Copie Isaías 55:1-13 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Isaías 55:6-11. Você também pode reescrever as passagens com suas próprias palavras ou fazer um esboço do texto.
1. Leia o Salmo 119:105, Jeremias 23:29, Lucas 8:11 e Mateus 4:4. Quais são os cinco símbolos usados para descrever a Palavra de Deus? Por que eles foram escolhidos para representar a Palavra de Deus? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Lâmpada, fogo, martelo, semente e pão.
B. ( ) Prego, porta, espinho, carruagem e azeite.
Os variados símbolos usados nessas passagens descrevem algumas das principais funções da Palavra de Deus. Quando compartilhamos as Escrituras, é como uma lâmpada que ilumina a vida das pessoas; a Palavra de Deus é como fogo e martelo; a Palavra de Deus também é comparada à semente; Jesus comparou Sua Palavra ao pão nutritivo.
A Bíblia não é a compilação de experiências espirituais, nem o registro da história do antigo Oriente Médio. Ela é a Palavra de Deus revelada. Infelizmente essa expressão se tornou um mero clichê para muitos cristãos. Mas o Senhor, por meio da Palavra, tem poder para gerar, criar e transformar todas as coisas. “No princípio era Aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio Dele; sem Ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens” (Jo 1:1-4).
A Bíblia não é somente um livro com referências históricas a respeito de como a Palavra de Deus afetou o curso da humanidade, mas ela própria é a Palavra de Deus. O Salmo 33:6 declara que tudo foi criado “mediante a palavra do Senhor” e pelo “sopro de Sua boca”. O versículo 9 acrescenta que Deus “falou, e tudo se fez”. Portanto, as Escrituras são a fonte do poder divino para produzir frutos na vida do discípulo.
Isaías 55 destaca o poder de Deus por meio de Sua Palavra. Ao longo do capítulo, duas palavras são repetidas: caminhos e pensamentos. O profeta implora à humanidade que busque a Deus e volte-se para Ele, exorta os ímpios e maus a abandonar seus caminhos e pensamentos. Por outro lado, ele enfatiza os caminhos e pensamentos de Deus. Note o padrão de repetições e movimentos: “os Meus pensamentos” para “os pensamentos de vocês”; “os seus caminhos” para “os Meus caminhos” (v. 8); “os Meus caminhos” para “os seus caminhos”; e, finalmente, “os Meus pensamentos” para “os seus pensamentos” (v. 9).
Deus pede que abandonemos nossos maus caminhos e pensamentos porque eles são diferentes dos Seus caminhos e pensamentos. Os caminhos e pensamentos de Deus são muito mais elevados. Assim como a chuva desce do céu para a terra, os caminhos e pensamentos do Soberano celestial descem ao Seu povo (v. 10, 11). Eles se manifestam de duas maneiras: pela revelação de Sua Palavra, a Bíblia, e pela Palavra viva, Jesus Cristo, a fim de cumprir o propósito divino. A Palavra de Deus é poderosa. Ela transforma o coração, traz alegria e felicidade, reconhece as obras do Criador, remove tudo que é ruim e eterniza tudo que é bom (v. 12, 13).
O poder divino está em Sua Palavra (Mt 22:29; Mc 12:24). Esse poder deve ser experimentado por todo discípulo de Jesus. Não podemos atribuir esse poder a modismos, programas e estratégias espirituais. Os relatos e testemunhos ao longo da história terrestre comprovam o poder transformador das Escrituras.
2. Compare Hebreus 1:1-3; 4:12 e Salmo 33:6, 9. O que esses textos revelam sobre o poder da Palavra de Deus?
A Palavra de Deus é viva. Ela tem o poder de realizar as coisas que ela declara. As palavras humanas podem falar do que existe, mas Deus fala de coisas que ainda não foram feitas. A Palavra de Deus é criadora. Ela tem o poder de criar tudo o que proclama.
Há uma palavra hebraica impressionante utilizada em Gênesis 1 para designar a atividade criativa de Deus. É a palavra bara. Ela é usada para a ação divina de criar algo do nada. Somente Deus pode executar a ação da palavra bara, e Ele o faz mediante o poder de Sua palavra falada.
O apóstolo Paulo disse: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer” (1Co 3:6). Em outras palavras, Paulo tinha um papel a desempenhar, e Apolo tinha outro, mas o poder divino é o Agente multiplicador dos frutos. De que maneira Deus produz esse crescimento?
