Lição 5
25 a 31 de julho
O poder do discipulado: testemunho
Prévia da semana: Águas vivas Israel tem o mar da Galileia e o Mar Morto, ambos conectados pelo rio Jordão. O mar da Galileia, também conhecido como mar de Tiberíades ou lago de Genesaré, é um extenso lago de água doce localizado no Norte de Israel. Sua área total abrange 166,7 km2. Ele recebe a água do rio Jordão e de outras fontes, e tem uma via por onde a água pode sair. Como ele continuamente recebe e distribui suas águas, elas sempre estão se renovando. Por outro lado, o Mar Morto somente recebe a água do rio Jordão e não tem nenhuma saída. A água fica estagnada e evapora, deixando grande quantidade de sal (daí a fama de que é praticamente impossível se afogar no local). A água renovada do mar da Galileia é uma fontes de vida, o que explica a abundância de peixes no local. Os pescadores mencionados nos evangelhos pescavam lá. No entanto, a alta salinidade do Mar Morto não permite a existência de nenhuma forma de vida. Nas duas últimas lições estudamos sobre duas fontes de poder do discipulado. Nesta semana vamos estudar sobre a terceira, o testemunho. Quando os discípulos de Cristo se conectam diretamente com estas três fontes de poder (oração, estudo da Bíblia e testemunho), os resultados são fantásticos. Para ser condutos de “água viva”, precisamos de constante renovação espiritual, a fim de testemunhar, com poder, Daquele que é a Fonte de água viva, Jesus Cristo.
Leitura adicional: Atos 8:26-40
Domingo, 26 de julho

Copie Atos 8:26-40 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Atos 8:30, 31, 34-37. Você também pode reescrever as passagens com suas próprias palavras ou fazer um esboço do texto.

Mãos à Bíblia

1. Leia Marcos 5:15-20. Por que Jesus enviou o homem a Decápolis para testemunhar à sua família e amigos, em vez de cultivá-lo em sua nova fé, mantendo-o com Ele?

A palavra Decápolis vem de duas palavras gregas: deca, que significa dez, e polis, que significa cidades. Portanto, era uma região de dez cidades ao longo das margens do mar da Galileia no primeiro século. O endemoninhado era conhecido por muitas pessoas naquela região. Jesus viu naquele homem alguém que ansiava por algo melhor e, por isso, miraculosamente o livrou dos demônios que o atormentavam. Havia pessoa melhor para alcançar aquelas dez cidades da área de Decápolis do que um endemoninhado transformado que podia compartilhar seu testemunho com toda
a região?

Segunda-feira, 27 de julho
Princípios de poder

O capítulo 8 de Atos relata que um anjo do Senhor ordenou a Filipe que fosse até à estrada que descia de Jerusalém para Gaza. No caminho, Filipe encontrou um eunuco etíope, oficial importante da rainha Candace. O contexto desse acontecimento foi parte do cumprimento da promessa de Cristo: “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da Terra” (At 1:8). Nesta narrativa, observamos evidências do poder divino quando nos dispomos a testemunhar de Jesus e do evangelho.

Primeiramente, notamos a disposição para cumprir a missão. Filipe estava pronto para ir e servir aonde Deus o enviasse (Mt 28:18-20). Quando colocamos no coração o desejo de testemunhar e servir a outros, recebemos poder do Alto para cumprir nossa missão.

Em segundo lugar, uma vez que estamos abertos à direção do Espírito Santo, as oportunidades se tornam específicas. No versículo 26, o anjo apresenta as coordenadas de GPS, incluindo direção, nome da estrada e referências geográficas. O conhecimento não se limita ao espaço, mas envolve também os círculos sociais. O eunuco era um oficial e importante autoridade, encarregado dos tesouros da rainha dos etíopes. Sem dúvida, sua conversão contribuiu para que ele levasse o evangelho à sua região. Essas oportunidades são extraordinárias, precisamos aproveitá-las.

Terceiro, testemunhar requer conhecimento das Escrituras. O eunuco estava lendo o capítulo 53 de Isaías, que fala a respeito do Servo Sofredor (At 8:31-33). Filipe se aproximou e se ofereceu para explicar. Somos chamados para nos envolver na missão. No entanto, nosso testemunho será mais eficiente se demonstrarmos conhecimento profundo da Palavra de Deus. “Quanto mais alguém busca explicar a Palavra de Deus a outros, com amor pelas pessoas, mais clara ela se tornará para ele próprio. Quanto mais usarmos nosso conhecimento e exercitarmos nossas habilidades, maior conhecimento e capacidade teremos” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 354).

