A oração de Jesus em João 17, é um dos mais significativos textos do Novo Testamento sobre a unidade cristã. Na época de Cristo, muitas pessoas viam Deus mais como um ditador vingativo do que como um Senhor bondoso. Jesus veio para corrigir isso. Em Sua vida e ministério Ele revelou o verdadeiro caráter do Pai. Essa unidade entre Pai e Filho aparece como tema central em João 17. Mas Jesus foi além. Em Sua oração Ele incluiu Seus discípulos, quando rogou ao Pai: “Para que sejam um, assim como somos um” (v. 11). O Salvador sabia que os discípulos precisariam estar unidos para que a pregação do evangelho alcançasse o sucesso desejado.
O pecado causa separação. O rompimento vertical entre nós e Deus se reflete nos rompimentos horizontais entre nós e nossos semelhantes. Nosso mundo, polarizado e dividido por classes sociais, religiões, culturas, países e sistemas políticos, é consequência do pecado. Essas divisões parecem ser tão latentes quanto a natureza humana e parecem se perpetuar onde quer que seja. Mas como Deus usa a igreja para resolver esse problema?
Quando meu amigo americano é visto lavando os pés de um iraquiano, os dois estão em harmonia, as diferenças ficaram de lado. Eles estão demonstrando aos outros que estão unidos em Cristo. “Com isso todos saberão que vocês são Meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (Jo 13:35).
Quando o mundo vê harmonia onde normalmente haveria divisão, humildade e aceitação em lugar de conflito e ódio, o amor de Deus transcendeu as barreiras da natureza humana. A igreja que se formou após a ascensão de Cristo recebeu o dom do Espírito Santo. Os apóstolos e cristãos primitivos entenderam que o ideal divino para a restauração da unidade deve ser buscado primeiramente no plano vertical, e então, depois, praticado no horizontal.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center (Centro de Pesquisas de Opinião) em 2015, a Igreja Adventista do Sétimo Dia aparece como a denominação cristã com maior diversidade étnica entre os principais grupos religiosos dos Estados Unidos! Permaneçamos unidos na missão para que, em breve, possamos ver Jesus voltar!
Nwamiko Madden, Lacombe, Alberta, Canadá
A oração sacerdotal é dividida em três partes. Primeiramente, Jesus orou por Si (Jo 17:1-5), em seguida por Seus discípulos (Jo 17:6-19) e, por fim, pelos que posteriormente viriam a crer Nele (Jo 17:20-26).
1. Leia João 17:1-5. Qual é a essência de Sua oração, e o que ela significa para nós?
2. Leia João 17:3, o que é a vida eterna? O que significa conhecer a Deus? Complete as lacunas:
“E a vida eterna é esta: que Te ___________ a Ti, o único ________ verdadeiro, e a __________, a quem enviaste” (Jo 17:3).
Jesus disse que a vida eterna consiste em nosso conhecimento pessoal de Deus. Não é salvação pelas obras nem pelo conhecimento, mas a experiência de conhecer o Senhor por causa do que Cristo fez por nós na cruz.
Cristo tinha consciência de Sua missão. Ele veio para unir a humanidade caída novamente ao seu Criador. O pecado rompeu a ligação entre o Criador e Suas criaturas. No Éden, nossos pais escolheram o “eu” em vez de permanecerem unidos ao Criador e obedientes às ordens divinas. Essa condição pós pecado passou a todos nós. Jesus precisou vir e tomar o pecado de toda a humanidade sobre Si. Como o segundo Adão, Ele foi tentado em tudo, mas não pecou. Vivendo em íntima união com o Pai, Ele nos mostrou que é possível vencer Satanás e ao pecado. O apóstolo Paulo disse: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20).
Fomos justificados, declarados justos, apesar de nossas falhas. Cristo tomou para Si, corporativamente, os pecados de todos nós. Todos os nossos pecados foram pagos na cruz. “Ele Se fez pecado por nós” (2Co 5:21). “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).
