Lição 12
16 a 22 de junho
Babilônia e o Armagedom
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Sl 10–17
Verso para memorizar: “Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA” (Ap 17:5).
Leituras da semana: Ap 14:8; 16:19; Is 52:9; Ap 18:1-10; 16:12-16; 1Rs 18:1-40; 1Co 15:1, 2

O livro do Apocalipse, como já observamos, é repleto de imagens e linguagem tiradas diretamente do Antigo Testamento. Por exemplo, o nome “Babilônia” aparece seis vezes no Apocalipse. No entanto, ele não se refere ao antigo reino de Nabucodonosor, que havia desaparecido da história mundial centenas de anos antes. Em vez disso, João estava usando imagens do Antigo Testamento para expressar uma verdade. Nesse caso, Babilônia – um imenso poder político e religioso que tinha oprimido o povo de Deus – descreve, hoje, os grandes poderes políticos e religiosos que buscarão fazer a mesma coisa no tempo do fim.

Algo semelhante ocorre com a palavra Armagedom, que surge apenas no Apocalipse, mas é baseada em uma expressão hebraica que parece significar “Monte de Megido”, uma referência a um local do antigo Israel. Existe uma grande especulação sobre o Armagedom. Muitas pessoas aguardam a ocorrência de uma grande batalha militar nesse lugar, em Megido, perto do fim do mundo.

Nesta semana, estudaremos sobre Babilônia e o Armagedom, e buscaremos descobrir o que a Bíblia revela com essas imagens.


No mês de julho teremos a Semana de Oração Jovem. Ore pelas pessoas que participarão desse importante evento. A igreja que cuida dos seus jovens multiplica esperança.

Domingo, 17 de junho
Ano Bíblico: Sl 18–22
O “vinho da fúria da sua prostituição”

1. Leia Apocalipse 14:8; 16:19; 17:5; 18:2, 10 e 21, as seis referências a Babilônia nesse livro. Tendo em mente a história de Babilônia no Antigo Testamento, o que esses textos revelam sobre a Babilônia, tal como ela aparece no contexto dos eventos finais?

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Dizem que a Bíblia é uma narrativa sobre duas cidades, Jerusalém e Babilônia. Enquanto Jerusalém representa a cidade de Deus e o povo da aliança em toda a Bíblia (Sl 102:21; Is 52:9; 65:19; Ap 3:12), Babilônia representa a opressão, violência, falsa religião e completa rebelião contra Deus.

Pense, por exemplo, na torre de Babel (Gn 11:9). A palavra hebraica para “Babel” é a mesma para o reino de “Babilônia”. Em 1 Pedro 5:13, o apóstolo enviou saudações da igreja que se encontrava em “Babilônia”, geralmente entendida não como as ruínas do antigo reino localizado hoje no Iraque, mas como a própria cidade de Roma, que em breve se tornaria a opressora da igreja. “Babilônia” é um título interessante à luz da função de Roma apresentada no livro do Apocalipse.

2. Leia Apocalipse 14:8 e 18:3. O que esses textos revelam sobre a influência maligna de Babilônia no mundo e no povo de Deus? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) Babilônia exerce sua influência corruptora sobre todas as nações, fazendo-as se prostituírem com o vinho de sua ira.

B.(  ) A influência de Babilônia traz paz, harmonia, justiça e progresso.

Não há dúvida de que o poder representado por Babilônia, conforme a descrição no livro do Apocalipse, é extremamente corrupto, estendendo essa influência corruptora por todo o mundo, em maior ou menor grau. A expressão “vinho da fúria da sua prostituição” (Ap 14:8) é claramente uma referência à falsa doutrina, ao falso ensino, às práticas corruptas e às consequências dessas coisas. Babilônia é uma força maligna que se espalhou a “todas as nações” (Ap 18:3). Portanto, todos devem tomar cuidado para que também não sejam corrompidos.

Diante da corrupção, confusão e opressão no mundo hoje, por que precisamos estar ancorados em Jesus e em Sua Palavra?


Segunda-feira, 18 de junho
Ano Bíblico: Sl 23–30
Caiu! Caiu a grande Babilônia!

Por mais corrupta e abrangente que tenha sido a influência de Babilônia no mundo, o livro do Apocalipse ensina que um dia ela será completamente destruída.

3. Leia Apocalipse 18:1 a 10. O que esses versos revelam sobre “a grande Babilônia”?

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A segunda mensagem angélica (Ap 14:8) sobre a queda de Babilônia é repetida em Apocalipse 18:2. É uma expressão do quanto essa entidade se tornou corrupta.

“A Escritura Sagrada declara que Satanás, antes da vinda do Senhor, operará ‘com todo o poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano da injustiça’; e os que ‘não acolheram o amor da verdade para serem salvos’ serão deixados à mercê da ‘operação do erro, para darem crédito à mentira’ (2Ts 2:9-11). A queda de Babilônia se completará quando essa condição for atingida, e a união da igreja com o mundo se tiver consumado em toda a cristandade. A mudança é gradual, e o pleno cumprimento de Apocalipse 14:8 está ainda no futuro” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 389, 390).

