua devolução, como se ele fosse um investimento: “Devolva seu dízimo e veja as bênçãos se multiplicarem ao longo do tempo!”

Ouvimos os testemunhos de irmãos que dizem ter recebido “recompensas” acima da média por devolverem 10% do dízimo e uma porcentagem significativa de oferta. Cristo censurou essa maneira de interpretar. Ele descreveu a oferta da viúva pobre como sendo maior do que a dos ricos, porque ela deu tudo o que tinha. Também aconselhou o jovem rico a vender tudo o que possuía e dar o dinheiro aos pobres.

O dízimo não deve ser oferecido a Deus como obrigação. A Bíblia nos ensina que a décima parte do que ganhamos pertence ao Senhor. Não é um pagamento por algo que recebemos ou adquirimos. Ser rico neste mundo não garante um lugar no mundo porvir. Aqueles que desejam o reconhecimento dos Céus devem seguir o exemplo de Cristo.

A graça é um dom divino e não
o resultado de obras. Tampouco é obtida por meio da devolução dos dízimos e entrega das ofertas. Não posso comprar as bênçãos de Deus. Ele simplesmente me desafia a devolver a parte que Lhe pertence e provar Suas bênçãos em minha vida.

Steven J. Dovich | Andover, Massachusetts, EUA

Pense Nisto
Como está sua fidelidade a Deus em relação ao dízimo, à administração do tempo e ao uso dos dons? Para você, ficou claro que a devolução do dízimo e a promessa das bênçãos divinas não devem ser uma permuta?
Mãos à obra
Obtenha informações sobre o destino dos dízimos e das ofertas. Procure se informar como eles beneficiam sua igreja local e a obra de Deus em geral. Apoie com seu tempo ou recursos um ministério em sua igreja que se dedica aos pobres e necessitados. Isso lhe dará oportunidade de sair da sua zona de conforto e compartilhar sua fé e esperança. Ore para que o Espírito Santo lhe conceda forças e oportunidades para ajudar no desenvolvimento da obra do Senhor. Peça que Ele mude seu coração para que você encontre alegria em doar. Quais atitudes você está tomando (financeiras, familiares, espirituais, etc.) para “apressar” a volta de Cristo? Peça-Lhe sugestões sobre o que você pode fazer.