Lição 2
07 a 13 de abril
Daniel e o tempo do fim
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 2Sm 18, 19
Verso para memorizar: “Disse o rei a Daniel: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério” (Dn 2:47).
Leituras da semana: Lc 16:10; Dn 1; 2; 3:1-6; Ap 13:11-15; Dn 3:13-18; Jo 3:7; Dn 4; 6

Senhor tinha grandes planos para o antigo Israel. “Vós Me sereis reino de sacerdotes e nação santa” (Êx 19:6). Essa nação santa, esse reino de sacerdotes deveria testemunhar ao mundo que Yahweh, o Senhor, é o único Deus (veja Is 43:10, 12). Infelizmente, a nação não cumpriu o chamado sagrado que Deus lhe havia feito. Por fim, os israelitas foram levados cativos à Babilônia.

De maneira curiosa, Deus ainda conseguiu usar individualmente alguns judeus para ser Suas testemunhas, apesar do desastre do cativeiro. Em outras palavras, até certo ponto, o Senhor realizaria por meio de Daniel e de seus três companheiros cativos o que Ele não tinha conseguido por meio de Israel e Judá. Em certo sentido, esses homens foram exemplos do que Israel, como nação, deveria ter sido e feito.

A história deles transcorreu em um tempo e lugar muito distantes dos últimos dias. Porém, os traços e características desses homens ainda podem servir de exemplo para nós, pessoas que não apenas vivem no tempo do fim, mas que são chamadas a testemunhar de Deus a um mundo que, como os pagãos da corte babilônica, não O conhece. O que podemos aprender com suas histórias?


Se Jesus Cristo fez bem para você, será que não vai fazer bem aos que estão ao seu redor? Em 2018, aceite o desafio, forme uma dupla missionária e cumpra a missão de espalhar essa esperança.

Domingo, 08 de abril
Ano Bíblico: 2Sm 20, 21
Fiel no pouco

Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito” (Lc 16:10).

É muito fácil transigir, ser “injusto no pouco”, não é mesmo? O problema não é que o “pouco” seja muito importante, pois não é. Por essa razão é considerado “pouco”. Como a maioria sabe, por experiência pessoal ou por exemplos de outros, o problema é que a primeira transigência leva a outra, e depois a outra, e mais outra, até que nos tornamos injustos também “no muito”.

Com esse pensamento em mente, retomemos a história em Daniel 1, o primeiro relato das experiências desses judeus no cativeiro babilônico.

1. Leia Daniel 1. De que maneira a posição tomada por Daniel, Ananias, Misael e Azarias reflete o que o antigo Israel deveria ser para as nações? Veja também Dt 4:6-8; Zc 8:23.

Embora o texto não relacione diretamente o que eles comiam com o fato de serem “dez vezes mais doutos” em “sabedoria e inteligência” do que todos os outros (Dn 1:20), há claramente uma ligação aqui. O capítulo também afirma que Deus lhes havia concedido essa inteligência e sabedoria. Ou seja, o Senhor foi capaz de usá-los porque eles foram fiéis a Ele, quando se recusa­ram a comer a comida impura da Babilônia. Eles obedeceram e Deus abençoou sua obediência. Não teria o Senhor feito algo semelhante pelo antigo Israel como um todo, se ele tivesse seguido o ensino bíblico com tanta diligência e fidelidade quanto aqueles quatro jovens? Certamente! Ele também não fará o mesmo por nós hoje, nos últimos dias, se formos fiéis?

Visto que recebemos muita luz e verdade, precisamos responder: Temos sido fiéis e obedientes à revelação? Como podemos ser testemunhas poderosas de Deus?

Alimente seu coração: Leia a Revista Adventista e as Meditações Diárias da Casa Publicadora Brasileira.

Segunda-feira, 09 de abril
Ano Bíblico: 2Sm 22–24
A humildade de Daniel

Em todo o mundo, o capítulo dois do livro de Daniel tem ajudado inúmeras pessoas a crer no Deus da Bíblia. Essa passagem bíblica apresenta evidências racionais poderosas, não apenas a favor da existência de Deus, mas de Sua presciência. De fato, a revelação da presciência divina provida por esse capítulo é uma evidência da existência de Deus.

2. Leia Daniel 2. Quais são as evidências convincentes da realidade de Deus? Observe, também, a atual Europa, descrita no livro (Dn 2:40-43). Como um homem que viveu aproximadamente 2.600 anos antes descreveu com precisão essa situação, senão por revelação divina? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Mediante um resumo da futura história mundial, apresentado a Daniel por meio de uma estátua, Deus revelou Sua existência.

B.( ) Com a ajuda dos magos de Babilônia, Daniel conseguiu desvendar o futuro.

