Depois que um pastor pregou um profundo sermão sobre o orgulho, uma mulher que tinha ouvido a mensagem o esperou para conversar. Ela lhe disse que estava muito angustiada e que gostaria de confessar um grande pecado. O pastor lhe perguntou qual era o pecado.
Ela respondeu: “O pecado do orgulho, pois sentei-me por uma hora diante do meu espelho, alguns dias atrás, admirando minha beleza”.
Respondeu o pastor: “Oh, isso não foi o pecado do orgulho, mas um pecado da imaginação!” (C. E. Macartney, compilado por Paul Lee Tan,
p. 1100).
Desde que o pecado nasceu no coração de um anjo poderoso, o orgulho não respeita os limites da realidade. Esse problema é visto da pior maneira possível nos que nutrem um orgulho espiritual, uma característica bastante lamentável em seres tão corrompidos cuja salvação pode apenas ser encontrada nas obras de outro em seu favor.
Nesta semana, entre outras coisas, examinaremos a origem do orgulho e da exaltação própria, os dois pecados verdadeiramente originais.
Em Isaías 13:1, Isaías é apresentado como autor dessa nova seção do seu livro (compare com Is 1:1; 2:1). Os capítulos 13–23 contêm oráculos de juízo contra várias nações.
1. Por que as profecias contra as nações têm início com Babilônia? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Porque o povo precisava perceber um perigo menos evidente à época.
B.( ) Porque Babilônia seria a primeira nação a ser destruída.
Em Isaías 10:5-34, já haviam sido anunciados juízos contra a Assíria, que representava o maior perigo nos dias de Isaías. Embora Isaías 14:24-27
reitere brevemente o plano do Senhor de destruir a Assíria, os capítulos 13–23 tratam principalmente de outras ameaças, sendo a advertência sobre Babilônia a mais importante.
Dotada de um rico e antigo legado cultural, religioso e político, Babilônia posteriormente emergiu como a superpotência que conquistou e exilou Judá. Mas, da perspectiva humana do tempo de Isaías, não era facilmente perceptível que Babilônia um dia ameaçaria o povo de Deus. Durante grande parte do ministério de Isaías, a Assíria dominou Babilônia. A partir de 728 a.C., quando Tiglate-Pileser III tomou Babilônia e foi proclamado seu rei sob o nome de “Pulu” (ou “Pul”; 2Rs 15:19; 1Cr 5:26), os reis assírios retomaram a Babilônia diversas vezes (710 a.C., 702 a.C., 689 a.C. e 648 a.C.). Contudo, ela acabaria se tornando a grande superpotência na região, o poder que destruiria o reino da Judeia.
Em 626 a.C. o caldeu Nabopolassar restaurou a glória babilônica ao tornar-se rei de Babilônia, iniciando a dinastia neobabilônica e participando (com a Média) na derrota da Assíria. Seu filho, Nabucodonosor II, foi o rei que conquistou e exilou Judá.
2. Como Babilônia finalmente acabou? Dn 5
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Em 539 a.C., quando Ciro, o persa, conquistou Babilônia para o Império Medo-Persa (Dn 5), a cidade perdeu sua independência para sempre. Em 482 a.C., Xerxes I reprimiu brutalmente uma revolta de Babilônia contra o domínio persa. Ele removeu a estátua de Marduque, o deus principal, e parece ter danificado algumas fortificações e templos.
Alexandre, o Grande, tomou, sem esforço, Babilônia dos persas em 331 a.C. Apesar de seu efêmero sonho de fazer de Babilônia sua capital oriental, a cidade declinou ao longo de vários séculos. Em 198 d.C., o romano Sétimo Severo encontrou Babilônia completamente deserta. Portanto, a grande cidade terminou abandonada. Hoje, alguns moradores iraquianos moram em partes do antigo local, mas não reconstruíram a cidade.
A destruição de Babilônia, descrita em Isaías 13, libertaria os descendentes de Jacó, que foram oprimidos por essa cidade (Is 14:1-3). Isso foi cumprido quando Ciro conquistou Babilônia em 539 a.C. Embora ele não a tivesse destruído, aquele foi o início de seu fim, e ela nunca mais ameaçou o povo de Deus.
Isaías 13 dramatiza a queda de Babilônia como um juízo divino. Os guerreiros que tomariam a cidade seriam agentes de Deus (Is 13:2-5). O tempo do juízo é chamado de “o Dia do SENHOR” (Is 13:6, 9), e a ira de Deus é tão poderosa que afeta as estrelas, o Sol, a Lua, os céus e a Terra (Is 13:10, 13).
Compare com Juízes 5, em que o cântico de Débora e Baraque descreve o Senhor saindo com tremores da Terra e com chuva do Céu (Jz 5:4). Juízes 5:20, 21 retrata os elementos da natureza, inclusive as estrelas, lutando contra o opressor estrangeiro.
