Lição 11
08 a 14 de junho
Conflito iminente
Sábado à tarde
Ano Bíblico: RPSP: Jl 1
Verso para memorizar: “Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade” (Jo 17:17).
Leituras da semana: Ap 14:7, 9, 12; 4:11; 13:1, 2; 12:3-5, 17; 13:11-18

Existe um dispositivo médico relativamente novo chamado biochip ou VeriChip. Esse aparelho é do tamanho de um grão de arroz e pode ser implantado em um paciente. O biochip contém informações sobre o histórico médico do paciente, que podem ser obtidas passando um scanner externo em toda a área onde o biochip ou VeriChip foi inserido. Alguns cristãos veem isso como parte de uma conspiração para impor a marca da besta. Para outros, a marca da besta tem a ver com os códigos de barras em latas de alimento; ou seria um número misterioso em notas de dólar que supostamente soma 666. Para alguns, tem a ver com a ordem maçônica, os Illuminati, helicópteros negros da ONU e as Nações Unidas. 

A lição desta semana revela o conflito sobre adoração. Satanás desafiará a autoridade de Deus . O sábado se tornará o centro de um conflito sobre adoração. Satanás odeia o sábado porque odeia o Criador. Ele usará coer- ção, pressão e força para quebrar nosso compromisso com Cristo. O apelo divino final chama à fidelidade a Cristo, apesar da perseguição . A força de Jesus nos conduzirá no conflito final da Terra. 

* Esta lição se baseia nos capítulos 35 e 36 d o livro O Grande Conflito. 

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Domingo, 09 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Jl 2
O conflito final do Apocalipse

A mensagem do Apocalipse é muito mais do que símbolos enigmáticos, bestas e imagens estranhas. Fala de verdades eternas para os últimos dias. O conflito entre Cristo e Satanás iniciado no Céu será concluído. O conflito gira em torno da adoração. 

1. Compare Apocalipse 14:7, 9 com 4:11. Qual é o tema abrangente do Apocalipse nesse conflito cósmico entre o bem e o mal? 

No Apocalipse, adoração e criação estão indissoluvelmente ligadas. Apocalipse 14:7 nos chama a adorar o Senhor da criação. Em contraste com a teoria da evolução, que tem conquistado o mundo nos últimos dois séculos, o sábado é um lembrete de nossa identidade, reforçando sempre que somos criados e que o Criador é digno de lealdade e adoração. Essa é uma das razões pelas quais o diabo odeia tanto o sábado. 

2. Qual é a expressão final de adoração ao Criador? Ap 12:17; 14:12 

Adorar o Criador por meio da observância dos mandamentos divinos está em oposição direta à adoração à besta. No fim dos tempos, Deus terá um povo leal a Ele, apesar da oposição e perseguição mais feroz da história. 

“Ao passo que a observância do falso sábado, de acordo com a lei do Estado e de forma contrária ao quarto mandamento, será uma declaração de fidelidade ao poder que está em oposição a Deus, a guarda do verdadeiro sábado [...] será uma prova de lealdade ao Criador” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 503). 

Apocalipse 14:12 afirma que os fiéis terão “a fé em Jesus”, que é uma fé tão profunda que confia quando não consegue ver e persevera quando não pode entender. É um dom de Jesus recebido pela fé e que nos conduzirá em meio ao conflito iminente. 

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O sábado é um símbolo tão fundamental do Criador que remonta ao Éden. Assim, procurar usurpá-lo, como fez Roma (Dn 7:25), é tentar usurpar a autoridade divina em seu nível mais fundamental possível: Deus como Criador. Isso nos mostra por que o sábado será um ponto tão controverso nos últimos dias?


Segunda-feira, 10 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Jl 3
A crise vindoura

A profecia da marca da besta (Ap 13) nos fala sobre o estágio mais feroz da guerra de Satanás contra Deus. Desde que Jesus morreu na cruz, o inimigo sabe que foi derrotado, mas luta para levar consigo o maior número de pessoas possível. Sua estratégia é o engano. Quando isso não funciona, ele usa a força. Ele está por trás do decreto que condena à morte os que se recusam a adorar a besta ou receber sua marca. 

A perseguição religiosa não é novidade. Ela existe desde que Caim matou Abel por obedecer a Deus. Jesus disse que isso aconteceria até mesmo entre os crentes. 

3. O que a igreja do NT experimentou e como isso se aplica à igreja de Cristo no fim dos tempos? Jo 16:2; Mt 10:22; 2Tm 3:12; 1Pe 4:12 

A perseguição tem sido comum. Aconteceu na Roma pagã, mas foi especialmente evidente na crueldade da igreja medieval para com os fiéis. A marca da besta é apenas o elo final dessa cadeia. Como as perseguições passadas, seu objetivo é forçar todos a se conformarem com um falso sistema de crenças e de adoração. 

A profecia indica que a perseguição começará com sanções econômicas: ninguém poderá comprar ou vender a menos que tenha a marca. Qualquer um que se recuse a receber a marca acabará sob um decreto de morte (Ap 13:15, 17). 