Aberta e ousadamente, Daniel deu todo o crédito a Deus pela revelação que havia recebido. Ele poderia facilmente ter se vangloriado de sua sabedoria e inteligência já reconhecidas como a fonte de sua habilidade não apenas de conhecer o sonho do rei, mas interpretá-lo. Porém, Daniel não caiu nessa armadilha. As orações que ele e os outros fizeram (Dn 2:17-23) mostraram sua completa dependência de Deus; caso contrário, eles teriam morrido com o restante dos sábios.

Posteriormente, Daniel lembrou ao rei que nenhum de seus sábios, encantadores nem magos profissionais havia sido capaz de revelar ao rei seu sonho. Em contraste, o Deus do Céu pode revelar mistérios, pois Ele é o único Deus verdadeiro.

Assim, em sua humildade e dependência de Deus, Daniel foi uma testemunha poderosa. Se Daniel, naquela época, demonstrava humildade, quanto mais devemos revelar humildade hoje! Afinal, temos uma revelação do plano da salvação que Daniel não tinha; e se alguma coisa deve nos manter humildes é o conhecimento do que Jesus fez na cruz.

O que a cruz nos ensina sobre humildade? O que ela revela, não apenas sobre nosso pecado, mas também sobre nossa total dependência de Deus para a salvação? Onde você estaria sem a cruz? Existe, portanto, algo do que se gloriar, a não ser da cruz de Cristo? Veja Gl 6:14.

“Fortaleça sua experiência com Deus. Acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/”

Terça-feira, 10 de abril
Ano Bíblico: 1Rs 1, 2
A estátua de ouro

Há muito tempo, os estudiosos da Bíblia notaram a ligação entre Daniel 3 (a história dos três hebreus na planície de Dura) e Apocalipse 13 (uma descrição da perseguição que o povo de Deus enfrentou no passado e enfrentará nos últimos dias).

3. Compare Daniel 3:1 a 6 com Apocalipse 13:11 a 15. Quais são os paralelos entre essas duas passagens?

Em ambos os casos, a questão da adoração é central, porém ambos falam sobre uma adoração forçada. Ou seja, as autoridades políticas no poder exigem a adoração devida apenas ao Senhor.

4. Leia Daniel 3:13 a 18. O que enfrentaremos nos últimos dias? Como devemos encarar o que está por vir? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) Aumento de impostos e crise ecológica. Não devemos nos importar com isso.

B.( ) A imposição da adoração à imagem da besta. Devemos resistir.

O líder mais poderoso da Terra, Nabucodonosor, havia zombado daqueles homens e de seu Deus, dizendo: “Quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (Dn 3:15). Ele logo descobriu quem esse Deus era, pois mais tarde declarou: “Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-­Nego, que enviou o Seu anjo e livrou os Seus servos, que confiaram Nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus” (Dn 3:28).

Depois de presenciar um milagre como aquele, o rei ficou convencido de que havia algo especial no Deus a quem aqueles homens serviam.

Suponha, no entanto, que aqueles jovens não tivessem sido livrados das chamas, o que eles perceberam que era uma clara possibilidade (Dn 3:18). Por que eles ainda assim teriam agido corretamente, não obedecendo à ordem do rei, mesmo que isso significasse que eles seriam queimados vivos? Essa história apresenta um testemunho poderoso da fé e disposição daqueles homens em defender o que acreditavam, independentemente das consequências.

Quando surgir a questão da adoração nos últimos dias, como podemos ter a certeza de que permaneceremos tão fiéis quanto aqueles homens? Se não somos fiéis agora, no “pouco”, o que nos faz pensar que seremos em algo tão grande quanto a crise final?


Quarta-feira, 11 de abril
Ano Bíblico: 1Rs 3, 4
Conversão dos gentios

O capítulo três de Daniel termina com o reconhecimento, por parte de Nabucodonosor, da existência e do poder do Deus verdadeiro. Porém, ter conhecimento de Deus e de Seu poder não é o mesmo que ter a experiência do novo nascimento, a qual Jesus declarou ser crucial para a salvação (veja Jo 3:7). De fato, o homem retratado em Daniel 4:30 era qualquer coisa, menos uma pessoa convertida.

5. Leia Daniel 4:30. Qual era o problema desse homem? Veja também João 15:5, Atos 17:28 e Daniel 5:23.

No entanto, ao fim do capítulo, Nabucodonosor aprendeu, da maneira mais difícil, que todo o verdadeiro poder está em Deus e que, sem o Senhor, ele não era nada.

“O outrora orgulhoso rei tinha se tornado um humilde filho de Deus; o governante tirânico e opressor havia se tornado um rei sábio e compassivo. Aquele que tinha desafiado o Deus do Céu e Dele blasfemado, reconhecia agora o poder do Altíssimo, e fervorosamente procurou promover o temor de Jeová e a felicidade dos seus súditos. Sob a repreensão Daquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, Nabucodonosor tinha afinal aprendido a lição que todos os reis precisam aprender, de que a real grandeza consiste na verdadeira bondade. Ele reconheceu Jeová como o Deus vivo, dizendo: “Eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do Céu, porque todas as Suas obras são verdadeiras, e os Seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 521).