Em resposta à queda de Babilônia (Is 13), que libertaria o povo de Deus (Is 14:1-3), Isaías 14:4-23 proferiu um insulto simbólico contra o rei de Babilônia (Mq 2:4; Hc 2:6). Esse insulto é poético, e não devia ser lido literalmente, pois retrata reis mortos cumprimentando seu novo colega no reino da morte, em que larvas e vermes eram sua cama e sua coberta (Is 14:9-11). Essa era uma forma dramática de dizer ao altivo rei que ele seria derrubado, assim como outros orgulhosos reis antes dele. Não é uma explicação sobre a condição dos mortos.
3. Como Isaías 14:12-14 poderia ser aplicado a um rei de Babilônia?
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Os reis babilônicos não sofriam de falta de autoestima (Dn 4; 5). Mas ter a aspiração de ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:14) ultrapassava até mesmo o ego mais inflado. Embora os reis alegassem ter fortes relações com os deuses, eles eram subservientes a eles. Isso era dramaticamente demonstrado todos os anos no quinto dia do Festival do Ano Novo de Babilônia, no qual o rei era obrigado a remover suas insígnias reais antes de se aproximar da estátua de Marduque, a fim de que sua monarquia pudesse ser reafirmada. A ideia de tomar o lugar mesmo de um deus menor teria sido vista como louca e suicida.
Assim como em Isaías 14, Ezequiel 28 identifica a audaciosa arrogância com o governante de uma cidade. A descrição nesse texto também ultrapassa a de um monarca terrestre, e a mira de Deus fica mais nítida: o orgulhoso soberano estava no Jardim do Éden; era um querubim ungido, cobridor, guardião; estava no monte santo de Deus; foi perfeito desde o dia em que havia sido criado até que se achou pecado nele; foi expulso por Deus e acabará sendo destruído pelo fogo (Ez 28:12-18). Aplicados a qualquer ser humano, os termos específicos dessa retórica são tão simbólicos que não têm sentido. Mas Apocalipse 12:7-9 fala de um ser poderoso que foi expulso do Céu com seus anjos: “Satanás, o sedutor de todo o mundo” (Ap 12:9), que enganou Eva no Éden (Gn 3).
Satanás tem uma imaginação orgulhosa. “Você diz: ‘Sou um deus; sentome no trono de um deus no coração dos mares’. Mas você é um homem, e não um deus” (Ez 28:2; NVI). A morte de Satanás provará que ele não é um deus. Ele perecerá no lago de fogo (Ap 20:10) para nunca mais assombrar o Universo.
Em Isaías 14, há uma combinação de um insulto contra Satanás, a caída “estrela da manhã”, o “filho da alva” (Is 14:12), e um insulto contra o rei de Babilônia. Por quê? Compare com Apocalipse 12:1-9, em que um dragão identificado como Satanás (Ap 12:9) tenta destruir uma criança assim que ela nasce. Em Apocalipse 12:5, a criança é Cristo. Mas foi o rei Herodes que tentou matar Jesus quando Ele era bebê (Mt 2). Portanto, o dragão é Satanás e também o poder romano representado por Herodes, pois Satanás usa agentes humanos. Satanás tamnbém era o poder por trás do rei de Babilônia e do príncipe de Tiro.
4. Por que “Babilônia” se refere posteriormente a Roma (1Pe 5:13) e a um poder maligno no livro do Apocalipse (Ap 14:8; 16:19; 17:5; 18:2, 10, 21)?
Assim como a Babilônia literal, Roma e a “Babilônia” de Apocalipse são poderes orgulhosos e cruéis que oprimem os fiéis. Em Apocalipse 17:6, a Babilônia espiritual está “embriagada com o sangue dos santos”. Esses poderes se rebelam contra Deus, uma ideia implícita no próprio nome “Babilônia”. Na língua babilônica, o nome é bab ili, que significa: “a porta dos deus(es)”, referindo-se ao local de acesso ao reino divino. Compare com Gênesis 11, em que as pessoas construíram a torre de Babel (Babilônia) para que, por seu próprio poder, subissem ao nível divino de imunidade, sem terem que prestar contas a Deus.
Ao acordar do sonho em que viu a escada que ligava a Terra e o Céu, Jacó disse: “Este não é outro lugar senão a Casa de Deus; e esta é a porta dos Céus” (Gn 28:17, ARC). A “Casa de Deus” é “a porta dos Céus”; isto é, o caminho de acesso ao reino divino. Jacó chamou aquele lugar de “Betel”, que significa “Casa de Deus”.
