Copie Malaquias 3:7-12 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente os versos 8 a 10. Você também pode reescrever as passagens com suas palavras ou fazer um esboço do capítulo.
1. Leia Daniel 2:27-45. Quais aspectos do sonho indicam uma sucessão contínua e ininterrupta de poderes ao longo da História? De que maneira a própria Bíblia nos mostra como interpretar a profecia apocalíptica (relacionada ao tempo do fim)?
O método adotado pelos Adventistas do Sétimo Dia para interpretar as profecias chama-se historicismo. É a ideia de que muitas das principais profecias da Bíblia seguem um fluxo linear ininterrupto da História, do passado ao presente, e ao futuro. Portanto, a estátua de Daniel 2 e as sucessivas visões de Daniel 7 e 8 proveram o fundamento para a interpretação historicista protestante das profecias, que os Adventistas do Sétimo Dia ainda defendem hoje.
2. Leia João 14:29. Segundo as palavras de Jesus, como as profecias podem funcionar?
Entre os muitos temas que a Bíblia apresenta, há um que se destaca: as finanças pessoais. Jesus abordou o assunto do dinheiro em muitas de Suas parábolas. Outros livros da Bíblia também contêm orientações e advertências a respeito dos bens materiais. Por outro lado, os pregadores da Teologia da Prosperidade utilizam textos e passagens bíblicas de maneira distorcida, quase obrigando Deus a tornar ricos Seus seguidores. Logicamente, o dinheiro é parte integrante de nossa vida, no entanto, Cristo usou esse tema comum para pregar sobre a mensagem da salvação.
O objetivo dos dízimos e ofertas que entregamos ao Senhor tem uma dimensão espiritual. Eles não são doações semelhantes às que recebem as organizações sem fins lucrativos, ONGs e instituições filantrópicas, as quais devem ser usadas em favor de uma causa ou necessidade. A prática da fidelidade cristã em relação aos dízimos e às ofertas ajuda a diminuir a ganância e desenvolver a generosidade. Deus não precisa dos nossos recursos. Mas eles constituem uma fonte para propagar o evangelho.
A igreja deve ser uma agência divina cujo propósito é pregar, ensinar, curar e ser uma extensão do ministério de Cristo. A liberalidade nos dízimos e nas ofertas não deve ser interpretada como um sacrifício financeiro para alcançar a salvação. Não! Ela precisa ser aceita como indicativo de um relacionamento repleto de graça, resultante da salvação. Uma expressão de gratidão a Deus por tudo que Ele representa e nos concede na vida.
A primeira e principal expressão de louvor e gratidão ao Senhor é a devolução do dízimo. De acordo com Levítico 27:30-32, foi Deus mesmo quem estabeleceu a devolução de 10% de toda a nossa renda a Ele. Veja, o Senhor poderia requerer muito mais. Afinal, é Ele quem nos concede a chuva, o sol, o ar, a água, os alimentos e tudo enfim. Contudo, Ele apenas nos pede um décimo de tudo o que ganhamos.
Deus também define o dízimo como santo. Por essa razão, Ele considera roubo a omissão consciente na devolução dos dízimos: “Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão Me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que Te roubamos?’ Nos dízimos e nas ofertas” (Ml 3:8).
As Escrituras contêm exemplos de grandes personagens que foram fiéis dizimistas. Depois de Abraão ter salvo Ló de Quedorlaomer, ele devolveu a Melquisedeque, rei de Salém, o dízimo de todos os despojos (Gn 14:20). Jacó, após sua experiência no Vale do Jaboque, fez uma aliança com Deus. Ele prometeu devolver o dízimo de tudo o que lhe viesse às mãos (Gn 28:22). Os israelitas eram ensinados sobre a santidade do dízimo e o fato de que Deus é Seu legítimo dono (Lv 27:30). Sua “devolução” é um ato de reconhecimento de que Deus é o Criador, Provedor e Sustentador do Universo, bem como um ato de adoração a este Ser por Sua supremacia.
