Lição 11
09 a 15 de dezembro
Os escolhidos
“Acaso Deus rejeitou o Seu povo? De maneira nenhuma! Eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1).
Prévia da semana: A salvação por meio da fé em Jesus Cristo está disponível a todos os grupos sociais, caso eles escolham ter fé nEle. Esta realidade significa que todos os povos têm a mesma necessidade de salvação. Ao compreender esta verdade, precisamos ser empáticos com todas as pessoas e estarmos mais disponíveis para Deus, a fim de compartilhar as boas novas de Jesus Cristo.
Leitura adicional: Oseias 11:1-8; Ezequiel 16; Deuteronômio 8:11-20. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, capítulo 2, “O Povo Escolhido”
Domingo, 10 de dezembro
Passos para a reconciliação

Como membros do AA, os Alcoólatras Anônimos passam pelo processo dos doze passos para se recuperar. Nossa caminhada cristã não é diferente. Como pecadores, podemos dizer que também somos membros de uma organização, a dos PA (Pecadores Anônimos). Há um processo pelo qual precisamos passar para fazer parte da família de Deus.

Os passos são semelhantes aos dos AA:

1. Admitir que somos impotentes para vencer o pecado.

2. Crer que somente pelo poder divino podemos ser vitoriosos.

3. Entregar nossa vida aos cuidados de Deus.

4. Permitir que o Espírito Santo nos sonde, remova tudo o que há de mal e nos conduza no caminho da santificação.

5. Reconhecer perante Deus, perante nós mesmos, e perante os outros nossas falhas e pecados.

6. Permitir que o Espírito de Deus remova todos os nossos defeitos de caráter.

7. Suplicar que Ele que nos livre das nossas imperfeições.

8. Dispor-nos a reparar os danos às pessoas que prejudicamos.

9. Reconciliar-nos com tais pessoas na medida do possível.

10. Estar constantemente em estado de alerta contra as tentações do inimigo, e, quando cair, admitir e buscar o perdão divino.

11. Manter relacionamento constante com Cristo por meio da oração e estudo da Bíblia, e pedir forças para realizar somente Sua vontade.

12. Tendo experimentado um reavivamento espiritual, graças a esses passos, procurar praticar esses princípios em todas as atividades e transmitir essa mensagem àqueles que ainda não aceitaram a salvação.*

Paulo advertiu seus leitores de que nossa segurança na misericórdia de Deus está condicionada à nossa perseverança na fé que leva à obediência, como evidência da salvação genuína.

Nesta semana veremos que, por meio do infinito amor e misericórdia do Senhor, podemos desfrutar de um relacionamento com Ele e participar das promessas que Ele fez a Seu povo. O Todo-Poderoso é a causa e a fonte de tudo. Ele é o Sustentador e Consumador, e toda a glória deve ser tributada a Ele (Rm 11:36).

* Adaptado de http://www.alcoolicosanonimos.org.br/index.php/os-doze-passos, acessado em 16 de março de 2017.

Dawnette Chambers | Austin, Texas, EUA

Mãos à Bíblia

1. Leia Romanos 10:1-4. Qual é a mensagem desses versos? Assinale a alternativa correta e reflita sobre como poderíamos, hoje, correr o risco de procurar estabelecer nossa “própria justiça”.

A.( ) A justiça de Cristo não é suficiente para nos cobrir, portanto precisamos da nossa própria justiça.

B.( ) Devemos nos sujeitar à justiça de Deus, pois não temos justiça em nós mesmos.

Segunda-feira, 11 de dezembro
Eleitos para ajudar outros

O livro de Romanos, particularmente o capítulo 11, trata de questões importantes. O conceito que temos sobre Deus pode afetar grandemente nossa compreensão da Bíblia. Deus não é atemporal, no sentido da visão filosófica clássica de atemporalidade. Algumas pressuposições do cristianismo têm por base a filosofia de Platão e Aristóteles. Esses filósofos defendiam a ideia de que o deus deles era atemporal e incapaz de entrar na história humana.

Em suma, a ideia é que Deus está restrito aos limites da atemporalidade. Isso significa que, na eternidade passada, Deus planejou tudo o que iria acontecer, assentou-Se para observar e Se tornou incapaz de fazer qualquer coisa a respeito dos fatos, pois a mudança é inaceitável para Alguém atemporal. Esse falso conceito pinta uma visão determinista de Deus e sugere que Ele já decidiu quem será salvo e quem se perderá. Se rejeitamos esse conceito determinista em nosso estudo da Palavra de Deus, textos como Romanos 11 se tornam mais fáceis de compreender.