A vida perfeita de Cristo nos salva e opera em nós para nos tornar santos em nosso viver diário. O modelo de santificação que Cristo demonstrou quando esteve neste mundo, mostra-nos a importância de viver em íntima união com Deus cada dia. Desenvolver um relacionamento cada vez mais próximo com Ele, até chegar ao ponto de, se preciso, dar a vida como Jesus o fez.
Assim como Cristo está em nós, também precisamos estar Nele. Não há razão para dúvidas, se cremos que estamos Nele, então podemos experimentar o Céu aqui e agora, pois estamos “[seguindo] o Cordeiro por onde quer que Ele vá” (Ap 14:4).
Cristo sabia que Sua ressurreição teria o poder de unir todos os que O aceitassem pela promessa da vida eterna. Na cruz, O Salvador obteve para todos os pecadores a reconciliação com Deus, o Pai. Jesus representou o pecador, vil e imperfeito que é aperfeiçoado Nele por meio de Sua morte. Seres humanos não mais destituídos de santidade e inimigos de Deus, incapazes de ser aceitos por um Deus santo e imaculado, mas pecadores resgatados, transformados e unidos em um mesmo Espírito. Todos aqueles que aceitam esse dom se tornam filhos de Deus, ligados ao Pai em um relacionamento tão íntimo como o que o Filho teve com Ele.
Ao longo do Seu ministério nesta Terra, Cristo testemunhou fielmente da glória de Deus e de Seu caráter. Mas Jesus sabia que Seus seguidores seriam perseguidos por este mundo rebelde e egocêntrico. Nosso Salvador deseja que o evangelho que aceitamos de coração faça parte da nossa vida e produza unidade em Sua igreja.
Jesus pediu ao Pai que nos livrasse do mal, porém isso não implica que nunca enfrentaremos provações, nem fracassos. Precisamos clamar ao Espírito para nos guardar da autocondenação provocada pelos agentes acusadores de Satanás. O inimigo sempre está nos tentando para que desviemos os olhos de Jesus e tenhamos dúvidas da Sua graça. Muitos caem como presas da culpa e vergonha, acreditam que seu pecado os desqualifica para manter um relacionamento com Deus, mas este não é o caso, pois “quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios” (Rm 5:6).
O evangelho tem o poder de unir a todos. Os que foram justificados em Cristo se tornarão humildes e reconhecerão que todos, desde o rico até o mendigo, são iguais perante Deus. Em Cristo todas as pessoas têm o mesmo valor. Ele ama todas igualmente. Anseia unir todos por meio do Seu sangue, de forma que a experiência humana seja um reflexo da experiência entre Ele e o Pai. É com esse amor e esse pensamento que Jesus pede que sejamos um.
Unidos pelo poder do Espírito Santo, os discípulos estavam capacitados para compartilhar as boas-novas da salvação. À medida que pregavam, os novos conversos se uniam a eles, e experimentando a mesma alegria cooperavam na divulgação do evangelho.
Nosso Senhor deseja que “a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida” (Ef 3:10, ARA). “Multiforme” significa que ela tem muitos ângulos, e é através do corpo de Cristo, Sua igreja, diversificado, mas unificado, que o amor divino deve ser revelado. A igreja não existe para nenhum outro propósito senão o de pregar Cristo e Sua salvação.
Andrew Carroll, Allentown, Pensilvânia, EUA
3. Leia João 17:9-19. Sobre o que Jesus orou especificamente em relação a Seus discípulos? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Ele orou para que os discípulos prosperassem financeiramente.
B. ( ) Ele orou para que os discípulos fossem protegidos do mal.
Jesus orou por Seus discípulos, que corriam grave perigo de perder sua fé Nele. Orou para que eles fossem preservados do mal no mundo. Cristo Se interessa pelo mundo. Na verdade, Ele é seu Salvador. Mas a propagação do evangelho estava ligada ao testemunho daqueles que pregariam as boas-novas. Por essa razão Jesus precisou interceder por eles para que o maligno não os derrotasse (Mt 6:13).
A santificação ou consagração dos discípulos à verdade também era indispensável para o serviço. A obra da graça de Deus no coração dos discípulos os transformaria. Mas se eles quisessem testemunhar da verdade divina, eles mesmos deviam ser transformados por ela.
