Lição 9
25 de fevereiro a 03 de março
Cuidado com a cobiça
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Ed 5
Verso para memorizar: “Tenham cuidado e não se deixem dominar por qualquer tipo de avareza, porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela tem” (Lc 12:15).
Leituras da semana: Is 14:12-14; Ef 5:5; Js 7; Jo 12:1-8; At 5:1-11; 1Co 10:13

A cobiça é definida como um desejo desordenado de uma pessoa por riqueza ou posses que não lhe pertencem. Cobiça é um grande problema, grande o bastante para se equiparar à mentira, ao roubo e ao assassinato. É tão prejudicial que Deus escolheu advertir-nos contra ela em Sua grande lei moral. “Não cobice a casa do seu próximo. Não cobice a mulher do seu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao seu próximo” (Êx 20:17).

A cobiça é listada com frequência entre os pecados abomináveis que impedem alguém de entrar no Céu. “Ou vocês não sabem que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não se enganem: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem afeminados, nem homossexuais, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o Reino de Deus” (1Co 6:9, 10).

A cobiça é listada junto com a extorsão, idolatria, fornicação e adultério? É isso o que dizem os textos. Nesta semana veremos exemplos do quanto ela é ruim e o que podemos fazer para ficarmos longe dela.

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Domingo, 26 de fevereiro
Ano Bíblico: Ed 6
O supremo pecado original?

Com frequência surge a pergunta, e é compreensível, sobre como o pecado surgiu no Universo de Deus. Entendemos como, ao menos de certa forma. E o cerne da questão foi a cobiça. Portanto, talvez ela seja o pecado original supremo.

1. Leia Isaías 14:12-14. Quais indícios são dados sobre a queda de Lúcifer? Como a cobiça teve um papel crucial na queda desse anjo?

“Descontente com a posição que ocupava, apesar de ser mais honrado do que a hoste celestial, ousou cobiçar a homenagem devida somente ao Criador. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse o alvo supremo das afeições e fidelidade de todos os seres criados, seu esforço consistiu em obter para si o serviço e a lealdade deles. E, cobiçando a glória que o infinito Pai havia conferido ao Seu Filho, esse príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a prerrogativa de Cristo unicamente” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 11).

2. Leia Efésios 5:5 e Colossenses 3:5. Com o que Paulo comparou a cobiça, e por quê?

É impressionante que Paulo comparou por duas vezes a cobiça com a idolatria. As pessoas praticam idolatria quando adoram, ou seja, dedicam a vida a algo diferente de Deus, a algo criado, em vez de adorar o Criador (Rm 1:25). Cobiçar poderia ser, então, querer algo que não se deve ter, de tal maneira que o desejo por isso, em lugar do Senhor, se torna o foco do coração?

Sem dúvida, a princípio Lúcifer não sabia aonde seus desejos errados o levariam. E isso pode acontecer conosco. O mandamento contra a cobiça, o único que lida apenas com pensamentos, pode nos impedir de cometer atos que levarão à violação de outros mandamentos (veja, por exemplo, 2Sm 11).

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Leia 1 Timóteo 6:6, 7. Refletir sobre essas palavras de Paulo nos protege da cobiça?


Segunda-feira, 27 de fevereiro
Ano Bíblico: Ed 7
Algo amaldiçoado no acampamento

Foi um grandioso momento da história de Israel. Depois de 40 anos no deserto, eles entraram na terra prometida. Por um milagre, cruzaram em terra firme o rio Jordão em seu período de cheia. Essa travessia foi tão impressionante que se derreteu o coração dos reis pagãos em Canaã, e não tiveram coragem para lutar (Js 5:1).

O primeiro desafio na conquista de Canaã foi a cidade murada e fortificada de Jericó. Ninguém sabia o que fazer para derrotar os habitantes dessa cidade – nem mesmo Josué. Em resposta à oração dele, Deus revelou o plano para a destruição da cidade, o qual eles seguiram. Mas, depois, as coisas tomaram um rumo ruim.

3. Leia Josué 7. O que aconteceu depois da poderosa vitória em Jericó, e que mensagem devemos tirar dessa história para nós mesmos?

Uma vez confrontado, Acã admitiu o que fez, dizendo que tinha “cobiçado” aquelas coisas. A palavra hebraica traduzida por “cobicei”, chmd, tem sido usada em alguns lugares da Bíblia em um sentido muito positivo. A mesma raiz aparece em Daniel 9:23, por exemplo, quando Gabriel disse com relação a Daniel: “Deus o ama muito”.

No caso de Acã, no entanto, chmd era má notícia. Apesar da explícita ordem para não saquear para si mesmos das cidades capturadas (Js 6:18, 19), Acã fez exatamente isso, trazendo descrédito sobre toda a nação. Após a derrota em Ai, Josué temeu: “Quando os cananeus e todos os moradores da terra ouvirem isto, nos cercarão e apagarão o nosso nome da face da Terra; e, então, que farás ao Teu grande nome?” (Js 7:9). Em outras palavras, o Senhor queria usar essas vitórias para fazer com que as nações soubessem de Seu poder e de Sua obra entre Seu próprio povo. Suas conquistas deveriam ser (de uma forma diferente) testemunhas do poder de Yahweh. Depois do fiasco em Ai, além das vidas perdidas, esse testemunho estava comprometido.