Se esse “pleno cumprimento” ocorreu em nossos dias, só Deus sabe. Mas o que sabemos é que, de acordo com esses textos, a Babilônia espiritual um dia enfrentará o juízo de Deus por causa de sua grande maldade. “Porque os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou dos atos iníquos que ela praticou” (Ap 18:5). Essa expressão também reflete a linguagem do Antigo Testamento a respeito da antiga Babilônia (veja Jr 51:9), e significa que a hora do juízo certamente virá.

O juízo futuro não deve ser surpreendente. Afinal, a Babilônia dos tempos antigos enfrentou o juízo (veja Dn 5). A Escritura deixa muito claro, em diversas passagens, que um dia todos terão que responder por suas ações, inclusive Babilônia. Como é animador saber que, como cristãos, temos um Intercessor que nos defenderá nesse juízo (1Jo 2:1; Dn 7:22). Caso contrário, nosso destino não seria melhor que o de Babilônia.

Toda injustiça e iniquidade que parecem ficar impunes hoje, um dia enfrentarão a retribuição final de Deus. Você encontra conforto nessa promessa?

“Fortaleça sua experiência com Deus. Acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/”

Terça-feira, 19 de junho
Ano Bíblico: Sl 31–35
Armagedom

Embora a maioria das pessoas, inclusive muitos cristãos, não tenha muito conhecimento sobre o livro do Apocalipse, uma imagem ou palavra desse livro alcançou a cultura popular: Armagedom (veja Ap 16:16). Mesmo na cultura secular, a palavra passou a representar uma luta final em que o destino da Terra está em jogo. Hollywood produziu um filme chamado Armagedom, a respeito de um asteroide gigante pronto para destruir o planeta. Até certo ponto, a ideia do fim do mundo também está na mente das pessoas seculares.

Muitos cristãos familiarizados com o livro do Apocalipse e que acreditam nele entendem a batalha do Armagedom como um conflito militar literal que ocorrerá no Oriente Médio, próximo ao fim do mundo. Uma versão afirma que um exército de 200 milhões de homens da Ásia assolará o norte de Israel. Outros se concentram nos vários conflitos militares e políticos naquela parte do mundo que, em sua compreensão, prepararão o terreno para a batalha militar final do Armagedom, na região de Megido.

No entanto, a Bíblia apresenta uma imagem totalmente diferente. As Escrituras apresentam o Armagedom como o clímax final, não entre nações em disputa, mas entre os dois lados do conflito cósmico. Por mais que fatores econômicos e políticos possam entrar em jogo, será uma luta religiosa, não uma batalha política e econômica.

4. Leia Apocalipse 16:12 a 16. O que esse texto revela sobre o Armagedom? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A. ( ) O Armagedom será uma guerra que ocorrerá no Oriente Médio.

B. ( ) O Armagedom está relacionado à luta entre o dragão (Satanás) e Cristo.

Primeiramente, observe como a linguagem dessa passagem é simbólica. Espíritos semelhantes a rãs saem da boca do dragão, da boca do falso profeta e da boca da besta (referências aos poderes de Ap 13; o “falso profeta” deve ser uma referência à besta de Ap 13:11, que emerge da terra). O grande conflito também é visto quando os “espíritos de demônios” (Ap 16:14) saem à batalha no “grande Dia do Deus Todo-Poderoso” (Ap 16:14). Independentemente da maneira em que o Armagedom se desenvolverá, ele será um conflito mundial entre as forças de Cristo e Satanás. Assim como Babilônia, no Apocalipse, não se refere aos eventos na remota região do Iraque moderno, o Armagedom não será uma batalha local na região de Megido.

Leia Apocalipse 16:15. Em meio ao conflito, Jesus nos encoraja com a mensagem do evangelho, por meio da promessa de Sua vinda e da necessidade de sermos cobertos com Sua justiça. Isso revela a natureza espiritual dessa batalha?


Quarta-feira, 20 de junho
Ano Bíblico: Sl 36–39
O Armagedom e o monte Carmelo: parte 1

O que é essa grande batalha do Armagedom? Em primeiro lugar, o nome parece significar “Monte de Megido”. No entanto, nessa região não há um monte conhecido como Megido, mas o monte Carmelo estava localizado nas proximidades, e os estudiosos têm entendido a expressão “Monte de Megido” como uma referência ao monte Carmelo.

Mais precisamente, os estudiosos da Bíblia têm visto a história de Elias e os falsos profetas de Baal no monte Carmelo como um símbolo, um tipo do que ocorrerá em Apocalipse 13.

Como vimos ontem, o texto de Apocalipse 16:13, com sua referência ao dragão, à besta e ao falso profeta, remete aos eventos de Apocalipse 13, a falsa trindade que vimos na lição nove.