6. Leia Daniel 4:35. Quais verdades sobre Deus Nabucodonosor também expressou nesse verso?

O capítulo quatro de Daniel termina com um gentio reconhecendo a autoridade, domínio e poder do Deus dos hebreus. Em certo sentido, essa cena foi um prenúncio do que ocorreu na igreja primitiva, quando, mediante o testemunho dos judeus e do poder de Deus, os gentios tomaram conhecimento da verdade sobre o Senhor e começaram a proclamá-la ao mundo.

7. Leia João 3:7. O que, segundo Jesus, torna as pessoas preparadas para o fim dos tempos?



Quinta-feira, 12 de abril
Ano Bíblico: 1Rs 5, 6
A fidelidade de Daniel

Leia Daniel 6 e responda às seguintes perguntas:

8. O que Daniel 6:4 e 5 revela sobre o próprio Daniel? Quais lições podemos tirar desses versos sobre como devemos ser vistos?

9.  Como esse capítulo se relaciona com os eventos finais, descritos no livro de Apocalipse? (Veja Ap 13:4, 8, 11-17).

10. Coloque-se no lugar de Daniel nessa situação. Qual argumento ou razão ele poderia ter dado para não orar? Como o profeta poderia ter justificado essa atitude que poderia evitar que ele fosse jogado na cova dos leões?

11. Por que Daniel continuou orando como sempre fazia, mesmo que não fosse obrigado a orar?

12. Mesmo antes que Daniel fosse jogado na cova dos leões, o rei Dario demonstrou saber alguma coisa sobre o poder do Deus de Daniel (Dn 6:16). Como Daniel testemunhou ao rei a respeito de seu Deus, a quem ele adorava e servia?

 



Sexta-feira, 13 de abril
Ano Bíblico: 1Rs 7, 8
Estudo adicional

Ao nos aproximarmos do fim da história deste mundo, as profecias registradas por Daniel demandam nossa especial atenção, visto que se rela­cionam com o próprio tempo em que estamos vivendo. Com elas devem se ligar os ensinos do último livro das Escrituras do Novo Testamento. Satanás tem levado muitos a crer que as porções proféticas dos escritos de Daniel e João, o revelador, não podem ser compreendidas. Mas a promessa é clara de que bênção especial acompanhará o estudo dessas profecias. ‘Os sábios entenderão’ (Dn 12:10), foi dito a respeito das visões de Daniel que deviam ser abertas nos últimos dias; e da revelação que Cristo deu a Seu servo João para guia do povo de Deus através dos séculos, a promessa é: ‘Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas’” (Ap 1:3, ARC; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 547, 548).

Embora tenhamos a tendência de examinar o livro de Daniel no contexto da ascensão e queda das nações, do juízo (Dn 7:22, 26; 8:14) e da libertação final do povo de Deus no tempo de angústia (Dn 12:1), nesta semana vimos que esse livro também pode, por meio de exemplos, preparar-nos individualmente para provações e perseguições, sempre que elas surgirem. Nesse sentido, essas histórias nos apresentam mensagens de vital importância para os últimos dias. Afinal, por mais útil que seja conhecer a “marca da besta”, o “tempo de angústia” e a perseguição futura, se não tivermos a expe­riência com Deus, todo esse conhecimento somente nos condenará. Mais do que qualquer outra coisa, precisamos da experiência do “novo nascimento” que Daniel e os outros tiveram, incluindo Nabucodonosor.

Perguntas para discussão

1. Leia a oração de Daniel no capítulo 9:3-19. Como essa oração demonstra que o profeta compreendia a graça, e que Deus nos ama e redime por Sua benevolência, e não por qualquer mérito ou “bondade” da nossa parte? Por que é tão importante compreender e experimentar essa verdade?

2. Discuta com os alunos os desafios que os três hebreus (Dn 3) e Daniel (Dn 6) enfrentaram quando suas práticas religiosas foram ameaçadas pelas autoridades políticas. Quais semelhanças e diferenças encontramos nos dois relatos? Como podemos ser testemunhas poderosas por meio de nossa fidelidade?

3. O que significa “nascer de novo”? Por que Jesus nos deu essa ordem (Jo 3:7)?



Resumo da Lição 2
Daniel e o tempo do fim

TEXTO-CHAVE: Daniel 1:20

O ALUNO DEVERÁ

Conhecer: Sua responsabilidade como testemunha de Deus no mundo.
Sentir: Amor e respeito para com as pessoas e inspirá-las a promover esse amor.
Fazer: Permanecer fiel a Deus e a si mesmo sem fazer concessões.