A “porta dos Céus” em Betel e a “porta dos deus(es)” em Babilônia eram maneiras opostas de alcançar o reino divino. A escada de Jacó se originava no Céu, e foi revelada de cima por Deus. Mas Babilônia, com suas torres e templos zigurates, foi construída por homens a partir da Terra. Essas maneiras opostas representam caminhos contrastantes para a salvação: graça iniciada por Deus em contraste com obras humanas. Toda religião verdadeira tem por base o humilde modelo de Betel: “Pela graça vocês são salvos, mediante a fé” (Ef 2:8, 9). Toda “religião” falsa, incluindo o legalismo e o humanismo “secular”, está apoiada no orgulhoso modelo de Babilônia. Para contrastar as duas abordagens, veja a parábola de Jesus acerca do fariseu e do publicano (Lc 18:9-14).
Após os oráculos contra nações específicas em Isaías 13–23, Isaías 24–27 descreve em escala mundial a derrota culminante dos inimigos de Deus e a libertação de Seu povo.
5. Por que a descrição da desolação da Terra (Is 24) se parece com a descrição dos eventos ligados aos mil anos após a segunda vinda de Cristo (Ap 20)?
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Como em Isaías 13–14, aspectos da Babilônia literal se aplicam a poderes posteriores, e o “rei da Babilônia” representa a fusão de governantes humanos com a inteligência dominante por trás deles, o próprio Satanás. Portanto, uma mensagem de que Babilônia caiu (Is 21:9) poderá ser repetida posteriormente (Ap 14:8; 18:2), e Satanás será finalmente destruído após a segunda vinda de Cristo (Ap 20:10). Embora a destruição da Babilônia literal tenha sido um juízo do “Dia do SENHOR” (Is 13:6, 9), outro “grande e terrível Dia do Senhor” se aproxima (Jl 2:31; Ml 4:5, compare com Sf 1:7).
Semelhantemente, em Isaías 24, a visão do profeta vai além das condições com as quais ele estava familiarizado até o tempo em que “a Lua ficará corada de vergonha e o Sol se envergonhará quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém” (Is 24:23). Isaías evidentemente pensou que a visão se aplicasse à Jerusalém que ele conhecia, mas o livro do Apocalipse explica que ela será, na verdade, cumprida na Nova Jerusalém (Ap 21:2). “A cidade não precisa do Sol nem da Lua para lhe dar claridade, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21:23).
6. Deus realmente destrói os maus?
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Examine Isaías 28:21, em que a obra de destruição é chamada de “obra estranha”. Ela é estranha porque Ele não deseja realizá-la, mas essa tarefa é uma ação ou um ato. De fato, o pecado carrega as sementes da autodestruição (Tg 1:15). Mas, visto que Deus tem o poder supremo sobre a vida e a morte, e que Ele determina o tempo, o lugar e o modo da destruição final (Ap 20), não tem sentido argumentar que Ele por fim acabará com a maldição do pecado de maneira passiva, simplesmente permitindo que causa e efeito sigam seu curso natural.
“Será levantada a questão: recebemos a salvação de maneira condicional? Jamais chegamos até Cristo por condição. E se formos a Cristo, qual é a condição? É que, pela fé viva, nos apeguemos total e inteiramente aos méritos do sangue de um Salvador crucificado e ressurreto. Quando fazemos isso, realizamos as obras da justiça. Mas quando Deus chama o pecador em nosso mundo e o convida, não há condição; ele vai pelo convite de Cristo; a lógica não é que você tenha que responder para ir a Deus. O pecador vai, e ao ir e ver o Cristo levantado na cruz do Calvário, cuja impressão Deus coloca em sua mente, há um amor que ultrapassa qualquer coisa imaginável” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 6, p. 32).
Perguntas para consideração
1. Examine a citação de Ellen G. White acima, no contexto do estudo de quarta-feira. O que ela nos revela nessa citação? Observe, em sua declaração, os dois elementos da caminhada cristã: a fé e depois as obras. Como ela distinguiu uma da outra?
2. Por que o orgulho e a arrogância são pecados tão perigosos? Por que eles são tão difíceis de ser abandonados? Poderia ser porque, por sua própria natureza, eles cegam as pessoas para a necessidade de abandoná-los? De que maneira a reflexão sobre a cruz e o que ela representa (o único meio de salvação) pode ser uma cura poderosa para nosso orgulho e arrogância?
3. Isaías via esperança para pessoas de outras nações? (Veja, por exemplo, Is 25:3, 6; 26:9 e compare com Ap 19:9).
Resumo: Isaías viu que, após a Assíria, Babilônia conquistaria Judá. Mas ele também viu que, apesar das forças sobrenaturais dominadoras “deste mundo tenebroso” (Ef 6:12) operando mediante inimigos humanos de Deus e brincando de Deus, o Senhor prevaleceria decisivamente e traria paz eterna ao nosso planeta conturbado.
Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. O Império Neobabilônico foi derrotado por Ciro, o persa. A cidade se tornou ruínas. 3. O texto pode ser aplicado ao orgulho do rei de Babilônia, mas em alguns aspectos ultrapassa a ostentação de qualquer monarca terrestre, pois descreve traços de caráter e ações do próprio Lúcifer. 4. Porque esse poder cruel e orgulhoso descrito por Isaías é o mesmo do chifre pequeno da profecia de Daniel, aquele que subiria contra o Altíssimo. A história nos prova que quem realizou esse plano foi o poder papal da Igreja Romana, que alega ter poder para perdoar pecados e assentar no trono do Deus. 5. Porque a descrição tinha dupla aplicação: ela servia tanto aos dias de Isaías quanto ao fim dos tempos. 6. Sim. Deus é a antítese do pecado. Ambos não poderão coexistir para sempre. Ele, portanto, será o responsável por destruir o pecado.
Foco do estudo: Isaías 13; 14; 24–27
Esboço
Isaías 13 e 14 exploram a ideia do juízo, incluindo o tema do Dia do Senhor. O juízo é uma iniciativa divina que pode trazer o anúncio de uma era de angústia ou o começo de uma nova era de experiência alegre. Poderia vir sobre uma nação estrangeira (como ocorre com Babilônia, em Isaías 13 e 14) ou sobre o povo de Deus. Isaías 24 nos diz que o juízo do Senhor tem aplicação universal. Isaías 25 e 26 fazem parte de um cântico que anuncia restauração para Judá, mas também contém significado escatológico para os redimidos no fim dos tempos. O capítulo 25 foi dividido em três partes: (1) Louvor a Deus pela vitória (v. 1-5); (2) Um banquete para o povo de Deus (v. 6-8); e (3) A vitória do Senhor sobre os inimigos (v. 9-12). Isaías 26 fala das características dos remidos como nação fiel (em vez de uma nação pecaminosa, como no capítulo 1); e permanecem fiéis, entre outras características. Três tópicos principais são explorados neste estudo: (1) Os juízos divinos, (2) A garantia da vitória e (3) A nação fiel.
Comentário
Juízos divinos
A ideia do juízo é um tema recorrente na literatura profética bíblica. Ele poderia trazer o fim de uma era de angústia e o começo de uma nova era de experiência alegre (Is 42:1). Ou poderia trazer, ou anunciar, destruição futura, como ocorre nas profecias de Isaías 13, 14 e nos capítulos seguintes. Esses dias de juízo às vezes são anunciados com a expressão “o Dia do SENHOR”, como é evidente na primeira metade do livro de Isaías.
O Dia do Senhor pode ser um dia de restauração: “Naquele dia, chamarei o Meu servo Eliaquim, filho de Hilquias. Eu o vestirei com a túnica que você usava, irei cingi-lo com a faixa que era sua e lhe entregarei nas mãos o poder que você tinha. Ele será como um pai para os moradores de Jerusalém e para a casa de Judá.
Porei sobre o ombro dele a chave da casa de Davi. Ele abrirá, e ninguém fechará; fechará, e ninguém abrirá” (Is 22:20-22).
No entanto, o Dia do Senhor pode ser um dia de destruição, como ocorre em Isaías 13 e 14, que se refere à devastação de Babilônia e da Assíria. O juízo (incluindo a referência ao “dia”) também podia ter implicações negativas para Judá (Is 2:12; Is 3:13, 14, 18), mas esse recurso é mais comum no juízo contra nações estrangeiras.
O juízo é uma iniciativa divina: “Eu dei ordens aos Meus consagrados, sim, chamei os Meus valentes, os que exultam com a Minha majestade, para que executem a Minha ira” (Is 13:3). Não é padrão no idioma hebraico iniciar uma frase com um sujeito, mas sim com um verbo; no entanto, uma exceção acontece nesse verso. O “Eu” é enfatizado nesse caso. Por outro lado, a linguagem do verso destaca também o atributo notável de Deus como Soberano sobre os poderes terrestres. Também é enfatizado em Isaías 14: “O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: ‘Como pensei, assim será, e, como determinei, assim acontecerá” (Is 14:24). Por outro lado, referindo-se ao “Deus poderoso” de Isaías 9:6, em Isaías 13:3 é utilizada a palavra g?ibbw?r (valente), referindo-se aos Seus valentes. Eles são “os instrumentos da Sua indignação” (Is 13:5).