Quando você não é tão especial quanto pensa (Dt 7:7-9). Como você se sentiria sabendo que Deus escolheu você, sua família e sua nação toda para ser um povo especial para Ele? A reação natural seria um sentimento de honra; afinal de contas, vocês foram escolhidos por Aquele que é santo. A nação de Israel recebeu esse convite do Senhor (Lv 20:26). Que tremenda honra! Infelizmente, esse sentimento rapidamente se degenerou devido ao orgulho e ao senso de merecimento por parte dos israelitas, como se houvesse algo inerentemente extraordinário neles para que Deus os tivesse escolhido.

Havia algo especial em Abraão? Foi por isso que Deus o chamou para deixar sua terra natal e partir para um novo país (Gn 12:1)? A iniciativa divina de escolher Abraão não se deu pelo fato de haver alguma coisa especial nele, mas de haver alguma coisa especial em Deus. O Senhor escolheu Abraão, como podia ter escolhido qualquer outra pessoa.

Esse simples detalhe devia ter sido suficiente para manter os israelitas humildes, mas eles perderam de vista o fato de que Deus escolhe a quem Ele quer, quando quer, e pelos Seus motivos. Durante os 40 anos em que vaguearam pelo deserto, Deus precisou lembrá-los de que eles não eram tão especiais quanto pensavam. Ele não os havia escolhido por causa do seu tamanho, pois, na verdade, eles eram “o menor de todos os povos” (Dt 7:7). Israel foi escolhido por causa do amor de Deus (Dt 7:8).

A eleição de Israel não foi algo que eles conquistaram por seu trabalho, mas algo que receberam sem merecer. Foi pela graça divina que eles foram escolhidos (Rm 11:5).

Da exclusão para a inclusão (Rm 11:11-24). Os israelitas foram escolhidos por Deus para servir de exemplo do que acontece quando os seres humanos cumprem sua parte na aliança com o Senhor. Aquela “estranha nação” que adorava um único Deus, tinha um dia semanal para adoração e seguia dez princípios orientadores, era uma nação singular. Seu povo era diferente, mas divinamente abençoado. Prosperava nas guerras, era mais saudável e sua terra era a mais fértil entre todas. O objetivo de Deus era que o Seu povo escolhido atraísse outros povos para fazer parte da sua comunidade, a fim de que também recebessem as bênçãos celestiais.

Depois que Isaque foi poupado do sacrifício, Abraão recebeu uma revelação divina de que, por meio de sua descendência, “todos os povos da Terra [seriam] abençoados” (Gn 22:18). Israel foi escolhido e abençoado para que outros pudessem ser abençoados e, por fim, viessem a fazer parte da comunidade dos eleitos de Deus, ou seja, daqueles que escolhem a Deus.

Paulo usou a metáfora de um ramo enxertado na videira abraâmica para descrever o fenômeno da inclusão dos gentios no povo escolhido de Deus (Rm 11:11-24). Os gentios, ou seja, os que não eram descendentes de Abraão, por meio do sangue de Cristo, podem ser enxertados na família de Deus. Os ramos estrangeiros não foram incluídos na raiz, mas, por causa do amor divino, todos têm a oportunidade de se ligarem a ela. A salvação é estendida a todo aquele que crê. Algo fantástico nessa metáfora paulina de Romanos 11 é que nenhum ramo que deseja ser ligado à raiz é rejeitado. Basta aceitar, e passará a fazer parte da família de Deus.

A fé é fundamental (Rm 10). A crença em Jesus Cristo é essencial. Paulo deixou isso muito claro em Romanos 10:11: “Todo o que nEle confia jamais será envergonhado”. A salvação é uma questão de fé em Jesus. Porém, no verso 14, o apóstolo levantou um ponto interessante: Como alguém crerá se não ouviu? E como ouvirá se não há quem pregue? O amor de Deus deve nos motivar a contar a todos sobre as boas-novas da salvação, para que eles sejam salvos e tenham o privilégio de fazer parte da grande família de Deus.