ESBOÇO

I. Conhecer: Você será testemunha até os confins da Terra

A. Por que Daniel foi uma testemunha?
B. De que forma ele foi uma testemunha?
C. Como o chefe dos eunucos reagiu ao testemunho de Daniel?

II. Sentir: Amar a Deus é amar o próximo

A. Explique o chamado de Jesus para aborrecer aos pais (Lc 14:26).
B. Como você pode demonstrar amor aos seus pais ou amigos que não creem em Deus?
C. Por que a testemunha da verdade que demonstra amor, e é amada, é mais eficaz que a testemunha preocupada apenas com a verdade?

III. Fazer: Ser compassivo e santo

A. Como manter o equilíbrio entre o dever de ser fiel aos mandamentos de Deus e a relação com meus amigos e familiares que não compartilham dos meus valores?
B. Por que não é possível amar verdadeiramente as pessoas sem ser santo?

RESUMO

O exemplo de Jesus, que se tornou humano sem fazer concessões, é um modelo desafiador para o cristão, em especial para o adventista do sétimo dia.

Ciclo do aprendizado

1 Motivação

Focalizando as Escrituras: Daniel 1:15, 17

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus quer que Seu povo compartilhe com o mundo a verdade de Seu reino. A pergunta que sempre nos confronta ao cumprirmos essa ordem tem a ver com os métodos que devemos usar para comunicar a verdade. No livro de Daniel, aprendemos que a verdade está relacionada à forma de transmiti-la. O estilo literário de um livro com frequência expressa sua mensagem mais profunda e rica. O próprio Daniel personificava esse princípio. Seu relacionamento pessoal com as pessoas ao seu redor, o modo como as abordava, o que ele comia, bebia, e até mesmo a maneira pela qual ele se apresentava não estavam dissociados da mensagem espiritual que transmitia.

Para o professor: A lição desta semana nos ensina a ser testemunhas num mundo que está longe de Deus e que é hostil a Ele. Como Daniel, estamos no exílio, testificando de um reino que não é visível nem popular. Aprenderemos com o exemplo de Daniel e seus três amigos, que se mantiveram fiéis a Deus enquanto serviam ao rei. Conheceremos os desafios que enfrentaram no contexto secular em que viviam e seus métodos de testemunho. Também aprenderemos sobre sua vida espiritual e a forma pela qual colocaram a esperança de modo concreto em seu dia a dia.

Discussão e atividade inicial: O livro de Daniel tem importância especial para os adventistas do sétimo dia. Ele contém algumas das verdades que nos tornam diferentes dos outros cristãos e, em alguns aspectos, tornam-nos únicos em nossa sociedade. Infelizmente, esse livro tem atraído extremistas religiosos. O paradoxo é que o livro de Daniel é um dos mais universais da Bíblia. Ele traz a única esperança de que as pessoas precisam, em especial na atualidade.

Perguntas para discussão

1. Por que o livro de Daniel é ignorado com frequência?
2. Que mensagem de esperança ele traz?

2 Compreensão

Para o professor: Como adventistas do sétimo dia, supomos que conhecemos bem o livro de Daniel. Para evitar repetir antigos clichês, sugira aos alunos que estudem o livro de Daniel como se fosse a primeira vez. Eles devem revitalizar a leitura com novas percepções e novos caminhos. Nas suas profecias estão implícitas as promessas de descobertas e compreensão aos seus leitores nos últimos dias, pois o livro é descrito como permanecendo selado até o tempo do fim (Dn 12:9).

Comentário bíblico

I. Ser amado pelo inimigo

(Recapitule com a classe Dn 1:9.)

Quando Daniel resolveu permanecer fiel a Deus, aconteceu um milagre: “Ora, Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Dn 1:9). É interessante que Deus tenha inspirado amor e respeito no coração do inimigo imediatamente depois que Daniel decidiu não ceder à pressão da cultura.

Esse versículo sugere duas lições. Em primeiro lugar, Deus não fez um milagre antes de Daniel e os três hebreus arriscarem a vida. Portanto, Daniel não encontrou refeições perfeitas em sua mesa antes do teste de lealdade a Deus. Às vezes Deus facilita nossa caminhada com Ele e nos guia “pelas veredas da justiça” (Sl 23:3). No entanto, em muitos casos, a realidade é que a vida nos confronta com situações que se opõem a nossos princípios.

Em segundo lugar, ser fiel a Deus não significa tratar de maneira rude as pessoas do mundo. Embora Daniel tenha decidido ser diferente e recusar o convite do rei, foi respeitoso e amável para com o chefe dos eunucos e dirigiu-se a ele com humildade (Dn 1:8, 12). Também intriga o fato de que o versículo não se refere ao amor e respeito de Daniel para com seu mestre. Não é suficiente amar nossos inimigos. Devemos também inspirar amor no coração deles, o que demonstra que nosso amor é genuíno.