Os problemas em Apocalipse 13 começam a chegar ao clímax nos versos 13 e 14, quando a segunda besta realiza atos sobrenaturais, “de maneira que até fogo do céu faz descer à Terra, diante dos homens” (Ap 13:13). Esses eventos levam ao confronto direto entre Deus e Satanás, entre os que adoram o Deus verdadeiro e os que adoram a “imagem da besta” (Ap 13:14).

5. Leia 1 Reis 18:1 a 18. De que maneira essa história reflete alguns problemas que se desenvolverão nos eventos finais, como vemos no Apocalipse?

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Em muitos aspectos, o que vemos nesse texto é um claro retrato do grande conflito. Elias declarou de maneira inequívoca no verso 18: o povo abandonou a lei de Deus e está adorando e seguindo deuses falsos. Esse não tem sido sempre o problema, independentemente das infinitas formas e maneiras pelas quais esse mal tem se manifestado ao longo da história? Ou estamos adorando “Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:7), ou estamos adorando outra pessoa ou coisa. No caso de Apocalipse 13 e dos acontecimentos que se desenrolam ali, em vez de adorarem o Senhor, as pessoas estão adorando a besta e sua imagem. Não há meio-termo. Ou estamos do lado de Deus ou do lado de Satanás. Isso mostra a grande importância das questões em jogo, agora e especialmente na batalha do Armagedom, em que, como veremos na história sobre o monte Carmelo, a distinção se torna muito clara.



Quinta-feira, 21 de junho
Ano Bíblico: Sl 40–45
O Armagedom e o monte Carmelo: parte 2

6. Leia 1 Reis 18:18 a 40. Como essa história termina? Como ela reflete o que ocorrerá, em grande escala, quando o grande conflito chegar ao seu clímax no fim dos tempos? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Elias ficou com medo dos profetas de Baal e acabou fugindo. O povo de Deus também terá que fugir nos últimos dias.

B. (  ) O profeta Elias enfrentou e venceu os profetas de Baal. No fim, os que estiverem do lado do Senhor serão vitoriosos.

A batalha no monte Carmelo foi entre Elias, profeta de Deus, e 450 sacerdotes de Baal. (Observe como a quantidade do mal foi muito maior do que a do bem). O objetivo dessa batalha foi demonstrar quem era o Deus verdadeiro. Seria Aquele que criou os céus e a Terra, ou Baal, justamente outra manifestação do “dragão” e outro meio pelo qual ele busca enganar o mundo (Ap 12:9)?

Os sacerdotes oraram, pedindo a Baal que enviasse fogo para queimar seu sacrifício. Eles gritaram da manhã ao meio-dia. “Gritem mais alto”, provocou Elias. “Talvez [Baal] esteja dormindo” (1Rs 18:27, NVI). Os sacerdotes entraram em frenesi. Eles se cortaram com espadas até que o sangue fluía livremente. Cansados e esgotados, desistiram no momento do sacrifício da tarde.

O sacrifício de Elias foi encharcado três vezes, e a água fez com que as valetas transbordassem. Elias fez uma simples oração a Deus. O Senhor instantaneamente consumiu tudo, inclusive o altar de pedra e o solo abaixo. O poder do Deus verdadeiro em contraste com Baal foi inconfundível!

7. Compare Apocalipse 16:13 e 19:20 e 21 com o destino dos falsos profetas de Baal. O que vemos nessas passagens? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Os maus e os falsos profetas serão perdoados.

B. (  ) No fim, o destino dos falsos profetas será a destruição no lago de fogo.

Embora não possamos explicar todas as coisas sobre o Armagedom, pelo menos neste momento, conhecemos o resultado dessa batalha: os inimigos de Deus serão destruídos e o nome do Senhor e Seus santos será vindicado.

Leia 1 Coríntios 15:1 e 2. Embora o contexto imediato não seja o Armagedom, qual é o argumento de Paulo, e por que é tão importante que nos lembremos disso, especialmente à luz do que o futuro nos reserva? Leia Apocalipse 16:15, que está no contexto do Armagedom. O que esses textos, em conjunto, revelam?


Sexta-feira, 22 de junho
Ano Bíblico: Sl 46–50
Estudo adicional

Em várias ocasiões na narrativa da batalha do Armagedom, as criaturas horrendas e os eventos assustadores ficam em segundo plano por um momento, e surge um vislumbre de uma verdade mais pessoal. Como vimos, uma delas está em Apocalipse 16:15: ‘Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha’. Esse texto, que aparece no meio da única passagem na Bíblia que realmente menciona o Armagedom, ecoa muitas passagens do Novo Testamento sobre a preparação pessoal para a volta de Jesus e os eventos finais.

