Lição 2
06 a 12 de julho
Projeto para um mundo melhor
“Não procure vingança. Não guarde rancor contra ninguém. Ame o seu próximo como a você mesmo. Lembre-se, Eu sou o Senhor!” (Lv 19:18, Nova Bíblia Viva).
Prévia da semana: Nas histórias de Enoque, Noé, Abraão, Isaque e Jacó, entre outras, vemos o anseio divino de reconstruir com o ser humano o relacionamento rompido. A ligação deles com Deus e a bênção que receberam fazia parte de um plano maior de compartilhar essa bênção com os outros. A bênção viria mediante a nação de Israel e, em última instância, por intermédio do Messias, que procederia dessa nação.
Leitura adicional: Êxodo 13:14-22. Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 3, capítulo 46, “Dever para com os desafortunados”; O Maior Discurso de Cristo, capítulo 6, “Não julgar, mas praticar”
Domingo, 07 de julho
Conhecer a Deus é conhecer a justiça

Nos últimos séculos, parece que a humanidade teve grandes avanços no que concerne à justiça e igualdade para todas as pessoas. Surgiram movimentos em favor dos direitos humanos, da igualdade racial e étnica, etc. Contudo, quando olhamos para a atual condição do mundo e vemos opressão política, desigualdades, injustiças econômicas, exploração de pessoas e dos mais vulneráveis, fica evidente que estamos longe do ideal divino.

Ficamos aquém desse ideal porque o sistema judicial e as propostas para se estabelecer justiça social são falhos. Não podemos exercer justiça com nossas leis seculares enquanto ignorarmos o Doador e Criador de tudo. Como seguidores Daquele que é perfeitamente justo, reconhecemos que precisamos estar ativamente empenhados em todos os aspectos da justiça social.

O conhecimento e a compreensão de Deus se refletem na maneira em que participamos de Sua paixão pela justiça. Suas instruções são para que cuidemos dos vulneráveis e demonstremos Seu caráter por meio de atos de amor.

“Ele [Deus] mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (Mq 6:8). O Criador nos ordena a agir quando vemos injustiças. Isso não é opcional, faz parte do papel do cristão.

Agir com justiça é erguer a voz em favor dos que não podem se defender e ser o defensor dos desamparados (Pv 31:8). “Administrem a verdadeira justiça, mostrem misericórdia e compaixão uns para com os outros. Não oprimam a viúva e o órfão, nem o estrangeiro e o necessitado. Nem tramem maldades uns contra os outros” (Zc 7:9, 10).

Em essência, no centro da justiça está o princípio simples, mas profundo, do amor. Nosso amor por Deus é medido pelo amor que demonstramos pelas pessoas. Por isso Jesus ordenou: “Amem-se uns aos outros” (Jo 13:34).

O resultado disso será agir de maneira justa para com todos. De acordo com Jesus, o que demonstra ao mundo que somos cristãos é nosso amor pelos outros (Jo 13:35).

Tiphaine Molina Rosario › Panama City, FL, EUA

Mãos à Bíblia

1. Leia Êxodo 3:16, 17. Por que era importante que Deus começasse descrevendo Seu plano ao povo com essa mensagem específica? O que chama sua atenção sobre essa declaração divina?

“Certamente, vi a aflição do Meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento” (Êx 3:7). Deus havia prometido que voltaria ao Seu povo e o tiraria do Egito. Deus apareceu em uma sarça ardente, no deserto distante, a um líder improvável, um príncipe fugitivo e humilde pastor chamado Moisés. Na verdade, Deus estava prestes a fazer algo para mudar drasticamente a situação do Seu povo. O Senhor tinha um plano para libertar Seu povo e conduzi-lo a uma terra melhor.

Segunda-feira, 08 de julho
Modelo de amor e perdão

livro de Levítico descreve os deveres sacerdotais e o sistema sacrifical do santuário no Antigo Testamento. Deus estabeleceu esse sistema para ilustrar Seu amor ao tratar com o drama do pecado (Rm 5:8; Hb 9:22). Levítico também apresenta a conduta que Deus esperava do povo de Israel em seu relacionamento de uns para com os outros. O ideal divino para os israelitas era de que eles fossem um povo santo e canal de bênçãos para as nações vizinhas.