A fim de preparar os professos cristãos para receber a marca da besta quando o teste final chegar, o diabo encoraja-os a fazer concessões. Quando parece que o mundo inteiro segue a besta (Ap 13:3), de repente a cena muda, e a câmera profética se concentra nos fiéis: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12). Os fiéis vivem em obediência piedosa. Pela graça, ficam firmes quando tudo ao redor está tremendo. Enquanto o mundo segue a besta, eles “seguem o Cordeiro por onde quer que Ele vá” (Ap 14:4). Pelo poder de Cristo, triunfam sobre os poderes do inferno dispostos contra eles. 

Como vimos na lição 9, o conflito central entre o bem e o mal é sobre a adoração. A besta usa o engano e, quando isso falha, usa a força e a coerção. 

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Você permite que problemas econômicos comprometam sua guarda do sábado?


Terça-feira, 11 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Am 1
Identificando a besta: parte 1

4. De onde se levanta a besta e quem lhe dá autoridade? Ap 13:1, 2 

Apocalipse 12:3-5 diz que o dragão tinha como objetivo destruir o Filho da mulher “quando nascesse”. Ela deu à luz “um Filho homem”, que foi “arrebatado para junto de Deus e do Seu trono”. O diabo, agindo por meio de Roma, tentou destruir Cristo (Mt 2:16-18). O arqui-inimigo de Deus usa instituições políticas e religiosas para realizar seus propósitos. 

“O dragão deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Ap 13:2). Essa profecia se cumpriu séculos mais tarde, quando Constantino mudou a capital de Roma para Constantinopla (atual Istambul, Turquia). Isso deixou um vácuo de poder no trono dos Césares em Roma. Assim, Roma pagã deu à besta sua sede, ou capital. 

Isaac Backus declarou: “Ao mudar a sede do império para Constantinopla, […] Constantino abriu caminho para que o bispo de Roma se exaltasse acima de todos os homens na Terra e acima do Deus do Céu” (The Infinite Importance of the Obedience of Faith, and of Separation from the World, p. 16 [citado em LeRoy Edwin Froom, The Prophetic Faith of Our Fathers, v. 3, p. 213]). De acordo com Thomas Hobbes, “o papado não é senão o fantasma do falecido Império Romano, sentado coroado sobre o túmulo deste” (Leviathan [Nova York: Oxford University Press, 1996], p. 386). 

A besta do mar é um poder religioso apóstata que se ergue de Roma e se torna um sistema mundial de adoração (Ap 13:3, 4). Essa besta não é uma pessoa; é uma organização religiosa que substituiu a verdade de Deus por decretos humanos. 

5. Que palavra-chave é usada para identificar o poder da besta? Ap 13:1, 6 

A Bíblia define blasfêmia em João 10:33 e Lucas 5:21: (1) um ser humano comum afirmar ser Deus, e (2) um ser humano comum reivindicar o poder de perdoar pecados. Quanto a Jesus, essas acusações foram injustas porque Ele é Deus e, portanto, tem o direito de perdoar pecados. O papado romano tem duas doutrinas distintivas que a Bíblia chama de blasfêmia: afirma que seus sacerdotes têm o poder de perdoar pecados e que o papa tem as prerrogativas de Deus na Terra.

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Quarta-feira, 12 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Am 2
Identificando a besta: parte 2

Em vez de adorar a besta, a alegria do povo de Deus está em adorá-Lo. Sua obediência brota do coração. São fiéis a Ele porque sabem o quanto Ele é fiel ao Seu povo. 

6. Leia Apocalipse 13:5. Qual é a característica distintiva da besta? 

O papado exerceu grande influência de 538 d.C. a 1798 d.C. Mas, quando o general Berthier levou o papa cativo em 1798 d.C., a supremacia papal terminou, e a profecia foi cumprida: “Se alguém tiver de ir para o cativeiro, para o cativeiro irá” (Ap 13:10). O golpe no papado foi grave, mas não fatal. A ferida mortal seria curada (Ap 13:12). A influência do papado mais uma vez seria sentida em todo o mundo. 

Hoje, os líderes mundiais dão as boas-vindas ao pontífice como embaixador da Igreja de Roma e o visitam regularmente no Vaticano. Em um mundo de instabilidade sem precedentes, o cenário está sendo preparado para que o pontífice romano se torne o aclamado líder moral do mundo que pode unir as pessoas. Durante seu discurso em 6 de junho de 2012, para mais de 15 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, em Roma, o papa Bento XVI declarou: “O domingo é o dia do Senhor e dos homens e mulheres, um dia em que todos devem ser livres, livres para a família e livres para Deus. Ao defender o domingo, defendemos a liberdade humana” (shorturl.at/gioAC). 

O livro O Grande Conflito revela claramente aonde esse movimento nos levará: “Os que honram o sábado bíblico serão denunciados como inimigos da lei e da ordem, como se estivessem comprometendo as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção e atraindo os juízos de Deus sobre a Terra. [...] Serão acusados de deslealdade ao governo. Ministros religiosos que negam a obrigação da lei divina apresentarão do púlpito o dever de prestar obediência às autoridades civis, como estabelecidas por Deus. Nas assembleias legislativas e nos tribunais de justiça, os observadores dos mandamentos serão caluniados e condenados” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 492, 493). 

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Ainda que seja difícil ver algo assim ocorrendo agora, o mundo pode mudar rapidamente. Com que velocidade os eventos do fim dos tempos podem vir sobre nós?