“Outro texto é Apocalipse 17:14: ‘Esses guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois Ele é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis – e os que estão com Ele são chamados, escolhidos e fiéis’ (tradução do autor). No fim, a grande guerra retratada nesse verso envolverá um exército de pessoas cujo objetivo primário não é destruir os outros com armas, mas ser fiel ao seu chamado e eleição divina. O Armagedom é uma batalha muito diferente das lutas travadas pelas nações e movimentos rebeldes hoje. Como eu tenho dito repetidamente, a batalha do Armagedom é uma luta pela mente. É também uma batalha pelo coração – um chamado à sincera fidelidade ao Cordeiro que foi morto” (Ap 5:9, 10, 12; 13:8; Jon Paulien, Armageddon at the Door. Hagerstown, Md.: Autumn House Publishing, uma divisão da Review and Herald, 2008, p. 193).

Perguntas para discussão

1. Muitos acreditam que vários eventos retratados no livro do Apocalipse acontecerão nos locais literais mencionados. Por que essa é uma maneira errada de interpretar os textos? Como ajudar as pessoas que pensam dessa forma?

2. A influência de Babilônia se estende por todo o mundo. Quais são os ensinos de Babilônia? Como discerni-los e evitá-los?

3. Ellen G. White escreveu: “A queda de Babilônia se completará quando […] a união da igreja com o mundo se tiver consumado em toda a cristandade.” Pense na frase: “a união da igreja com o mundo”. Que advertência poderosa encontramos aí?

Respostas e atividades da semana: 1. Com a ajuda da classe, faça um quadro comparativo entre as características de Babilônia no Antigo Testamento e no contexto dos eventos finais. 2. A. 3. Leia o texto para a classe e peça que os alunos enumerem as obras de Babilônia e as suas características. 4. F; V. 5. Apresente aos alunos um resumo da passagem. Pergunte: O que a atitude de Elias e Acabe podem representar nos eventos finais? 6. B. 7. B.



Resumo da Lição 12
Babilônia e o Armagedom

TEXTO-CHAVE: Apocalipse 14:8

Conhecer: A batalha final que colocará em oposição o exército de Deus e o exército de Babilônia.
Sentir: A natureza espiritual do conflito e como ele se relaciona com sua vida pessoal com Deus.
Fazer: Usar as armas divinas para resistir ao inimigo, lutar contra ele e se preparar para o conflito final.

I. Conhecer: A batalha do Armagedom

A. O que significa a palavra hebraica Armagedom?
B. Quando e onde acontecerá essa batalha?
C. Quais são as identidades dos exércitos opostos?

II. Sentir: A batalha espiritual

A. Por que essa batalha é espiritual?
B. Como essa batalha afetará nossa vida?
C. Qual é a diferença entre essa batalha espiritual e as que enfrentamos hoje?

III. Fazer: Preparação para a batalha

A. Quais armas espirituais serão necessárias para sobrevivermos à batalha?
B. Como a ideia de uma batalha literal pode nos desviar da necessária ação real?
C. Como devemos nos preparar para o futuro Armagedom?

A batalha do Armagedom é espiritual e reunirá todas as forças do mal contra o acampamento do reino de Deus.

Ciclo do aprendizado

1 Motivação

Focalizando as Escrituras: Efésios 6:10-18

Conceito-chave para o crescimento espiritual: O fato de que a batalha do Armagedom é espiritual não significa que será menos dura e real do que batalhas militares verdadeiras: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6:12). Pela primeira vez na história, todas as forças do mal se reunirão e revelarão mais completamente sua face real e suas verdadeiras intenções. A batalha espiritual tem um alcance cósmico. Nossas lutas diárias serão intensificadas.

Para o professor: A lição desta semana é parte de nossa preparação para a batalha final do Armagedom. Portanto, o desafio é informar as pessoas e explicar a elas sobre o cenário dessa batalha, e relacioná-la também às nossas batalhas espirituais diárias. Discuta o tema da batalha espiritual, o “grande conflito” descrito na Bíblia. Apresente textos-chave do Antigo e do Novo Testamento que se referem à batalha espiritual (Nm 24; Dn 10-11; Mt 26:36-42; etc.).

Discussão e atividade inicial: Muitos evangélicos creem numa batalha literal do Armagedom que se dará em Israel e envolverá exércitos reais. Discuta as diferentes interpretações evangélicas populares na atualidade.

2 Compreensão

Para o professor: A história da torre de Babel permaneceu na memória dos profetas bíblicos como um paradigma da tolice do orgulho humano. Leia o relato com a classe (Gn 11:1-9). Leve uma figura das ruínas do Grande Zigurate de Ur (próximo à base aérea de Ali no Iraque). Mostre como Daniel faz referência a essa história (Dn 1:2; 3:1; 8:11). De igual maneira, para João, Babel (ou Babilônia) representava o poder maligno que quer tomar o lugar de Deus. O tema da Babilônia, nome grego de Babel, permeia o livro do Apocalipse (é usado seis vezes, o número associado à Babilônia) e atinge seu clímax na profecia do Armagedom. Como os construtores da torre de Babel, as forças do mal se unem contra o Rei celestial. Como na história da torre de Babel, o grande confronto terminará com a descida de Deus e a queda da Babilônia espiritual. Sua queda é descrita com termos que relembram a queda da antiga Babilônia histórica.