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Pense em como teria sido fácil para Acã ter justificado suas atitudes: “Bem, é uma quantidade tão pequena em comparação com todo o restante do saque. Ninguém vai saber, e o que pode fazer de mal? Além disso, minha família precisa do dinheiro.” Como podemos nos proteger desse tipo de raciocínio perigoso?


Terça-feira, 28 de fevereiro
Ano Bíblico: Ed 8
O coração de Judas

Uma das histórias mais trágicas da Bíblia é a de Judas Iscariotes. Ele teve o privilégio que apenas outras 11 pessoas na história tiveram: estar com Jesus todo aquele tempo e aprender verdades eternas diretamente do Mestre. Muitas pessoas que nunca tiveram nada parecido com as oportunidades que Judas teve serão salvas, enquanto ele está destinado à destruição eterna.

O que aconteceu? A resposta pode ser encontrada em uma palavra: cobiça, os desejos do coração dele.

4. Leia João 12:1-8. O que Maria fez que atraiu tanta atenção durante o banquete? Como Judas reagiu? Por quê? Qual foi a resposta de Jesus?

A gentil repreensão do Salvador ao comentário avarento de Judas o levou a deixar o banquete e ir diretamente ao palácio do sumo sacerdote, onde os inimigos de Jesus estavam reunidos. Ele se ofereceu para entregar seu Mestre nas mãos deles por uma quantia muito menor do que a dádiva de Maria (Mt 26:14-16).

O que aconteceu com Judas? Depois de tantas oportunidades maravilhosas e raros privilégios, por que ele faria algo tão mau? Segundo Ellen G. White, Judas “amava o grande Mestre e ansiava estar com Ele. Tivera desejo de ser transformado no caráter e na vida e esperava experimentar isso por sua ligação com Jesus. O Salvador não havia afastado Judas. Dera-lhe um lugar entre os Doze. Confiou-lhe a obra de evangelista. Concedeu- lhe poder para curar os doentes e expulsar os demônios. Entretanto, Judas não chegou ao ponto de se entregar totalmente a Cristo” (O Desejado de Todas as Nações, p. 573, 574).

Todos temos defeitos de caráter que, se submetidos, podem ser vencidos através do poder de Deus. Mas Judas não foi submisso a Cristo, e o pecado da cobiça, que ele poderia ter vencido por meio do poder de Cristo, o venceu com resultados trágicos.

Quem entre nós não luta contra a cobiça por uma coisa ou outra? O que Judas cobiçava era o dinheiro, e essa cobiça, um problema do coração, o levou a roubar (Jo 12:6) e a trair Jesus.

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Que lição terrível para nós sobre o perigo da cobiça! O que parece ser algo pequeno, um simples desejo do coração, pode levar à calamidade e à perda eterna.


Quarta-feira, 01 de março
Ano Bíblico: Ed 9
Ananias e Safira

Era um momento emocionante para se tornar membro da igreja. Após o grande derramamento do Espírito Santo no dia do Pentecostes, os apóstolos pregavam o evangelho com poder, e milhares estavam se juntando à igreja.

“Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com ousadia, anunciavam a Palavra de Deus. Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum” (At 4:31, 32).

Que privilégio Ananias e Safira tiveram! Fazer parte da igreja primitiva, vê-la crescer e sentir a manifestação do Espírito Santo de forma tão marcante. “Não havia nenhum necessitado entre eles, porque os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e os depositavam aos pés dos apóstolos; então se distribuía a cada um conforme a sua necessidade” (At 4:34, 35).

Foi nesse cenário que Ananias e Safira, obviamente impressionados com o que estava acontecendo e querendo fazer parte dessa comunidade, decidiram vender alguns bens e contribuir com os lucros para a igreja. Até aí, tudo bem.

5. Leia Atos 5:1-11. O que você acha que foi pior, reter parte do dinheiro ou mentir? Por que uma punição tão severa?

No início, parecia que eram sinceros em seu desejo de doar para a obra. No entanto, “depois, o casal ofendeu o Santo Espírito ao ceder a sentimentos de cobiça. Começaram a lamentar o fato de terem feito aquela promessa e logo perderam a suave influência da bênção que lhes havia aquecido o coração com o desejo de fazer grandes coisas em benefício da causa de Cristo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 46). Em outras palavras, embora tivessem iniciado com as melhores das intenções, a cobiça fez com que aparentassem e fingissem ser o que não eram.

“E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos aqueles que ouviram falar destes acontecimentos” (At 5:11). Depois desse incidente, todos certamente devem ter sido mais cuidadosos ao devolver seu dízimo. Mas esse triste relato não foi incluído na Bíblia como um aviso sobre a fidelidade nos dízimos. Em vez disso, ele nos leva a pensar na seguinte pergunta: até onde a cobiça pode levar?