Quinta-feira, 13 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Am 3
A besta da terra

7. Leia Apocalipse 13:11-18. Quais são as diferenças entre a segunda besta e a primeira de Apocalipse 13? 

A primeira besta surge “do mar”; a segunda vem “da terra” (Ap 13:11). O mar representa “povos, multidões, nações e línguas” (Ap 17:15). A terra, então, representa uma área escassamente povoada. A segunda besta surge perto do fim do período em que a primeira besta exerce autoridade (Ap 13:5), ganhando destaque por volta de 1798 d.C. 

Os Estados Unidos se encaixam precisamente nessa descrição. O país declarou sua independência em 1776 d.C., adotou a constituição em 1789 d.C. e foi reconhecida como potência mundial no fim do século 19. 

“Vi ainda outra besta emergir da terra. Tinha dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão” (Ap 13:11). Chifres na profecia simbolizam poder. Ao contrário da primeira besta, esta besta não tem coroas em seus chifres, sugerindo que não é uma monarquia. Os dois chifres representam os dois princípios governamentais primários que são a fonte do poder e do sucesso dos Estados Unidos – a liberdade política e religiosa. 

8. Que mudança vemos nessa besta, e como ela fala? Ap 13:11, 12 

Essa nação gentil e semelhante a um cordeiro, no fim fala como um dragão. Ela exerce “toda a autoridade da primeira besta” (Ap 13:12) e abandona seus princípios de liberdade religiosa, fazendo com que “a Terra e os seus habitantes adorem a primeira besta” (Ap 13:12). Os Estados Unidos serão os primeiros a exigir que todos na Terra adorem a primeira besta, reconhecendo a autoridade espiritual e secular do papado. De acordo com essa profecia, os Estados Unidos formam uma imagem para a besta – uma união entre Igreja e Estado – e exigirá que todos adorem essa imagem. 

É interessante notar que, na época em que foram identificados pela primeira vez como esse poder da besta, os Estados Unidos não estavam nem perto de ser o gigante militar e econômico que se tornaram e permanecem sendo no presente. 

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A instabilidade política da América pode um dia levar ao cumprimento dessa profecia?


Sexta-feira, 14 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Am 4
Estudo adicional

Adorar a besta e a sua imagem lembra Daniel 3, onde Sadraque, Mesaque e Abednego receberam ordens para que se curvassem diante da imagem dourada, caso contrário, seriam lançados na fornalha ardente. Tanto na Babilônia antiga quanto na moderna a questão é a adoração. A verdadeira adoração brota de uma mente transformada pelos ensinos da Palavra de Deus. Então não seguiremos os padrões deste mundo (Rm 12:2), mas conforme a vontade de Deus, que está na Palavra. Essa é a nossa única segurança! 

“Deus nunca força a vontade ou a consciência. Satanás, porém, recorre constantemente à violência para dominar aqueles que ele não consegue controlar de outro modo. […] Para realizar isso, ele age tanto pelas autoridades eclesiásticas quanto pelas seculares, levando-as a impor leis humanas em desafio à lei de Deus” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 492). 

“Para suportar a prova que os espera, os fiéis devem compreender a vontade de Deus como está revelada em Sua Palavra, pois só poderão honrá-Lo se tiverem uma concepção correta de Seu caráter, governo e propósitos, e agindo de acordo com estes” (O Grande Conflito, p. 494). 

“No entanto, Deus terá na Terra um povo que se fundamentará na Bíblia, e apenas na Bíblia, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas. Nem a opinião de sábios, nem as deduções da ciência, nem os credos ou decisões dos concílios eclesiásticos, tão numerosos e discordantes como são as igrejas que representam, nem a voz da maioria, nada disso deve ser considerado como evidência a favor ou contra qualquer ponto de fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito, devemos conferir se há um categórico ‘assim diz o Senhor’” (O Grande Conflito, p. 495). 

Perguntas para consideração 

  1. Como compartilhar a esperança da volta de Cristo sem nos tornarmos alarmistas? 

  2. O que nossa vida, nossa rotina diária, nos diz sobre quem ou o que adoramos? 

  3. Como ajudar a nós mesmos e aos outros a encarar o futuro com confiança? 

  4. Que diferença prática a compreensão dos eventos finais exerce em nossa vida hoje? 

Respostas e atividades da semana: 1. Adoração. 2. A observância dos mandamentos de Deus e a fé em Jesus. 3. Perseguição. No fim dos tempos isso se repetirá de forma intensa. 4. Do mar; o dragão. 5. Blasfêmia. 6. Autoridade exercida com arrogâncias e blasfêmias. 7. A segunda besta vem da terra e faz com que a Terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, que surge do mar. 8. Ela se mostra semelhante a um cordeiro, mas falará como dragão.

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Resumo da Lição 11
Conflito iminente

TEXTO-CHAVE: João 17:17 

FOCO DO ESTUDO: Jo 17:17; Ap 14:6, 7, 12; Ap 4:11; Ap 12:3, 4, 17; Ap 13:1-17 

ESBOÇO 

Introdução: A profecia bíblica adverte que o longo conflito cósmico entre as duas for- ças opostas e irreconciliáveis, Deus e o diabo, está terminando e culminará em uma bata- lha final, que abordará as questões de autoridade e adoração: quem se sentará no trono do Universo e quem receberá a glória devida ao Criador, Provedor e Salvador. Por essas razões, o conflito envolverá o sábado, o símbolo divino de todo o Seu poder como Criador, Pro- vedor e Salvador. A força rebelde será liderada pelo próprio Satanás, e, embora ele tenha trabalhado incansavelmente ao longo da história para recrutar adeptos, seu foco prin- cipal é a igreja. Infelizmente, a igreja tradicional fez concessões e se tornou a Babilônia, simbolizada pela besta do mar. O maligno deu a essa besta seu assento de autoridade e seu poder, e ela ficará do lado dele na batalha final. 