Comentário bíblico

I. A reunião de Babilônia

(Recapitule com a classe Ap 16:16; Dn 11:43).

O livro do Apocalipse se refere ao último acontecimento da história humana como uma batalha de proporções gigantescas, em que se ajuntam todas as forças malignas (Ap 16:16), unindo o dragão e as duas bestas (Ap 16:13; compare com 12:17; 13:1, 11; ver lição anterior). Esse triunvirato arrasta os “reis do mundo inteiro” (Ap 16:14). Esse acampamento é identificado como “a grande cidade” (Ap 16:19), nome que designa Babilônia (Ap 14:8).

O profeta Daniel teve a mesma visão. Na profecia sobre os reinos, representados por uma estátua humana, ele viu no final uma grande reunião de reis da Terra (Dn 2:43, 44). O mesmo cenário reaparece na profecia do “grande conflito” (Dn 10:1), que termina também com a reunião de todas as forças do norte, unidas contra o sul (Dn 11:40-45).

De acordo com essas profecias, os últimos sinais da história humana serão caracterizados por movimentos de união. Não está claro como esses movimentos acontecerão; no entanto, é interessante observar que esse cenário já começa a ser organizado diante de nossos olhos: todos os poderes do mundo se esforçam para tornar o mundo um só em todos os sentidos: uma só cultura, religião, economia, um só sistema político e complexo militar. Há uma tendência cada vez maior de que todos falem a mesma língua, vistam-se da mesma forma, cantem as mesmas músicas, comam os mesmos alimentos, e até pensem e acreditem da mesma forma. O mundo nunca esteve tão interligado e se torna cada vez mais “uma vila global”.

Pense nisto: Quais instituições mundiais sugerem a tendência da unidade global e quais demonstram claramente ter a mentalidade de Babilônia? Quais instituições mundiais podemos aprovar, e por quê? Qual é sua experiência com a “vila global”?

II. A batalha de Babilônia

(Recapitule com a classe Dn 2:35, 45; 11:45.)

Em ambas as suas profecias, Daniel afirmou que as forças do mal se reuniriam contra o monte santo celestial. O livro do Apocalipse diz que esse ajuntamento final se oporá ao “santuário” (Ap 16:17); isto é, também ao monte santo, como indica o prefixo har (“monte”) do nome Armagedom. A palavra Mageddon, o nome antigo de Megido, traz a lembrança de muitos conflitos (Jz 7; 2Rs 10:11; 2Rs 23:29, 30). A profecia tem a ver com a Jerusalém celestial e não com a Jerusalém terrestre do atual Israel. Não se refere a conflitos militares de exércitos da Terra e não tem nenhuma relação com o conflito no Oriente Médio, como creem muitos cristãos evangélicos.

A batalha do Armagedom é espiritual por natureza e coloca em conflito dois inimigos espirituais: Babilônia e a Jerusalém celestial. O exército de Babilônia é representado pelas três bestas: o dragão, a besta do mar e a besta da terra. O último poder recebe um novo nome, “falso profeta”, título que confirma seu papel como defensor da instituição terrestre do papado (Jr 5:30, 31; 23:14) e como enganador (Jr 5:13; 23:16). A profecia especifica que esses poderes usam métodos sobrenaturais, “espíritos de demônios”, para seduzir os “reis do mundo inteiro” (Ap 16:14).

Pense nisto: Localize em um mapa a cidade de Megido. Qual é a distância entre o monte Carmelo e a cidade de Megido? Como podemos entender o fato de que não existe um monte Megido? Você se lembra de alguma batalha de Megido registrada na Bíblia? Portanto, por que é impossível que a batalha do Armagedom aconteça no “monte” ou até mesmo no vale de Megido?

III. A queda de Babilônia

(Recapitule com a classe Dn 2:35, 45; 11:45; Ap 16:17-21.)

Nas visões de Daniel e de João, o desfecho é o mesmo: Deus desce e destrói todas as forças do mal. O autor do livro do Apocalipse descreve essa destruição como uma divisão de Babilônia, a qual é chamada de “a grande cidade” (Ap 16:19; compare com 14:8). O grande ajuntamento será aniquilado, assim como o grande ajuntamento dos construtores de Babel foi dividido pela confusão das línguas e esmagado (Gn 11:7, 8).

