Lição 7
10 a 16 de novembro
Quando surgem conflitos
“Os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus” (Gl 3:27, 28).
Prévia da semana: Os conflitos teológicos e de relacionamento enfrentados pela igreja primitiva eram prontamente solucionados pelos seus líderes quando estes se submetiam aos ensinos dos apóstolos e reconheciam a direção do Espírito Santo.
Leitura adicional: Atos 2:37-47; 1 Coríntios 12:4-31; Colossenses 3:10-17. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, capítulo 19, “Judeus e Gentios”; Vida e Ensinos, capítulo 33, “Organização e Desenvolvimento”
Domingo, 11 de novembro
Dissonância ou harmonia?

A igreja estava superlotada. O grupo de cantores iniciou o louvor acompanhado por instrumentos: um órgão, um teclado, um violão, uma bateria e uma guitarra. O som estava muito alto e causava desconforto. Meu amigo fez sinal apontando para seus ouvidos, e se levantou para sair. Decidi acompanhá-lo. Enquanto nos dirigíamos para a saída, notei que alguns membros cantavam com todo fervor sem se importarem com o ruído.

Do lado de fora, observei uma família. As mãos trêmulas da mãe tapavam os ouvidos do marido e do filho. Quando nos afastamos um pouco mais, deparamo-nos com um grupo de jovens que, abertamente, criticavam e demonstravam seu desapontamento pelo que estava acontecendo.

Depois de algum tempo, voltamos para a nave da igreja. Lembro-me de ter visto uma mãe e seu filho sentados logo à nossa frente. Não demonstraram nenhuma indisposição e não expressaram nenhum julgamento. Havia uma atmosfera de paz ao redor deles. O dirigente do louvor convidou a congregação para ficar em pé e cantar a música seguinte. O filho se levantou, em sinal de respeito. A mãe permaneceu calmamente assentada, com a cabeça curvada, olhos fechados e em oração silenciosa. Como eu a conhecia, sabia que esse não era o tipo de música que ela apreciava.

Sou musicista. Aprendi a ser tolerante e não criticar as escolhas das pessoas quanto à música da igreja. Devemos ser amorosos e tolerantes em nossos julgamentos. “Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes” (1Pe 3:8). Efésios 4:3 nos diz: “Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”.

Quando nos esforçarmos para viver em harmonia, embora tenhamos gostos diferentes, glorificamos a Deus. Um dos meus pensamentos favoritos é de autoria de John S. Bach, um dos maiores músicos clássicos, e diz o seguinte: “O objetivo e a finalidade de toda música deve ser apenas o de glorificar a Deus e trazer refrigério ao adorador. Música é uma harmonia agradável para a honra de Deus e o deleite voluntário de alguém.”

Devemos ser um em Cristo, e resolver nossas diferenças de maneira amorosa e compassiva.

Alva Waworoendeng, Loma Linda, Califórnia, EUA

Mãos à Bíblia

1. Leia Atos 6:1. Que problema na igreja primitiva fez com que o povo reclamasse da distribuição de alimentos às viúvas? Assinale a alternativa correta:

A. (    ) As viúvas helenistas estavam sendo esquecidas.
B. (    ) Havia falta de alimento em Israel.

Alguns cristãos da igreja primitiva tinham preconceito contra as viúvas de tradição grega no meio deles e lhes forneciam menos alimentos do que às viúvas de tradição hebraica.

2. Leia Atos 6:2-6. Que medida simples foi tomada pela igreja primitiva para resolver esse mal-entendido? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A. (    ) Os apóstolos pararam de pregar e passaram a servir às mesas.
B. (    ) Os apóstolos escolheram sete homens para servir às mesas.

A igreja primitiva estava crescendo rapidamente e esse crescimento trouxe encargos cada vez mais pesados aos apóstolos. A nomeação desses sete homens, tradicionalmente chamados de “diáconos” (embora o Novo Testamento não os chame assim), aliviou a tensão na igreja de Jerusalém e permitiu o envolvimento de mais pessoas no ministério da igreja.

Segunda-feira, 12 de novembro
Resolvendo conflitos

Minha esposa detesta conflitos. Ela sai do ambiente se as pessoas começarem a levantar a voz, e chega a perder o sono depois da ocorrência de um confronto desagradável.

Quanto a mim, não sou avesso às discórdias. Prefiro tentar ajudar a solucionar quando surgem conflitos. E você? Prefere discutir o problema ou evitar o confronto? Como podemos ajudar a manter a unidade?