Outro elemento importante do juízo é a iminência. Por exemplo, “pois o Dia do SENHOR está perto” (Is 13:6) ou “Eis que vem o Dia do Senhor” (Is 13:9). Uma imagem de um exército pronto para uma batalha é descrita aqui: “O Senhor dos Exércitos reúne as tropas de guerra” (Is 13:4). Seria um dia de ira. O Senhor diz: “Chamei os Meus valentes, os que exultam com a Minha majestade, para que executem a Minha ira” (Is13:3), “Eis que vem o Dia do Senhor, dia cruel, com ira e ardente furor” (Is 13:9), “e a terra será sacudida do seu lugar, por causa da ira do Senhor dos Exércitos e por causa do dia do Seu ardente furor” (Is 13:13).
Outro elemento notável do juízo divino é a razão de um acerto final de contas e de um dia de destruição: “Castigarei o mundo por causa da sua maldade, e os perversos, por causa da sua iniquidade. Farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei o orgulho dos violentos” (Is 13:11). Todos esses pecados estão incorporados na Babilônia literal e espiritual.
A garantia da vitória
Embora as profecias de Isaías 13 e 14 focalizem Babilônia e Assíria, sendo que esta aparece no fim do capítulo 14, toda a terra está incluída na predição: “Este é o plano que foi elaborado para toda a Terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações” (Is 14:26). Não há dúvida de que as implicações escatológicas das profecias de Isaías incluem o Universo inteiro. Essa noção também é desenvolvida em Isaías 24: “Eis que o Senhor vai devastar e desolar a Terra” (Is 24:1). Portanto, “a maldição consome a Terra, e os que habitam nela se tornam culpados” (Is 24:6), “a sua transgressão pesa sobre ela” (Is 24:20). É claro que a questão não é contra a Terra como um elemento da criação, mas contra a transgressão que ocorre nela. A boa notícia é que no fim “o Senhor Todo-Poderoso reinará no monte Sião, em Jerusalém. E, na presença dos líderes do Seu povo, Ele mostrará a Sua glória” (Is 24:23, NTLH).
Isaías 25 é um cântico de louvor pelo favor de Deus no escatológico Dia do Senhor. O capítulo possui três seções claras: 1-5, 6-8 e 9-12. A primeira parte é o cântico de louvor pelo que Deus fez por Seu povo após prolongada dor e sofrimento. Deus realizou o que havia planejado para Seu povo: “porque tens feito maravilhas e tens executado os Teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros” (Is 25:1). Ele derrotou os poderes dos opressores de Seu povo. Ele fez “da cidade fortificada, uma ruína” (Is 25:2). Assim, esse louvor é um sinal de alegria e felicidade pela vitória. Deus é exaltado pelas obras que Ele fez.
A segunda parte desse capítulo abrange os versos 6-8. O conteúdo enfatiza a celebração do povo de Deus. O Senhor restaurou a alegria e a paz em sua terra, removeu o tempo do sofrimento sombrio de sua vida e enterrou suas dores e lágrimas. É hora de um banquete, pois “O Senhor dos Exércitos dará neste monte um banquete para todos os povos. Será um banquete de carnes suculentas e vinhos envelhecidos: carnes suculentas com tutanos e vinhos envelhecidos bem-clarificados” (Is 25:6). A tristeza é eternamente banida: “Tragará a morte para sempre, e, assim, o Senhor Deus enxugará as lágrimas de todos os rostos” (Is 25:8).
A última parte do capítulo começa no verso 9 e termina no 12. Esta seção detalha o cântico de louvor a Deus da primeira seção, louvando-O pelo desempenho esperado. “Naquele dia, se dirá: ‘Eis que Este é o nosso Deus, em Quem esperávamos, e Ele nos salvará; Este é o Senhor, a Quem aguardávamos’” (Is 25:9). Ele “abaterá as torres altas dos seus altos muros e os derrubará; Ele os lançará ao pó da terra” (Is 25:12, NVI). Assim, “‘na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos.’ Porque a mão do Senhor repousará neste monte” (Is 25:9, 10).
A nação fiel
O cântico de Isaías 26 complementa o cântico do capítulo anterior. Particularmente, os versos 1 a 10 enfatizam um tópico importante em relação aos remidos (aplicando-o, em primeiro lugar, à nação de Judá que retorna à sua terra natal do exílio em Babilônia). O tópico da seção é fidelidade. A questão é: “Quem é capaz de entrar nos portões e participar do banquete?”
O cântico descreve a cidade como uma cidade fortificada. Agora, a ordem vem: “Abram os portões, para que entre a nação justa, que guarda a fidelidade” (Is 26:2). A nação não mais é pecaminosa (compare com Isaías 1), mas uma nação justa. A expressão hebraica usada para justa é s?addiq e, de acordo com o léxico hebraico, denota várias coisas: (1) a pessoa correta, que age e lida com sua vida corretamente; (2) a pessoa piedosa, pertencente à comunidade do Senhor; (3) a pessoa que tem prazer nos mandamentos de Deus; e (4) aquele que é considerado justo, correto. Em resumo, s?addiq descreve alguém justo, reto e devoto (Ludwig Koehler e Walter Baumgartner, The Hebrew and Aramaic Lexicon of the Old Testament [Léxico de Hebraico e Aramaico do Antigo Testamento], v. 3, p. 1002).