3. Leia Números 14:34 e Ezequiel 4:6, 7. Nesses textos, como Deus explicou o princípio do dia/ano?
Uma das chaves interpretativas do historicismo é o princípio do dia/ano. Ao longo dos séculos, muitos estudiosos aplicaram esse princípio às profecias de tempo de Daniel e Apocalipse. Eles o retiraram de vários textos fundamentais e do contexto imediato das próprias profecias. Nesses textos, vemos muito claramente a ideia do princípio do dia/ano. Mas como justificamos o uso desse princípio com algumas profecias de tempo, como em Daniel 7:25 e 8:14, bem como Apocalipse 11:2, 3; 12:6, 14; e 13:5? Três outros elementos apoiam o princípio do dia/ano nessas profecias de Daniel e Apocalipse: (a) o uso de símbolos (b) longos períodos de tempo (c) expressões peculiares.
Primeiramente, o simbolismo dos animais e chifres representando os reinos sugere que as expressões de tempo também devam ser entendidas simbolicamente. Em segundo lugar, muitos acontecimentos e reinos descritos nas profecias abrangem um período de muitos séculos. Por fim, as expressões peculiares usadas para designar esses períodos de tempo sugerem uma interpretação simbólica.
Referente ao dízimo, não apenas o percentual deve ser o estabelecido por Deus, mas também o local para sua devolução. Em Deuteronômio 12:5-14 encontramos instruções relacionadas à casa do tesouro, local designado para receber os dízimos do Senhor.
Primeiramente, o santuário foi esse local. Ele também servia como depósito onde os dízimos e as ofertas eram recolhidos. Esse local foi determinado por Deus. Dali, os levitas recebiam sua porção. Mais tarde, o templo de Salomão passou a ser a “casa do tesouro” e o lugar de recolhimento dos dízimos e ofertas das tribos de Israel. Das provisões ali trazidas, os sacerdotes e levitas recebiam sua parte.
O propósito divino para o sistema de dízimos e ofertas, desde seu estabelecimento, sempre foi o de sustentar a Obra do Senhor e aqueles que a servem (Nm 18:21, 31). Hoje, a “casa do tesouro” é a igreja à qual pertencemos como membros regulares, e por extensão, a Associação local. As igrejas que pertencem a essa Associação enviam seus dízimos a ela para a manutenção do ministério pastoral.
A fim de assegurar a administração fiel desse dinheiro, dois componentes foram instituídos pela Igreja. O primeiro é uma praxe estabelecida pelo corpo eclesiástico. Ela assegura que todos estejam de acordo com a destinação desses recursos. Isso ocorre de forma pública, onde todos podem participar sendo fiéis na devolução dos recursos que pertencem a Deus. A praxe relativa ao dízimo estabelece que seu uso deve ser exclusivamente para o ministério, o ensino religioso, a administração eclesiástica e as atividades nos campos missionários. De acordo com a orientação bíblica, o dízimo não pode ser usado para outros propósitos subsidiários, como por exemplo, pagamento de dívidas, reforma e construção, etc. O segundo componente é um sistema de auditoria estabelecido pela igreja, o qual assegura ao corpo eclesiástico que o dízimo esteja sendo usado fielmente em todos os níveis.
Durante o episódio da queda de Jericó (Js 6:17-19) a fidelidade de Israel foi colocada à prova. O Senhor havia ordenado que todos os objetos de prata, ouro, bronze e ferro deviam ser trazidos para a casa do tesouro, e o restante devia ser queimado. No entanto, Acã ficou deslumbrado ao ver tantos despojos e pegou algumas coisas para si. Depois, ele as escondeu no meio do acampamento de Israel. Deus não aprovou a atitude dele, e permitiu que o exército israelita fosse derrotado na batalha contra a pequena cidade de Ai (Js 16).
Aqui temos uma importante lição: precisamos obedecer fielmente o que Deus nos pede em relação aos dízimos e às ofertas.
Para informações adicionais, veja o documento “Where Do We Bring Our Tithe?” (https://stewardship.adventist.org/where-do-we-bring-our-tithe-in-search-of-the-storehouse.pdf).