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Quinta-feira, 02 de março
Ano Bíblico: Ed 10
Vencendo a cobiça

Cobiça é uma questão do coração e, como o orgulho e o egoísmo, muitas vezes passa despercebida e é por isso que pode ser tão mortal e enganadora. Já é difícil superar pecados óbvios: mentira, adultério, roubo, idolatria, transgressão do sábado. Contudo, esses são atos externos, sobre os quais temos que pensar antes de cometer. Mas vencer pensamentos errados? Isso é difícil.

6. Leia 1 Coríntios 10:13. Que promessa é dada aqui, e por que é tão importante entendê-la quando se trata de cobiça?

O poder de Deus pode nos proteger contra esse pecado perigosamente enganoso? Observe três segredos para vencer a cobiça:

1. Tome a decisão de servir a Deus, depender Dele e fazer parte de Sua família. “Escolham hoje a quem vão servir [...]. Eu e a minha casa serviremos o Senhor” (Js 24:15).

2. Ore diariamente e inclua Mateus 6:13: “E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois Teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!” Ao sentir cobiça por algo que você sabe que não deve ter, ore sobre isso, reivindicando promessas da Bíblia para a vitória, como 1 Coríntios 10:13.

3. Seja regular no estudo da Palavra. “Guardo a Tua palavra no meu coração para não pecar contra Ti” (Sl 119:11).

Jesus abordou o problema humano/pecado. Ele foi tentado em todos os pontos em que somos tentados. Para resistir, passava noites inteiras em comunhão orando ao Pai. Jesus não deixou esta Terra sem ter forjado o caminho pelo exemplo e, em seguida, prometido poder para tornar possível que cada pessoa tivesse uma vida de fé e obediência para desenvolver um caráter semelhante ao Dele.

“Busquem o Senhor enquanto Ele pode ser encontrado; invoquem-No enquanto Ele está perto. Que o ímpio abandone o Seu mau caminho, e o homem mau, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Is 55:6, 7).

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Você já colheu consequências ruins da cobiça em sua vida? Que lições você aprendeu? O que ainda precisa aprender?


Sexta-feira, 03 de março
Ano Bíblico: Ne 1
Estudo adicional

Na conquista de Jericó, Acã não foi o único homem que levou prata e ouro para o acampamento de Israel. Josué havia dito aos homens que trouxessem de volta a prata, o ouro e os utensílios de bronze e de ferro para o tesouro da casa de Deus (Js 6:19, 24). Todo o restante devia ser queimado. Acã, no entanto, foi o único homem a guardar algo para si mesmo. “Dentre os milhões de israelitas, houve apenas um homem que, naquela hora solene de triunfo e juízo, ousara transgredir a ordem de Deus. A cobiça de Acã foi despertada ao ver aquela valiosa capa de Sinear. Mesmo quando ela o colocou face a face com a morte, ele lhe chamou de ‘uma boa capa babilônica’ (Js 7:21). Um pecado arrastara outro, e ele apropriou-se do ouro e da prata dedicados ao tesouro do Senhor – roubou de Deus as primícias da terra de Canaã” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 432, 433).

Na lista de Paulo sobre os sinais dos últimos dias, os dois primeiros itens envolvem nossa atitude em relação ao dinheiro e às posses: “Você precisa saber disto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Pois os seres humanos serão egoístas, avarentos” (2Tm 3:1, 2). Egoísmo e avareza são descrições significativas da humanidade nos últimos dias – os nossos dias.

Perguntas para consideração

  1. Leia 1 Timóteo 6:6-10: “Porque nada trouxemos para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos insensatos e nocivos, que levam as pessoas a se afundar na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores.” Quantas pessoas “atormentaram a si mesmos [e aos outros]” por causa do amor ao dinheiro? Sabendo que precisamos de dinheiro para viver, como evitar a armadilha sobre a qual Paulo advertiu?
  2. Que outras coisas, além de dinheiro, podemos cobiçar?
  3. Qual é a diferença entre um desejo legítimo e a cobiça? Quando um desejo legítimo se transforma em cobiça?

Respostas e atividades da semana: 1. Lúcifer desejou o lugar que pertence a Deus. 2. Ele a compara com a idolatria, pois ela tira o foco de Deus. 3. Acã cobiçou e roubou os despojos de guerra e arruinou sua vida. 4. Derramou um perfume caro nos pés de Jesus; isso despertou a cobiça de Judas porque ele roubava das doações; Cristo repreendeu Judas e valorizou a atitude de Maria. 5. As duas atitudes foram graves e relembram a postura de Satanás, que é ganancioso e mentiroso. A punição foi severa porque eles ofenderam o Espírito Santo. 6. Deus não permitirá nenhuma além do que podemos suportar. Pela graça de Deus, podemos vencer a cobiça.

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Resumo da Lição 9
Cuidado com a cobiça

PARTE I – VISÃO GERAL

A luxúria, uma forma de cobiça, produz pecado, resultando em morte (Tg 1:15; veja também Jd 1:18). A cobiça é uma transgressão contra a lei do amor altruísta (1Co 13:5). Por outro lado, uma vida piedosa com contentamento é um grande ganho (1Tm 6:6-10).