Entretanto, Deus nunca esteve sem um povo no grande conflito. Até o desfecho dessa batalha, Ele sempre terá um povo, uma igreja remanescente e fiel. Ela sempre O reconhe- ceu como Rei, O adorou e guardou os mandamentos e os princípios de Seu reino. O fiel povo remanescente de Deus continuará a honrar o sábado, reconhecendo a Deus como o Criador e o Rei do Universo. O remanescente do fim dos tempos não apenas adorará a Deus como seu Salvador pessoal, mas também irá expor publicamente a confederação do mal. A igreja remanescente chamará toda a raça humana para voltar para Deus e adorá-Lo. Apesar dos esforços do dragão e das feras da terra e do mar, a vitória será do Senhor. 

Temas da lição: Este estudo destaca dois temas principais: 

  1. A profecia bíblica descreve uma batalha final entre Deus e Seu povo de um lado, e o diabo e seus agentes (simbolizados, em Apocalipse 13, pelas bestas do mar e da terra) do outro. A batalha será centralizada na adoração e no sábado, que celebra a criação, o reinado e a salvação de Deus. 

  2. Deus sairá vitorioso. Ele chama Seu povo para participar de Sua vitória sobre o mal e o diabo, proclamando Seu evangelho eterno. 

COMENTÁRIO 

A aposta sobre a profecia 

Anastasia era uma economista ateia, que estudou em uma universidade soviética no auge da prosperidade e estabilidade da União Soviética. Ela abraçou o sonho da utopia comunista e acreditava fervorosamente que essa visão proporcionava à humanidade sua mais luminosa promessa do porvir. Ela aguardou o dia em que a União Soviética levaria todas as nações a abandonar o capitalismo de livre mercado dos Estados Unidos para adotar os valores soviéticos. 

O marido de Anastasia, Petru, no entanto, não compartilhava do otimismo de sua esposa. Embora não estivesse professando sua religião naquela época, ele nasceu e foi criado em uma família adventista do sétimo dia envolvida com a igreja. Quando jovem, Petru estudou os livros proféticos de Daniel e Apocalipse, que seguiam a abordagem historicista adventista. Agora casado, ele compartilhou com sua esposa ateia que, de acordo com as profecias bíblicas, os Estados Unidos acabariam dominando o mundo e lideraria todas as nações e governos da Terra em um ato de rebelião contra Deus, durante o estágio final da história humana. Por isso, com base nas profecias do livro do Apocalipse, Petru argumentou que a União Soviética perderia a Guerra Fria e que os Estados Unidos emergiriam como a única superpotência dos últimos dias. Conhecendo o poder da União Soviética, Anastasia não aceitava tal profecia. Em um impasse, o casal decidiu resolver suas diferenças com uma aposta. Anastasia disse a Petru que se a União Soviética entrasse em colapso, ela se tornaria adventista do sétimo dia. Os anos se passaram, e, no fim da década de 1980, a União Soviética desmoronou e desapareceu sem nenhum ataque militar de fora. O ateísmo e o comunismo de Anastasia entraram em colapso junto com a União Soviética. Logo depois, ela aceitou o convite de Petru para se juntar a ele no batismo na Igreja Adventista do Sétimo Dia. 

A previsão de Petru sobre o colapso da União Soviética não se baseava em Geopolítica, Estudos Sociais, Psicologia, Economia ou Estudos Militares. Por viverem atrás da cortina de ferro, a principal fonte da predição dele sobre a queda da União Soviética foi sua interpretação bíblica historicista de Apocalipse 13, conforme sua igreja adventista local ensinava. Como muitos outros adventistas no mundo soviético, Petru nem imaginava que o colapso da União Soviética aconteceria durante o tempo de sua vida ou tão rapidamente. Como muitos outros adventistas, a fé dele foi confirmada e fortalecida quando tal ato ocorreu. Ele tomou a decisão de voltar para sua igreja, e, felizmente, sua família o seguiu. 

Em nossos dias, a interpretação historicista adventista de Apocalipse 13, que aponta os Estados Unidos como a besta semelhante a um cordeiro que liderará o mundo em rebelião contra a lei de Deus, está sendo ativamente contestada. Muitos especialistas renomados preveem, ou mesmo anunciam, que o Sol logo se porá na hegemonia norte-americana. No entanto, a profecia bíblica nunca falhará. Como Petru, precisamos confiar plenamente na profecia bíblica e em sua interpretação historicista, mesmo que a aparência da realidade e as previsões dos especialistas apontem em direções distintas. 

Teorias da conspiração 

Ultimamente, as teorias da conspiração inundam os espaços midiáticos. Tais teorias ganham impulso e se tornam fenômenos sociais. Os adventistas, com razão, têm sido cautelosos quanto ao envolvimento na propagação de teorias da conspiração de qualquer tipo. Precisamos continuar nesse rumo. Ao mesmo tempo, nossa busca por essa política não significa que não existam conspirações. Lamentavelmente, elas existem.