Deus havia acabado de tirá-los do Egito, onde eles tinham sido escravos por aproximadamente 430 anos. Durante esse tempo eles estiveram expostos aos costumes egípcios e adotaram vários deles. Além disso, o Senhor os estava guiando para Canaã, lugar em que havia costumes e práticas consideradas abominação ao Senhor. Ele desejava ensinar aos israelitas a cultura celestial e desenvolver neles o estilo de vida fundamentado no amor.

Por meio de Moisés, Deus deu instruções específicas de como os sacerdotes deviam realizar os serviços cerimoniais. Esses rituais apontavam para Cristo, o Cordeiro que derramaria Seu sangue como sacrifício supremo a fim de perdoar os pecados das pessoas (Jo 1:29). Quando o pecador confessava seu pecado, colocando a mão sobre a cabeça do indefeso animal, e depois o imolava, isso lhe causava profunda dor e fazia com que ele odiasse o pecado e o abandonasse.*

Ao oferecer Seu Filho para morrer na cruz, Deus mostrou a todos que, se Ele pode nos perdoar, também devemos perdoar nosso semelhante (Ef 4:32). Ele não deseja que Seus filhos tenham sentimentos de vingança e rancor contra ninguém, mesmo contra aqueles que nos prejudicam e causam dor. Seu povo deve ser amoroso, santo e prestativo, pessoas de caráter e conduta moral diferentes daquelas que as cercam (1Pe 4:8, 9).

* Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 748, 749.

Benjamin Garcia › Saginaw, MI, EUA

Mãos à Bíblia

2. Leia Mateus 22:37-40 e Êxodo 20:1-17. De que maneira o resumo que Jesus fez dos mandamentos nos ajuda a compreender cada um deles?

Os Dez Mandamentos são como uma Constituição. Depois de uma breve introdução que define o fundamento sobre o qual as declarações são feitas – nesse caso, o fato de Deus ter libertado Seu povo – o documento lista os princípios centrais sobre os quais a nação está fundada. Na Lei de Deus havia ordens específicas sobre como o ser humano poderia viver melhor seu amor a Deus e o amor pelos outros. Não é de admirar que muitas nações com uma herança cristã tenham extraído o fundamento de suas leis desses princípios orientadores.

Imagine uma sociedade na qual cada um dos Dez Mandamentos fosse levado a sério e vivido plenamente. Seria uma sociedade ativa e vibrante, em que todos entusiasticamente agiriam com base em seu amor a Deus, amando e cuidando uns dos outros.

Terça-feira, 09 de julho
Abençoado para ser uma bênção

O chamado de Israel era para que ele fosse uma bênção às nações. No entanto, Isaías 58:1 apresenta um apelo contra as maldades e transgressões dos israelitas. O Senhor deu uma ordem: “Mantenham a justiça e pratiquem o que é direito, pois a Minha salvação está perto, e logo será revelada a Minha retidão” (Is 56:1). Justiça e retidão estão interligadas nessa passagem. Ambas são parte do plano da salvação para revelar o caráter de Deus.

Os líderes de Israel não estavam sendo fiéis ao chamado divino. Isaías 57 lista as más ações desses líderes: “O justo perece, e ninguém pondera sobre isso em seu coração” (Is 57:1). O povo de Deus estava se esquivando de suas obrigações e de ser uma bênção ao mundo.

A falsa religião (Is 58:1-5). Os israelitas achavam que, ao praticar o jejum, as orações e o oferecimento de sacrifícios estavam cumprindo seu dever religioso. Mas, embora estivessem praticando atos religiosos, a religião deles era superficial. Suas ações não eram realizadas com justiça e retidão para demonstrar ao mundo o caráter do Deus a quem serviam. O desejo do Senhor era que Israel demonstrasse justiça e misericórdia às nações vizinhas.