“Dê ouvidos a Jesus, siga-Lhe o conselho, e não se desviará do sábio e poderoso Conselheiro, o único Guia fiel que pode nos dar paz, felicidade e alegria verdadeiras. [...] Seja o que for que outros pensem de nós, ou nos façam, isso não deve atrapalhar nossa união com Cristo e o companheirismo com o Espírito. [...] Não é possível encontrar descanso fora de Cristo.”1
“Os termos dessa unidade entre Deus e o homem na grande aliança da redenção foram combinados com Cristo desde a eternidade. A aliança da graça foi revelada aos patriarcas. A aliança feita com Abraão quatrocentos e trinta anos antes que a lei fosse proferida no Sinai foi uma aliança confirmada por Deus em Cristo, e é o mesmo evangelho pregado a nós. [...] A aliança da graça não é uma nova verdade, pois existiu na mente de Deus desde toda a eternidade.”2
“Quando [...] os membros [...] da igreja, amarem a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmos, não haverá dificuldades para que estejam unidos. Haverá unidade em Cristo, os ouvidos estarão fechados para mexericos e ninguém criticará seu próximo. Os membros da igreja cultivarão amor e unidade e serão como uma grande família.”3
“Quando o povo de Deus crer plenamente na oração de Cristo, quando praticar na vida diária as instruções nela contidas, a unidade de ação será um fato em nossas fileiras. Irmão estará ligado a irmão, pelos laços áureos do amor de Cristo. O Espírito de Deus, unicamente, é que pode efetuar essa unidade. Aquele que santificou a Si mesmo, pode santificar também Seus discípulos. Unidos a Ele, estaremos também unidos entre nós, na mais santa fé. Quando buscarmos essa unidade com o empenho que Deus deseja, iremos alcançá-la.”4
Levi Collins, Lenhartsville, Pensilvânia, EUA
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1. Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MD 2005], 18 de outubro.
2. ___________ , Signs of the Times, 24 de agosto de 1891.
3. ___________ , Manuscript Releases, v. 15, p. 150.
4. ___________ , Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 44.
4. Leia João 17:20-26, qual era o maior desejo de Jesus para os que posteriormente creriam na mensagem do evangelho? Por que é tão importante que essa oração seja cumprida?
Como o Pai e o Filho são um, Jesus orou para que os futuros cristãos também fossem um. Em algumas passagens no Evangelho de João Jesus Se referiu à unidade do Pai e do Filho. Eles nunca agem independentemente um do outro, mas estão sempre unidos em tudo o que fazem (Jo 5:20-23). Eles compartilham amor pela humanidade caída, de tal maneira que o Pai Se dispôs a dar Seu Filho pelo mundo e, o Filho, a dar Sua vida por ele também (Jo 3:16; 10:15).
A unidade à qual Jesus Se referiu nessa oração é uma unidade de amor e propósito, como a que há entre Pai e Filho. Assim o mundo saberá que Jesus é o Salvador. Em outras palavras, essa unidade pela qual Jesus orou não é invisível. Como o mundo pode se convencer da veracidade do evangelho se não vê amor nem unidade entre o povo de Deus?
“Com que diligência os professos seguidores de Cristo devem buscar responder em sua vida esta oração!” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 17).
Será que a maior oração de Cristo foi na verdade uma oração? Embora algumas traduções acrescentem a palavra “oração”, João registrou que Jesus ergueu os olhos ao céu e falou com Seu Pai. Para Jesus, a oração era uma conversa. O dicionário de Webster define uma conversa como “um diálogo informal que envolve duas pessoas ou um pequeno grupo de pessoas.”1
A oração de Jesus foi verdadeiramente informal. Ele estava falando com Seu Pai, não com uma divindade distante e contemplativa. “Pai” era a maneira íntima de o Salvador Se dirigir ao Deus do Universo. “Não há nenhuma evidência na literatura judaica pré-cristã de que os judeus se dirigissem a Deus como ‘Abba’” (‘Pai’).2 Embora Deus tenha Se referido a Si mesmo como “Pai” 15 vezes no Antigo Testamento, o Novo Testamento se refere a Ele como “Pai” mais de 150 vezes somente nos evangelhos!3
Devemos ter o mesmo relacionamento com Jesus que Ele manteve com Seu Pai. É como o relacionamento que Moisés teve com Deus, em que “o Senhor falava com ele como quem fala com seu amigo” (Êx 33:11).
