Lição 10
01 a 07 de junho
Espiritualismo exposto
Sábado à tarde
Ano Bíblico: RPSP: Os 8
Verso para memorizar: “Porque o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que fi carmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1Ts 4:16, 17).
Leituras da semana: Mt 10:28; Ec 9:5; Is 8:19, 20; Jo 11:11-14, 21-25; 1Ts 4:16, 17; Ap 16:13, 14; Mt 24:23-27; 2Ts 2:9-12

Décadas atrás, surgiram histórias sobre experiências de quase morte, em que pessoas morreram, foram reanimadas e relataram o que tinham visto e ouvido enquanto estavam “mortas”. Milhares dessas histórias foram documentadas. Muitos acreditam que esses relatos indicam que os mortos não estão de fato mortos. 

O espiritualismo surgiu com a mentira da serpente: “É certo que vocês não morrerão” (Gn 3:4). Ele assumiu várias formas, mas sempre com a premissa de que a vida continua após a morte. Essa ideia estava na raiz do falso movimento religioso do século 19 com a alegação das irmãs Fox, depois admitida como fraudulenta, de que podiam receber respostas às suas perguntas de espíritos dos mortos. 

Nesta semana, veremos que nossa única salvaguarda contra os enganos satânicos dos últimos dias é um relacionamento pessoal com Cristo e uma base sólida nos ensinos da Bíblia. Isso inclui a doutrina sobre a morte, independentemente do que nossos olhos, ouvidos e coração tentem nos dizer. 

*Esta lição se baseia nos capítulos 31 a 34 do livro O Grande Conflito. 

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Domingo, 02 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Os 9
As consequências mortais do espiritualismo

A fábula de que a morte é apenas a entrada para um novo estágio da vida baseia-se no conceito da imortalidade natural da alma. Essa ideia pagã se infiltrou na igreja desde o início, à medida que esta se afastava dos fundamentos bíblicos na tentativa de tornar sua fé compreensível para o mundo romano: “A teoria da imortalidade da alma foi uma das falsas doutrinas que Roma recebeu do paganismo, incorporando-a à religião da cristandade” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 457). 

1. O que Mateus 10:28 diz sobre a suposta imortalidade da alma? 

O Senhor proibiu Seu povo de se envolver com ocultismo. Israel não deveria tolerar “encantador, necromante, praticante de magia, ou alguém que [consultasse] os mortos” (Dt 18:11). Tais pessoas deveriam ser apedrejadas até a morte (Lv 20:27). A punição parece muito dura, mas foi designada para proteger Israel da adoração aos falsos deuses. 

A feitiçaria é demoníaca. Ela seduz as pessoas à falsa adoração e falsifica o relacionamento genuíno com Deus, mas não satisfaz as necessidades profundas do coração. O espiritismo está no centro do plano de Satanás de levar o mundo cativo. Mas Jesus, por Seu poder, liberta os cativos das correntes do mal que os prendem. 

2. Leia Eclesiastes 9:5; Jó 7:7-9 e Isaías 8:19, 20. O que essas passagens bíblicas nos ensinam sobre a morte e a comunicação com os mortos? 

A crença de que os mortos vão direto para o Céu na morte, embora antibíblica, como a guarda do domingo, existe por tanto tempo e está tão firmemente enraizada que é muito difícil abandoná-la. As pessoas usam alguns textos, tirados do contexto, para tentar justificar a crença. Mas esse falso ensinamento as deixa desprotegidas contra os enganos que Satanás pode impor-lhes, especialmente na crise final. 

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Qual é a maneira mais adequada de explicar o estado dos mortos a outras pessoas?


Segunda-feira, 03 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Os 10
Morte no Antigo Testamento

3. Leia os Salmos 6:5; 115:17; 1 Reis 2:10; 11:43 e 14:20. O que esses versos ensinam sobre o estado dos mortos? 

O AT não ensina a imortalidade da alma. Não ensina que, após a morte, os fiéis voam para o Céu, para a eternidade, ou que, após a morte, os infiéis descem ao inferno, onde queimam eternamente. Ensina que a morte é um sono. A Bíblia usa a expressão “descansou (dormiu) com seus pais” (1Rs 2:10; 14:20) para descrever a morte dos patriarcas, e “sono da morte” (Sl 13:3; Sl 90:5). Referindo-se à morte, Jó falou de não acordar do sono (Jó 14:12). O salmista escreveu: “Eu, porém, na justiça contemplarei a Tua face; quando acordar, me satisfarei com a Tua semelhança” (Sl 17:15). 

Quando o exército assírio foi derrotado, a morte dos soldados foi chamada de “sono profundo” (Sl 76:6). A ideia dos mortos como espíritos desencarnados pairando para se comunicar com os vivos não é um conceito bíblico, mas puro paganismo. 

A falha em entender a verdade sobre a morte nos deixa vulneráveis aos enganos de Satanás. “Muitos terão que encarar espíritos de demônios personificando parentes ou amigos queridos e declarando as mais perigosas heresias. Esses visitantes apelarão para nossos mais profundos sentimentos e realizarão milagres para apoiar suas declarações. Devemos estar preparados para resistir a eles com a verdade bíblica de que os mortos nada sabem e de que os que aparecem dessa maneira são espíritos de demônios” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 465, 466). 