Em quarto lugar, o objetivo principal do testemunho é levar Jesus para as pessoas. Filipe “anunciou-lhe as boas-novas a respeito de Jesus” (At 8:35, NVT). “Suspenso na cruz, Cristo era o evangelho. [...] Essa é nossa mensagem, nosso argumento, nossa doutrina, nossa advertência ao impenitente, nosso encorajamento para os que choram, a esperança para todo aquele que crer” (Ellen G. White, Maranata, o Senhor Vem! [MM 1977], p. 96).

Finalmente, no testemunho, o discipulado por meio da cooperação com Cristo deve ser visto. “Tomem sobre vocês o Meu jugo e aprendam de Mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve” (Mt 11:29, 30). Assim como o jugo auxilia dois animais a trabalhar juntos, os discípulos que cooperam com Cristo são capacitados pelo Seu poder e o fardo deles se torna leve. Os hábitos de oração, estudo da Bíblia e testemunho constituem o cerne do discipulado bem-sucedido.

Mãos à Bíblia

2. Leia Marcos 16:1-11. Qual foi a reação de Maria quando descobriu que Cristo havia ressuscitado dos mortos? Assinale a alternativa correta:

A. (   ) Duvidou.
B. (   ) Saiu e anunciou a notícia aos companheiros de Jesus.

Depois que Maria encontrou o Cristo ressurreto, ela correu para contar a história. Boas notícias devem ser compartilhadas, e ela não podia ficar calada. Cristo estava vivo! Seu túmulo estava vazio, e o mundo devia saber disso! 

Depois de encontrarmos o Cristo ressurreto ao longo da estrada da vida, também precisamos correr para contar a história!

Mãos à obra
- Volte ao texto que você copiou (At 8:26-40) e estude a passagem. - Faça um círculo em torno das palavras/frases/ideias repetidas. - Sublinhe palavras/frases que você achou importantes. - Desenhe setas ligando palavras/frases a outras palavras/frases que estão associadas ou relacionadas. - Escolha um verso favorito do texto-chave desta semana. Escreva-o para ajudar na memorização.
Terça-feira, 28 de julho
Paixão pelas pessoas

Moisés tinha o coração cheio de compaixão pelo próximo: “Mas agora, eu Te rogo, perdoa-lhes o pecado; se não, risca-me do Teu livro que escreveste” (Êx 32:32). Paulo disse: “Tenho grande tristeza e constante angústia em meu coração. Pois eu até desejaria ser amaldiçoado e separado de Cristo por amor de meus irmãos” (Rm 9:2, 3). ­Jesus chorou lamentando a sorte dos indiferentes ao evangelho: “Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes Eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram” (Mt 23:37).

O amor pelos perdidos não se limita aos personagens da Bíblia. John Knox (1514-1572), grande reformador escocês, clamou: “Senhor, dá-me a ­Escócia, ou morrerei!” John Wesley (1703-1791), fundador do movimento metodista, declarou: “O mundo é minha paróquia.” Ao desembarcar na Índia como missionário, Henry Martyn (1781-1812) bradou: “Deixe-me queimar para Deus!” George Whitefield (1714-1770) implorou: “Senhor, dá-me almas, ou tira a minha.” Billy Sunday (1862-1935), evangelista norte-­americano mais influente do início do século 20, orou: “Faze de mim um gigante para Deus.”

Igualmente importantes são os professores que oram por seus alunos; pastores, pelos membros de sua igreja; empresários, pelos seus clientes; médicos, por seus pacientes; avós, por seus netos; pais que clamam a Deus por seus filhos pródigos; e jovens que clamam ao Senhor por seus amigos e colegas.

Se Jesus ocupa o primeiro lugar em nossa vida, o amor pelos perdidos deve ser nossa prioridade. Quando nos preocupamos somente com nossas necessidades, nossas prioridades não serão alcançadas.

“A obra acima de todas as obras, a ocupação que ultrapassa a todas e deve utilizar todas as energias para colocá-la em atividade, é a obra de salvar pessoas por quem Cristo morreu. Tornem isso a mais importante e a principal obra de sua existência. Façam dela a obra por excelência em sua vida. Cooperem com Cristo nesta grandiosa e nobre missão, ­tornem-se missionários na pátria e no estrangeiro. [...] Oh,
se jovens e adultos estivessem inteiramente convertidos a Deus, e se empenhassem no dever mais próximo deles, trabalhando segundo a oportunidade que têm, tornando-se cooperadores de Deus!” (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MM 2005], p. 274).