A verdadeira religião (Is 58:5-7). Deus enviou uma mensagem de advertência por meio do profeta Isaías de que a verdadeira religião inclui soltar as correntes da injustiça, libertar os oprimidos, partilhar o pão com os famintos, abrigar o pobre desamparado e vestir o nu. A verdadeira religião se preocupa com os necessitados e luta pelos que estão sendo injustiçados. Nossas práticas religiosas devem incluir o cuidado para com os menos afortunados e discriminados pela sociedade. Combinar justiça e retidão é um dos propósitos do plano da salvação. Se tivesse agido dessa maneira Israel teria sido uma bênção para o mundo. Quando o evangelho é demonstrado em nossa vida o mundo pode ter um vislumbre do caráter de Deus.

A glória (Is 58:8, 9; Mt 5:16; Ap 18:1). Como israelitas espirituais em Cristo, precisamos associar nossa prática religiosa (jejum, oração, etc.) com a experiência religiosa para que o caráter divino seja revelado às pessoas. “Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada” (Is 58:8). A expressão “aí sim” denota que o que vem a seguir é resultado do que foi dito antes. Se os israelitas tivessem alimentado os pobres, vestido os nus, providenciado lares para os desabrigados e defendido os oprimidos, o resultado de suas ações teria sido a luz da glória divina brilhando como a luz da manhã.

Na Bíblia, a luz é sinônimo da glória de Deus (ver 2Co 4:6). Em um mundo enegrecido pelo pecado, nossos atos revelam se estamos ou não vivendo a mensagem que afirmamos proclamar. Em Apocalipse 14:6-13 o Senhor confere ao Israel espiritual a missão de proclamar a mensagem final ao mundo para que seja dada glória a Ele. Apocalipse 18:1 apresenta o resultado da demonstração da glória de Deus ao mundo:

“Depois disso vi outro anjo que descia do Céu. Tinha grande autoridade, e a Terra foi iluminada por seu esplendor.” No sermão do monte Jesus enfatizou a importância de praticarmos boas obras e declarou que nossa luz deve brilhar perante os homens. Qual é o propósito? “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos Céus” (Mt 5:16). O mundo precisa urgentemente ver essa glória e o Senhor espera que a demonstremos.

A dádiva que continua (Pv 11:25). O rei Salomão enfatizou a importância de ser generoso. Ele escreveu: “A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado” (Pv 11:25, ARA). O apóstolo Paulo enfatizou o mesmo ponto em 2 Coríntios 9:6: “Aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente.” Deus deseja que experimentemos a felicidade e a alegria resultantes do serviço. Ele nos abençoou com moradia, emprego, alimento, família e muitas outras coisas, mas quando guardamos essas dádivas somente para nós mesmos, e não repartimos com outros, perdemos a bênção especial que Deus deseja que recebamos. Tudo o que Ele nos concede é para que sejamos um canal de bênçãos para os outros. O serviço em favor dos necessitados é uma dádiva do amor altruísta que sempre deseja compartilhar.

Lo-Ammi Richardson › Orlando, FL, EUA

Mãos à Bíblia

3. Leia Êxodo 23:9. Qual é a mensagem de Deus para Israel nesse verso? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A. (  ) Oprimam o estrangeiro que vive em Israel.

B. (  ) A essência é: “Façam aos outros o que vocês desejam que façam a vocês”.

4. Leia Êxodo 22:21-23. Quando Deus instruiu o povo quanto ao modo de tratar os menos afortunados em sua nova sociedade, por que foi importante lembrá-los de sua própria história de escravidão?

Entre essas leis, destacava-se a preocupação com os concidadãos nessa nova sociedade, bem como o cuidado com os estrangeiros e os mais vulneráveis. Essas pessoas não deveriam ser exploradas; elas receberam até direitos de acesso ao alimento de maneira a respeitar sua dignidade, como a possibilidade de recolher as sobras das colheitas. Esse tratamento para com os estrangeiros não era comum no mundo antigo. Ainda hoje alguns parecem esquecer os importantes princípios morais encontrados aqui em relação à maneira de tratar os outros.