A cobiça não conhece limites, nem mesmo quando se trata do que é sagrado, como a vida dos homens e dos anjos demonstra com muita frequência na Bíblia. No Céu, Lúcifer desejava se exaltar (Is 14:12-14). Hoje, na Terra, a humanidade continua a cobiçar o que pertence somente a Deus. Durante a queda de Jericó, Acã cobiçou parte do que era consagrado ao tesouro do Senhor (Js 6:19, 24; Js 7:20, 21). Judas era ladrão e costumava roubar da bolsa de dinheiro (Jo 12:4-6). Sob a manifestação do Espírito na igreja, Ananias e Safira mentiram porque cobiçaram parte do que haviam prometido (At 5:1-10). Até mesmo o povo escolhido roubou a Deus após ter sido libertado de seu exílio (Ml 3:8-10).

A solução para essa ganância e luxúria é andar no Espírito, não na carne (Gl 5:22; Rm 8:4-9). Aqueles que não conhecem a Deus andam na paixão da luxúria ou concupiscência (1Ts 4:5). No entanto, aqueles que seguem Jesus negam a si mesmos e tomam a sua cruz (Lc 9:23), escapando da corrupção que pela concupiscência há no mundo (2Pe 1:4).

Ao imitar a Deus, o Doador de todas as coisas – incluindo as coisas que Lhe damos (1Cr 29:14) – andamos em amor, assim como Jesus andou. O amor pelos pecadores inspirou Jesus a Se entregar desinteressadamente por nós como oferta e sacrifício (Ef 5:1, 2). Uma vida guiada pela graça de Jesus, que é o Verbo feito carne, e pela oração confirmará as verdades bíblicas de que “mais bem-aventurado é dar do que receber” (At 20:35) e de que “Deus ama quem dá com alegria” (2Co 9:7).

PARTE II – COMENTÁRIO

Desejo e cobiça

1. No Novo Testamento, uma palavra usada para desejo é epithymia (em grego), que pode ter o sentido de “luxúria”, “desejo” ou “concupiscência da carne” (Tg 1:14; 1Jo 2:16, 17). Antes de nossa conversão, andávamos na luxúria (epithymia) da carne (Ef 2:3). Sem o conhecimento de Deus, a humanidade segue os desejos (epithymia) impuros do coração (Rm 1:21-24). Por outro lado, Paulo deseja (epithymia) rever seus irmãos (Rm 15:23) e deseja (epithymia) estar com Cristo (Fp 1:23).

Nesse sentido, o desejo pode ser bom ou mau. Por isso, o apóstolo Paulo nos aconselha a mortificar os membros do pecado, entre os quais estão os desejos maus (kakós epithymia), que são danosos e doentios, bem como a cobiça (pleoneksia), que é idolatria (Cl 3:5).

2. Em contraste, a cobiça é especialmente marcada por um desejo desordenado por riqueza ou posses, ou pelas posses dos outros.

O apóstolo Paulo usa a palavra “avarento” (pleoneksia, em grego) no sentido de ter um desejo ilícito por ganho (Ef 5:5). Jesus também liga a cobiça à abundância de bens materiais (Lc 12:15). A cobiça também pode ser aplicada ao desejo excessivo ou ilegal por algo.

A concupiscência (pleoneksia) ou desejo mau (kakós epithymia) distorce a percepção do pecador porque é um desejo sem o domínio próprio (Gl 5:22), o qual conduz à idolatria (Ef 5:5) ao divinizar coisas materiais (os bens) em lugar do Criador.

Exemplos que servem de advertência

1. Lúcifer pretendia tomar a posição (o trono) de Deus (Is 14:12-14) e o direito de ser adorado (Mt 4:9), exaltando dessa forma a si mesmo e colocando uma criatura no lugar do Criador. No entanto, tendo falhado no Céu, Lúcifer mudou sua atenção maligna para a humanidade, fomentando o pecado e a concupiscência para destruir o tesouro do Senhor na Terra (Ml 3:8-10).

Contudo, o Senhor apela aos fiéis a voltar para Ele (Ml 3:7, 8), prometendo bênçãos imensuráveis (Ml 3:10-12), que são melhores que os ganhos provindos da concupiscência.

2. Acã reconheceu que havia cobiçado (heb. hamad) itens sagrados do tesouro do Senhor (Js 6:18, 19; Js 7:21). Hamad significa “desejo”, “cobiça”, “luxúria”, “beleza”, “algo desejável”, “prazer” e “agradável” e “algo precioso”. Essa palavra é usada no décimo mandamento para proibir a cobiça (Êx 20:17). Assim sendo, o pecado também pode começar com o desejo de coisas boas, mas proibidas.