O cristianismo e outras religiões reconhecem que existe um profundo abismo entre a humanidade e a divindade. Como meio de conectar ambos, cada uma propõe um ponto de contato. Para algumas, é por meio de obras e rituais humanos. Para outras, é por meio de objetos e ações simbólicas. Entre as denominações cristãs algumas formas de “pontos de contato” incluem objetos e práticas como óleo santo, lenço de oração, rosa consagrada, copo com água, mãos na televisão, água ungida e banho de sal grosso. Até mesmo elementos legítimos da adoração, como a música e a liturgia, podem se tornar “pontos de contato” místicos.
Hebreus 4:12 diz: “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.” Ao contrário de outros livros, a Bíblia não deve ser lida para se obter meras informações. Esse livro vivo e poderoso é a fonte de vida e poder espiritual do discípulo. O verdadeiro ponto de contato entre o divino e o humano ocorre quando ouvimos a voz de Deus por intermédio das Escrituras e a obedecemos de todo o coração. Ele acontece quando os discípulos experimentam o poder da Palavra em sua vida. A Bíblia desvenda os caminhos e pensamentos íntimos da humanidade. Ela é nossa bússola segura neste mundo desorientado.
Existem vários métodos para o estudo da Bíblia: (1) estudá-la por nós mesmos a fim de descobrir a verdade; (2) por meio de um instrutor bíblico; (3) classes bíblicas; (4) pequenos grupos; e (5) curso on-line.
Embora todos os métodos de estudo da Bíblia sejam eficientes, o ponto de contato mais íntimo em nossa comunhão diária com Deus acontece quando estudamos individualmente Sua Palavra.
3. Leia 2 Timóteo 3:14-17 e João 17:14-17. Quais benefícios adicionais surgem do estudo da Palavra de Deus?
Ao escrever para seu jovem companheiro Timóteo, o apóstolo Paulo pediu que ele fosse fiel às Escrituras e compartilhou os benefícios de estudar a Palavra inspirada. De acordo com Paulo, a Bíblia é “útil para o ensino”. Ela revela a verdade e expõe os erros. Descreve o plano divino para a humanidade, reprova nossos pecados, corrige nossos pensamentos errôneos e nos instrui na justiça. As Escrituras revelam a justiça de Cristo.
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto-chave (Is 55:1-13) da lição desta semana:
- Salmo 119:11, 50, 105, 154
- Tiago 1:21, 22
- 2 Pedro 1:2-4
Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com o discipulado e o estudo da Bíblia?
4. Compare 1 João 1:7-9 com Filipenses 4:13, 19. Embora essas promessas sejam bem diferentes, o que elas ensinam sobre o caráter de Deus? Como elas impactaram sua vida? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Deus é amoroso e infinitamente poderoso.
B. ( ) O amor de Deus está condicionado aos nossos acertos.
As promessas são diferentes, mas a imagem de Deus que elas apresentam é semelhante. Elas revelam um Deus perdoador, de poder infinito e cuidado para com nossas necessidades. Afirmam que Deus Se importa profundamente conosco.
5. Leia Hebreus 3:19, 4:1-3 e Mateus 13:58. O que esses versos revelam sobre a necessidade de fé?
Assim como o “novo homem” nasce e precisa respirar (oração), ele também precisa se nutrir (estudo da Bíblia). Do mesmo modo que o corpo físico precisa do alimento, a vida espiritual também precisa de nutrição. Podemos escolher entre alimentos nutritivos ou prejudiciais à saúde. O mesmo acontece na vida espiritual, que pode ser afetada por verdades transformadoras ou por rituais vazios e espiritualidade superficial. A negligência no estudo da Palavra de Deus resulta em atrofia espiritual, fé anêmica, fome da Palavra e morte. O discipulado incorpora de maneira harmônica todas as três fontes de poder: a oração, o estudo da Bíblia e o testemunho (veja a próxima lição).
Jesus disse: “As palavras que Eu lhes disse são espírito e vida” (Jo 6:63). O seguidor de qualquer movimento ou filosofia busca conhecer os ensinamentos de seu mestre ou mentor. Da mesma maneira, os discípulos de Cristo devem conhecer Suas palavras e praticar Seus ensinos. Os discípulos que se alimentam da Palavra desenvolvem entusiasmo, paixão e compromisso. “Quando descobri Tuas palavras, devorei-as; são minha alegria e dão prazer a meu coração” (Jr 15:16, NVT). Não se trata de mera retórica ou filosofia, a Bíblia assume um papel existencial na vida do discípulo de Cristo.