Pense Nisto
- Será que, como cristãos, temos sido chamados para nos envolver com questões de justiça social (imigração, distribuição de riquezas, pobreza, crime, etc.)? - Já houve alguma ocasião em que você precisou sair da sua rota para ajudar alguém quando aquilo parecia uma inconveniência? Como você se sentiu depois?
Quarta-feira, 10 de julho
O projeto para o bem-estar de Israel

E xigia-se um segundo dízimo de todo o lucro. [...] Esse dízimo, ou seu equivalente em dinheiro, [os israelitas] deviam trazer por dois anos ao lugar em que o santuário estava estabelecido. Depois de apresentar uma oferta de agradecimento a Deus, e uma porção especificada ao sacerdote, os ofertantes deviam fazer uso do que restava para uma festa religiosa, da qual deviam participar os levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. [...]

“Em cada terceiro ano, entretanto, esse segundo dízimo devia ser usado em casa, hospedando os levitas e os pobres conforme Moisés dissera: ‘Para que comam dentro das tuas portas, e se fartem’ (Dt 26:12). Esse dízimo proveria recursos para fins de caridade e hospitalidade. [...]

“A lei de Deus dava aos pobres direito a certa parte do que era plantado. A pessoa com fome tinha a liberdade de ir ao campo de seu vizinho, ao pomar ou à vinha, e comer do grão ou do fruto para saciar sua fome. [...]

“Toda respiga dos campos, pomares e vinhas pertencia aos pobres. [...]

“Cada sétimo ano eram tomadas providências especiais em favor dos pobres. O ano sabático, como era o mesmo chamado, começava no fim da colheita. Na ocasião da sementeira, que se seguia à colheita, o povo não devia semear [...]. O que a terra produzisse espontaneamente podiam comer, mas não deviam armazenar [...]. A produção desse ano era franqueada ao estrangeiro, ao órfão, à viúva e aos animais do campo.”1

“Tais disposições foram ordenadas pelo nosso misericordioso Criador a fim de diminuir o sofrimento [...].

“O Senhor queria pôr obstáculo ao amor desordenado à propriedade e ao poderio.”2

1. Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 530, 531.

2. Ibid., p. 534.

Angie Decev › Gatineau, Québec, Canadá

Mãos à Bíblia

5. Leia Deuteronômio 14:22-29. Nessas instruções, qual é o objetivo primário do dízimo? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Dividir as bênçãos do dízimo com os levitas e sacerdotes nos anos regulares e a cada três anos com os estrangeiros, órfãos, etc.

B. (  ) Usar o dízimo apenas para nosso próprio benefício.

A tentação é pensar que nossa doação esteja completa quando entregamos os 10%. Contudo, as instruções dadas aos israelitas sugerem que os 10% eram um ponto de partida. Estudos sugerem que um antigo israelita que vivia e doava de acordo com as diretrizes das leis levíticas daria regularmente entre 25% a 33% da renda do ano para a obra de Deus, a fim de sustentar os sacerdotes e o santuário, e para ajudar os pobres.

Alguns estudiosos descrevem essa doação – especialmente para sustentar os estrangeiros, órfãos e viúvas – como um segundo dízimo. Evidentemente, o povo deveria desfrutar dos resultados de seu trabalho e celebrar suas colheitas.

Quinta-feira, 11 de julho
Altruístas em um mundo egoísta

Cada dia somos bombardeados com anúncios para comprar mais coisas para nos satisfazer, assistir mais produções para nos entreter e comer as mais diferentes coisas para satisfazer a vontade. De que forma podemos viver de maneira altruísta em um mundo que está mergulhado no egoísmo? Como podemos evitar cair na armadilha de viver somente para nosso prazer?

Eis aqui algumas dicas extraídas da Bíblia para nos ajudar a alcançar esse objetivo.

Passe tempo com Deus. Todos os dias aprenda com o supremo Modelo de altruísmo. Deixe a influência de Jesus sobre você ser maior que a do mundo! Se buscarmos orientação do Espírito Santo, o Senhor promete que irá nos ensinar, instruir e aconselhar (Sl 32:8).

Aprenda a repartir (Lc 6:38; At 20:35). É importante desenvolver a disposição de doar em vez de receber. No entanto, devemos fazê-lo de coração. “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2Co 9:7).