Mark Anthony Reid | Berrien Springs, Michigan, EUA

Mãos à Bíblia

2. Leia Romanos 11:1-7. Qual ensino comum esse texto nega de maneira clara e irrevogável?

Na primeira parte de sua resposta à pergunta: “Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo?”, Paulo mostrou que há um remanescente, uma eleição da graça como prova de que Deus não tinha rejeitado Seu povo. A salvação está disponível a todos os que a aceitam, tanto judeus quanto gentios.

3. Leia Romanos 11:7-10. Será que Paulo estava dizendo que Deus propositadamente cegou os israelitas que haviam rejeitado Jesus para que eles não enxergassem a salvação? O que há de errado com essa ideia? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Não. Deus elegeu todo o povo de Israel para a salvação. Uma parte da nação foi cegada em relação às funções que deviam desempenhar na causa de Deus.

B.( ) Sim, pois Deus privilegia alguns com a luz da salvação, enquanto outros são privados do evangelho.

Terça-feira, 12 de dezembro
Você foi escolhido

A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo […] que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Porque Deus nos escolheu nEle antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em Sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da Sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. […] NEle fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano dAquele que faz todas as coisas segundo o propósito da Sua vontade” (Ef 1:2-11).

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

“No conselho celestial foi feita uma provisão para que os seres humanos, embora transgressores, não perecessem devido à sua desobediência, mas, por meio da fé em Cristo, como seu substituto e fiador, pudessem se tornar eleitos de Deus, predestinados para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de Sua vontade (Ef 1:5). Deus deseja que todos os homens sejam salvos; e ao dar Seu Filho unigênito como resgate pelo ser humano, fez ampla provisão para a salvação do mundo. Ninguém precisa perecer, a menos que se recuse a ser adotado como filho de Deus por meio de Cristo Jesus. […] Os eleitos são os escolhidos, por meio de Cristo, para a santificação do Espírito e fé na verdade (2Ts 2:13). […]

“Aqueles que respondem ao convite de Cristo, por meio da soberana misericórdia de Deus, são eleitos para ser salvos como filhos obedientes de Deus. Sobre eles se manifesta a livre graça de Deus, o grande amor com que nos amou. O Pai coloca Seu amor sobre Seu povo eleito, que vive em meio aos homens, porque eles aceitaram a redenção que Cristo lhes comprou com Seu precioso sangue. Todo aquele que se humilhar como uma criancinha, que quiser receber a Palavra de Deus e obedecer a ela com a simplicidade de uma criança, estará entre os eleitos de Deus.”*

* Ellen G. White, The Messenger, 12 de abril de 1893.

Yolanda Pugh | Tallahassee, Flórida, EUA

Mãos à Bíblia

4. Leia Romanos 11:11-15. Qual é a grande esperança apresentada por Paulo nesse texto?

5. Leia Romanos 11:16-24. Qual é a mensagem de Paulo nesse texto?

Paulo comparou o remanescente fiel de Israel a uma oliveira nobre, cujos ramos “incrédulos” foram quebrados – uma ilustração que ele usou para provar que “Deus não rejeitou o Seu povo” (Rm 11:2). A raiz e o tronco permaneceram. Os gentios cristãos foram enxertados nessa árvore. Contudo, eles estavam extraindo sua seiva e vitalidade da raiz e do tronco, que representavam, por sua vez, os judeus cristãos.

Pense Nisto
Como posso consolidar meu chamado e minha eleição? O que farei para que outras pessoas também saibam que foram escolhidas por Deus?
Quarta-feira, 13 de dezembro
O que é a rejeição?

Deus fez uma aliança com os filhos de Israel e os elegeu como Seu povo escolhido (Êx 19:5; Dt 26:18, 19; 1Pe 2:9). Apesar de terem sido separados para um propósito santo, os israelitas teimaram em viver como as nações vizinhas. Devido à sua constante desobediência aos mandamentos do Senhor, eles se tornaram cativos das próprias nações que desejaram imitar.

Como nos dias do profeta Elias, nestes últimos tempos Deus tem um remanescente formado por todos os que aceitaram o dom da salvação pela graça mediante a fé em Cristo Jesus.

John Piper explica: “O Deus todo-glorioso, cuja glória consiste em Sua liberdade de escolher a quem quiser, não pode ser controlado nem obrigado por nada fora de Si mesmo.”* Como vimos em Romanos 9:18, “Deus tem misericórdia de quem Ele quer, e endurece a quem Ele quer”.

