Lição 12
14 a 20 de setembro
Praticar a misericórdia
“A luz raia nas trevas para o íntegro, para quem é misericordioso, compassivo e justo. Feliz é o homem que empresta com generosidade e que com honestidade conduz os seus negócios” (Sl 112:4, 5).
Prévia da semana: O mal, em muitas formas, é alimentado pelas influências obscuras do diabo e seus anjos. Esse mal se torna mais visível na pobreza, violência, opressão, escravidão, exploração, egoísmo e ganância. Devemos ser criativos, corajosos, capacitados e dirigidos pelo Espírito Santo ao buscar praticar a justiça e a misericórdia.
Leitura adicional: Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, capítulo 43, “Barreiras Derribadas”; C. S. Lewis, Cartas de Um Diabo a Seu Aprendiz, capítulo 23 (https://drive.google.com/file/d/1mx5qz2nq8SbGVps4KpvP3erRWZ2z7qw_/view)
Domingo, 15 de setembro
Fazer a diferença

Como cristã, tenho a responsabilidade de levar as boas-novas de salvação ao mundo. Para realizar essa obra preciso seguir o exemplo de Cristo. Contudo, para seguir plenamente Seu exemplo, preciso fazer mais do que simplesmente falar da salvação, tenho que vivê-la.

Nós somos as mãos e os pés de Jesus, e devemos procurar, de todas as maneiras possíveis, aliviar o fardo do nosso próximo. Se negligenciarmos primeiramente atender às necessidades físicas das pessoas com quem ansiamos compartilhar o evangelho, não iremos satisfazer suas necessidades espirituais. “Ninguém se importa com quanto você sabe, até que saibam quanto você se importa” (Theodore Roosevelt).

Para onde quer que você se volte, algo terrível está acontecendo no mundo. Grupos de pessoas são submetidos à violência extrema e opressão, habitantes em cidades e vilas passam fome, crianças são exploradas e separadas das famílias, e líderes governamentais demonstram ganância e egoísmo subjugando os mais vulneráveis.

Lidar com as dificuldades e necessidades de toda a humanidade é uma tarefa impossível. Porém, quando Deus nos chama para realizar Sua obra, Ele provê os meios. Esses recursos, abençoados pelo Céu, nos ajudam a fazer a diferença na igreja, na sociedade e em várias regiões do mundo.

O evangelho precisa ser pregado em todo o mundo (Mt 24:14), mas o Salvador não espera que você faça isso sozinho. A cada membro do Seu corpo, a igreja, Cristo concedeu dons pelo poder do Espírito Santo. Nossa missão é demonstrar compaixão para com as pessoas que sofrem, revelando assim que nos importamos com elas. Fazer isso abre a porta para compartilhar as verdades da Palavra de Deus e ajuda a melhorar a condição de vida dos oprimidos.

Ao estudar a lição desta semana, pergunte: “O que posso fazer, com a ajuda do Espírito de Deus, para mostrar aos outros que me importo com eles e desejo fazer a diferença em sua vida?

Juliana Baioni › Rockville, MD, EUA

Mãos à Bíblia

1. Leia Mateus 6:25-33. Que certeza recebemos nesses versos, e como essa convicção deve impactar nossas prioridades?

A. (  ) Todas as outras coisas nos serão acrescentadas se buscarmos em primeiro lugar o reino de Deus.

B. (  ) Jesus voltará em grande glória.

Jesus ensinou que “a vida” é “mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes” (Mt 6:25). Evidentemente, essas coisas são importantes, mas devemos vê-las à luz do reino de Deus, o que significa que devemos reformular as prioridades da nossa vida de maneiras reais e práticas. Quando reconhecemos o chamado em toda a Bíblia para que elevemos as outras pessoas e cuidemos delas, essa missão também se torna uma de nossas prioridades, à medida que buscamos seguir os passos de Jesus. Esse chamado deve nos ajudar a nos concentrarmos menos em nós e mais nos outros.

Segunda-feira, 16 de setembro
O pecado da desigualdade

Mateus 6:25-33 nos assegura que o mesmo Deus que cuida dos animais, das aves, das plantas e das flores, também Se preocupa em satisfazer nossas necessidades. Por outro lado, esse texto gera algumas questões intrigantes na consciência social do cristão.