Davi, Jesus e os apóstolos sofreram por causa das várias conspirações contra eles. Aprendendo com seus exemplos, os adventistas entregaram todas essas teorias à providência de Deus, escolhendo, em vez disso, focar na missão que Ele nos confiou. Sim, o próprio grande conflito foi resultado da conspiração de Satanás. Sim, somos chamados a denunciar as últimas conspirações do maligno e seus seguidores que estão se preparando para a batalha final contra Deus. Contudo, é importante não nos deixarmos envolver nas minúcias das numerosas teorias de conspiração que são amplamente difundidas. Nossa tarefa é anunciar a queda da Babilônia e a breve vinda do Senhor. Como tal, nossa missão é salvar o maior número possível de pessoas da conspiração de Satanás. 

Identificando as bestas e a missão da igreja 

Certos teólogos afirmam que a identificação da “besta do mar” com a Igreja Católica Romana e a ligação da “besta da terra” com os Estados Unidos, feitas pelos primeiros pioneiros adventistas, foram conclusões determinadas pelos cenários sociopolíticos de sua época. Alguns desses teólogos, então, pedem aos adventistas que se afastem dessas posições iniciais e encontrem outras forças espirituais ou políticas mais relevantes em nossos próprios tempos que se encaixariam melhor nas descrições da besta do mar e da besta da terra. 

No entanto, precisamos enfatizar dois pontos importantes. Primeiro, embora os pioneiros adventistas olhassem para o cumprimento da profecia dentro de seus contextos históricos, eles consistentemente seguiam os princípios historicistas de interpretação profética. Eles também identificaram o cumprimento das profecias em harmonia com um sistema bíblico integral de ensino. 

Em segundo lugar, como profetisa de Deus para a igreja remanescente, Ellen G. White claramente nos alertou contra o abandono de nossas interpretações proféticas originais a respeito das duas bestas de Apocalipse 13. Ela estava especialmente preocupada com o fato de os adventistas caírem na armadilha de pensar que a Igreja Católica Romana mudou e não mais é a besta tirânica do mar, sendo necessária a busca de outro candidato para essa posição. As citações a seguir extraídas de seu imponente livro O Grande Conflito são notáveis e inequivocamente contrárias a essa abordagem: 

“Atualmente o catolicismo é olhado pelos protestantes com muito mais aceitação do que anos atrás. Nos países em que a religião católica não predomina e os romanistas adotam uma política conciliatória para ganhar influência, há uma crescente indiferença com relação às doutrinas que separam as igrejas reformadas da hierarquia papal. Ganha terreno a opinião de que, no fim das contas, as divergências em assuntos vitais não são tão grandes como se pensava, e de que pequenas concessões por parte dos protestantes levarão a um melhor entendimento com Roma. [...] 

“Os defensores do papado afirmam que a igreja foi caluniada, e o mundo protestante inclina-se a aceitar essa declaração. Muitos afirmam que é injusto julgar a igreja de hoje pelas abominações e absurdos que marcaram seu domínio durante os séculos de ignorância e trevas. Justificam a horrível crueldade da Igreja romana como sendo o resultado da barbárie da época e alegam que a influência da civilização moderna mudou sua atitude” (O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 468).

“No entanto, o catolicismo, como sistema, não está atualmente mais em harmonia com o evangelho de Cristo do que em qualquer época passada de sua história. As igrejas protestantes estão em profunda escuridão; caso contrário, enxergariam os sinais dos tempos. Os planos e modos de atuação da Igreja de Roma têm grande alcance. Ela utiliza todos os meios para estender sua influência e aumentar seu poderio, preparando-se para um conflito feroz e decidido com o propósito de readquirir o domínio do mundo, restabelecer a perseguição e desfazer tudo que o protestantismo fez. O catolicismo está ganhando terreno de todos os lados. Basta olhar o número crescente de suas igrejas e capelas nos países protestantes. Note a popularidade de suas faculdades e seminários na América do Norte, tão extensamente patrocinados pelos protestantes. Observe o crescimento do ritualismo na Inglaterra e as frequentes conversões à religião católica. Essas coisas deveriam despertar a preocupação de todos os que reconhecem o valor dos puros princípios do evangelho” (O Grande Conflito, p. 470). 

“Atualmente, a Igreja de Roma apresenta ao mundo uma fisionomia serena, cobrindo de justificativas o registro de suas horríveis crueldades. Vestiu-se com a roupa de Cristo, mas não mudou em nada. Todos os princípios formulados pelo papado em épocas passadas ainda existem hoje. As doutrinas inventadas nas tenebrosas eras ainda são mantidas. Ninguém deve se iludir. O papado que os protestantes hoje estão tão dispostos a honrar é o mesmo que governou o mundo nos dias da Reforma, quando homens de Deus se levantavam, correndo risco de vida, para denunciar a iniquidade daquela instituição. O poder papal possui o mesmo orgulho e a mesma arrogância que o fizeram senhor sobre reis e príncipes e que reivindicaram as prerrogativas de Deus. Atualmente, seu espírito não é menos tirano e cruel do que quando arruinava a liberdade humana e matava os santos do Altíssimo. [...] 