A Bíblia deve ser nosso sustento espiritual. Sem ar (oração), a morte espiritual por asfixia é imediata; no entanto, sem alimentação (estudo da Bíblia), a morte espiritual por desnutrição é gradual. Mais importante que o momento exato do dia é estabelecer um relacionamento consistente entre falar com Deus (oração) e ouvi-Lo (estudo da Bíblia).
“No momento em que uma pessoa aceita Cristo, em seu coração nasce um desejo de apresentar aos outros o precioso Amigo que encontrou em Jesus Cristo; a verdade salvadora e santificadora não pode ficar escondida em seu coração. Se estivermos revestidos da justiça de Cristo e cheios da alegria que Seu Espírito produz, será impossível nos contermos” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 78).
6. Quais princípios vitais Isaías 50:4, Eclesiastes 3:1 e 2 Timóteo 4:2 revelam sobre a ação de compartilhar a Palavra de Deus?
Ao entregarmos a vida a Cristo e a Seu serviço, Ele abrirá as portas para que falemos em momento oportuno àqueles aos quais o coração Ele tem aberto. Quando testemunhamos, devemos ter em mente três princípios bíblicos: o que dizemos, como dizemos e quando dizemos.
O poder de Cristo, o Salvador crucificado, para conceder a vida eterna, deve ser apresentado ao povo. Devemos demonstrar-lhes que o Antigo Testamento é tão verdadeiramente o evangelho em sombras e figuras, como o é o Novo em seu poder revelado. O Novo Testamento não apresenta uma religião nova; o Antigo Testamento não apresenta uma religião que deva ser substituída pelo Novo. O Novo Testamento é apenas a sequência e a revelação do Antigo.
“Abel cria em Cristo, e foi salvo pelo Seu poder, da mesma forma como o foram Pedro e Paulo. Enoque foi representante de Cristo assim como João, o discípulo amado. Enoque andou com Deus, e não foi mais visto, porquanto Deus o tomou para Si. A ele foi confiada a mensagem da segunda vinda de Cristo. ‘Foi a respeito deles que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que o Senhor vem com milhares de Seus santos, para exercer juízo contra todos’ (Jd 14, 15, NAA). A mensagem pregada por Enoque e sua trasladação para o Céu foram um argumento convincente para todos os que viviam em seu tempo; foram um argumento que Matusalém e Noé puderam usar com autoridade para demonstrar que os justos podiam ser trasladados.
“O Deus que andou com Enoque foi o nosso Deus e Salvador Jesus Cristo. Era a luz do mundo como o é agora. Os que viviam naquela época não estavam sem mestres que os instruíssem na senda da vida, porque Noé e Enoque eram cristãos. [...]
“É feita a pergunta: Qual é a causa da escassez existente na igreja? A resposta é: Permitimos que a nossa mente se afaste da Palavra. Se a Palavra de Deus fosse comida como alimento espiritual; se fosse tratada com respeito e consideração, não haveria necessidade dos muitos e repetidos testemunhos que são concedidos. As simples declarações das Escrituras seriam aceitas e obedecidas. Seus vivos princípios são quais folhas da árvore da vida para a cura das nações.
“A palavra do Deus vivente não é apenas escrita, é também falada. A Bíblia é a voz de Deus falando a nós, tão certo quanto se a pudéssemos ouvir literalmente. Se compreendêssemos isso, com quanta reverência e santo temor abriríamos a Palavra de Deus, e com quanta sinceridade pesquisaríamos os seus preceitos! A leitura e contemplação das Escrituras deveria ser entendida como uma audiência com o Infinito.
“[...] Muitos fracassam em imitar nosso sagrado Modelo, em virtude de estudarem tão pouco os traços de Seu caráter. Tantos estão repletos de planos envolventes, estão sempre ativos, de modo que não lhes sobra tempo ou espaço para que Jesus Se torne para eles uma íntima e preciosa companhia. Não remetem a Ele cada pensamento e ação, questionando: ‘É este o caminho do Senhor?’ Se o fizessem, andariam com Deus, como fez Enoque” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 392, 393).
Discussão
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Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- Como o estudo da Bíblia pode nos despertar da apatia espiritual quando não mais estamos demonstrando interesse pelas coisas de Deus?
- Quantas vezes por dia você se alimenta? Quantas vezes por dia você se alimenta espiritualmente?
- Quais são os caminhos e pensamentos que você precisa abandonar?
- Como a Bíblia tem ajudado você a discernir seus pensamentos e intenções do coração?
- Que papel a Bíblia realmente desempenha em sua batalha espiritual diária?