4. Leia Daniel 7:1-25; 8:1-13. Quais são as características comuns do chifre pequeno em ambos os capítulos? Como podemos identificá-lo?
Durante séculos, os reformadores protestantes identificaram o poder do chifre pequeno em Daniel 7 e 8 como a igreja romana. Por quê? Existem sete características comuns entre o chifre pequeno de Daniel 7 e o de Daniel 8: (1) ambos são descritos como um chifre; (2) ambos são poderes perseguidores (Dn 7:21, 25; 8:10, 24); (3) ambos são blasfemos e exaltam a si mesmos (Dn 7:8, 20, 25; 8:10, 11, 25); (4) ambos têm como alvo o povo de Deus (Dn 7:25, 8:24); (5) ambos têm aspectos de sua atividade descritos pelo tempo profético (Dn 7:25; 8:13, 14); (6) ambos se estendem até o fim dos tempos (Dn 7:25, 26; 8:17, 19); e (7) ambos devem ser destruídos de maneira sobrenatural (Dn 7:11, 26; 8:25).
A História identifica o primeiro reino como Babilônia (Dn 2:38), o segundo como a Média-Pérsia (Dn 8:20) e o terceiro como a Grécia (Dn 8:21).
A História mostra, de maneira incontestável, que depois desses impérios mundiais vem Roma.
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave da lição desta semana:
- Isaías 56:7
- 2 Crônicas 31:1-10
- Mateus 23:23-27
- 2 Coríntios 9:6-15
Quais outras passagens/promessas lhe vêm à mente em conexão com o assunto dos dízimos e das ofertas?
Nesta era pós-moderna, acredito que muita gente encare as organizações com ceticismo e desconfiança. Afinal, as notícias de fraude, suborno, golpe e corrupção têm sido recorrentes. No entanto, em se tratando de dízimos e ofertas a questão é bem diferente.
O dízimo não visa ao sustento de uma organização eclesiástica, tampouco de uma igreja estabelecida. Com base nos princípios bíblicos, ele deve ser destinado à manutenção de todos os envolvidos no ministério da proclamação do evangelho. Isso inclui pastores, administradores, professores de ensino religioso e outros obreiros. Contudo, ele não pertence a esses obreiros; ele pertence ao Senhor.
Quando você realiza esse ato de adoração, ninguém precisa tomar conhecimento da quantia ou da exatidão da sua fidelidade, nem da intenção ou do motivo que está por trás da sua devolução. É algo particular entre o doador e o Receptor. As preocupações quanto ao futuro, a ansiedade quanto à estabilidade financeira, a aquisição de bens, os investimentos e aplicações, e a obsessão pela concretização dos sonhos são, todos, conhecidos por Jesus Cristo, o Senhor dos senhores.
A fidelidade nos dízimos e nas ofertas nos ajuda a desapegar de tudo isso. Porém, a recusa em devolver o que pertence ao Senhor nos torna gananciosos e materialistas. O reconhecimento das bênçãos divinas na vida é substituído pelo ímpeto de garantir o futuro por meio do engano, da cobiça, da avareza e do materialismo.
Vale ressaltar que não somos responsáveis pela maneira que o dízimo é usado pelos que o administram. O julgamento da conduta e do zelo com que eles administram as coisas sagradas cabe somente a Deus. Uma vez que Ele é o legítimo Proprietário desses recursos, a Ele compete disciplinar ou recompensar, no devido tempo, os Seus servos. Questionar e criticar o emprego do dízimo revela falta de foco em Jesus e pode nos levar a julgar injustamente os que administram os recursos do Senhor. Se forem cometidos atos desonestos, cabe aos líderes e administradores da Obra tomar as medidas necessárias. Mas querer aplicar a justiça divina com as próprias mãos revela uma atitude totalmente contrária aos princípios da mordomia cristã e da vontade de Deus.
5. Leia Daniel 7:9-14; 8:14, 26. O que estava acontecendo no Céu? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Uma cena de juízo.