“Não é sem motivo que, nos países protestantes, se tem feito a alegação de que o catolicismo atualmente difere menos do protestantismo do que nos tempos passados. Houve uma mudança sim, mas não no papado. Realmente, o catolicismo se assemelha bastante ao protestantismo de hoje, pois o protestantismo moderno se distancia bastante daquele dos dias da Reforma” (O Grande Conflito, p. 474). 

APLICAÇÃO PARA A VIDA 

  1. Como você poderia apresentar de maneira mais clara aos seus amigos as profecias relacionadas à “besta do mar” e à “besta da terra”? 

  2. É coerente identificarmos a Igreja Católica Romana como a “besta do mar” e os Estados Unidos como a “besta da terra” e, simultaneamente, orarmos pela salvação das pessoas ligadas a essas instituições? Justifique sua resposta. 

  3. O profeta Daniel, os cristãos da Idade Média, os adventistas do século 19, os adventistas da União Soviética e outros em diferentes locais depositaram sua confiança na profecia, mesmo diante de circunstâncias adversas. Como você pode confiar nas profecias quando as evidências parecem opostas ao seu cumprimento?

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Dia transformador

Bielorrússia | Vadim

Vadim tinha 74 anos quando sua mãe e irmã morreram em um acidente de carro na Bielorrússia.

Após a dolorosa perda, seu pai começou a buscar a Deus. Ele participou das reuniões evangelísticas da Igreja Adventista e foi batizado.

Era a década de 7990, época áurea para o evangelismo na antiga União Soviética. A queda da União Soviética em 7997 havia aberto a porta à liberdade religiosa, e reuniões evangelísticas foram realizadas em toda a Bielorrússia, Rússia e outras ex-repúblicas soviéticas.

Vadim, então com 15 anos, disse ao pai que ele poderia fazer o que quisesse, mas que jamais entraria em uma igreja adventista.

"Eu não irei à sua igreja", declarou ele.

O pai não disse nada.

Quatro meses depois, ele convidou o garoto para ir com ele à igreja pelo sábado de manhã. No entanto, Vadim, não mudou de opinião.

"Eu não quero ir", disse ele. "Eu não irei."

Mas o pai não estava pronto para desistir. Ele sabia que, embora Vadim pudesse não querer irà igreja,ele queria algo mais do que tudo no mundo.O garoto estava aprendendo programação de computadores na escola, e ele queria ter um computador próprio. No entanto, os computadores na Bielorrússia eram extremamente caros naquela época.

O pai disse que conhecia uma mulher adventista na igreja que tinha o próprio computador.

Poderíamos perguntar a ela como ela comprou", disse ele.

Vadim foi à igreja.

Ele descobriu que os membros se reuniam na casa de uma avó e adoravam ao redor de uma grande mesa.

Após chegar, Vadim sussurrou ao pai: "Onde está a mulher com o computador? Eu quero falar com ela".

O pai sussurrou de volta:"Vamos falar com ela depois do culto".

Quando o culto terminou, Vadim havia esquecido completamente a razão pela qual  havia ido à igreja. Ele não queria mais conversar com a mulher do computador. Seu coração havia sido tocado por tudo o que ele havia visto e ouvido.

Depois daquele sábado, ele passou a ir à igreja todos os sábados. Ele começou a guardar o sábado. Ele leu toda a Bíblia e a série O Grande Conflito, de Ellen White. Ele se tornou uma nova pessoa.

Um culto mudou sua vida. Ele havia ido à igreja para aprender a comprar um compu­tador e saiu com uma nova vida.

Um ano depois, aos 16 anos, ele entregou sua vida a Jesus através do batismo.

No ano seguinte, ele foi para a Universidade Adventista de Zaoksky, na Rússia, para estudar Teologia.

Hoje, Vadim Derkach é pastor e líder da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Bielorrússia. Ele serve como secretário executivo da União de Igrejas da Bielorrússia.

O que aconteceu com seu desejo de comprar um computador?

Ele disse com um sorriso: "Eu comprei um computador-mas mais tarde".

Parte das ofertas deste trimestre ajudará a abrir um centro de influência para os jovens, que Vadim ajudará a instituir, em Minsk, Bielorrússia.

Por Andrew McChesney

Dicas para a história

  • Mostre a localização da Bielorrússia no mapa. Depois mostre Minsk, a capital, onde parte da oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre abrirá um centro de influência para os jovens.
  • Zaokskyse pronuncia como: za-OK-ski.
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2024

Tema Geral: O grande conflito

Lição 11 – 8 a 15 de junho

Conflito iminente

Autor: Eleazar Domini

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos 

Introdução

Quando se fala do Livro do Apocalipse, muitas pessoas têm medo e rapidamente associam o livro a bestas e monstros marinhos com cabeças e chifres. Alguns preferem não ler o livro e já se ouviu até de casos em que pessoas foram desaconselhadas a não tomarem banho na praia (parece brincadeira, mas não é), pois, a qualquer momento poderiam se deparar com a besta do apocalipse.