Ore ao Senhor pedindo que Ele coloque em seu coração amor pelos perdidos. Procure oportunidades para compartilhar Jesus com seus amigos, colegas e vizinhos. Observe as necessidades dessas pessoas (emocionais, físicas e espirituais) e apresente Jesus a elas.

Mãos à Bíblia

3. O que aconteceu em Atos 4:1-20? O que aconteceu quando as autoridades tentaram silenciar Pedro e João? Qual foi a resposta deles?

Cada um dos discípulos e membros da igreja primitiva tinha a própria história para contar, e não pôde ficar calado. “No momento em que uma pessoa aceita a Cristo, em seu coração nasce um desejo de apresentar aos outros o precioso Amigo que encontrou em Jesus Cristo; a verdade salvadora e santificadora não pode ficar escondida em seu coração” (Caminho a Cristo, p. 78).

Veja o que os líderes religiosos disseram no verso 16. Eles reconheceram abertamente a realidade do milagre que havia sido realizado – o homem curado estava ali diante deles. Mesmo com tudo isso, eles se recusaram a mudar de atitude. Apesar dessa aberta oposição, Pedro e João não recuaram de seu testemunho.

Pense Nisto
- Observando o texto bíblico que você copiou e marcou, que ideia principal você destacaria? - Quais perguntas surgem em sua mente? - Testemunhar de Cristo pode ajudar a transformar nosso coração? Como a Bíblia trata desse assunto?
Quarta-feira, 29 de julho

Descubra a relação das passagens abaixo com o texto-chave (At 8:26-40) da lição desta semana:

  • 2 Timóteo 3:1-5
  • Lucas 8:30-39
  • 1 Pedro 3:15, 16

Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com o discipulado e o testemunho?

Mãos à Bíblia

4. Leia 1 João 1:1-3 e compare com Gálatas 2:20. Quais semelhanças existem? Como a experiência de João é semelhante à de Paulo?

Embora João e Paulo houvessem tido diferentes experiências de vida, ambos tiveram um encontro pessoal com Jesus. A experiência deles com Cristo não tinha ocorrido em um ponto específico do passado e depois havia acabado. Foi uma experiência diária e contínua de alegrar-se em Seu amor e andar à luz de Sua verdade.

Independentemente das suas experiências passadas, mesmo que tenham sido poderosas e dramáticas, por que é importante manter um relacionamento com o Senhor dia após dia, para perceber Sua realidade, bondade e poder? Comente com a classe.

Quinta-feira, 30 de julho
Treino espiritual

Na vida cristã a devoção a Deus pode nos fazer cair na rotina. Às vezes, nem percebemos. Testemunhar de Cristo renova o vigor espiritual e fortalece a fé. As consequências da falta de ar ou de alimento se mostram mais rapidamente do que a falta de exercícios físicos. Da mesma forma, muitos cristãos têm uma rotina de estudo da Bíblia e momentos de oração, mas não sentem a necessidade de se exercitar, ou seja, testemunhar e servir ao próximo. Na ausência disso, a fé esmorece e a saúde espiritual fica comprometida.

Imperceptivelmente, muitos acabam morrendo devido ao sedentarismo espiritual. Eles se tornam vagarosos, entediados, desmotivados, deprimidos e obesos espirituais. Em sua apatia espiritual, até a oração e o estudo da Bíblia acabam se tornando um tédio.

Assim como o corpo precisa se exercitar, na vida espiritual precisamos nos exercitar pregando e testemunhando do evangelho a outras pessoas. Essa é a chave para continuar se alimentando da Palavra de Deus e orando a fim de permanecer espiritualmente saudável. Alguns são chamados para pregar a multidões, outros para testemunhar de Jesus entre familiares e amigos. “A força para resistir ao mal é melhor obtida pelo serviço intenso e zeloso” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 105).

Testemunhar não é um talento, mas um requisito. Independentemente de nossa cultura, formação e personalidade, o discipulado envolve três princípios básicos: estudo da Bíblia, oração e testemunho. Esses princípios podem ser vistos nos hábitos e na vida prática dos discípulos: devoção pessoal, frequência à igreja, estudo da Lição da Escola Sabatina, envolvimento nos ministérios da igreja, e outros.