Aprenda a servir (Mt 20:26, 27; 1Co 10:24; Fp 2:3, 4). Além de aprender a doar precisamos aprender a servir. Muitas pessoas doam dinheiro para obras de caridade, projetos missionários e outras causas, mas nunca se envolvem pessoalmente nelas. Servir é tão importante quanto doar. Servir as pessoas deve ser nossa prioridade. Quando servirmos os outros aprendemos a pensar menos em nós mesmos. A vida de Jesus foi de serviço abnegado em favor dos outros. Procure ajudar e servir as pessoas da maneira que puder. Peça a direção do Espírito de Deus para que você diariamente seja uma bênção para alguém.

Grigore Decev › Gatineau, Québec, Canadá

Mãos à Bíblia

Leia Levítico 25:8-23. Como seria a sociedade se esses princípios fossem aplicados, especialmente as palavras “não oprimais ao vosso próximo”?

“Os estatutos que Deus havia estabelecido destinavam-se a promover a igualdade social. As disposições do ano sabático e do jubileu em grande medida poriam em ordem o que no período anterior havia ido mal na economia social e política da nação” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 534).

Os historiadores da Bíblia não têm certeza se esse ritmo econômico e social foi seguido plenamente por um período significativo (veja 2Cr 36:21). Mesmo assim, essas regras oferecem um vislumbre intrigante de como o mundo poderia funcionar se as leis de Deus fossem seguidas completamente. Além disso, elas destacam a preocupação especial de Deus para com os pobres e marginalizados, bem como Seu interesse em que a justiça seja manifestada de maneira prática em nosso mundo.

Sexta-feira, 12 de julho
Coisas celestiais e terrenas

Muitas pessoas desejam se mudar para os Estados Unidos somente para alcançar uma coisa: o sonho americano. Geralmente, as pessoas lutam para obter formação acadêmica e emprego bem remunerado, para depois constituir família, comprar a casa própria, carro e outros confortos que lhes deem senso de realização.

Não há nada de errado em alguém se esforçar para melhorar de vida ou dar conforto à família. O problema se configura quando “o sonho” se torna a razão de tudo, tomando o lugar de Deus na vida.

Quando as pessoas perdem de vista o Céu, elas mudam suas prioridades e seus objetivos de existência. Elas se concentram somente em si mesmas. Tornam-­se pessoas egocêntricas e não mais se importam com as necessidades dos outros. Isso é exatamente o que o diabo quer. Ele pretende desviar nossa atenção daquilo que Deus nos chamou para fazer: servir os outros e ser uma bênção para eles. Em vez de nos tornarmos cada vez mais semelhantes a Cristo, ocorre o oposto.

O jovem rico (Mt 19:16-22) tinha sido abençoado com muitas posses. Ele era rico e respeitável, mas sua riqueza era o centro de sua vida, era seu deus. Jesus lhe disse que seu problema residia no apego a essas coisas. Ele precisava se desapegar do materialismo que o prendia e compartilhar suas bênçãos com os necessitados. Infelizmente, o jovem rico não amava o próximo como a si mesmo.

Quando refletimos sobre a vida do Salvador, vemos que Seu objetivo principal foi ajudar as pessoas e ser uma bênção para elas. Ele se preocupou com as necessidades físicas e espirituais dos pobres e rejeitados. Ele estava mais interessado nisso do que em obter títulos acadêmicos, ganhar dinheiro e acumular bens. Cristo Se concentrou na missão e não Se desviou dela.

David Moncada › Grand Rapids, MI, EUA

Pense Nisto
- Seu “sonho” está impedindo você de ser uma bênção para os outros? - Como podemos fazer para que as bênçãos que recebemos sejam bênção para os outros?
Mãos à obra
- Reúna um grupo de amigos e desenvolvam um projeto social em sua comunidade. - Reescreva a parábola do bom samaritano (Lc 10:25-37) usando circunstâncias modernas. - Pense nas diferentes maneiras pelas quais Deus pode nos usar para ser uma bênção para os que entram em contato conosco. - Pesquise diferentes agências e organizações em que você pode se envolver para ajudar os necessitados.