Como já vimos nas lições anteriores, o tema mais importante do Apocalipse não são bestas e monstros, mas o Cordeiro de Deus. O Apocalipse é a revelação do Cordeiro, isto é, de Jesus Cristo, conforme aparece no início do livro: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu, para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João Seu servo” (Ap 1:1). A pergunta é: o Apocalipse fala ou não de bestas e monstros, e de uma marca da besta na testa ou na a mão? A resposta de maneira direta e simples seria: Sim! O Apocalipse fala de bestas. Entretanto, é necessário compreender que dentro da literatura apocalíptica há símbolos e que tais símbolos precisam ser decifrados, para que sejam compreendidos corretamente. No comentário de hoje explicaremos sobre o que é a marca da besta e o que representam as bestas que sobem do mar e da terra.

I – A marca da besta

Muita confusão tem sido feita ao longo dos anos na tentativa de identificar a marca da besta. Pessoas buscam respostas na lógica humana, desconsiderando completamente o relato bíblico – fonte primária para se chegar a uma resposta correta sobre esse e outros temas do livro do Apocalipse. Alguns chegaram a dizer que a marca da besta seria um código de barras, outros disseram que seria a internet, por causa do “www”, que significaria o “666”, mas o campeão de todos é o argumento de que a marca da besta seria um chip implantado na mão ou na testa e contendo todas as informações pessoais do indivíduo. Cada um desses argumentos possui uma certa “lógica”, entretanto, como dizia meu professor de Apocalipse, João Antônio: “A lógica nos permite errar com segurança.” É necessário muito mais que lógica na interpretação do Apocalipse, é necessário um terreno sólido para que a argumentação seja construída, e esse terreno é o próprio texto bíblico.

Algumas perguntas para nos ajudar a compreender melhor esse assunto: “Você já viu a nota falsa de 75,00 reais? E a nota falsa de 137,00 reais?” Sua resposta com certeza é “Não!” E por que não? Responder simplesmente que nunca viu essas notas porque elas não existem é uma resposta, mas não é completa. O questionamento continua: “Por que elas não existem?” A melhor resposta seria: “Elas não existem porque não existem notas verdadeiras com esse valor. Só pode existir uma nota falsa se houver uma verdadeira. Só falsificam notas de 50,00 e 100,00 reais porque existem notas verdadeiras de 50,00 e 100,00 reais.” Percebeu? Para chegar à compreensão do que seria a marca da besta é importante saber que ela é uma contrafação da marca de Deus. Logo, nossa primeira ação não é tentar descobrir a marca da besta, uma vez que a Bíblia não fala claramente qual seria ela, mas descobrir qual é a marca de Deus, o Seu sinal (uma observação importante é que os termos marca, selo e sinal são intercambiáveis no contexto do Apocalipse).

É importante entender o contexto histórico em que a Bíblia foi escrita, pois o selo de que a Bíblia fala não é aquilo que entendemos como selo hoje. Um selo de antigamente seria melhor representado hoje por um carimbo contendo informações de seu dono. Os reis usavam um sinete real, um anel com um selo em que havia informações quanto ao nome, cargo e território do rei. Essas informações são vistas no quarto mandamento da lei de Deus: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus [Nome]; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez (Cargo: Criador) o SENHOR os céus e a Terra, o mar e tudo que neles há (Território: Universo), e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou” (Êx 20:8-10).

O Livro de Ezequiel corrobora essa ideia nesta exortação: “Santifiquem os Meus sábados, pois servirão de sinal entre Mim e vocês, para que saibam que Eu sou o SENHOR, seu Deus” (Ez 20:20). Ora, se o sinal, ou a marca de Deus, pode ser identificado como um dia, naturalmente, a contrafação desse sinal não seria um chip, um código de barras ou outra coisa qualquer. Deveria ser um falso dia de adoração. O domingo se encaixa perfeitamente na descrição, pois foi criado pelos homens para substituir o verdadeiro dia de adoração.

Uma explicação adicional se faz necessária: a marca da besta será imposta, isto é, o falso dia de adoração será imposto para que todos o observem como dia do Senhor. Isso ainda não ocorreu. Portanto, não é correto afirmar, HOJE, que quem guarda o sábado está selado com o selo de Deus e quem guarda o domingo está selado com o selo da besta, porque tal controvérsia ainda não está em vigor, só será assim quando a besta impuser sua marca. Quando esse tempo chegar, quem obedecer à besta e rejeitar o verdadeiro dia de descanso, optando por um falso dia de adoração, então receberá a marca da besta. Esse processo chamamos de “selamento” e ele ainda não está ocorrendo. Mas quem é a tal besta que vai impor sua marca?

II – A besta do mar

O livro de Daniel é o que mais se assemelha ao Apocalipse em sua estrutura simbólica. Em Daniel, animais e bestas são representações de reis/reinos: “Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da Terra. […] O quarto animal será o quarto reino na Terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a Terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços” (Dn 7:17, 23). Se animais representam reinos, poderes sobre a terra, não há o que temer quando lemos de uma besta saindo do mar com sete cabeças e dez chifres. Ela é a representação de um reino, de um poder. Mas qual seria esse reino? Em Apocalipse 13, notamos algumas características que valem a pena ser ressaltadas:

  1. Possui nomes de blasfêmias sobre suas cabeças (v. 1);
  2. Falou blasfêmias contra Deus, Seu tabernáculo e os que habitam no Céu (v. 6);
  3. Perseguiu os servos de Deus por 1.260 anos (v. 5).