Tanto a Septuaginta (LXX), a versão grega do Antigo Testamento, traduzida pelos judeus, quanto os escritos do apóstolo Paulo traduzem hamad (hebraico) no décimo mandamento como epithymia (grego), que também significa “desejo” (Rm 7:7; 13:9). Mas esse desejo ou atração (hamad) pela beleza e prazer proibidos pode ser superado pelo exercício de vigiar e orar (Mt 26:41). Se Deus não for o primeiro na vida de uma pessoa (Mt 6:33), o desejo, mesmo que inicialmente inocente e lícito, será satisfeito sem autocontrole (Gl 5:22), levando ao pecado.

No caso de Acã, seu desejo era proibido. Depois que seu pecado foi exposto, Acã, cego pela cobiça (hamad), continuou a descrever a roupa roubada como “boa” ou “bonita” (Js 7:21). Mas a beleza e o valor de algo não justificam o erro nem diminuem a culpa do pecado.

3. Eva (Gn 3:6) entendeu que a árvore era boa, agradável e desejável (hamad) e comeu do fruto proibido. Ela violou no Éden o princípio do décimo mandamento. Mais uma vez, a lição é que algo bonito, bom e desejável (hamad [heb.] e epithymia [gr.]), que levou ao pecado no Éden, continua a fazê-lo após a queda (Tg 1:14; 1Jo 2:16, 17).

4. A experiência de Judas (Jo 12:1-8) serve de advertência quanto ao fato de que posições de liderança e eventos milagrosos, por si mesmos, não restringem a cobiça no coração humano. Sendo parte dos 12 discípulos, Judas ouviu o Mestre em primeira mão, participou de milagres incríveis e serviu como tesoureiro do Senhor. No entanto, Judas roubava das ofertas dadas à obra de Cristo (Jo 12:5, 6) e invejou o caro presente concedido a Ele por um coração agradecido e penitente. Judas e alguns outros não aprovaram o tributo de Maria ao Salvador porque julgaram que a oferta apresentada na unção de Jesus foi um desperdício de dinheiro. Eles achavam que esse dinheiro poderia ter sido mais bem aproveitado se fosse dado aos pobres (Mc 14:4, 5). Ou, talvez, Judas o queria para si mesmo?

Além de prover para a obra do Senhor (Ml 3:10), os dízimos e as ofertas têm outro sentido espiritual para o adorador leal, como exaltar o nome do Senhor (Ml 1:11), aproximar de Deus o doador (Ml 3:7, 8), honrar o Senhor (Pv 3:9) e adorá-Lo (Sl 66:13). Portanto, a recompensa de Maria (Jo 12:3-8) não será tirada. Para ela, lavar os pés de Jesus com um perfume que valia mais de trezentos dias de trabalho era pouco. Ajoelhando-se e enxugando os pés do Senhor com os cabelos, Maria também se deu como oferta. Com esse espírito, a recompensa do doador fiel nunca será tirada:

“Pessoas generosas e consagradas, que devolvem a Deus o que Lhe pertence, como Ele requer, serão recompensadas segundo suas obras. Ainda que os recursos assim consagrados sejam mal aplicados, de modo que não venham a preencher os fins que o ofertante tinha em vista – a glória de Deus e a salvação das pessoas – aqueles que fizeram o sacrifício em sinceridade de coração, com a única finalidade de glorificar a Deus, não perderão sua recompensa” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 2, p. 421).

5. Ananias e Safira servem de exemplo (At 5:1-11). O livro de Levítico estabelece que o dinheiro da venda da propriedade deve ser dado como oferta à casa do tesouro do santuário (Lv 27:8-33). O dízimo também está incluído na lista de coisas sagradas (Lv 27:31-33; Ml 3:10). No entanto, Levítico 27 aponta que tudo o que deveria ser consagrado ao Senhor deveria primeiro ser avaliado pelo sacerdote antes de ser vendido ou resgatado, de acordo com a lei do resgate (Lv 27:8, 11-13, 25, 27, 31, 32).

A avaliação prévia do sacerdote pode sugerir a intenção de prevenir a cobiça vinda de subavaliação do objeto ofertado ou a resgatar. A avaliação do sacerdote também pode ter sido instituída para prevenir a retenção de uma parcela do valor por parte do adorador.

Como os sacerdotes não mais supervisionavam as estimativas dos bens a ser vendidos ou o desembolso posterior da quantia dada como oferta, a determinação do preço do bem vendido dependia apenas da consciência de Ananias e Safira. Contudo, eles mentiram a fim de reter para si uma parte do que haviam prometido.

No entanto, no Novo Testamento, os dízimos e as ofertas permanecem santos e intocáveis, como no Antigo Testamento. Em apoio a esse preceito, temos revelação direta do próprio Senhor (Hb 2:1-4) e do Espírito Santo (At 5:1-11).

Sempre que havia uma reforma espiritual, a liberalidade do povo era retomada em um claro sinal de reavivamento (Êx 35:20-29; 2Cr 31:1-12; Ml 3:6-12; At 4:34-37). Entretanto, Ananias e Safira não ficaram suficientemente impressionados com o derramamento do Espírito Santo e colheram as consequências. Se Ananias e Safira tivessem sido bem sucedidos em sua fraude, a credibilidade dos apóstolos e a legitimidade divina da igreja teriam sido corrompidas desde o início. Embora o mesmo juízo imediato não ocorra hoje, chegará o dia em que todos prestarão contas exatas ao Senhor de tudo o que tiverem feito, seja bom ou mau (Ec 12:13, 14).