Mais de três milhões de crianças morrem anualmente de fome no mundo.1 Na contramão dessa tragédia temos os países mais ricos, com seus consumistas vorazes, que não se importam com os pobres. David Bornstein escreveu: “Para as pessoas muito pobres a roupa é seu abrigo. Nos terremotos o abalo mata as pessoas, em um tsunami a água mata as pessoas, mas no inverno não é o frio que mata as pessoas, é a falta de roupas adequadas.”2

Como posso conciliar Mateus 6 com essas realidades? Bem, não podemos simplesmente dizer: “Essas pessoas não confiam em Deus.” Isso não tem sentido! Um bebê ainda não sabe confiar. Mas Deus cuida da vida de cada bebê mesmo antes de ele sair do ventre materno (ver Salmo 139:13-16; Jeremias 1:5). Então, qual é a resposta para esse dilema?

Com base nas Escrituras, penso que a causa primária da fome, pobreza e miséria neste mundo sejam as desigualdades sociais. Deus fez ampla provisão para todos, mas grande parte das pessoas têm estragado, desperdiçado e acumulado somente para si mesmas os recursos que Ele providenciou.

Não é a falta de provisão divina, mas a desigualdade gerada pela pecaminosidade e pelo egocentrismo que contribuem para o sofrimento neste mundo. Quando leio Mateus 6, vejo que tenho uma responsabilidade pessoal que não posso ignorar – preciso vestir o nu e alimentar o faminto quando prego o evangelho.

1. https://www.worldhunger.org/world-child-hunger-facts/.

2. David Bornstein, “Bridging the Clothing Divide”, New York Times, 3 de outubro de 2012.

Chad Stuart › Ashton, MD, EUA

Mãos à Bíblia

Resistindo à possibilidade de deixar que nossas boas intenções sejam esmagadas por “todos os problemas do mundo”, muitos de nós gostariam de contribuir mais para fazer a diferença na vida dos sofredores. Há uma série de atitudes e ações que podem nos ajudar a dar respostas positivas ao sofrimento dos necessitados.

Compaixão: Reconhecer e ter empatia pela dor dos que estão sofrendo são os primeiros passos para a ação. Precisamos manter nossa sensibilidade ao sofrimento e fazer com que ela aumente

Educação: Devemos buscar nos envolver de maneira esclarecida e ponderada.

Oração: Quando vemos um problema, nosso primeiro pensamento é tomar uma atitude “prática”. Mas a Bíblia nos lembra de que a oração é prática.

Expectativas: Outro elemento importante na obra de aliviar o sofrimento é ter expectativas adequadas, dada a complexidade das circunstâncias sociais, políticas e pessoais.

Pense Nisto
- O que eu posso fazer para diminuir a desigualdade social?
Terça-feira, 17 de setembro
Os pequeninos

As prioridades do Reino (Mt 6:25-34). Jesus exortou Seus ouvintes a não andar preocupados e ansiosos com o que iriam comer, beber ou vestir. Ele usou o exemplo dos pássaros e das flores. Se Deus cuida deles, Ele pode nos dar tudo que precisamos para viver. Portanto, devemos buscar “em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas [nos] serão acrescentadas” (Mt 6:33). O cristão deve pautar sua vida pelas prioridades.

Ao ajudar os necessitados, o mais importante é mostrar-lhes Aquele que cuida de todos. Quando entregamos a Deus todas as nossas ansiedades, ficamos livres das preocupações que nos incomodam. Todos enfrentam dificuldades, mas aqueles que dão prioridade a Jesus, creem nas promessas da Palavra de Deus e clamam ao Senhor por ajuda, podem confiar Nele crendo que Ele cuidará deles. Às vezes temos que esperar um pouco até que as circunstâncias mudem. Enquanto isso, aprendemos mais sobre o caráter de Deus e Sua fidelidade para conosco. Esse processo faz com que cresçamos na fé.

Ser compassivo (Mt 7:12; Tg 2:15, 16). Há ocasiões em que ouvimos sobre a necessidade de alguém e não demonstramos compaixão pela situação da pessoa, nem temos desejo de fazer alguma coisa. Afinal, o mundo está tão corrompido e as pessoas tão enganosas que ficamos desconfiados diante das necessidades. Se virmos um morador de rua pedindo ajuda diariamente, pode ser que fiquemos “cansados” de ajudar e ter compaixão.