Note que, diferentemente das bestas de Daniel 7, que eram poderes civis que guerreavam entre si (Babilônia, Media-Pérsia, Grécia e Roma), as ações dessa besta apocalíptica está mais relacionada a aspectos religiosos. Perceba que ela persegue os santos, o povo de Deus. Suas ações são idênticas às do chifre pequeno apresentado em Daniel 7, que surge do Império Romano. Numa leitura comparativa de Apocalipse 13 com Daniel 7:20 a 26, vemos que até o tempo de perseguição é o mesmo: 1.260 anos. Agora é só analisar a história para saber que poder religioso surgiu do Império Romano e que perseguiu os santos por 1.260 anos. A resposta é simples: O papado. Sim, mesmo com a queda do Império Romano, a parte religiosa permaneceu e perseguiu o povo de Deus no período de supremacia papal que se estendeu de 538 d.C. até 1798 d.C., quando Berthier, general de Napoleão Bonaparte, prendeu o papa Pio VI.

O relato sobre a besta que sobe do mar termina falando de um golpe mortal que seria dado na besta, mas ela seria curada. Devido ao processo de cura, é dito que seria restabelecido o mesmo poder que ela teve anteriormente para perseguir e matar. Para que esse processo fosse possível, outra besta entraria em cena no relato de Apocalipse 13. Sua função seria apoiar a primeira besta por meio de uma imagem do sistema político-religioso da besta do mar, ajudando no processo de cura e fazendo com que ela voltasse a ser adorada por intermédio dessa imagem da besta, que perseguiria e mataria os fiéis no tempo do fim.

III – A besta da terra

Já entendemos que a besta que sobe da terra protagoniza o despertar da besta que sobe do mar, isto é, ela é responsável pela cura total da besta ferida de morte, fazendo com que os habitantes do mundo adorem a primeira besta. Apocalipse 13:11 e 12 diz: “Vi ainda outra besta emergir da terra. Tinha dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. Ela exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença e faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal havia sido curada.” Quem é esse poder representado pela besta de dois chifres, tão significativo a ponto de restaurar o papado à posição que teve antes de 1798? Quem teria tamanha força para fazer com que o mundo se volte para o papado outra vez e que faria com que os homens adorassem a primeira besta? Só há um poder no mundo hoje capaz dessa proeza: Os Estados Unidos da América.

Sobre essa besta que sobe da terra, Ellen White diz: “Os chifres semelhantes aos do cordeiro e a voz de dragão desse símbolo indicam uma notável contradição entre o que a nação assim representada professa e pratica. A ‘fala’ dessa nação são os atos de suas autoridades legislativas e judiciárias. Por esses atos, desmentirá os princípios liberais e pacíficos que estabeleceu como fundamento de sua política. A predição de que falaria ‘como dragão’ (Ap 13:11) e exerceria ‘toda a autoridade da primeira besta’ (v. 12) anuncia claramente o desenvolvimento do espírito de intolerância e perseguição que as nações representadas pelo dragão e pela besta semelhante ao leopardo manifestaram. E a declaração de que a besta de dois chifres ‘faz com que a Terra e os seus habitantes adorem a primeira besta’ (v. 12) indica que a autoridade dessa nação deve ser exercida impondo ela alguma observância que constituirá um ato de homenagem ao papado.

“Tal atitude seria abertamente contrária aos princípios desse governo, ao espírito de suas instituições livres, às claras e solenes afirmações da Declaração da Independência e à Constituição. Os fundadores da nação procuraram sabiamente prevenir o emprego do poder secular por parte da igreja, com seu inevitável resultado: intolerância e perseguição. A Constituição estipula que ‘o Congresso não fará leis que oficializem alguma religião ou proíbam seu livre exercício’, e que ‘nenhum requisito religioso será jamais exigido como qualificação para qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos’. Apenas em flagrante violação dessas garantias à liberdade da nação é que qualquer observância religiosa poderá ser imposta pela autoridade civil. Mas a incoerência de tal procedimento não é maior do que o que está representado no símbolo. É a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro – declarando-se pura, mansa e inofensiva – que fala como um dragão .

“‘Dizendo aos que habitam sobre Terra que façam uma imagem à besta’ (Ap 13:14). Aqui se representa claramente a forma de governo em que o poder legislativo emana do povo; uma prova das mais convincentes de que os Estados Unidos são a nação indicada na profecia ” (O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 371, 372).

Conclusão

Em breve, muito em breve, a nação sobre a qual Deus lançou o escudo da onipotência, os Estados Unidos, estenderão a mão sobre o abismo e segurará nas mãos do papado. Ela fará com que, finalmente, a chaga mortal seja plenamente curada. O país da liberdade muito em breve fará leis civis que firam a consciência, obrigando as pessoas a observar um falso sábado, fazendo assim a imagem da besta.

O que hoje parece impossível de acontecer ocorrerá diante dos nossos olhos. Aquele que for achado fiel será salvo. Que nos preparemos para as cenas que estão exatamente diante de nós.

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pr. Eleazar Domini é mestre em Teologia e apresentador do canal “Fala sério, pastor”, no YouTube. Serve à Igreja Adventista há mais de 14 anos e atuou em diferentes funções. Atualmente, exerce sua atividade como pastor nas igrejas de Danbury e Waterbury, Connecticut – EUA. É casado com Gisele Domini, farmacêutica, e é pai de Hannah e Isabella.