Além disso, esses versos em Isaías 26 apresentam mais detalhes sobre as características dos remidos e também complementam a linha de pensamento anterior: o fiel “guarda a fidelidade” (Is 26:2) ou, como traduz a Nova Versão Internacional, “se mantém fiel”. Outra característica dos remidos é que eles confiam no Senhor, o que é enfatizado duas vezes em Isaías 26:3, 4: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme, porque Ele confia em Ti. Confiem sempre no Senhor”.
Isaías 26:7 introduz uma nova palavra (um adjetivo neste caso) para descrever os remidos. É a expressão hebraica y?š?r, que descreve uma pessoa “correta ou justa” (Ludwig Koehler e Walter Baumgartner, The Lexicon Hebraico e Aramaico do Antigo Testamento, v. 2, p. 450). Isaías 26:7 diz: “A vereda do justo é plana; Tu, que és justo, aplanas a vereda do justo”. Isaías 26:8, 9 oferece outros elementos na experiência do povo fiel que entrará na cidade redimida: “Também através dos Teus juízos, Senhor, Te esperamos; no Teu nome e na Tua memória está o desejo da nossa alma. Com minha alma suspiro de noite por Ti e, com o meu espírito dentro de mim, eu Te busco ansiosamente. Porque, quando os Teus juízos reinam na Terra, os moradores do mundo aprendem a justiça”.
Aplicação para a vida
1. A cena do juízo parece ser bastante aterrorizante e horripilante para muitos. Mas, muitas vezes, o medo do juízo iminente impele as pessoas a buscar o Senhor e, finalmente, a entrar no caminho da salvação. Que lição podemos aprender das cenas do juízo no livro de Isaías? Leia especialmente Isaías 24 na formulação de sua resposta.
2. Em Isaías 25, Deus mostrou com antecedência Sua fidelidade para libertar Seu povo da opressão dos inimigos. Ele os derrubará com Seu grande poder e dará paz e alegria ao Seu povo. Ele garantiu a vitória no passado e nos trará vitória no futuro. Deus é a nossa vitória, e podemos ter vitória sobre o sofrimento, a dor e o pecado pelo poder do grandioso Deus. Que esperança isso nos dá ao olharmos para o dia da grande festa escatológica que o Senhor preparou para Seu amado povo?
3. Isaías 26 fornece algumas das características daqueles que vão entrar nos portões da cidade segura: “a nação justa, que guarda a fidelidade” (Is 26:2). Com esses versos em mente, como você descreveria sua experiência de fé?
O acidente
Um acidente de carro alterou as férias de Olga e Roman no Mar Negro. O jovem casal, casados há três anos, estavam passeando entre as cidades litorâneas, quando Roman perdeu o controle do carro em uma curva. Ele diminuiu a velocidade e fez uma inversão de marcha no meio da rodovia. Enquanto fazia o retorno, um Mercedes branco apareceu em alta velocidade e atingiu a lateral do Volkswagen, que girou por algum tempo que pareceu uma eternidade. Finalmente, o carro parou. As janelas estavam estilhaçadas e as portas estavam trancadas. Olga e Roman saíram pela janela quebrada. Eles não sofreram muitos arranhões, mas o carro ficou destruído.
Roman e Olga olharam o Mercedes, que também estava destruído, mas o motorista estava bem. A polícia chegou e considerou Roman o responsável pelo acidente. Roman escondeu o rosto com as mãos. “Vamos passar muitos anos da nossa vida pagando o Mercedes”, ele disse. Naquele momento, Olga percebeu que o acidente acarretaria grandes consequências. Roman havia contratado um seguro básico que não cobria os gastos. Olga se afastou dos carros e entrou na plantação de uvas. Ajoelhando-se e orou: “Por favor, Senhor, nos ajude!” Ela abriu os olhos, levantou-se. Os carros destruídos permaneceram na estrada.
O outro motorista, Musa, estava conversando seriamente com Roman. “Por favor entregue seus documentos”, disse. “Depois de pagar o carro devolverei os documentos.” Roman entregou a carteira de motorista.
