Moro em um país que tem as quatro estações do ano bem definidas. No entanto, às vezes, pode ocorrer alguma variação entre as elas. Por exemplo, durante dois meses da primavera do ano passado, em Nova Jersey, EUA, não tivemos a ajuda dos ventos quentes para derreter o restante da neve acumulada no inverno. Assim como as estações do ano mudam de primavera para verão, e de outono para inverno, nossa vida também passa por fases e ciclos. Desfrutamos de tempos de felicidade e alegria, e, infelizmente, outros de preocupação e tristeza.
Como ocorre com as estações, em determinados períodos, passamos por momentos tempestuosos que duram mais do que desejaríamos, e ficamos ansiosos para que cheguem logo os dias mais tranquilos e felizes. Mas não podemos perder a esperança. Temos Deus e Sua Palavra para nos animar, proteger e fortalecer. Embora o inverno se prolongue, no Senhor, podemos ter a esperança de que dias mais agradáveis virão.
Mas o que fazer quando, em meio à jornada da vida, passamos por um inverno rigoroso sem o mínimo sinal de que o clima irá mudar? Deus, em Sua infinita sabedoria e imensurável amor, tomou providências para que Seus filhos não enfrentassem esses momentos sozinhos. Podemos nos refugiar com nossa família ou buscar ajuda na família de Deus, a igreja. Certamente encontraremos abrigo e segurança ao atravessar uma estação turbulenta durante nossa caminhada rumo ao Céu.
Feche os olhos e pense, por um instante, em alguns momentos mais impactantes que você já viveu. Ocasiões em que estava extremamente feliz, como por exemplo, o dia em que alcançou um objetivo. Lembre-se também das fases ruins, dos momentos de tristeza e de ansiedade. Pense nas pessoas a quem você recorreu, que lhe apoiaram, oraram e comemoraram com você. Elas agora fazem parte da sua experiência de vida. A Bíblia nos motiva a orar uns pelos outros (Tg 5:16), aceitar uns aos outros e expressar amor e bondade (Ef 4:2).
Um dia, nunca mais teremos fases e estações turbulentas na vida. Mantenhamos firmes nossa esperança até chegarmos ao Céu. Nesta semana, durante o estudo da lição, proclame ousadamente: “Eu e a minha família serviremos ao Senhor!” (Js 24:15).
Angelique Francois, NJ, EUA
1. Leia Gênesis 1. Existe sinal de que algo tenha surgido de modo aleatório ou casual, ou tudo foi feito de maneira muito ordenada, com tudo em seu devido tempo e lugar? O que sua resposta revela sobre o caráter de Deus?
2. Leia Gênesis 8:22. Como a ordem também é vista nessa passagem?
Pano de fundo (Gn 1; 8:22; Ec 3:1-8). Desde a sua criação, a Terra tem continuado a girar em volta do seu eixo e as estações mantido seus ciclos. A promessa divina é: “Enquanto durar a Terra, plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite jamais cessarão” (Gn 8:22). O mesmo acontece com as experiências dos seres humanos. O vai e vem da vida foi resumido pelo rei Salomão com as palavras ocasião e tempo: “Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu” (Ec 3:1). Tudo acontece no tempo de Deus, mas, é claro, temos uma parte a desempenhar em cada escolha que precisamos fazer ao longo da vida.
O tema (Gn 21:8). Ninguém pode dizer que é o que é, ou que está onde está, graças a si mesmo. Cada ser humano foi influenciado, positiva ou negativamente, por pessoas que ajudaram a formar o enredo de sua vida. Na história de uma família há motivos para comemoração, mas também há períodos de tensão e caos. Todas essas coisas ajudam a promover o crescimento de cada um dos seus integrantes e a determinar o rumo que cada um seguirá na vida.
Os relacionamentos que estabelecemos dentro da família continuarão exercendo influência boa ou má por toda a vida. No entanto, o relacionamento supremo com o Criador deve reger nossas decisões. A Bíblia está repleta de exemplos do poder que as famílias exercem para o bem ou para o mal. As escolhas individuais têm muito que ver com o desfecho da história de cada pessoa. Entretanto, a família exerce influência até mesmo sobre as gerações posteriores.