O antigo relato da queda da Babilônia histórica serve de modelo para a futura queda da Babilônia espiritual. As águas do Eufrates secaram “para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol” (Ap 16:12). A Bíblia relata a tomada de Babilônia por Ciro, em 539 a.C., por meio da estratégia de fazer secar as águas do Eufrates. De acordo com Isaías, Deus disse: “Digo à profundeza das águas: Seca-te, e Eu secarei os teus rios; [...] digo de Ciro: Ele é Meu pastor e cumprirá tudo o que Me apraz” (Is 44:27, 28; Jr 50:38). O antigo historiador Heródoto (484-425 a.C.) testemunhou dessa estratégia: “[Ciro] colocou seu exército no lugar em que o rio entra na cidade, e a outra parte dele onde o rio sai da cidade, e ordenou que seus homens entrassem na cidade pelo canal do Eufrates quando vissem que estava raso o suficiente. [...] Quando isso aconteceu, os persas que foram colocados ali com esse objetivo invadiram Babilônia pelo canal do Eufrates, o qual havia então baixado à altura da metade da coxa de um homem” (Herodotus I, Livros I e II. Tradução de A. D. Godley. Mass: Harvard University Press, 1975, p. 239).

Discussão e atividade inicial: Observe o tempo verbal da expressão “caiu Babilônia” (passado) para se referir ao acontecimento futuro da queda da Babilônia espiritual.

Perguntas para discussão

1. Por que a queda de Babilônia foi tão importante para os judeus daquela época? Qual foi o único rei pagão chamado de Messias, e por quê?

2. Quais são os paralelos entre a queda da Babilônia histórica e a da Babilônia espiritual?

3 Aplicação

Para o professor: Com frequência, a Bíblia se refere a um bem conhecido evento do passado para falar de um evento futuro. Identifique alguns exemplos dessa prática bíblica no Antigo e no novo Testamento.

Perguntas para reflexão

1. Que lição pedagógica podemos tirar dessa prática de mencionar um evento bem conhecido do passado como uma forma de falar de um fato que ainda vai ocorrer?

2. Por que o profeta bíblico usou o tempo verbal no passado para falar de um evento futuro? Quais outros exemplos dessa prática bíblica você conhece?

4 Criatividade

Para o professor: Na mídia há muitas referências ao Armagedom. Liste algumas delas para a classe.

Atividades: Se possível, selecione um exemplo, como uma música, que ilustre o fascínio da mídia pelo Armagedom. Compartilhe-o com a classe e discuta as diferentes razões para essa tendência.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


Conversa com demônios

Pierre Ortiz, preceptor masculino na Escola Adventista Indígena Holbrook, preparava-se para dormir, quando o telefone tocou. Seu assistente ligou para dizer que David,* um dos 28 meninos do dormitório, queria fazer uma caminhada noturna. O preceptor se vestiu rapidamente e saiu. Ele conhecia pouco Davi, um rapaz de 17 anos que pertencia a uma gangue de rua. A mãe o enviara ao internato no Arizona porque temia a vida dele na capital, Phoenix. Durante alguns minutos, David caminhou silenciosamente ao lado de Pierre. Era uma noite clara e enluarada. Ao chegarem em um barranco, os dois se sentaram e conversaram sobre as estrelas cintilantes e constelações no céu noturno. Então, de repente, David disse: “Às vezes, os demônios falam comigo.”

“O que você quer dizer?”, indagou o preceptor.

“Os demônios falam comigo”, o adolescente disse. “Algumas vezes mandam machucar alguém ou fazer coisas que não quero fazer”

“Por que você acredita nisso?

“Não sei, mas está pior desde que mudei para cá”, David respondeu.

O preceptor sugeriu que aquele era um bom momento para orar. Então, inclinou a cabeça e pediu que Deus fizesse fazer parte daquela conversa. Ao abrir os olhos, disse: “Acredito que saiba porque essa experiência está piorando”.

“Por quê?”, David perguntou. “Diga-me!”

“Porque antes, você só conhecia o mal”, Pierre disse. “Mas agora você está em contato com Jesus e Sua bondade. O Inimigo não deseja isso.”

David silenciou por um momento.

“Senhor Ortiz, não entendo a igreja”, disse. “Tudo parece tão forçado. As pessoas devem ouvir o pregador e fazer todos aqueles rituais.”

“David”, Pierre disse. “Como era pertencer a uma gangue?”

“Era incrível!”, respondeu David. “Somos uma família. Nunca víamos o líder, mas ele nos mandava as ordens em envelopes colocados por baixo da porta, saíamos e cumpríamos.”

“Entendi”, Pierre disse. “Você não conhece o líder, mas recebe as ordens e sai pra cumprir. A recompensa é ganhar uma família.”

Pierre sorriu. “David, assim é a igreja”, disse. “A igreja é uma família. Mas, em vez de sair e espalhar crueldade e coisas ruins, realizamos boas ações.”

David pareceu entender o que o preceptor estava dizendo e começou a chorar. Pierre não pensou que Davi conseguisse chorar, mas lágrimas escorriam pela face do rapaz. Os soluços pareciam gemidos de um filhotinho de animal.

“Senhor. Ortiz,” David disse, “Deus não vai me aceitar.”

“Você não sabe disso”, disse o preceptor. “Você nem O conhece!”

“Sou um assassino e sei que nenhum de vocês matou alguém”, David confessou. “Então, não acho que Deus vai me querer.”