O modo de resolver o conflito vai depender de como ele surgiu. No Novo Testamento encontramos alguns princípios que podem nos ajudar.

Humildade (Lc 22:24-26). Os discípulos estavam discutindo “qual deles seria considerado o maior”. Jesus os repreendeu dizendo que, no mundo, era de se esperar que as pessoas lutassem entre si pelo desejo de supremacia. Mas entre eles não devia ser assim. “Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve” (Lc 22:25-26 ARA).

A unidade é alcançada quando a humildade está presente. A exaltação própria permeia a sociedade e pode penetrar na igreja. Ela contaminou até mesmo os discípulos. Adotar postura humilde ajudará a resolver muitas dessas situações.

Cuidar ao escolher líderes (At 6:1-4). Mas a humildade não resolverá todas as situações. Um dos primeiros entraves na igreja primitiva foi o questionamento de que estava havendo injustiça para com a viúvas dos gentios. A acusação era de que os negócios da igreja não estavam sendo conduzidos de maneira justa. “Naqueles dias, crescendo o número de discípulos, os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimento” (At 6:1).

Como a igreja resolveu o conflito? Os apóstolos se reuniram e propuseram escolher sete diáconos. Homens justos, consagrados, sobre quem pudessem colocar a responsabilidade de cuidar das demandas locais da igreja. Esses homens receberam a imposição das mãos e foram separados para esse encargo, enquanto os apóstolos se dedicaram à pregação da Palavra de Deus (At 6:3, 4).

Para preservar a unidade do rebanho é fundamental escolher irmãos consagrados e comprometidos com a missão. Porém, nem mesmo escolhendo os melhores líderes evitaremos conflitos. Na igreja primitiva surgiram discórdias em relação a posições doutrinárias diferentes sobre o evangelho, e seus líderes precisaram lidar com o assunto.

Resolver os conflitos (At 15:1-39). Devido às diferenças de opinião, a igreja primitiva, logo em seu início, correu o risco de se dividir. Alguns cristãos judaizantes queriam impor aos gentios convertidos a obrigação de praticar certos ritos judaicos.

“Alguns homens [...] passaram a ensinar aos irmãos: ‘Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos’. Isso levou Paulo e Barnabé a uma grande contenda e discussão com eles” (At 15:1, 2).

Esse problema foi resolvido por meio de uma reunião geral da liderança da igreja, o Concílio de Jerusalém (cerca de 50 d.C.). Depois de debaterem o assunto e encontrar a solução, (ver At 15:2-35), eles enviaram cartas às igrejas comunicando a decisão da assembleia.

Embora essa história nos mostre que há questões que devem ser resolvidas em nível superior, jamais devemos pensar que não temos a responsabilidade de ajudar a solucionar os conflitos na igreja local.

Na verdade, ainda no capítulo 15 de Atos, nos deparamos com um desentendimento entre Paulo e Barnabé sobre a utilidade do jovem João Marcos para o ministério. “Tiveram um desentendimento tão sério que se separaram. Barnabé, levando consigo Marcos, navegou para Chipre” (At 15:39).

Aqui vemos que concordar em se separar foi a maneira que dois obreiros consagrados encontraram para ficar em paz entre eles e avançar com a missão. Não é preciso ver as coisas da mesma forma para realizar o trabalho da igreja. Embora a Associação Geral da nossa igreja tenha resolvido questões administrativas, doutrinárias e outras de maneira democrática e representativa, ela não pode evitar que pequenos conflitos surjam nas igrejas entre o corpo de crentes.

Eugene William Prewitt, Tampin, Negeri Sembilan, Malásia

Mãos à Bíblia

A conversão dos gentios ao evangelho de Jesus Cristo, descrita no livro de Atos, preparou o cenário para o maior conflito na igreja primitiva, ameaçando sua existência e missão.

3. Leia Atos 10:1-23. Quais elementos indicam que o Espírito Santo estava atuando no coração de muitas pessoas, preparando o caminho para que os gentios recebessem o evangelho?

4. Leia Atos 10:28, 29, 34, 35. Como Pedro entendeu a visão que recebeu em Jope? O que o levou a essa interpretação? Complete as lacunas:

“Reconheço, por verdade, que Deus não faz _____ de pessoas; pelo contrário, em qualquer ______, aquele que O ______ e faz o que é justo Lhe é ______” (At 10:34, 35).

Em Atos, vemos que o Espírito Santo preparou o caminho para que os gentios fossem recebidos na comunhão cristã.