B. ( ) Uma festa do Cordeiro.
O juízo em Daniel 7 está em paralelo com a purificação do santuário em Daniel 8:14. Os dois capítulos falam sobre a mesma coisa. De acordo com Daniel 8:14, o tempo dessa purificação do santuário, que é a terminologia do Dia da Expiação, é de 2.300 tardes e manhãs, ou dias. Com o princípio do dia/ano, esses dias representam 2.300 anos. O esboço profético estudado nesta semana tem encontrado apoio majoritário entre os historicistas protestantes desde a Reforma.
"Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros” (Pv 3:8, ARA). Essa passagem nos ensina que Deus, como Aquele que concede todas as dádivas que recebemos, tem direito sobre todas elas. O direito Dele deve ser nossa primeira consideração. Uma bênção especial acompanhará todos os que honrarem esse direito.
“Aqui é apresentado um princípio que é visto em todo o trato de Deus com os seres humanos. O Senhor colocou nossos primeiros pais no Jardim do Éden. Ele os cercou de tudo o que pudesse contribuir para sua felicidade, e ordenou-lhes que O reconhecessem como o Dono de todas as coisas. No jardim Ele fez crescer todas as árvores que eram agradáveis aos olhos ou boas para alimento; mas, entre elas, fez uma reserva. Adão e Eva podiam comer livremente de tudo o mais, porém a respeito daquela única árvore Deus disse: ´Não comerás’. Ali estava o teste da gratidão e lealdade deles a Deus.
“Assim, o Senhor nos concedeu o mais rico tesouro do Céu ao nos dar Jesus. Com Ele, Deus nos deu todas as coisas para que as desfrutássemos. Os produtos da terra, as abundantes colheitas, os tesouros de ouro e prata são Seus dons. Ele colocou na posse dos seres humanos casas e terras, alimento e roupa. Ele nos pede que O reconheçamos como o Doador de todas as coisas; e, por essa razão, diz: ‘De todas as posses que você tem, reservei um décimo para Mim, além de doações e ofertas, que devem ser trazidas à Minha casa do tesouro’. Essa foi a provisão que Deus fez para que fosse levada avante a obra do evangelho.
“O próprio Senhor Jesus Cristo, que deu Sua vida pelos pecadores deste mundo, concebeu esse plano das doações sistemáticas. Aquele que deixou as cortes reais, que pôs de lado Sua honra como comandante da hoste celestial, que revestiu Sua divindade com a humanidade a fim de erguer a humanidade caída, Aquele que Se fez pobre por amor de nós, para que, pela Sua pobreza, nos tornássemos ricos, falou aos seres humanos, e em Sua sabedoria lhes transmitiu Seu próprio plano para sustentar aqueles que levam Sua mensagem ao mundo” (Ellen G. White, Advent Review and Sabbath Herald, 4 de fevereiro de 1902).
DISCUSSÃO
Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais.
Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- Quais dificuldades você tem enfrentado em relação à prática da mordomia cristã?
- Por que é importante para Deus a devolução dos nossos dízimos?
- Como o conceito a respeito da “casa do tesouro” pode se desvirtuar?
- O que Jesus ensinou sobre o dízimo?
- Quais são os objetivos dos dízimos e das ofertas?
- De que maneira a obediência ao que Deus pede mudou sua relação com as finanças?
6. Leia 1 Coríntios 10:1-13. A quais eventos na História Paulo se referiu quando admoestou a igreja de Corinto? Como isso se relaciona conosco hoje?
A tipologia se concentra em pessoas, eventos ou instituições reais do Antigo Testamento, fundamentados em uma realidade histórica, mas que apontam para uma realidade maior no futuro. Paulo se referiu à realidade histórica do Êxodo e desenvolveu uma tipologia com base na experiência dos antigos hebreus no deserto.
7. Leia as passagens abaixo e anote cada tipo e o seu cumprimento antitípico, conforme descritos por Jesus e pelos escritores do Novo Testamento:
Mt 12:40 _____________________________________
Jo 19:36 _____________________________________
Jo 3:14, 15 __________________________________
Rm 5:14 ______________________________________
Jo 1:29 ________________________________________