O povo de Israel havia recebido muita luz (Rm 9:4, 5), mas, obstinadamente, recusou-se a viver de acordo com ela.

A rejeição dos apelos divinos levou os israelitas a se tornarem espiritualmente indiferentes, insensíveis e incapazes de perceber e entender as verdades espirituais. As bênçãos se tornaram maldição (Rm 11:9). Ficaram destinados a enfrentar o juízo final. “Escureçam-se os seus olhos, para que não consigam ver, e suas costas fiquem encurvadas para sempre” (Rm 11:10).

Aqueles que deixam de reconhecer que sua salvação é somente pela graça, confiando, em vez disso, nas obras que realizam, na quantidade de dízimo que devolvem, ou no fato de sua família pertencer à igreja há várias gerações, serão rejeitados por Deus.

* John Piper, “The Argument of Romans 9:14-16”, http://www.desiringgod.org/articles/the-argument-of-romans-914-16, acessado em 19 de julho de 2016.

Mãos à Bíblia

6. Leia Romanos 11:25-27. Quais acontecimentos importantes Paulo previu nesse texto?

O que significa “a plenitude dos gentios”? Muitos entendem essa expressão como uma forma de representar o cumprimento da comissão evangélica, na qual todo o mundo ouvirá o evangelho. “A plenitude dos gentios” chegará quando o evangelho for pregado em toda parte. A fé de Israel, manifestada em Cristo, será universalizada. O evangelho terá sido pregado a todo o mundo. A vinda de Jesus está próxima. Nesse momento, então, muitos judeus começarão a vir a Jesus.

Outro assunto difícil é o significado da expressão “todo o Israel será salvo” (Rm 11:26). Isso não deve ser interpretado no sentido de que todo judeu, por algum decreto divino, terá a salvação no tempo do fim. As Escrituras não pregam em nenhuma parte o universalismo, seja para toda humanidade, seja para determinado segmento. Paulo esperava salvar “alguns deles” (Rm 11:14). Assim como ocorre em todos os grupos de pessoas, alguns aceitaram o Messias, outros O rejeitaram.

“Há uma poderosa obra a ser feita no mundo. O Senhor declarou que os gentios serão recolhidos, e não somente os gentios, mas os judeus. Há entre os judeus muitos que serão convertidos e por meio de quem veremos a salvação de Deus sair como lâmpada ardente. Há judeus por toda parte, e a eles deve ser levada a luz da verdade presente. Há entre eles muitos que virão para a luz e que proclamarão a imutabilidade da lei de Deus com admirável poder” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 578).

Quinta-feira, 14 de dezembro
Não é seu serviço

Trabalhar e ter uma ocupação útil é algo muito gratificante. Talvez não seja o melhor emprego, mas o dinheiro ganho faz com que valha a pena, quer seu serviço seja repor prateleiras em um supermercado, atender o balcão em uma lanchonete, passear com cachorros, etc. O dinheiro que você ganha é sua recompensa pelo serviço realizado. A sociedade ensina que todo esforço deve ser recompensado, seja com bolsas de estudo ou promoções no trabalho. Muitas vezes, esforçamo-nos por causa da recompensa.

O problema é quando essa filosofia influencia nossa vida espiritual. Devemos procurar ser perfeitos como é perfeito nosso Pai celestial (Mt 5:48), e nos esforçar para desenvolver nossa salvação (Fp 2:12, ARA). No entanto, não podemos transformar nossa motivação em alvo. Além disso, todas as vitórias na busca desse ideal são obra de Deus. Filipenses 2:13 diz: “É Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dEle”. Deus promete nos ajudar em nossa caminhada cristã, portanto, não podemos trabalhar para ganhar a salvação como trabalhamos para ganhar dinheiro. A salvação é obtida pela fé em Cristo e no Seu sacrifício na cruz.

Colin G. Kruse diz: “A confissão de Jesus como Senhor significava que a pessoa pertencia a Ele e se submetia a Ele.”* Durante os primeiros séculos do cristianismo, nos tempos romanos, era obrigatório jurar lealdade ao imperador. O fato de alguém proclamar publicamente que pertencia a Cristo e era submisso a Ele suscitava perseguição.

Hoje, ser seguidor de Cristo significa trilhar o caminho estreito em um mundo corrompido e libertino. Os prazeres, as amizades, as diversões e outras coisas podem facilmente se tornar o nosso “senhor”. A fé nessas coisas não pode nos salvar do pecado. A boa notícia é que Cristo já nos salvou e libertou. Precisamos somente aceitar esse presente e viver pela fé, porque não podemos salvar a nós mesmos. Humanamente, essa seria uma tarefa impossível.