“Não apenas para a igreja primitiva, mas também para todas as gerações futuras, esse exemplo de como Deus abomina a cobiça, a fraude e a hipocrisia foi dado como um sinal de perigo. Em primeiro lugar, Ananias e Safira alimentaram a cobiça. [...] As ofertas voluntárias e os dízimos constituem o meio de manutenção da obra do Senhor” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos [CPB, 2021], p. 47).

PARTE III – APLICAÇÃO À VIDA

Peça a um aluno que leia em voz alta as citações abaixo. Em seguida, discuta com a classe as questões propostas.

Remédio para a cobiça

“Beneficência constante e abnegada é o remédio que Deus propõe para os pecados crônicos do egoísmo e da avareza. [...] Ele ordenou que o ato de dar deve tornar-se um hábito, para que possa contrapor-se ao perigoso e enganador pecado da avareza. O hábito de dar continuamente faz com que a avareza vá se definhando” (Ellen G. White, O Lar Adventista [CPB, 2021], p. 303).

1. A abnegação da benevolência pode parecer estranha ao coração humano não regenerado. Como podemos cultivar o hábito da benevolência abnegada e ter prazer em ser generosos, libertando-nos assim da cobiça?

2. Como podemos envolver pessoas em campanhas para fortalecer a fidelidade nos dízimos, ofertas e doações regulares a fim de suprir necessidades missionárias e assistenciais?

Liberalidade e o Espírito Santo

“Essa liberalidade da parte dos crentes foi o resultado do derramamento do Espírito.

‘Era um o coração e a alma’ (At 4:32) dos conversos ao evangelho. Um interesse comum os guiava – o êxito da missão a eles confiada –, e a avareza não tinha lugar em sua vida” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos [CPB, 2021], p. 45).

“Depois, o casal [Ananias e Safira] ofendeu o Espírito Santo ao ceder a sentimentos de cobiça” (Atos dos Apóstolos [CPB, 2021], p. 46).

que o Espírito atue em nossa vida. A cobiça é o oposto. O que sua autoavaliação espiritual revelaria se você considerasse a fidelidade, bem como a frequência e a generosidade com que você contribui para projetos missionários e assistenciais da igreja? (Leia também 2Co 13:5). 

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Pastor ou Político?

Jacob

Tanzânia | 25 de fevereiro

Jacob sentiu pela primeira vez que Deus o estava chamando para ser um pastor quando ele tinha 7 anos, na Tanzânia.

Mas quando adolescente, ele se viu na encruzilhada de se tornar um pastor ou um político.

Parecia que ser um político era o caminho mais fácil.

Então, ele pôs Deus à prova.

Jacó enfrentou intensa pressão para entrar na política. Vários políticos insistiram para que ele se unisse a eles em seu trabalho. Suas propostas eram muito poderosas. Eles disseram que Jacob exibia as características essenciais para se tornar um político e prometeram a ele que o trabalho seria fácil e o salário seria alto.

Suas ofertas entraram em conflito com o desejo de infância de Jacob de se tornar um pastor.

Para complicar as coisas, ele não estava conseguindo o dinheiro para realizar seus estudos de teologia na Universidade de Arusha, a única universidade adventista do sétimo dia que oferece treinamento pastoral na Tanzânia. Ele precisava de uma quantidade substancial de dinheiro para cobrir as mensalidades, a hospedagem e a comida. Jacob não tinha nenhuma esperança de se qualificar para auxílio financeiro do governo ou para uma bolsa de estudo.

Jacob decidiu testar Deus. Ele havia sido fiel em devolver o dízimo e as ofertas, e resolveu reivindicar a promessa de Malaquias 3:10, que diz: “‘Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova’, diz o Senhor dos Exércitos, ‘e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las.’”

Jacob orou: “Meu querido Senhor, eu vou esperar o chamado para me tornar um político ou me unir ao Seu trabalho. Eu aceitarei o chamado que aparecer primeiro”.

Para ele, as chances de ser chamado para trabalhar como político pareciam muito maiores do que as de ser chamado para se tornar um pastor.

Logo após a oração, Jacob recebeu uma ligação de um pastor distrital, que o convidou a pregar em uma de suas igrejas no sábado seguinte. Após a pregação daquele sábado, ele ficou tocado ao ouvir os membros da igreja, incluindo o pastor, louvar a Deus por seu sermão.

Jacob começou a pregar regularmente em várias igrejas. Então, ele foi convidado a trabalhar como capelão associado em uma escola fundamental. Após algum tempo, Jacob sentiu-se impressionado a deixar seu trabalho como capelão associado e estabelecer uma empresa de mídia e TI. Ele orou a Deus pedindo para usar a empresa para fornecer o dinheiro para se matricular na Universidade de Arusha. Ele pediu que Deus providenciasse dinheiro suficiente para que ele não precisasse pedir nenhum ajuda a nenhum membro da igreja.