Pense nisto: Por que os sentimentos positivos de nosso próximo para conosco com frequência oferecem um terreno fértil para o testemunho?

II. A testemunha silenciosa

(Recapitule com sua classe Dn 3:26-28; 2:11, 21.)

O testemunho mais eloquente da fé em Deus é o estilo de vida. O testemunho dos três hebreus foi o fato de que sobreviveram ao fogo da fornalha. Observe que eles não chamaram a atenção para si. Eles nem sequer falaram. O texto apenas relata que “saíram do meio do fogo” (Dn 3:26). O foco estava em Deus. Essa foi a principal lição que Nabucodonosor extraiu desse milagre dramático: “Bendito seja o Deus [...] que [...] livrou os seus servos” (Dn 3:28). A referência às testemunhas foi secundária: “que confiaram Nele” (Dn 3:28). E mesmo assim, a ênfase está “Nele”. Esse caso ilustra o método de testemunho encorajado no livro de Daniel. O testemunho não foi sobre eles mesmos, mas sobre Deus. Os três hebreus não se gabaram dizendo: “Vejam o que Deus fez por nós!”. A glória foi dada a Deus somente (1Co 1:31).

Pense nisto: Você já se sentiu frustrado porque outro recebeu a recompensa de um trabalho que você havia realizado, ou porque o trabalho dessa pessoa, que era menos importante que o seu, foi reconhecido, ao passo que o seu foi ignorado? Como se sentiu? Medite sobre esse tema e comente com a classe no contexto de Eclesiastes 9:11.

III. Adoração em jogo

(Recapitule com a classe Dn 3:7, 8:11.)

É precisamente pelo fato de que Daniel viveu no exílio (longe de Jerusalém) e serviu numa corte pagã, que o tema “adoração” é central nesse livro. No primeiro teste de fidelidade, que envolveu a comida e a bebida, esse tópico já está evidente. É bastante significativo o fato de que Daniel tenha feito menção de um versículo bíblico sobre a criação quando se preocupou com sua dieta (Dn 1:12; compare com Gn 1:29).

O segundo teste de fidelidade aconteceu quando foi ordenado aos israelitas que adorassem a imagem de ouro erigida pelo rei. Essa estátua que Nabucodonosor “estabeleceu” relembra a imagem de seu sonho, o qual terminou com a promessa de que Deus “suscitará um reino que não será jamais destruído” (Dn 2:44). Na mente de Nabucodonosor o reino de Babilônia havia substituído o reino divino. Essa ideologia relembra a insensatez dos construtores da torre de babel, que queriam tomar o lugar de Deus (Gn 11:4). Mais adiante no livro de Daniel, o “chifre pequeno” e o “rei do Norte” demonstram a mesma mentalidade (Dn 8:11, 11:31). Em contraste com esses casos de adoração falsa, ao longo do livro de Daniel vemos sete orações, os três hebreus e o rei Nabucodonosor. O livro de Daniel termina com uma bênção (Dn 12:12), uma característica de muitas orações contidas na Bíblia (Sl 1:1; 119:1; Ap 1:3).

Pense nisto: Com base no texto de Daniel 3, liste as características da falsa e da verdadeira adoração. Como a música tem papel na falsa adoração? Como a oração se relaciona ao estudo da Palavra de Deus (Dn 9:2, 3)?

3 Aplicação

Para o professor: É perturbador que a presente era de conhecimento avançado e ceticismo está muito associada a superstições primitivas e a todo tipo de crenças estranhas. Por outro lado, o surgimento do fanatismo religioso tem gerado violência e ilusões e abrigado falsas certezas e esperanças. Ao rejeitar o Deus verdadeiro, o ser humano busca em si mesmo solução para sua condição trágica.

Perguntas para reflexão

Aplique os princípios do livro de Daniel aprendidos até o momento à situação atual e discuta as seguintes perguntas:

  1. Por que o livro de Daniel é relevante para nossa época? Por que o tema da alimentação é importante?
  2. Qual é o sentido profético da reivindicação de adoração do chifre pequeno? Como comunicar essa difícil acusação do livro de Daniel sem se indispor com as pessoas?

4 Criatividade

Para o professor: Há semelhanças e diferenças entre a época de Daniel e o período atual. No tempo de Daniel, as pessoas eram essencialmente religiosas; contudo, eram pagãs. Hoje, as pessoas não são pagãs, mas não são religiosas. Como lidar com essa diferença? Por que muitos desconfiam das igrejas e da fé cristã? Quais lições aprendidas com Daniel nos ajudam a lidar com esses movimentos poderosos?

Atividades

1. Se possível, divida a classe em sete grupos e atribua uma oração de Daniel para cada grupo. Se a classe for menor, atribua várias orações a cada grupo. Instrua cada grupo a observar o que mais os impressionou em cada oração. Então, convide-os a comentar sobre suas conclusões.