Pierre disse a Davi que a Bíblia estava cheia de histórias sobre assassinos perdoados por Deus: “Se tirássemos todos os assassinos da Bíblia, seria um livro muito pequeno. Deus também ama os assassinos!”

“Tenho outra coisa para lhe dizer”, disse David. “Os demônios às vezes fazem mais do que falar comigo. Eles assumem meu corpo. Começo a tremer e espumar na boca, e não consigo detê-lo.”

O coração do preceptor foi tocado pelo depoimento emocionado daquele adolescente. “É por isso que estamos aqui na Holbrook”, ele disse gentilmente. “Este é solo divino e Satanás não tem poder aqui. Se você sente que coisas ruins acontecem, podemos orar por você e lutar juntos nesta batalha.”

Já era 1h da manhã e estava ficando frio. Mais uma vez, Pierre orou com David e os dois voltaram ao dormitório.

Pierre não sabe se David aceitou Jesus. A última notícia que soube foi que David voltou para Phoenix e se juntou novamente à gangue. Mas Pierre está feliz por ter tido a oportunidade de fazer uma caminhada iluminada pela lua com um estudante que se esforçava na escola Holbrook.

“Tenho uma janela muito pequena para alcançar esses garotos”, disse Pierre, 24 anos, que atuou como preceptor dos meninos durante dois anos. “Nossos 65 alunos vêm e vão e podem não estar aqui amanhã. Mas temos que confiar que Deus abençoe as sementes que plantamos. Minha oração é que, sempre que os alunos forem, Deus manifestará algo incrível neles”.

Parte da oferta do trimestre ajudará a Escola Adventista Indígena Holbrook a construir uma novo ginásio e uma cantina para substituir os edifícios desgastados no campus de 72 anos. Muito agradecemos por suas ofertas missionárias.

*Pseudônimo
*Assista ao vídeo sobre Pierre no link: bit.ly/Pierre-Ortiz

Resumo missionário

1. O Arizona é o lar da maioria da Nação Navajo, a maior reserva nativa nos Estados Unidos. Com aproximadamente 72 mil quilômetros quadrados do Arizona, Utah e Novo México, a Nação Navajo é maior que qualquer um dos dez menores estados nos Estados Unidos. Sua capital é Window Rock, no Arizona.
2. A primeira faculdade fundada por e para a comunidade nativa americana está em uma região Navajo do Arizona. Fundada em 1968 como Universidade Comunitária Navajo, atualmente é conhecida como Diné College.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2018

Tema Geral: Preparação para o Tempo do Fim

Lição 12: 16 a 23 de junho

Babilônia e o Armagedom 

Autor: Flávio da Silva de Souza

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega 

Nesta semana estudaremos a Babilônia do tempo do fim e o Armagedom. 

1. O “vinho da fúria da sua prostituição”

“Esse vinho do erro é composto de doutrinas falsas, como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da existência de Cristo antes de Seu nascimento em Belém, a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santo e santificado dia de Deus” (White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 61). A ironia é que, se não aceitarem o alerta divino, aqueles que bebem do vinho da fúria da prostituição de Babilônia (Ap 14:8) beberão do vinho da ira de Deus (Ap 14:10 cf 16:19; 19:15).

2. Caiu! Caiu a grande Babilônia!

Apocalipse 17 descreve o poder religioso apóstata do tempo do fim, Babilônia a grande (Ap 17:5). A queda desse poder é mencionada nos versos 16 e 17. Apocalipse 18 descreve com mais detalhes o juízo de Babilônia no tempo do fim. Essa descrição é feita com a linguagem do Antigo Testamento e parece usar termos de Isaías (13 e 47), de Jeremias (50 e 51) e Ezequiel (26 a 28; Stefanovic, La Revelación de Jesucristo: Comentário del Libro del Apocalipsis, p. 535). Babilônia se torna abominável (Ap 18:2), mas antes do juízo sobre Babilônia ainda há um convite para que o povo de Deus saia dela e não participe dos seus flagelos (Ap 18:4), assim como foi feito no período da Babilônia do Antigo Testamento (Jr 51:6, 45). O fato de os pecados de Babilônia se acumularem até o Céu parece relembrar o pecado de Caim (Gn 4:10), o desafio da torre de Babel (Gn 11:4) e os pecados de Sodoma e Gomorra (Gn 18:20, 21), assim como os pecados da antiga Babilônia (Jr 51:9). Deus dará à Babilônia do tempo do fim a retribuição em dobro de tudo o que ela fez (Ap 18:6). Alguém pode imaginar que seja um exagero pagar em dobro o que Babilônia fez. Mas observe que a lei previa que quem roubasse e fosse achado com o que foi roubado deveria pagar em dobro (Êx 22:4, 7, 9). Além disso, a retribuição divina pelos pecados também aparece em dobro no Antigo Testamento (Is 40:2; Jr 16:18). Mas, a boa notícia é que Deus dá bênçãos em dobro também aos fiéis (Jó 42:10; Is 61:7).