Por quem Jesus orou na véspera de Sua severa prova? Principalmente por nós. Jesus orou por todas as gerações futuras de cristãos. Quando Ele mais precisava de oração, orou por nós. Jesus olhou para além da cruz.
E qual foi o assunto-chave da oração de Jesus? A unidade. O Salvador orou para que Seus seguidores fossem unidos uns aos outros assim como Ele e o Pai são unidos. Deus, em Jesus, rasgou os rótulos que o mundo coloca – raça, sexo, etnia, idade, idioma – e criou por meio Dele uma nova humanidade. A última oração de Jesus não foi um pedido desesperado por Sua vida, mas um ideal ousado para o novo mundo que surgiria depois da cruz.
Matthew J. Lucio, Mason City, Iowa, EUA
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1. Merriam-Webster’s Dictionary, verbete “Conversation”.
2. Walter A. Elwell, Evangelical Dictionary of Theology, “Fatherhood of God”.
3. Ibid.
5. Leia Marcos 9:38-41 e João 10:16. O que a resposta de Jesus ao apóstolo João ensina sobre exclusivismo e julgamentos precipitados quanto à identidade dos verdadeiros seguidores de Jesus? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) O Senhor tem fiéis apenas na Igreja Adventista.
B. ( ) O Senhor tem fiéis em várias igrejas.
Os adventistas entendem que a oração de Jesus, em João 17, tem aplicação direta à unidade de sua igreja. Devemos estar unidos para cumprir nossa missão de compartilhar com o mundo as três mensagens angélicas. Sobre esse assunto não há discordância. Mas, e quanto à unidade com outros cristãos? Como devemos nos relacionar com eles à luz da oração de Jesus? Acreditamos que Deus tenha fiéis em outras igrejas. A Bíblia deixa claro que Deus tem Seus fiéis mesmo em Babilônia (Ap 18:4).
Ao mesmo tempo, sabemos que existe uma apostasia entre os que professam o nome de Cristo e que, nos últimos dias, muitos falsos cristãos se unirão uns com os outros e com o Estado para realizar a perseguição representada vividamente em Apocalipse 13:1-17. Portanto, os adventistas são cautelosos quanto ao envolvimento em convocações em favor da unidade com outras igrejas, como é visto no movimento ecumênico.
Embora estivesse lidando com um problema específico em um momento específico, Ellen White apresentou princípios a respeito da nossa relação com outros cristãos, especialmente na questão da união em torno de uma causa.
Primeiramente, podemos trabalhar com os outros cristãos em interesses sociais comuns. Em segundo lugar, se nos unirmos a eles, devemos fazê-lo de maneira a não comprometer nossas crenças nem práticas. Em terceiro lugar, podemos e devemos usar essa “unidade” para compartilhar as preciosas verdades com as quais fomos abençoados.
Usamos expressões como “a família da igreja”, “irmãos e irmãs em Cristo”, mas a Bíblia declara que “o irmão trairá seu próprio irmão” (Mc 13:12) e que “o amor de muitos esfriará” (Mt 24:13). Como podemos manter a unidade nesses momentos?
Semelhantemente aos votos de fidelidade no matrimônio, o divórcio da fé não deve ser uma opção. Seremos irmãos e irmãs por toda a eternidade. Precisamos estar unidos em favor de algo maior do que nós mesmos: a salvação em Cristo. Portanto, há algumas coisas que podemos fazer para permanecer unidos:
Seja convicto da fé que professa. Estude a Bíblia. Se não tivermos um profundo conhecimento de Jesus, e de Sua Palavra, não estaremos preparados para viver em união uns com os outros. O que nos une deve ser mais forte do que o que pode nos dividir. Cristo orou por unidade e não por uniformidade. Devemos respeitar as diferenças, mas estar unidos em torno da Palavra de Deus.