2. Por que muitas vezes é difícil alcançar pessoas poderosas, ricas ou cultas? (Focalize o método de comunicação em vez de culpá-las para justificar nossa incapacidade). Por que Daniel conseguia alcançar os poderosos e cultos? E o que podemos aprender com seus métodos?

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


2º Sábado

De danceteria a escola

Em 1980, nenhum adventista do sétimo dia vivia na Ilha Ebeye. Naquele ano, a Igreja Adventista assinou um contrato do governo dos Estados Unidos para supervisionar o único hospital ali existente. Na época, Ebeye, país com 12 mil pessoas no Oceano Pacífico, fazia parte do território americano da Micronésia.

Nojab trabalhava como enfermeira naquele hospital, sendo casada com Rellong, chefe da polícia de Ebeye e que também exercia certa influência na ilha como chefe de uma tribo. Ao assumir a direção do hospital durante quatro anos, a liderança da Igreja Adventista providenciou uma equipe de funcionários, médicos e enfermeiros. O novo enfermeiro, Jerry Whitland, logo convidou Nojab e o esposo para estudarem a Bíblia. Eles aceitaram, e Jerry passou a visitar a casa deles todas as noites.

Na mesma ocasião, o primo Tommy Kilma, pastor adventista, acompanhado de dois líderes da igreja de Guam chegaram à ilha e pediram que que Rellong autorizasse a abertura de uma igreja e uma escola adventista. Em consulta com outros líderes tribais, Rellong recebeu consentimento para transformar um edifício em uma escola. O prédio era nada menos que um salão de danças e ponto de bingo. Na verdade, Nojab e o marido já se sentiam cada vez mais desconfortáveis com esse tipo de negócios, logo depois de começarem a estudar a Bíblia.

Primeiros adventistas

Assim, no outono de 1980, foram inaugurados o Jardim de Infância e uma escola de Ensino Fundamental. O primogênito do casal se tornou um dos primeiros alunos do Jardim da Infância. Até que a igreja começasse a se reunir na escola, o casal abriu a casa para realizar os cultos de sábado. Rellong e Nojab continuaram a estudar a Bíblia por três anos. Às vezes, a enfermeira chefe dava o estudo; em outras vezes, eram ministrados pelo administrador do hospital ou algum outro funcionário adventista.

Porém, Nojab não foi poupada de lutas. Criada em um lar de fervorosos guardadores do domingo, o pai era diácono da igreja e liderava a congregação em sua ilha natal de Namu sempre que o pastor estava ausente. Apesar disso, Rellong e Nojab se convenceram da verdade bíblica e foram batizados em 1983, tornando-se os primeiros adventistas em Ebeye.

Evidentemente, o pai não aprovou a nova fé. Cerca de um ano depois de ser batizada, Nojab voltou à ilha natal, estava em casa lavando roupas quando o pai voltou da igreja em um domingo. “O que há de errado com você?”, ele perguntou. “Agora você está saindo com pessoas brancas e quebrando os mandamentos trabalhando no domingo?” Nojab abriu a Bíblia e mostrou dois textos posteriores à crucifixão de Cristo. Em Mateus 28:1, leu: “Depois do sábado, tendo começado o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.” Em seguida, leu Lucas 23:54: “era o Dia da Preparação, e estava para começar o sábado.” Depois disso, o pai nunca mais falou algo sobre a guarda do santo sábado. Embora não tivesse mudado de vida, compreendeu que a filha encontrara o Senhor do Sábado.

Expansão da escola

A escola de Ebeye cresceu rapidamente, e os primeiros missionários estudantis chegaram do Walla Walla College (agora Walla Walla University), estado de Washington, Estados Unidos. As Ilhas Marshall, onde Ebeye está localizada, conquistou a independência em 1986, e, no ano seguinte, a escola foi mudada para um prédio maior, um antigo armazém de propriedade da família. Nessa nova localização, a escola expandiu seu currículo até o Ensino Médio. O filho do casal completou todas as séries na escola e passou a frequentar a Universidade Adventista do Sudoeste do Texas.

As pessoas percebem que Nojab está sempre sorridente e perguntam o porquê. “Passei por alguns problemas, mas sempre que há um obstáculo, Deus abre um caminho”, ela testemunha. Em 1987, o marido precisou ser levado urgentemente até o Havaí para tratamento de um abscesso nos pulmões. Os médicos não tinham certeza de que ele sobreviveria. Entretanto, oraram e Rellong deixou o hospital em apenas cinco dias em perfeita saúde! Nojab é grata a Deus por haver poupado naquela ocasião a vida do marido, que faleceu em 2017, aos 67 anos.