Mãos à Bíblia

5. Leia Atos 26:1-32. Como Paulo testemunhou a Agripa? O que podemos aprender com as palavras dele? Assinale a alternativa correta:

A. (   ) Com generosidade para com Agripa, eloquência e intrepidez.
B. (   ) Com ira em suas palavras, por ter sido preso injustamente.

6. Leia a história de conversão de Paulo em Atos 26:12-18 e observe cuidadosamente seu efeito sobre Agripa em Atos 26:26-28. Por que Agripa reagiu daquela maneira? O que o impressionou no testemunho de Paulo?

O testemunho de Paulo, de como Jesus tinha transformado sua vida, teve um impacto poderoso em um rei ímpio. Não há testemunho tão eficaz quanto uma vida transformada. O testemunho de uma vida genuinamente convertida tem uma influência maravilhosa sobre os outros. Até reis ímpios são movidos por vidas mudadas pela graça. Mesmo que não tenhamos uma história tão dramática quanto a de Paulo, devemos contar aos outros o que significa conhecer Jesus e ser redimido por Seu sangue.

Sexta-feira, 31 de julho
Pregue a Palavra

"Na comissão dada aos discípulos, Cristo não somente delineou a obra deles, mas também deu-lhes a mensagem: ‘Ensinando [os novos discípulos] a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado’ (Mt 28:20, ACF, grifo acrescentado). Isso incluía o que Ele havia falado, não só pessoalmente, mas também por meio de todos os profetas e mestres do Antigo Testamento. O ensino humano fica de fora. Não há lugar para a tradição, para as teorias e conclusões dos homens, nem para a legislação da igreja. [...] O nome de Cristo é seu lema, seu distintivo, laço de união, autoridade para seu modo de proceder, bem como fonte de sucesso. Nada que não traga a assinatura Dele será reconhecido em Seu reino.

“O evangelho deve ser apresentado, não como uma teoria sem vida, mas como uma força viva para transformar o caráter. Deus deseja que os que recebem Sua graça sejam testemunhas do poder dela. Ele aceita livremente até aqueles cuja maneira de proceder tem sido extremamente ofensiva a Ele. Quando se arrependem, comunica-lhes Seu divino Espírito, coloca-os nos mais altos postos de confiança e envia-os àqueles que não O conhecem, para proclamar Sua ilimitada misericórdia.

“[...] Fale ao povo sobre Aquele que é ‘o mais distinguido entre dez mil’, e que ‘é totalmente desejável’ (Ct 5:10, 16, ARA). Apenas palavras não podem expressar isso, pois deve ser refletido no caráter e manifestado na vida. Que Cristo seja retratado em cada discípulo.

Deus predestinou a todos para serem ‘conformes à imagem de Seu Filho’ (Rm 8:29). Em cada pessoa, o longânimo amor de Cristo, Sua santidade, mansidão, misericórdia e verdade devem ser manifestados ao mundo.

“Os primeiros discípulos saíram pregando a Palavra. Eles revelaram Cristo em sua vida. E o Senhor cooperava com eles, ‘confirmando-lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam’ (Mc 16:20). Esses discípulos se prepararam para a obra. Antes do dia de Pentecostes, eles se reuniram e resolveram entre si todas as divergências. Tinham o mesmo sentimento. Acreditavam na promessa de Cristo, de que a bênção seria dada e oravam com fé. [...] Estavam preocupados com a responsabilidade quanto à salvação das pessoas. O evangelho devia ser levado até os confins da Terra, e eles reivindicavam a concessão do poder que Cristo tinha prometido. Então o Espírito Santo foi derramado, e milhares se converteram em um dia.

“O mesmo pode acontecer agora. Em vez das especulações humanas, pregue-se a Palavra de Deus. Tirem os cristãos as desavenças do seu meio, e entreguem-se a Deus para salvação dos perdidos. Peçam a bênção com fé, e ela virá” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 826, 827).

 

DISCUSSÃO

Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição. Por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais.

Perguntas sugestivas para ser discutidas:

  • Por que a disposição de servir ao próximo não é vista com frequência na igreja e na sociedade?
  • Como você tem visto o Espírito Santo agir por meio das oportunidades em sua cidade, em seu país e no mundo?
  • Jesus deve ser o centro de nossos estudos bíblicos?
  • De que maneiras podemos cooperar com Cristo e levar Seu jugo?
  • Você tem se exercitado espiritualmente?
  • Como tem sido seu relacionamento com seus amigos, familiares e sua comunidade?
Pense Nisto
- O que Atos 8:26-40 revela sobre Jesus? - Como o seu “novo homem” está se exercitando?