Desenvolvimento do caráter (Jz 13:24, 25; 14:1-3). O relato bíblico sobre o desenvolvimento do caráter de Sansão pode ser visto no livro de Juízes. As referências citadas acima apresentam um resumo do início de sua vida e também do seu ponto fraco. Mas se ficarmos somente nesses versos, vamos passar por alto as lições contidas nos outros acontecimentos que acompanharam esse personagem da Bíblia.
O nascimento de Sansão foi profetizado. O mensageiro celestial que trouxe a boa notícia e as instruções a seus pais também suscitou neles reverência e temor. Seus pais seguiram as instruções do anjo, e Sansão colheu os benefícios de uma saúde invejável.
É evidente, porém, que muita coisa aconteceu entre o nascimento de Sansão e sua decisão de escolher uma esposa. Suas escolhas matrimoniais revelam claramente o que ele valorizava nas mulheres com as quais conviveu, e o tipo de relacionamento que ele mantinha com o Deus de seus pais. Quando seus pais tentaram convencê-lo a mudar de ideia sobre a jovem filisteia com quem Sansão desejava se casar, ele não deu ouvidos e insistiu para que seu desejo fosse satisfeito. A busca por uma felicidade efêmera e fugaz causou muitos problemas para ele. Toda essa saga não precisaria ter ocorrido como aconteceu. Porém, mesmo assim, o plano divino para libertar Israel dos seus opressores se cumpriu.
O resultado final (Gn 15:15; Jz 8:32; Sl 71:5; 90:10-12; Pv 5:18; Jr 9:23, 24; Tg 1:5). Para a maioria das pessoas da geração Y a velhice e a morte parecem algo distante. A busca persistente pela felicidade aqui e agora, a qualquer preço, parece ser o item prioritário em sua agenda diária. A preocupação com o fim da vida é assunto em que eles pouco pensam. Entretanto, a Palavra de Deus nos aconselha a parar e refletir sobre esse assunto. Jeremias 9:23 e 24, menciona que a alegria e felicidade verdadeiras devem resultar do relacionamento com o Pai Celestial. A maioria busca se realizar na força, na sabedoria e nas riquezas, mas tudo isso dura apenas um tempo limitado, logo irão passar. A única conquista que durará para sempre é a ligação que você e eu estabelecemos com Deus nesta Terra.
Se fizermos do Senhor e da salvação em Cristo nossa esperança eterna, não iremos nos decepcionar no fim de todas as coisas. “‘Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Então vocês clamarão a Mim, virão orar a Mim, e Eu os ouvirei’” (Jr 29:11, 12). “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida” (Tg 1:5).
É verdade que a vida passa como um conto ligeiro (Sl 90:10), mas esse conto pode ter uma repercussão positiva, um enredo emocionante de grandes aventuras e um final feliz, se o coração for sábio (Sl 90:12). Não importa que direção escolhermos seguir, a história de nossa vida será conhecida e influenciará outros. Vivamos de tal maneira que nos tornemos uma bênção e felicidade aos que precisam de Jesus.
Alnela McLeod, Newark, NJ, EUA
Há pouco tempo estive em um funeral de um familiar. Isso me fez pensar no significado da vida. Fiz a mim mesmo a seguinte pergunta: “Se todos nós vamos morrer, então qual é o propósito de viver?”
É próprio da natureza humana tentar controlar as circunstâncias da vida. Mas ninguém sabe quando a morte vai bater à porta, embora esteja consciente de que ela é inevitável. No entanto, Deus nos conhece desde antes de sermos formados no ventre de nossa mãe. Ele também tem Seu propósito determinado para cada um de Seus filhos (Jr 1:5). Então, a pergunta deve ser: O que devo fazer durante meu curto período de existência na Terra?