* Colin G. Kruse, Paul’s Letter to the Romans (Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing, 2012), p. 410.

Daniel Madden | Hamilton, Ontário, Canadá

Mãos à Bíblia

O amor de Paulo por seu povo fica claramente evidente em Romanos 11:25-27. Deve ter sido muito difícil para ele se opor a alguns de seus próprios compatriotas e vê-los lutar contra a verdade do evangelho. No entanto, em meio a tudo isso, ele ainda acreditava que muitos reconheceriam Jesus como o Messias.

7. Leia Romanos 11:28-36. De que maneira Paulo mostrou o amor de Deus por toda a humanidade? Como ele expressou o poder maravilhoso e misterioso da graça de Deus?

Ao longo de Romanos 11:28-36, embora seja apresentado um contraste entre judeus e gentios, um ponto fica claro: a misericórdia, o amor e a graça de Deus são derramados sobre os pecadores.

8. Leia Romanos 11:31 com atenção e oração. Qual ponto importante devemos extrair desse texto sobre nosso testemunho?

Ao longo dos séculos, se a igreja cristã tivesse tratado melhor os judeus, muitos mais poderiam ter aceitado o Messias.

Sexta-feira, 15 de dezembro
Parte do plano

No capítulo 10 de Romanos Paulo manifestou seu desejo de que todos os judeus aceitassem a salvação pela fé em Cristo. Nos versos 2 a 4, ele mencionou qual era o erro deles: tinham extremo zelo para com Deus, porém era um zelo cego. Eram privilegiados por terem as Escrituras e a lei transmitida por Moisés, mas acreditavam que seguir regras e rituais os justificaria diante de Deus. Não aceitavam que “o fim da lei é Cristo, para a justificação de todo o que crê” (Rm 10:4). Ao citar Deuteronômio 30:12-20, Paulo lembrou seus leitores de que o plano original de Deus sempre foi a justiça por meio de relacionamento e não de regulamentos. Moisés havia ensinado aos israelitas que somente o amor genuíno a Deus os capacitaria a obedecer-Lhe (Dt 30:6, 16, 17). Todavia, Israel falhou. 

Cristo foi a personificação do amor divino. Seu exemplo de vida e sacrifício foi a maneira escolhida pelo Céu para que pudéssemos conhecer o Pai. Israel tinha um papel singular a desempenhar no plano divino, porém, era apenas parte do plano. Em Romanos 10:19, 20, Paulo mencionou as palavras proféticas de Moisés e Isaías, as quais confirmavam que o plano de Deus ia além de Israel e envolvia outras nações e povos. No capítulo 11 de Romanos, Paulo procurou mostrar que judeus e gentios tinham um papel a desempenhar no plano da salvação (Rm 11:1-10).

O plano de Deus era que Seu relacionamento com os gentios incentivasse os judeus a retornar ao seu primeiro amor. Ambos deviam ser restaurados a um relacionamento correto com Deus (Rm 11:28-32).

Em muitos assuntos, às vezes, o mundo tem sido mais justo do que a igreja. Por exemplo, em questões relacionadas à opressão dos pobres, das minorias e das mulheres. Cristo disse: “Com isso todos saberão que vocês são Meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (Jo 13:35).

Felizmente, nem tudo está perdido. O plano de Deus ainda inclui a salvação da igreja e do mundo.

Ailiana K. Denis | Bolingbrook, Illinois, EUA

Pense Nisto
Em quais áreas específicas a igreja pode aprender com o mundo? Leia Romanos 11:15, 22 e 23.
Mãos à obra
Reescreva Ezequiel 16 com suas próprias palavras, imaginando como Deus deve ter Se sentido a respeito de Israel. Visite uma família refugiada e pergunte como estão lidando com a rejeição ou discriminação em seu novo país. Pesquise a respeito de pessoas envolvidas em alguma missão. Crie sua declaração de missão. Com o que você gostaria de se comprometer na obra de Cristo? Visite um hospital e converse com as enfermeiras do pronto-socorro. Pergunte a elas por que se dispõem a fazer esse tipo de trabalho e o que as motiva. Leve alguns exemplares dos nossos livros missionários para presenteá-las.