Depois que a polícia terminou a documentação, alguém foi buscar Musa. Roman e Olga não tinham como continuar a viagem. Enquanto esperavam o caminhão de reboque, eles foram conversar no vinhedo. Durante as últimas semanas, haviam tido momentos de tensão no relacionamento deles e agora as emoções vieram à tona. Olga percebeu que eles estavam perto do divórcio. O casal pediu perdão um ao outro e a Deus. Naquela noite, Roman e Olga dormiram à beira do mar. Pela manhã, Musa entrou em contato com eles e os convidou para ficar em sua casa. Ele tinha outro carro e foi seu motorista na semana seguinte, enquanto o casal cuidava do seguro e outros documentos legais. Ele ficou surpreso ao descobrir que Roman e Olga não comiam carne e ficou mais intrigado ainda quando descobriu que também não bebiam álcool. “Vocês são estranhos”, disse. “Quem são vocês?” “Somos adventistas do sétimo dia,” Olga disse. “Não brinca!”, disse. “Vocês são os segundos adventistas que conheço na vida!” Acontece que Musa não era cristão e tinha duas esposas. Dominado pela culpa, ele contou aos convidados que obrigara a segunda esposa a fazer um aborto havia alguns dias. “Creio que o acidente foi uma punição divina”, disse. Ele gostava muito do Mercedes, que fora comprado em uma encomenda especial uma semana antes do acidente. Roman e Olga telefonaram para amigos em Zaoksky, Rússia, pedindo dinheiro para pagar o conserto do carro. Em três dias, conseguiram o dinheiro, mas os amigos ofereceram mais dinheiro e perguntaram se poderiam ajudar de outras maneiras. Musa ouviu os telefonemas e chorou. “Sou rico”, disse. “Tenho muitos contatos. Ajudei muitas pessoas a conseguir dinheiro. Mas, depois do acidente, nenhum amigo me telefonou para ver se estou bem. Vocês são pobres e não tem nada, mas seus amigos se importam com vocês!” No fim de semana, Musa recebeu o dinheiro e devolveu a carteira de motorista. Ele também declarou que precisava ir a outra cidade por alguns dias, a mesma cidade que Roman e Olga iam no momento do acidente. “Vocês gostariam de me acompanhar?”, perguntou. Roman e Olga passaram os dois dias seguintes na mansão mais luxuosa que viram na vida. Em seguida, voltaram para Zaoksky de trem. O ano seguinte foi muito difícil enquanto pagavam a dúvida, mas Olga agradeceu a Deus pelo acidente que salvou o casamento. Enquanto isso, ela recebeu uma promoção no trabalho e Roman conseguiu um trabalho com um
Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2021
Tema Geral: Isaías: consolo para o povo de Deus
Lição 6 – 30 de janeiro a 6 de fevereiro de 2021
Brincando de Deus
Autor: Sérgio Monteiro
Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega
O tema central da lição desta semana é o orgulho e como ele atrai a ira de Deus. O orgulhoso reino da Assíria iria cair, conforme o capítulo 13. Seu sucessor, Babilônia, também cairia (Is 14), por seu orgulho, e somente Sião, que deveria manter sua confiança no Eterno, havia subsistido e seria vitoriosa no final (Is 24-27). A amplitude dos oráculos contra as nações demonstra que o Eterno não é o Deus somente de Israel, mas de toda a Terra, ao mesmo tempo em que é o Mantenedor de Seu povo.
Nos capítulos anteriores, vimos como Deus queria demonstrar ao povo de Judá Sua presença contínua com ele. Na seção iniciada no capítulo 13 é apresentado o domínio do Eterno sobre os desígnios das nações. Sua ira se acenderia contra os orgulhosos reis da Assíria e de Babilônia. No capítulo 13, utilizando uma linguagem severa e pesada, o Eterno declarou o que Ele faria com a Assíria. O guia de estudos nos convida a refletir sobre como essa linguagem pode ser harmonizada, se isso é possível, com a imagem de um Deus amoroso. Não há uma resposta fácil. Mas algumas reflexões podem nos ajudar a encontrar uma direção.
A ideia que possuímos do amor é mais romântica do que fundamentada em fatos. Ela é totalmente humana e antropocêntrica: o homem é o centro das atenções de si mesmo e de todo o universo, incluindo Deus. Por isso, todos os atos de Deus precisam ser reduzidos à sua relação com o homem, objeto do Seu plano de Salvação. Deus é amor e, por definição, amor pelo ser humano. Logo, todos os Seus atos para o ser humano são de amor. Esse pensamento é reducionista. De fato, Deus é amor. Mas não o amor humanamente definido; é um amor que se transforma em subserviência e obrigações. Ademais, em um Ser perfeito, todos os Seus atributos são perfeitos: tanto amor como justiça e ira são perfeitos e atuam na medida precisa para produzir nos seres por Ele criados a reverência e o temor que Lhe são devidos. Por fim, a ação divina de amor ou justiça, de proteção ou ira, depende, em última instância, da resposta humana à ação primária de Deus, que é a graça salvadora manifesta na aliança eterna (Ef 2:8; Ap 13:8). E isso não é salvação por obras, mas recompensa por atos. A salvação é oferecida com base apenas e tão somente na graça divina, mas sua efetividade depende da aceitação humana.