“Os membros da igreja de Deus devem ser zelosos de boas obras, separando-se das ambições mundanas e seguindo os passos Daquele que andou fazendo o bem. Com o coração repleto de simpatia e compaixão, devem ministrar aos que necessitam de auxílio, levando aos pecadores o conhecimento do amor do Salvador. Tal obra requer dedicados esforços, mas produz rica recompensa. Os que nela se empenham com sinceridade de propósito verão pessoas salvas para o Salvador; pois é irresistível a influência que acompanha a atividade prática da divina missão.”1
“O propósito de Deus para com os filhos que crescem em nossos lares, é mais amplo, mais profundo, mais elevado, do que o tem compreendido nossa visão restrita.”2 Deus tem um plano maravilhoso para nossa vida, Ele promete que Seu plano nos dará esperança, um futuro brilhante e a vida eterna (Jr 29:11). O plano de Deus para nossa vida é que renunciemos aos desejos pecaminosos, reflitamos Sua imagem, e não vivamos como os insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, “porque os dias são maus” (Ef 5:15, 16). Dessa maneira, poderemos proclamar o evangelho e fazer o que o Senhor nos chamou para realizar: contar a outros sobre Seu grande amor e Sua breve volta como Rei dos reis.
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1. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 109, 110.
2. ___________ , Educação, p. 262.
Lyndon Prince, Newark, NJ, EUA
MÃOS À BÍBLIA
4. Leia Jó 1:13-19; 2:7-9. O que aconteceu com Jó? De que maneira a experiência de Jó reflete de um ou de outro modo o que acontece com todos? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Jó perdeu suas propriedades, animais, servos, filhos e saúde.
B. ( ) Jó perdeu a esposa.
O filósofo grego Heráclito (535-475 a.C.) declarou que “não há nada permanente, exceto a mudança”. Justamente quando tudo parece estar indo bem, o inesperado acontece. Pode ser a perda de um emprego ou de um membro do corpo, uma doença que nos deixa acamados ou nos leva à morte prematura, um incêndio na casa, um acidente de carro, uma queda ao passear com o animal de estimação da família. Evidentemente, nem todas as mudanças são negativas.
Jó certamente não esperava a nova fase em sua vida. Seu mundo virou de cabeça para baixo e sua vida familiar foi devastada. Abel certamente não esperava ser assassinado, e José não esperava ser vendido para viver como escravo no Egito. Em ambas as histórias, os membros da família foram os traidores, e também nas duas histórias as famílias foram muito afetadas pelo que aconteceu. A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas cuja vida e família foram grandemente transformadas pelo inesperado.
Nossa vida é muito curta. A média é de setenta anos, e a Bíblia diz que “os mais fortes chegam a oitenta” (Sl 90:10, NTLH). As estações do ano servem de ilustração em relação à salvação. No inverno o solo fica duro. Morcegos, ursos, gambás, cobras e até abelhas hibernam. As árvores perdem as folhas, mas suas raízes ficam preservadas abaixo do solo.
O inverno é uma estação cinzenta, as noites são mais longas e os dias mais curtos. Na primavera, os animais despertam do sono e voltam para os lugares mais quentes, na maioria das vezes, com filhotes. A vegetação que estava dormente volta a brotar num magnífico espetáculo de cores. O verão tem dias mais longos e noites mais curtas. O outono é o preparo para o inverno, as noites começam a ficar mais longas, as folhas começam a cair sinalizando que a natureza está se desvanecendo e a terra fica nua e triste. Então, o ciclo recomeça novamente.
Salomão escreveu: “Há tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou” (Ec 3:2). Deus promete vida eterna em lugar da morte para todo o que crer em Sua promessa de salvação. Mas, aquele que rejeitar, a Bíblia menciona que se tornará em cinzas debaixo dos pés dos justos (Ml 4:3, ARA).
Como as árvores revivem na primavera após o inverno hostil, os propósitos divinos se realizam por meio das promessas do Senhor. Nada é demasiadamente difícil para Deus. No tempo determinado, Sua promessa se cumpre. Temos paz quando nosso amor e confiança são depositados na Palavra de Deus (Sl 71:5).
Lesanndra Morton, Newark, NJ, EUA
5. Qual foi a grande mudança na vida de Saulo de Tarso e como ela ocorreu? Leia Atos 8:1, 3; 9:1-22; Gl 1:15-17. Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Saulo teve sucesso na perseguição aos cristãos e se tornou sumo sacerdote.