3. Armagedom

A profecia que apresenta a batalha do Armagedom tem chamado a atenção de muitos. Por causa da localização do rio Eufrates (Ap 16:12) e do “lugar que em hebraico se chama Armagedom.” Alguns buscam identificar nações que estariam em guerra no tempo do fim nessa região. Esse tipo de interpretação acontece por não se considerar simbólico o contexto da profecia. O secamento do rio Eufrates (Ap 16:12) relembra a queda de Babilônia diante dos medos e persas. A guerra não será entre nações, mas entre os reis que vêm do nascente do sol (Ap 16:12) e o dragão, a besta e o falso profeta (Ap 16:13) que vão juntar os reis do mundo inteiro para a peleja do grande dia do Deus Todo Poderoso (Ap 16:14).

Segundo Stefanovic a identificação dos reis do Oriente pode ser feita a partir de Apocalipse 19:11-19, que descreve o exército o de Cristo e a multidão dos seguidores da besta e dos reis da Terra. Ademais, o anjo com o selo de Deus vem do nascente do sol (Ap 7:2). Jesus comparou Sua vinda ao relâmpago que sai do Oriente (Mt 24:27; Stefanovic, La Revelación de Jesucristo: Comentário del Libro del Apocalipsis, p. 494). Paulien observa que as pragas do Apocalipse usam a linguagem das pragas do Egito. Na sexta praga, os espíritos imundos são semelhantes a rãs, o que relembra a segunda praga do Egito. Os magos do Faraó só conseguiram duplicar as pragas até o flagelo das rãs (Êx 8:7; cf. 8:18, 19). Esse foi o último engano antes do Êxodo. Logo, a menção das rãs aqui indica que esse será o último engano da história da Terra. No fim, a batalha será entre a tríplice mensagem angélica e a mensagem dos três espíritos imundos semelhantes as rãs. Ambos os trios têm uma missão para o mundo inteiro (Ap 14:6; 16:14). O primeiro trio chama o mundo para adorar a Deus, o segundo para se unir à falsa trindade (o dragão, a besta do mar e a besta da terra; Paulien, The Hermeneutics of Biblical Apocalyptic. p. 89, 90).

4. O Armagedom e o monte Carmelo: parte 1

Na sexta praga não há ainda uma batalha, mas apenas a preparação para a batalha. A batalha vai acontecer no grande dia do Deus Todo-Poderoso (Ap 16:14). Mas antes de avançarmos, é necessário localizar o lugar chamado “Armagedom”. O primeiro problema é que Armagedom deve significar monte de Megido, pois Har em hebraico significa monte, mas Megido era uma planície, parte do vale de Jezreel. Em segundo lugar, o rio que passava por Megido era o Quisom (Jz 4:7), e não o Eufrates, que estava localizado na Mesopotâmia.

Foi em Megido que Baraque e Débora derrubaram Jabim. No livro de Juízes nos é dito que essa vitória foi alcançada nas “águas de Megido” (Jz 5:19), o rio Quisom (Jz 5:21). Então, assim como as águas de Megido apontavam para um rio que passava próximo a Megido, o monte de Megido deve ser um monte próximo a Megido, e o monte próximo a Megido é o Carmelo. Assim como nessa profecia temos o rio Eufrates (Ap 16:12), elemento determinante da queda histórica de Babilônia, apontando para a queda da Babilônia do tempo do fim, a história da vitória no monte Carmelo aponta para a vitória no Armagedom (Shea, The Location and Significance of Armageddon in Revelation 16:16).

5. O Armagedom e o monte Carmelo: parte 2

O monte Carmelo foi o lugar em que aconteceu o confronto entre Elias e os profetas de Baal (1Rs 18:19-40). Note que a besta da terra é chamada aqui de falso profeta (Ap 16:13), relembrando os profetas de Baal que trabalhavam para que o povo realizasse uma adoração a uma falsa divindade, assim como fará a besta da terra (Ap 13:12). O que o livro do Apocalipse está nos dizendo é que esse confronto irá se repetir. Haverá uma nova batalha entre o Deus verdadeiro e uma falsificação da Divindade. A boa notícia é que a vitória mais uma vez será do nosso Deus e agora será uma vitória definitiva (Ap 19; 20). Na preparação para essa batalha há uma bem-aventuraça: “Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha” (Ap 16:15). Essa bem-aventurança relembra o conselho à igreja de Laodiceia (Ap 3:17, 18), e a história de Gênesis 3:10, 21. Nesses textos do Apocalipse, a nudez representa a nossa justiça própria, e as vestes a justiça de Cristo (Ap 3:5; 7:7, 9, 13-14). Na batalha final não estaremos diante de Deus com nossa justiça própria, mas com a justiça de Cristo. Você já aceitou a justiça de Cristo em sua vida ou está tentando vencer por suas próprias forças?