Um milagre de cura

Poucos anos depois de enfrentar os problemas de saúde do marido, a família enfrentou nova crise médica, envolvendo o recém-nascido filho do irmão mais novo de Nojab, que era ancião da igreja adventista em Ebeye. A cabeça do menino começou a crescer muito e tiveram que levá-lo ao hospital. O médico anunciou que ele tinha fluido na cabeça e precisava ser transportado até o Havaí.

O avião aterrissou em Honolulu às 3 da manhã e Nojab sugeriu: “Antes de irmos ao hospital, vamos orar.” Assim o fizeram, inclusive repetidamente enquanto esperavam ser atendidos pelo médico no hospital. Quando o médico examinou o menino, ele não conseguiu encontrar nenhum fluido. A cabeça do garoto rinha voltado ao tamanho normal. Ele havia sido curado!

Nojab acredita no poder da oração e se diz feliz porque Deus a ama. Ela entrega tudo em Suas mãos, crendo que Ele providenciará tudo. Hoje, Nojab Lemari, de 66 anos, aposentou-se do hospital como chefe de enfermagem e continua a ser uma grande missionária da Igreja Adventista na Ilha Ebeye. Parte da oferta deste trimestre pagará as reformas urgentes da antiga escola que Nojab e seu marido doaram à igreja em 1987.

Assista a um vídeo sobre a experiência de Njab no link bit.ly/Nojab-Lemari-RD.

Resumo missionário

  1. As Ilhas Marshall incluem o Ratak ("nascer do sol") e Ralik ("pôr do sol"), duas cadeias paralelas de 29 atóis de coral com milhares de ilhotas pequenas e centenas de ilhas baixas muito pequenas.
  2. A altitude média acima do nível do mar para todo o país é de apenas 2,1 metros.
  3. Devido à sua elevação muito baixa, as Ilhas Marshall são ameaçadas pelos potenciais efeitos do aumento do nível do mar. A nação é a mais ameaçada do mundo por causa das inundações ligadas às mudanças climáticas.

Comentário da Lição da Escola Sabatina - 2º Trimestre de 2018

Tema Geral: Preparação para o Tempo do fim

Lição 2: 7 de abril a 14 de abril

Daniel e o tempo do fim

Autor: Flávio da Silva de Souza

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

O livro de Daniel começa relatando a invasão babilônica a Judá (Dn 1:1, 2). Ele afirma que Deus entregou nas mãos de Nabucodonosor não apenas o reino, mas também alguns dos utensílios do templo, e que o rei de Babilônia levou para o Esagila, templo de seu deus Marduk. Por que Deus permitiu que Judá perdesse a batalha? Deus traiu Seu povo? Claro que não! Ele havia feito uma aliança com Seu povo (Lv 26). Essa aliança consistia em bênçãos e maldições. As maldições estavam relacionadas à quebra da aliança por parte do povo e dispostas em um crescendo. Começavam com a perda da colheita (Lv 26:16) e tinham seu ápice com o exílio, o cativeiro (Lv 26:31-39). Portanto, o cativeiro babilônico ocorreu não por que Deus abandonou Seu povo, mas por que o povo se afastou do Senhor.

1. Fiel no pouco

Imagine Daniel, um jovem de descendência nobre e com cerca de 18 anos, juntamente com seus amigos sendo levado para longe do lar, aparentemente abandonado por Deus. O que você faria no lugar dele? Desistiria de sua religião? O que agravava a situação era que Babilônia partiu para a ofensiva, com um discurso de que, se Deus tinha abandonado Daniel, Babilônia iria cuidar dele. Daniel, agora um escravo, tinha uma “segunda chance”. Comeria da mesa do rei (Dn 1:5), estudaria na escola do rei (Dn 1:4), e teria um nome dado pelo rei (Dn 1:7).

É exatamente assim que acontece hoje: Alguns olham para as oportunidades dadas pelo mundo e imaginam que ser fiel a Deus seja um atraso. Como vencer se perco as oportunidades de estudo e de emprego por guardar o sábado, e se não posso frequentar determinados lugares? Como ter êxito financeiro se devolvo o dízimo e as ofertas? Observe mais atentamente as ofertas de Babilônia. A comida era impura, a educação era fundamentada em superstição, a ciência ainda era primitiva e a mudança de nomes procurava afastar de Deus Daniel e seus amigos. Sobre a questão da mudança de nomes, observe a alteração dos significados: Daniel (Deus é meu Juiz) passou a ser chamado de Beltessazar (Príncipe do deus Bel), Ananias (O Senhor é generoso) passou a ser chamado de Sadraque (servo da deusa Sin), Misael (quem é como Deus) passou a ser chamado Mesaque (quem é como o deus Acáu), e Azarias (Aquele a quem Jeová ajuda) passou a ser chamado Abede-Nego (ecravo do deus Nebo).