Talvez tenha sido por isso que Jesus, no Sermão do Monte, declarou: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam” (Mt 7:12). Chamamos isso de “a regra áurea”. Jesus enfatiza que fazer isso “é a Lei e os Profetas”. Em outras palavras, tratar bem os outros é um resumo da principal mensagem encontrada na Bíblia.

Assim, estudar e meditar na Palavra de Deus, orar e passar tempo com Cristo todos os dias, impedirá que fiquemos cansados de ter compaixão e nos inspirará a fazer a diferença na vida das pessoas que realmente necessitam. Quando encontramos uma pessoa necessitada não devemos dizer simplesmente que vamos orar por ela. Em vez disso, precisamos agir. Tiago escreveu: “A fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta” (Tg 2:17). A demonstração prática da fé se dá por meio das obras.

Praticar a generosidade (1Jo 3:16-18). A Bíblia também nos exorta a ser generosos. “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (1Jo 3:17). O contexto desse verso envolve a explicação do apóstolo João do que consiste o verdadeiro amor: o ato de Jesus dar a vida pelos pecadores.

A palavra kleio, “fechar”, é usada no Novo Testamento quando portas, portões ou os céus estão fechados ou trancados. A imagem ilustra a porta do coração como estando trancada para não reagir diante das necessidades que vemos. Podemos usar desculpas como: “Tenho contas para pagar”, “Estou devendo na faculdade” ou “Já estou fazendo o que posso”. Esse verso não promove o ato de doar de maneira irresponsável. Ele diz respeito a fechar os olhos para as necessidades gerais das pessoas. Nem sempre podemos contribuir financeiramente, mas compartilhar um pouco do nosso tempo e outros recursos também é louvável e igualmente importante.

Promover a paz (Mt 5:9, 21-26, 43-48). “Bem-­aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus” (Mt 5:9). Praticar boas obras inclui promover a paz.

No sermão do Monte Jesus falou sobre os pacificadores. No decorrer de Sua mensagem, Ele ampliou a questão: “Vá primeiro reconciliar-se com seu irmão” (Mt 5:24) e “Amem os seus inimigos” (Mt 5:44).

Reconciliação e perdão são aspectos fundamentais nos relacionamentos. Por exemplo, como podem conviver unidos cônjuges que não se perdoam ao longo da vida matrimonial? Se não houver disposição para perdoar e seguir em frente, o casamento estará destinado ao fracasso. Também nos relacionamentos entre amigos e irmãos, precisamos estar dispostos a perdoar. Jesus foi além quando mencionou que o cristão deve amar os inimigos e entrar “em acordo [...] com seu adversário” (v. 25). Amar os que nos amam não é difícil. Mas o cristão deve amar até mesmo os que o amaldiçoam e perseguem.

Cristo concluiu a exposição das bem-aventuranças com um apelo: “Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (v. 48). Devemos ser “perfeitos em amor”. Isso só é possível quando compreendemos o amor altruísta e abnegado do Salvador.

Erguer a voz em favor do oprimido (Pv 31:8, 9).
A Bíblia nos exorta a falar em favor dos que não podem se defender: “Erga a voz em favor dos que não podem defender-se” (Pv 31:8) e “defenda os direitos dos pobres e dos necessitados” (Pv 31:9).

Andrea Jakobsons › Laurel, MD, EUA

Mãos à Bíblia

2. O que os seguintes textos ensinam sobre generosidade para com os necessitados? Lv 25:35-37; Sl 119:36; 2Co 8:12-15; 1Jo 3:16-18; 1Tm 6:17-19

Em suas cartas no Novo Testamento, Paulo citou regularmente a generosidade de Deus, expressa mais plenamente em Jesus, ao dar Sua vida por nós, como a fonte da esperança cristã. Por sua vez, Sua morte por nós é também a motivação para vivermos com generosidade para com os outros: “Oro para que a comunhão que procede da sua fé seja eficaz no pleno conhecimento de todo o bem que temos em Cristo” (Fm 6, NVI).

A generosidade é uma atitude abundante, ousada e abrangente em relação à vida. Muitas coisas em nossa vida individual, na sociedade e na cultura nos levam a focalizar
a nós mesmos, e a manter o máximo que podemos para nós mesmos. E, convenhamos, para a maioria de nós, a atitude padrão é pensar sempre no eu.