“Eu vejo que o Senhor me chamando para o ministério”, orou ele. “Por favor, dê-me a garantia de poder pagar as mensalidades e as taxas de hospedagem na universidade.”

Logo, a empresa de mídia e TI começou a gerar fundos suficientes para cobrir a maior parte dos gastos mensais da universidade. Vários amigos que viviam fora do país se ofereceram inesperadamente para contribuir com dinheiro também. Jacob se perguntou se já era a hora de se matricular na universidade.

Então, ele foi chamado para servir como pastor associado de uma igreja próxima ao campus da universidade. Era um chamado incomum, pois, na Tanzânia, tais chamados são geralmente reservados para graduados em teologia.

Jacob aceitou o chamado e se matriculou na universidade. Hoje, Jacob está encerrando seus estudos na universidade. Suas pregações já tiveram um impacto nos jovens. Uma série de sermões preparada sobre fé prática foi bem recebida, e ele os está transformando em um livro. Ao olhar para trás, ele não tem nenhuma dúvida de que Deus o chamou para o ministério evangélico aos 7 anos.

“A série de milagres que aconteceram comigo prova que Deus me chamou quando eu ainda era jovem”, diz ele. “Isso atesta o fato de que Deus chama as pessoas desde a infância até hoje, como Ele fez nos tempos antigos.”

A oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a expandir a Universidade de Arusha com a construção de um salão multiuso, parte do qual abrigará o departamento de teologia e as salas de aula para treinamento ministerial. Obrigado por planejar uma generosa oferta do décimo terceiro sábado para ajudar estudantes como Jacob a responder ao chamado de Deus para o ministério.

Por Andrew McChesney

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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2023

Tema geral: Administradores fiéis: à espera do Mestre

Lição 9 – 25 de fevereiro a 4 de março

Cuidado com a cobiça

 

Autor: Wellington Almeida

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

 

O Dicionário Bíblico Adventista do Sétimo Dia (v. 8, p. 270) define a palavra “cobiça”, provinda do hebraico besa`, como “ganho”, “lucro” e, a partir do grego pleonexia, como “ganância”, “avareza”. Na lei dos Dez Mandamentos, há uma advertência contra a cobiça (10º mandamento) para que não pequemos contra outros; a cobiça pode nos levar ao abandono da fé (1Tm 6:9, 10) e até a exclusão do Céu (1Co 6:10). Os autores Charles Pfeiffer, Howard Voz e John Rea (Wycliffe Bible Dictionary, p. 428) ampliam com as informações contidas no NT de que a cobiça “é uma espécie de idolatria” (Cl 3:5). A cobiça é citada em conjunto com outros pecados (Mc 7:22; Lc 12:15; Rm 1:29, etc). O pior de tudo é o desejo desordenado de ter a posse “daquilo que não lhe pertence”. Nesta introdução ao tema, você pode fazer uso da pergunta 2, na lição de domingo.

 

  1. Verso para memorizar

“Tenham cuidado e não se deixem dominar por qualquer tipo de avareza, porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela tem” (Lc 12:15, grifo acrescentado)

 

Há uma advertência e um apelo no início do verso. Esse apelo desperta-nos a percepção de que devemos ter consciência dos nossos interesses, incluindo os “egoístas”. “Não se deixem dominar” não é apenas um aviso, mas uma declaração de que não devemos ser pegos de surpresa nesse tema.

Outra pergunta que seria interessante apresentar aos seus alunos na Unidade de Ação é: “No que consiste a vida de um homem?”. O texto já informa que não consiste “na abundância de bens que ele possui”. Encontre resposta para essa pergunta, pois poderá representar tudo o que precisaremos saber ao finalizar o estudo da lição.

 

  1. Esboço para esta semana

O tema para esta semana poderá ser revisado a partir de dois tópicos principais que, bem considerados, atendem o necessário sobre a compreensão do tema:

(1) O supremo pecado original (domingo), e

(2) Como vencê-lo (sexta)

A lição apresenta entre esses dois dias os exemplos bíblicos citados nas lições de segunda a quarta, que podem ser usados como ponto de apoio e “estudo de casos” ao tratar dos dois tópicos acima.

 

  1. Abordagem sugestiva

É importante relembrar que o estudo da lição acontece em sua casa, no horário reservado para esse fim, sem pressa e com verdadeiro foco no aprendizado. Não se trata de “apenas ler” a lição, mas de “ouvi-la”. O que você leva para o sábado, na sua Unidade de Ação, é o produto do seu aprendizado, embora ainda não seja “o produto final”, pois é na Unidade de Ação (primariamente na Classe de Professores) que tal conhecimento é realimentado e “formatado” para uma abordagem mais uniforme entre as diversas unidades na sua Igreja.

3.1. O supremo pecado original? (domingo)

A cobiça é uma espécie de “semente” do pecado. O solo foi o coração de Lúcifer. Ele a regou com adubantes (de adubo) interesses pessoais e não ouviu nenhum outro conselho que o fizesse desapegar-se de si mesmo. É oportuno você revisar a pergunta 1 da lição de domingo. Observe que contraste interessante: o plano de “ascensão de carreira” é bem revelado no texto: “Subirei, exaltarei, assentarei, serei”. Mas enquanto ele pensava que estava subindo, diante de Deus ele estava caindo. Lúcifer se deixou dominar.