Pense Nisto
Surgem conflitos das mais diversas áreas e questões. Mas para todos os casos a Palavra de Deus nos ordena restabelecer a unidade para o avanço da Causa de Deus. O que você tem a dizer sobre conflitos em sua vida ou igreja? (veja Tg 4:1). Se surgir um conflito por causa de desejos pessoais, ele pode ser resolvido sem que haja vitória sobre esses desejos e paixões?
Terça-feira, 13 de novembro
Música no Céu

A história de Pedro e Cornélio é realmente fantástica! Pedro hesitou em pregar o evangelho para Cornélio por ser esse último, romano. O Espírito Santo trabalhou no coração de Pedro, e anjos intervieram e ajudaram. Ellen G. White escreveu: “O Céu está mais próximo do cristão que se empenha na obra da salvação de pessoas do que muitos supõem. Devemos também aprender [...] do interesse de Deus por todo ser humano, e que cada um deve tratar seu próximo como um dos instrumentos de Deus para a realização de Sua obra na Terra.”1

“Ao abrirdes a porta aos necessitados e sofredores de Cristo, estais acolhendo anjos invisíveis. [...] Eles trazem uma sagrada atmosfera de alegria e paz. Vêm com louvores nos lábios, e uma nota correspondente se ouve no Céu. Todo ato de misericórdia promove música ali. O Pai, em Seu trono, conta os abnegados obreiros entre Seus mais preciosos tesouros.”2

O exclusivismo não traz a atmosfera do Céu. Ira, ressentimento, egoísmo e preconceito não fazem com que os anjos cantem. Quanto mais refletirmos no que Cristo fez por nós, mais dispostos estaremos a compartilhar essa experiência. “O mesmo interesse, a mesma ternura e longanimidade que Ele tem manifestado para conosco, cumpre-nos mostrar para com os outros. ‘Como Eu vos amei a vós’, diz Ele, ‘que também vós uns aos outros vos ameis’ (Jo 13:34, ARC). Se Cristo habita em nós, manifestaremos Seu abnegado amor para com todos com quem temos de tratar. Ao vermos homens e mulheres necessitados de simpatia e auxílio, não devemos indagar: ‘São eles dignos?’, mas: ‘Como os poderei beneficiar?’”3

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1. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1177.
2. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 639.
3. ___________  , A Ciência do Bom Viver, p. 162.

 

Priscilla Santos, Clearlake, Califórnia, EUA

Mãos à Bíblia

5. Leia Atos 11:4-18. Como Pedro explicou a obra do Espírito Santo e Sua direção nesse evento? Qual foi o argumento principal que ele apresentou em seu relato?

Embora alguns tivessem levantado questões sobre a legitimidade das ações de Pedro e sua decisão de batizar esses gentios, testemunhas suficientes (At 11:12) atestaram que o Espírito Santo realmente tinha Se manifestado da mesma forma que no Pentecostes. A orientação e direção do Espírito Santo nesse caso foi incontestável e o dom, reconhecido.

6. Leia Atos 11:19-24. O que aconteceu depois na vida da igreja primitiva?

Talvez alguns em Jerusalém pensassem que o que tinha acontecido com Cornélio e sua família seria uma exceção, e que essa experiência não seria repetida. Mas não era esse o plano do Espírito Santo. Quando os discípulos de Jesus se dispersaram para além de Jerusalém e da Judeia por causa da perseguição que surgiu após a morte de Estêvão (At 8:1), e foram para Samaria, Fenícia, Chipre e Antioquia, mais e mais gentios aceitaram Jesus como seu Salvador.

Pense Nisto
Se Deus não tivesse intervindo e convencido Pedro de que não devia ter preconceito em relação aos outros, quantas pessoas teriam perdido a oportunidade de conhecer o evangelho? Como podemos promover maior conscientização a respeito dos preconceitos que, às vezes temos, pessoal ou coletivamente como igreja, e buscar soluções para o problema?
Quarta-feira, 14 de novembro
A pregação como prioridade

A igreja cristã primitiva não ficou imune a conflitos mesmo estando sob a direção divina. Na verdade, foi durante a época em que houve “rápida multiplicação dos crentes” (At 6:1, A Bíblia Viva), um período de grande crescimento e desenvolvimento, que surgiu uma controvérsia sutil.