Quarta-feira, 18 de setembro
Prioridades

Entre todos aqueles cujas necessidades demandam nosso interesse, as viúvas e os órfãos têm os mais fortes direitos à nossa terna simpatia e cuidado. [...]

“E de que modo o Senhor proverá em favor desses desamparados? [...] Ele realiza um milagre no coração humano. Ele expulsa da alma o egoísmo e franqueia as fontes da benevolência. Ele prova o amor de Seus professos seguidores submetendo à sua terna misericórdia os aflitos e angustiados, os pobres e órfãos. [...] Todo ato de bondade a eles feito em nome de Jesus é aceito como se fosse realizado ao próprio Salvador, pois Ele identifica Seus interesses com os da humanidade sofredora. À Sua igreja Ele confiou a tarefa magna de ministrar, ajudar e abençoar os necessitados e sofredores. A bênção do Senhor repousará sobre todos que a eles ministrarem com coração solícito.”1

“Os que não reconhecem os direitos de Deus não são os únicos que se acham em aflição e necessitados de auxílio. No mundo atual, em que reinam o egoísmo, a ganância e a opressão, muitos dos verdadeiros filhos do Senhor se acham necessitados e aflitos. Nos lugares humildes e miseráveis muitos estão rodeados de pobreza, doença e culpa, suportando pacientemente o fardo de sofrimento, e procurando confortar o desalentado e ferido pelo pecado que está ao seu redor. Muitos deles são quase desconhecidos das igrejas e dos pastores, no entanto, são luzes do Senhor brilhando por entre as trevas. O Senhor tem especial cuidado para com esses, e chama Seu povo para que Lhe sirvam de mão auxiliadora para suprir-lhes as faltas. Onde quer que haja uma igreja, deve-se dispensar especial atenção a procurar essa classe e ajudá-la.”2

“Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé” (Gl 6:10).

1. Ellen G. White, Beneficência Social, p. 214.

2. ________ , Conselhos Sobre Saúde, p. 14, 15.

Brianna Lale › Nice, França

Mãos à Bíblia

3. Leia Mateus 5:9. No mundo em que vivemos, como praticar o que Jesus disse nesse texto? Até que ponto podemos ser bem-sucedidos? (Veja Mc 13:7). Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Por meio da força e da ameaça. Podemos alcançar sucesso total nos conflitos.

B. (  ) Devemos viver em paz e promover a paz, embora saibamos que guerras e conflitos continuarão ocorrendo até a volta de Cristo.

4. Isaías 52:7. Como podemos colocar esse texto em prática?

O evangelho da paz também se torna a motivação, o modelo e o recurso para trabalharmos pela paz em nosso mundo violento: “O coração que se encontra em harmonia com Deus compartilha da paz do Céu, e difunde ao redor de si sua bendita influência. O espírito de paz repousará como orvalho sobre os corações desgostosos e perturbados pelos conflitos mundanos” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 28).

Quinta-feira, 19 de setembro
Cristo, nosso exemplo

As questões relacionadas à justiça social inundam as manchetes da mídia. A injustiça afeta todos. Alguns levam as causas sociais a extremos, até mesmo usando-as por motivos egoístas. Um desses grupos são os chamados “guerreiros da justiça social”, em inglês, Social Justice Warriors.

Os seguidores de Cristo são chamados a seguir Seu exemplo, “andar como Ele andou” (1Jo 2:6). O Salvador dedicou Seu ministério em favor dos excluídos: leprosos, cegos, coxos, prostitutas e marginalizados.

O que devemos fazer? De que forma podemos agir diferentemente dos guerreiros da justiça social?

Conduza as pessoas a Cristo e à bendita esperança de Sua vinda. Quando você sai para levar a Palavra de Deus, talvez lhe perguntem por que você está fazendo aquilo. Dirija as pessoas a Cristo (ver 1 Pedro 3:15). Confesse Cristo diante dos homens (ver Lucas 12:8). Conte a todos o que Ele fez em sua vida. Foi Jesus mesmo quem prometeu: “Quem, pois, Me confessar diante dos homens, Eu também o confessarei diante do Meu Pai que está nos Céus” (Mt 10:32).