 

3.2. Vencendo a cobiça (sexta)

O autor que a cobiça é “uma questão do coração”. Essa abordagem não é importante? Não seria interessante levar os alunos da Unidade de Ação a pensar sobre a solução a partir desse mesmo lugar?

Exemplo: Deus pede: “Dá-Me filho meu o teu coração” (Pv 23:26). Aceitar esse apelo divino não seria um sábio conselho? Entregar para Deus nosso coração não seria uma demonstração de que estamos “tendo cuidado”, conforme mencionado no verso para memorizar, no sentido de que não estamos sendo dominados pela cobiça?

Dar o domínio a Deus deve ser uma escolha que envolve o Senhorio da nossa vida. Penso que você deve demorar nesses dois tópicos e um pouco mais neste. Em seguida, estude alguns exemplos (os citados nas lições de segunda, terça e quarta, e comente qual foi, em cada um deles, “o pecado original” e o que teria sido “a solução original”.

Ouça, por exemplo os conselhos que são apresentados como “segredos para vencer a cobiça”:

(1) Sirva a Deus – não a si mesmo. É claro que isso envolve uma escolha: a sua. A quem você vai servir?

(2) Ore diariamente – sem cessar. Evidentemente, isso envolve uma entrega e reconhecimento de sua fraqueza e dependência. Ore as palavras de Mateus 6:13.

(3) Alimente-se espiritualmente – use a Palavra. Claro que isso envolve um ouvido pronto para ouvir, não apenas “olhos para ler. Implica um coração pronto para ceder.”

Comente com sua unidade sobre o exemplo de Jesus. No que consistiu a vitória Dele? Relembre a clássica tentação que Ele sofreu no início do Seu ministério público. Não foi um ataque extremamente provocativo à cobiça?

(1) “Pedras que se transformem em pães” – alimente-se da Palavra (item 3, acima).

(2) “Tudo isso Te darei, se me adorares”- sirva somente a Deus (ítem 1, acima);

(3) “Se és Filho de Deus, lança-Te...” – e qual não foi a resposta do Mestre se não uma oração (item 2, acima), “não Me deixes cair nesta tentação?”. Afaste-se!

3.3. Estudo de casos

Você precisa ir direto ao ponto. Os dois principais assuntos já foram estudados acima. Cite agora os exemplos como reforço da compreensão do tema.

(A) Segunda – O pecado de Acã. Na cobiça, o coração fala mais alto do que a razão. “E o pecado jamais ficará debaixo do tapete”. A história de Acã prefigura o juízo no qual Deus trará à luz todas as coisas.

(B) Terça – o coração de Judas. Na cobiça, a ambição do ganho nem sempre está associada ao valor, mas a posições. Não importa quanta verdade você ouça (mesmo que seja aos pés do Mestre), a evidência do erro está na resistência em aceitar e aplicar a verdade em nossa vida. Cuide para que Jesus seja reconhecido como seu maior Tesouro e seu valor inegociável.

(C) Quarta – Ananias e Safira. Fico a pensar: Quem sobraria vivo se Deus decidisse agir sempre dessa maneira à medida que tentássemos enganá-Lo? A história desse relato revela o ensino sobre a santidade de nossos pactos com o Senhor. Sendo a cobiça um “caso do coração”, Deus há de revelar, no devido tempo, “nossos segredos”. Melhor é confessar nossa culpa antes de sermos inquiridos pelo Juiz de toda a Terra.

Conclusão

Cobiça é um sinal do tempo do fim. Vamos reler juntos 1 Timóteo 6:6-10.

Termine fazendo aquela pergunta (com base no verso para memorizar): “Afinal, no que consiste o valor da vida de uma pessoa?” A essência da vida é ter a Cristo (Jo 6:57).

Ao finalizar o estudo, como de costume, ore com sua unidade. Mas esta deve ser sua oração: “Senhor, não nos deixe cair em tentação, livra-nos do mal” (Mt 6:13). Amém!

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: Francisco WeIlington de Oliveira Almeida é pastor, casado com a professora Rosalba Canté Almeida, pai de Ilos McRoswell Canté Almeida (in memorian). Graduou-se em Administração de Empresas (ISES, 1991), bacharel em Teologia (IAENE, 2002), pós-graduado em Missão no Século 21 (IAENE, 2013) e Família (2012) e mestre em Teologia Pastoral (IAENE, 2014). Iniciou o ministério como distrital em Paragominas (2003/2004), Tucuruí (2005-2008), foi MIPES e Secretário Executivo na Associação Sul do Pará (2009-2013), Secretário Executivo na Associação Maranhense (2014-2016), Secretário Executivo, Lar e Família e Mordomia Cristã na Associação Norte do Pará (2016-2022). Foi nomeado Presidente desse campo (ANPa) em novembro de 2022.