B. ( ) Ele foi convertido e se tornou um dos maiores apóstolos do cristianismo.
“Quando Saulo se rendeu inteiramente ao convincente poder do Espírito Santo, viu os erros de sua vida e reconheceu a amplitude dos reclamos da lei de Deus. Aquele que tinha sido um orgulhoso fariseu, confiante na justificação por suas boas obras, então, curvou-se perante Deus com a humildade e simplicidade de uma criancinha, confessando sua indignidade e pleiteando os méritos de um Salvador crucificado e ressurgido” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 119, 120).
Você modelou sua família segundo o padrão divino. Mas chegou a hora de mudança. Seus filhos estão prestes a sair de casa. Será que eles estão prontos para enfrentar o mundo sozinhos?
Muitos pais têm medo de que seus filhos saiam de casa para enfrentar o mundo lá fora. No entanto, a verdade é que eles também, um dia, tiveram que sair de casa. Para amadurecer na fé, o cristão precisa experimentar provações e ter experiência com Deus. O Senhor tem um plano para cada um de nós. A missão pode ser em nossa cidade natal ou em qualquer outro lugar do mundo, mas tem um só objetivo: pregar o evangelho.
Deixar o conforto do lar pode não ser nada fácil, mas é uma mudança necessária. Ao escrever sobre a família, Ellen G. White disse que os pais têm o poder de “modelar o caráter dos filhos, para que estejam capacitados para a vida mais elevada, imortal”.* É dever dos pais edificar uma família da qual Deus Se agrade.
Isso não quer dizer que os filhos não cometerão erros ao viver neste mundo caído. Até mesmo Saulo, que mais tarde se tornou um apóstolo, foi perseguidor dos cristãos. Porém, depois que encontrou Jesus e conheceu a verdade, ele passou a ser um dos maiores defensores da Palavra. Nós também não somos perfeitos. Provavelmente, como Saulo, faremos coisas erradas, mas podemos fazer grandes coisas se formos dirigidos pelo Espírito Santo. Cada lar deve ser um ninho de amor, perdão e cuidado, assim como o coração de Deus é isso tudo para nós.
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* Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 231.
Jascinda Butts, Union, NJ, EUA
6. Leia Romanos 15:7; Efésios 4:2, 32; 1 Tessalonicenses 3:12 e Tiago 5:16. O que esses textos nos ordenam a fazer em nossa interação com os outros?
De muitas maneiras, o princípio é simples. Se agirmos bem, gentil e compassivamente com os outros, seremos uma influência positiva sobre eles, a ponto de podermos mudar sua vida de maneira muito positiva. Assim como Jesus transforma a vida das pessoas de modo muito favorável, que privilégio é o nosso de fazer algo semelhante pelos outros também! Mais uma vez, devemos nos lembrar de que nossa influência será tanto para o bem quanto para o mal, mesmo que de maneira sutil. E em nenhum lugar essa influência é mais marcante do que em nossa família.
Deus compreende nossas emoções, frustrações e desapontamentos porque fomos criados à Sua imagem e semelhança. Jesus, revestido da Sua humanidade, também experimentou fortes emoções aqui na Terra. Embora o Senhor possa Se irar e nos punir imediatamente pelos nossos erros, Ele não O faz. Por quê? Porque Ele é “pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para Se irar” (Tg 1:19, ARA).
Há muitas maneiras de ouvir as pessoas, especialmente, quando se trata de alguém que não consegue se expressar. Mas, se formos guiados pelo Espírito de Deus, seremos capazes de ouvir as pessoas e ajudá-las.
É importante notar que ser “pronto para ouvir” vem antes de ser “tardio para falar” e “tardio para se irar”. Ouvir é uma das coisas mais difíceis, mas é uma experiência fundamental na caminhada cristã. Ouvir as pessoas nos permite ver o mundo e suas necessidades como Jesus o enxergou quando esteve aqui. Não é fácil, mas também não é impossível, e essa certeza deve influenciar o ritmo de nossa vida diária.
O Senhor deseja que revelemos Seu caráter seguindo Seu modo de agir. Quando nos dispomos a ouvir nosso próximo estamos amando aqueles que nos cercam e demonstrando que nos importamos com eles. O ato de ouvir nos permite estar em sintonia com os outros, especialmente, porque Deus deseja salvá-los por nosso intermédio. Se não queremos ouvir um pecador igual a nós, como poderemos ouvir plenamente a Deus?
Angel Fosuhene, Newark, NJ, EUA