Conte às pessoas que esta vida de tristeza e dor logo vai acabar. Fale a elas da promessa de que haverá um novo céu e uma nova Terra em que reinará a justiça (2Pe 3:13), e das glórias da nova Terra (Ap 21; 22).

Aqui está a diferença entre nossa ajuda às pessoas e a dos outros que não conhecem a Cristo: nós temos uma esperança para compartilhar.

Lembre-se da razão maior pela qual você está fazendo isso. Quando você sair para ajudar, seja qual for a situação, lembre-se de que você é um instrumento. Não é você que estará fazendo algo, mas será o Espírito de Deus atuando por intermédio de você (Fp 2:13). Cristo é o Carpinteiro, nós somos Suas ferramentas.

Jamaal Roberts › College Park, MD, EUA

Mãos à Bíblia

5. Leia Isaías 58:1-10. O que essa mensagem, dada em seu tempo, lugar e contexto específicos, diz a nós hoje, em outra época, lugar e contexto? Muita coisa mudou realmente desde a época em que Isaías a escreveu?

O apelo dos profetas por justiça nunca foi um caminho para a popularidade. Mas motivados pela ordem de Deus, compreendendo Seu desejo de justiça, compadecendo-se da condição dos pobres e oprimidos e buscando o melhor para a sociedade, os profetas ousaram ser a voz dos que não tinham voz, apesar da oposição, incômodo e perigo (1Pe 3:17).

Pense Nisto
- Quais são algumas injustiças sociais que mexem com você? - Você acha que Jesus participaria de passeatas e manifestações em favor das causas sociais?
Sexta-feira, 20 de setembro
É fácil?

Talvez o mandamento para amar o próximo seja um dos mais difíceis de praticar (Mt 22:35-40). Porque não é algo que possamos fazer por nós mesmos. E por que não? Simplesmente, porque as pessoas são más. Observe nosso mundo: pessoas traficam outras pessoas, vendendo-­as para a “indústria” do sexo ou forçando-as a trabalhar sem receber salário. Pessoas gananciosas controlam sistemas financeiros globais, maximizando seus lucros às custas do empobrecimento das massas. Pessoas fazem comentários maldosos sobre outras nas redes sociais e pessoalmente.

Portanto, não é fácil amar o próximo! Por quê? Porque Cristo não pede que amemos somente as pessoas cristãs, que vivem da maneira que aprovamos e têm aspirações corretas. Ele não disse que tínhamos que amar somente os bons. Sua declaração é geral e abrange todas as pessoas.

O desafio é descobrir o que isso envolve na prática. À medida que a sociedade vai se tornando mais degradada e caótica, amar o próximo fica mais desafiador para o cristão. Esse tipo de amor não emana naturalmente. Ele é um dom concedido pelo Espírito Santo aos que se entregam a Cristo. O amor altruísta e abnegado se multiplica quando você o compartilha. Ele nunca diminui, mas cresce continuamente.

Você pode e deve tratar o próximo com misericórdia e amor. Precisamos compartilhar esse dom divino maravilhoso e tão necessário. O amor se manifesta de muitas formas. Ele defende os que não podem se defender (Pv 31:8, 9), luta em favor dos oprimidos e marginalizados (Is 1:17), e trata com bondade e justiça os estrangeiros (Lv 19:33, 34). A Bíblia deixa claro que Cristo espera ver na vida de Seus seguidores atos de amor, e não somente palavras. Disposição para compartilhar o amor divino de maneira prática, sem questionar a quem estão ajudando (Mt 25:31-46).

Kayla J. Ewert › Silver Spring, MD, EUA

Pense Nisto
- Qual é a ligação entre justiça social e amor?
Mãos à obra
- Analise alguns milagres de Jesus. Compare a maneira Dele tratar as pessoas com a maneira que a sociedade trata esses marginalizados hoje. - Pesquise sobre o termo justiça social. Peça iluminação do Espírito Santo para moldar seu entendimento a respeito do assunto. - Disponha-se como voluntário em um dos projetos da sua igreja ou cidade. Envolva-se em projetos humanitários para ajudar pessoas marginalizadas. - Envie uma mensagem de encorajamento a alguém que você sabe que está sofrendo injustiça ou discriminação.