O conflito quase dividiu os novos crentes. As diferenças eram quanto a costumes e contexto cultural. Por exemplo, os judeus conversos acreditavam que ainda fosse necessário observar algumas leis cerimoniais dadas por Moisés, mas os helenistas, por falarem a língua grega, tinham costumes diferentes. O evangelho amenizou os preconceitos entre os dois grupos, no entanto, ressurgiram antigas divergências quando começou a circular um rumor sobre o tratamento desigual das viúvas helenistas.

A resposta dos apóstolos (At 6:2-4) revela como Deus concede sabedoria à liderança da igreja para resolver conflitos assim. Eles declararam que não era justo negligenciarem o ministério da pregação da Palavra para “servir às mesas”. Sua atenção e energia não deviam ser desviadas da missão para ficar cuidando das necessidades locais da congregação.

Contudo, apesar de colocar a pregação do evangelho como fator prioritário, eles não se omitiram em resolver a questão. Reuniram-se com o corpo de crentes e propuseram escolher sete diáconos, cheios do Espírito Santo, para cuidar desses assuntos. Como resultado, “a Palavra de Deus continuava a se espalhar. Em Jerusalém o número dos seguidores de Jesus crescia cada vez mais” (At 6:7, NTLH).

Da mesma forma, hoje, quando a igreja enfrentar problemas ou conflitos que possam causar divisão, tenhamos a certeza de que o Senhor nos mostrará a melhor solução para honrar e glorificar Seu nome.

Kristiana Kim, Murrieta, Califórnia, EUA

Mãos à Bíblia

7. De acordo com Atos 15:1, 2 e Gálatas 2:11-14, duas questões causaram sérios conflitos na igreja primitiva. Quais foram elas? Assinale a alternativa correta:

A. (   ) A imposição da circuncisão aos gentios e a separação entre judeus e gentios, como vimos no comportamento reprovável de Pedro.
B. (   ) Adultério e embriaguez entre os membros da igreja.

A ameaça à unidade da igreja enfrentada pelos primeiros cristãos era real e difícil. E, como parte de um estilo de vida fiel, esses cristãos judeus também acreditavam que deviam evitar qualquer contato com os gentios que pudesse impedir sua própria salvação.

8. Leia Atos 15:3-22. Quais foram algumas questões apresentadas durante o concílio de Jerusalém?

Nessa passagem, a questão estava fundamentada em conflitos sobre interpretações fortemente defendidas das histórias do Antigo Testamento sobre a circuncisão e a relação com os gentios. Pedro, Barnabé e Paulo fizeram discursos. O discurso de Pedro fazia referência à visão que Deus lhe havia concedido e ao dom do Espírito Santo, que abriu o caminho para a missão aos gentios. Em seguida, Paulo e Barnabé compartilharam suas histórias sobre o que Deus tinha feito por meio deles pelos gentios.

Pense Nisto
A igreja corre o perigo de a versão moderna de “servir às mesas” tirar sua concentração da missão? Qual é a chave para manter a unidade em meio à grande diversidade socioeconômica, cultural e étnica em nosso meio?
Quinta-feira, 15 de novembro
Andar em amor

Durante Seus momentos de tristeza e agonia no Getsêmani, Jesus orou em favor da unidade na igreja. Ele orou para que os futuros crentes tivessem unidade, não só para desenvolver amor altruísta em seu relacionamento uns com os outros, mas também para que isso fosse um poderoso testemunho para o restante do mundo.

Certamente isso não é fácil, mas devemos nos pautar pelas seguintes orientações bíblicas:

Demonstrar amor compassivo e abnegado (1Pe 4:8). Não devemos ter o objetivo de ganhar o debate nem fazer o outro lado parecer intolerante. Cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus, e queremos ver no Céu também os membros da igreja que têm uma posição diferente da nossa.

Não servir de pedra de tropeço para o próximo (Rm 14:12-21). Você pode pensar que haja algo de errado com determinada questão. Contudo, não cause conflito se você puder evitar. No exemplo de Romanos 14, sobre a questão do regime alimentar, o apóstolo Paulo disse que, se ao escolher comer determinado alimento você coloca uma pedra de tropeço no caminho do seu próximo, simplesmente não coma esse alimento na frente dele. É melhor procurar as coisas que conduzem à paz e à edificação mútua, “agir por amor” (Rm 14:15).

Priorizar o relacionamento com Deus. Por meio da oração e do estudo da Bíblia podemos discernir a verdade e ajudar um irmão que estiver perdendo o foco em sua vida espiritual (Sl 119:1-4; 2Tm 2:15, 22-26). Paulo teve que chamar a atenção de Pedro pelo seu modo de agir diante dos gentios (Gl 2:11-14). Jesus usou um açoite para expulsar as pessoas que estavam tirando vantagem dos pobres e usando o templo de Jerusalém como se fosse um mercado (Mt 21:12, 13). Se houver algo errado acontecendo na igreja, devemos tomar posição pelo que é certo e recorrer aos canais apropriados para resolver a questão.