Daniel e seus amigos decidiram firmemente não se contaminar com a finas iguarias do rei (Dn 1:8) e, certamente, procurou evitar outras coisas mais. Qual foi o resultado? A aparência física deles foi melhor que a dos demais (Dn 1:15). Em termos de conhecimento e sabedoria eram dez vezes mais sábios que qualquer sábio do reino (Dn 1:20), o que incluía seus professores. Por fim, Daniel teve inteligência de todas as visões e sonhos (Dn 1:17), pois ele continuava ligado ao verdadeiro Deus. Lembre-se: As promessas do mundo podem às vezes parecer melhores, mas o plano de Deus é sempre o melhor.

2. A humildade de Daniel

O capítulo 2 de Daniel é sem dúvida o mais estudado do livro, pois apresenta claramente um Deus poderoso e soberano que está no controle da História do mundo. Mas, a lição está ressaltando um aspecto pouco mencionado no estudo desse capítulo: a humildade de Daniel. Note que o final do capítulo 1 já nos prepara para o capítulo 2. Daniel é o mais sábio, mas não é o primeiro a ser procurado pelo rei. Porém, apesar de toda a sabedoria, Daniel não confiou em si mesmo, não buscou seus livros. Ele buscou a Deus em oração (Dn 2:17-23). Com a resposta dada por Deus, Daniel não se exaltou, mas aproveitou o momento para exaltar a Deus (Dn 2:27, 28). Curiosamente, agora houve uma inversão: Babilônia, que se julgava acima do Deus de Daniel, ouviu Daniel dizer em alto e bom som quem está no controle. Agora, pense um pouco, quantas vezes Deus já usou você e quantas vezes você deu o testemunho de que tudo foi feito por Ele? Infelizmente, o que ouvimos com frequência é: “Quando eu cheguei nesta igreja, fiz isso e aquilo”. Ou: “Você precisava ver esta igreja antes de mim, estava tudo errado.” E ainda: “Fico preocupado com o dia em que eu sair desta igreja, o que será dela?” Precisamos aprender com Daniel!

3. A estátua de ouro

A adoração é uma questão central no grande conflito. No livro de Daniel ela surge fortemente no capítulo 3. Cerca de dez anos após o sonho, Nabucodonosor resolveu construir uma estátua toda de ouro e não apenas com a cabeça de ouro, como ele havia visto no sonho. O rei estava dizendo que Deus não estava no controle da história e sim os seus deuses. Há um paralelo entre esse capítulo e Apocalipse 13. Em ambos os casos há uma exigência de adoração a uma “imagem” por parte das autoridades políticas que buscam ocupar o lugar de Deus. A rejeição dessa exigência é punida com a pena de morte (Dn 3:5, 6; Ap 13:15). Há também uma semelhança “numérica”: a estátua tinha 60 côvados por 6 côvados (Dn 3:1) e o número da besta é 666 (Ap 13:18), apontando para o ser humano (o seis aponta para o ser humano, que foi criado no sexto dia em contraste com o sete que aponta para o Criador) como o controlador da história. Em breve os verdadeiros adoradores passarão por uma situação semelhante à de Ananias, Misael e Azarias. Você estará disposto a ser fiel a Deus, mesmo sob ameaça de morte?

4. Conversão dos gentios

No capítulo 4, encontramos Nabucodonosor novamente orgulhoso. Cerca de 33 anos depois do primeiro sonho, ele ainda estava lutando contra a interpretação, e queria ter a palavra final! Em vez de buscar o profeta, procurou os magos. Muitas vezes não somos tão diferentes de Nabucodonosor. Apesar disso, Deus nos envia Sua Palavra. Daniel aconselhou o rei, mas apenas um ano depois, Nabucodonosor ignorou os conselhos do profeta, a palavra de Deus. Então o sonho se cumpriu. Por fim, Nabucodonosor se converteu. Também passamos por provas e momentos difíceis. E apesar de não serem tão severos como os de Nabucodonosor, deveriam ter o mesmo resultado.

5. A fidelidade de Daniel

No capítulo 6, Daniel já tinha cerca de 85 anos. Os inimigos dele não encontraram nenhuma culpa nele e concluíram que uma acusação só teria êxito se estivesse ligada à lei de seu Deus (Dn 6:4, 5). Em outras palavras, seus inimigos estavam testemunhando que Daniel era fiel em tudo o que fazia e sobretudo ele era leal ao Senhor. Eles sabiam que Daniel não colocaria sua vida acima de sua fidelidade a Deus. O que será que as pessoas com quem você se relaciona pensam de você? No tempo da crise, estaremos firmes como Daniel? Se eu deixo de ir ao culto de domingo ou quarta-feira para assistir a um jogo ou fazer outra coisa, se a internet é mais importante que meu relacionamento com Deus, poderei dizer que serei fiel até a morte? Que Deus nos ajude a nos prepararmos a cada dia para estar firmes no tempo do fim!