Mantenha-se conectado. Satanás tem mil maneiras de incitar brigas e divisões na igreja. Temos que estar alertas, atualizados, conectados à Fonte de poder. A mente precisa estar initerruptamente conectada à Rede celestial para que o antivírus obtenha as atualizações necessárias e possa combater os ataques virais do inimigo. A oração é seu wi-fi.
Comprometa-se com Cristo. Diariamente, precisamos escolher seguir Jesus e permanecer comprometidos com Ele. Essa é a parte principal no desenvolvimento dos relacionamentos duradouros. Tenha firmeza de caráter e determinação para permanecer no caminho certo! É preciso viver a vida cristã com propósito.
Não podemos achar que a unidade aconteça naturalmente, porque ela não vem por acaso. É algo que temos que trabalhar duro para alcançar e fazer disso nossa prioridade. Vamos nos unir para ser a resposta à oração de Cristo.
Laura Marta Lucio, Mason City, Iowa, EUA
6. Leia 1 João 2:3-6. O que significa conhecer a Deus? Como demonstramos nosso conhecimento de Deus?
7. Leia João 13:34, 35. Que novo mandamento Jesus deu aos Seus discípulos? Como isso se relaciona com a unidade entre os cristãos?
O mandamento de amar o próximo não era novo em si mesmo, pois é encontrado nas ordens e instruções que Deus deu a Moisés (Lv 19:18). O que houve de novo foi o mandamento de Jesus aos discípulos para que amassem uns aos outros como Ele os tinha amado. O exemplo do amor abnegado de Jesus é a nova ética para a comunidade cristã. Que padrão maravilhoso foi estabelecido diante de nós! A vida de Jesus na Terra foi uma demonstração prática do amor em ação. Toda a obra da graça é um serviço contínuo de amor e esforço abnegado. A vida de Cristo foi uma manifestação incessante de amor e desprendimento pelo bem dos outros. O princípio que moveu Jesus deve mover Seu povo no seu trato de uns para com os outros. Que testemunho poderoso esse amor será para o mundo! E também que força poderosa em favor da unidade entre nós esse amor proporcionará!
“Gosto do seu Cristo, mas não gosto dos seus cristãos. Seus cristãos são tão diferentes do seu Cristo!” Embora essas palavras sejam atribuídas a Gandhi, há dúvidas sobre sua autoria. Contudo, elas nos desafiam a dar bom testemunho a fim de atrair pessoas para Cristo.
Parte da oração de Jesus em João 17 foi em favor daqueles que creriam Nele por meio da mensagem dos discípulos (v. 6-19). Se, como discípulos modernos de Cristo, não estamos vivendo a unidade ideal pela qual Jesus orou, estamos falhando com nosso cristianismo e com a missão da igreja. O testemunho negativo impede outras pessoas de aceitar o evangelho.
Cristo declarou o amor do Pai por Ele para nos mostrar que a unidade, em amor, produz frutos para a eternidade. “Eu os fiz conhecer o Teu nome, e continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que tens por Mim esteja neles, e Eu neles esteja” (Jo 17:26). A maior injustiça que cometemos é não colocar esse amor em prática, impedindo-nos assim de ser testemunhas eficientes.
Esses versos me desafiam a pensar como minhas ações afetam os outros. Eles me fazem recordar as palavras de Paulo aos cristãos que viviam em Roma, que chamam nossa atenção para viver de maneira digna para não fazer ninguém “tropeçar” (Rm 14:21, ARA). Antes de qualquer decisão ou ação, pense: “O que vou fazer reflete minha unidade com Cristo? O amor de Deus será manifesto por meio de mim?”
Se nosso testemunho e nossa missão estiverem fundamentados no amor divino e na unidade da igreja, alcançaremos sucesso espiritual. Não haverá margem para que ninguém, nesta Terra, pense que somos diferentes do nosso Salvador.
Destinie Candis, Plant City, Flórida, EUA