Cíntia Nojima, Atlanta, Geórgia, EUA

Mãos à Bíblia

Foi necessário certo nível de confiança por parte da igreja de Antioquia para enviar representantes a Jerusalém a fim de buscar a melhor solução para seu conflito.

9. Leia Amós 9:11, 12 e Jeremias 12:14-16. O que esses profetas predisseram em relação às nações vizinhas de Israel? Assinale a alternativa correta:

A. (   ) Elas seriam para sempre destruídas.
B. (   ) Deus Se compadeceria delas e as ajuntaria ao Seu povo.

Embora Tiago tenha citado Amós 9, vemos alusões à salvação das nações em outros profetas do Antigo Testamento. A intenção de Deus era salvar todo o mundo mediante o testemunho e a experiência de Israel. Na verdade, o chamado de Deus a Abraão incluía uma bênção a todas as nações por meio dele e de seus descendentes (Gn 12:1-3). A direção do Espírito Santo; o ministério de Pedro, Barnabé e Paulo entre os gentios; e a conversão de muitos gentios eram evidências que não podiam ser desprezadas.

Pense Nisto
Sendo que Jesus poderia ter orado por tantas coisas, por que orou especificamente pela unidade da família de Deus? O amor orientou seus atos e reações em algum conflito que você teve com alguém de sua igreja?
Sexta-feira, 16 de novembro
Quem sou eu para ir contra Deus?

Nosso modo de reagir aos conflitos e lidar com eles determina a trajetória dos nossos relacionamentos. Quando enfrentamos conflitos na vida pessoal ou na espiritual devemos seguir o exemplo da igreja apostólica.

Lembro-me de uma experiência pela qual passei algum tempo atrás. Minha igreja estava planejando uma série evangelística. Tínhamos duas propostas: usar o prédio da igreja, opção mais econômica, ou alugar algum local da cidade que fosse central e atraísse mais pessoas.

A igreja convocou uma reunião para decidir o assunto. A maioria dos membros achava que devíamos usar nossa igreja para economizar, enquanto a minoria era favorável à segunda opção. A minoria também achava que, se fosse da vontade de Deus que a série evangelística fosse realizada num prédio público, Ele proveria os recursos.

Quando a discussão ficou acalorada, um dos membros se colocou de pé e sugeriu que orássemos. Para resumir a história, conseguimos o prédio público e, para surpresa de todos, a prefeitura o cedeu gratuitamente por todo o período da série evangelística. A série foi bem-sucedida e muitas pessoas foram batizadas. Quando me recordo desse acontecimento, fico imaginando quantos irmãos, em nossas igrejas, às vezes se esquecem do poder do Espírito Santo que intercede por nós e soluciona os problemas da igreja.

Frequentemente, quando surgem conflitos em nosso meio, somos propensos a aceitar as opiniões dos mais cultos e eloquentes da congregação. Substituímos a direção e as orientações do Espírito Santo pela opinião de homens e mulheres que classificamos como “muito competentes” no assunto em questão. Na maioria das vezes, isso resulta em tensão e divisão. Às vezes, tomamos o lado da maioria e deixamos de buscar a direção do Espírito Santo.

No exemplo de Atos 11:4-24, Pedro, quando confrontado com sua decisão de pregar aos gentios, respondeu: “Quem [sou] eu para ir contra Deus?” (v. 17, NTLH, grifos acrescentados). Muitas vezes Deus nos dirige por caminhos inesperados.

 

Lucian Nana-Yobo, Houston, Texas, EUA

Pense Nisto
Que método você pode usar para resolver conflitos em sua igreja? Como saber qual é a vontade do Senhor acerca de determinado assunto quando nos deparamos com diferentes opiniões?
Mãos à obra
• Leia o livro de Atos dos Apóstolos. Observe como a igreja primitiva resolvia os conflitos e dissenções. • Visite uma igreja de etnia diferente da sua. Procure observar como adoram, prestam culto a Deus e se envolvem com a comunidade. Identifique as semelhanças e diferenças nas práticas e experiências. • Assista algum documentário sobre as formigas. Observe que a força delas se encontra na unidade. • Forme uma equipe de oração. Orem por soluções para os problemas em sua igreja e comunidade.