O orgulho, denunciado nos oráculos contra Assíria e Babilônia, é uma resposta de bloqueio à ação divina, uma negativa ao convite de amor e, por isso, atrai a ira divina. É dizer que não se tem a necessidade de Deus e que temos suficiente clareza, conhecimento e poder para resolver todos os problemas do mundo e cuidar dele. Em última instância, o orgulho é a base de todas as ideologias que tiram de Deus a resolução dos problemas do mundo e a colocam nas mãos dos seres criados, cuja única criação efetiva são os problemas que buscam resolver, por causa dos seus pecados, que não conseguem resolver. No contexto passado, os problemas eram resolvidos por guerras, hoje por discursos ideológicos, que ficam bonitos por escrito e nas palavras faladas, mas falham miseravelmente na execução e na prática, porque não chegam à raiz do problema, mas ficam na superfície.
O problema fundamental encontrado na Assíria, em Babilônia, em Roma e nas sociedades modernas é o mesmo: um agente maior do que o próprio ser humano, que se ocultava na fúria de poder de Tiglate-Pileser e reis posteriores na Assíria, em Nabopolassar e Nabucodonosor, na Babilônia, nos reis persas e nos imperadores romanos, utilizando-os todos como marionetes. Deus abre a cortina que separa o mundo físico do mundo espiritual e mostra o real personagem por trás de todos aqueles reis que oprimiam Judá, alguém muito maior do que os reis, e que é chamado de “Estrela da Manhã”, deixando claro que se trata de um ser sobrenatural que colocava no coração dos reis o que ele mesmo tinha em seu coração: o desejo de ser “semelhante ao Altíssimo”. Qual foi o resultado desse desejo? A queda no pecado.
Nesse contexto de queda, a associação com Apocalipse 12 e Ezequiel 28 é inevitável. Por isso, os textos paralelos nos ajudam a identificar o personagem denunciado na linguagem simbólica encontrada no capítulo 14 de Isaías. Ezequiel 28, em linguagem semelhante à de Isaías, o chama de querubim cobridor, andando sobre pedras afogueadas no jardim de Deus. Logicamente, nenhum rei andou no jardim de Deus, nem jamais foi querubim cobridor. Dessa forma, o personagem aqui mencionado, novamente, precisa ser maior que um rei ou um ser humano. Já no Apocalipse, ele é chamado de Satanás, a antiga serpente, epítetos conhecidos na literatura judaica, tanto bíblica quanto extrabíblica.
Esse ser em Isaías 14 tem o título hebraico Helel ben Shachar, traduzido para o latim como Lúcifer. Não é seu nome, mas uma declaração de sua importância e primazia. Na literatura judaica, o anjo que traz a alvorada é Miguel, identificado com aquele que lutou com Jacó no Jaboque (Gn 32; Midrash Abkir, 132; há outras tradições que dizem que foi Samael, ou Satan, o anjo que lutou com Jacó). O ser mencionado em Isaías claramente não é Miguel, mas alguém que possuía essa função e que a utilizou como fundamento para seu próprio orgulho. Seu nome na literatura judaica é Samael, que, segundo a tradição, foi um grande príncipe nos Céus, possuindo 12 asas e sendo o mais exaltado dos anjos, mas que liderou uma hoste de anjos para seduzir e enganar nossos primeiros pais. Ele era a própria serpente, na literatura judaica, o que condiz perfeitamente com o que nos é ensinado em Apocalipse 12. De tudo o que vimos, é muito clara a identificação daquele que é chamado de Estrela da Manhã com Samael na literatura judaica, o querubim de Ezequiel e a antiga serpente de Apocalipse 12.
Os capítulos finais do nosso estudo fazem uma mudança na narrativa, ao apresentar não a queda das nações, mas a vitória final de Sião, que virá acompanhada da “obra estranha de Deus”, a obra de destruição de suas criaturas. Não é por Sua vontade que Ele destruirá seres humanos, mas por respeito às próprias escolhas das criaturas. Se é verdade, como vimos, que a toda ação divina deve corresponder uma resposta humana, é também verdade que, para toda resposta humana uma nova ação divina será resultante: destruição para a resposta de orgulho e salvação para a resposta de fé.
Conheça o autor dos comentários para este trimestre: O Pr. Sérgio Monteiro é casado com Olga Bouchard de Monteiro. É pai de Natassjia Bouchard Monteiro e Marcos Bouchard Monteiro. É bacharel em Teologia, mestre em Teologia Bíblica e cursa doutorado em Bíblia hebraica. É pastor na Escola do Pensar e no Instituto de Estudos Judaicos Feodor Meyer. É membro da Adventist Theological Society, International Association for the Old Testament Studies e Associação dos Biblistas Brasileiros.