4. Leia Daniel 12:2 e Jó 19:25, 26. Que elementos sobre o estado dos mortos são acrescentados por esses versos? 

A morte é um descanso até a ressurreição. Não há espíritos desencarnados pairando para se comunicar com os vivos. Embora os pagãos acreditassem no mundo espiritual, os israelitas entendiam a morte como um sono até a manhã da ressurreição. 

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Embora lamentemos pelos mortos, precisamos nos consolar com o fato de que, depois que os fiéis fecham os olhos, não importa quanto tempo demore, o que verão assim que acordarem será a segunda vinda de Jesus. Nesse momento, seu primeiro pensamento será: “Cristo já voltou!”


Terça-feira, 04 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Os 11
Morte no Novo Testamento

5. Como a descrição da morte no NT se compara com a do AT? Jo 11:11-14, 21-25; 2Tm 1:10; 1Co 15:51-54; 1Ts 4:15-17 

O AT e o NT usam o sono como símbolo da morte. Pelo menos 53 vezes na Bíblia a palavra “sono” é equiparada à morte. Os escritores bíblicos concordam que não há existência consciente em uma suposta alma imortal que deixaria o corpo após a morte. O NT reforça uma dimensão já sugerida no AT: a ressurreição gloriosa no retorno de Cristo. 

Os evangelhos enfatizam que a vida eterna está somente em Cristo. Os demônios do inferno não podem roubar dos crentes a certeza da vida eterna. Cristo venceu a morte na cruz. A sepultura não pode conter suas vítimas. A ressurreição de Cristo é a garantia de que os fiéis um dia serão ressuscitados em Seu retorno. 

Paulo declarou: “Se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a fé que vocês têm, e vocês ainda permanecem nos seus pecados. E ainda mais: os que adormeceram em Cristo estão perdidos” (1Co 15:16-18). Que sentido haveria nesses versos se os mortos já estivessem na bem-aventurança do Céu? Qual seria o sentido da expressão “estão perdidos” se os mortos já estivessem no Céu? 

Na verdade, a argumentação de Paulo é que a ressurreição de Cristo é o fundamento da nossa ressurreição, e que, sem a ressurreição, “é vã a fé que [temos], e [ainda permanecemos nos nossos] pecados”, e os mortos permanecem no pó, perdidos. 

Esses versos se encaixam perfeitamente com outros textos bíblicos sobre a esperança que temos da ressurreição na volta de Jesus, quando receberemos a “herança que não pode ser destruída, que não fica manchada, que não murcha e que está reservada nos Céus para [nós]” (1Pe 1:4). Se, no entanto, os mortos já estão no Céu, por que Pedro falou de uma herança “reservada nos Céus”? Os fiéis do NT ansiavam a vinda de Cristo e a ressurreição dos mortos, e essa esperança os inspirou à fidelidade nas provações da vida. 

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Por que a ressurreição é uma esperança poderosa para os cristãos? E se tivéssemos a cruz sem a ressurreição? Teríamos esperança?


Quarta-feira, 05 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Os 12
Espiritualismo nos últimos dias: parte 1

6. Leia Mateus 24:5, 11, 24; 2 Tessalonicenses 2:7-9; Apocalipse 13:13, 14; 16:13, 14. Que tipo de enganos enfrentaremos nos últimos dias? 

O diabo usará “sinais e maravilhas” para enganar multidões antes da volta de Jesus. Ángel Rodríguez declarou que o poder de persuasão dos demônios “não se encontra no conteúdo de sua mensagem, mas na força das manifestações sobrenaturais. Eles realizam (poie?) sinais, apelando para o lado afetivo dos seres humanos, em vez de suas habilidades discricionárias e racionais. Esses sinais são realizados por demônios. Isso mostra que a força unificadora da mensagem dos três demônios [dragão, besta e falso profeta] é de natureza espiritualista – Deus não é sua fonte ou origem. À medida que o conflito cósmico se aproxima de seu fim, o poder demoníaco entrará na arena da história de um modo jamais visto. O espiritualismo, cujo fundamento é o ensino não bíblico da imortalidade da alma, quase levará o mundo cativo” (The Closing of the Cosmic Conflict: Role of the Three Angels’ Messages, manuscrito não publicado, p. 6). 

7. Por que é perigoso confiar nas emoções? Que papéis elas têm em nossa experiência? De que modo Satanás poderá contornar nosso pensamento racional e apelar para nossos sentimentos? 

“Satanás […] pouco a pouco […] tem preparado o caminho para sua obra-prima de engano: o desenvolvimento do espiritismo. Até agora não conseguiu executar completamente seus planos; mas conseguirá alcançar seu objetivo no fim dos últimos tempos. […] Com exceção dos que são guardados pelo poder de Deus e pela fé em Sua Palavra, o mundo todo será envolvido por esse engano” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 467). Nossa única segurança está em Jesus e em Sua Palavra. 

Não é difícil ver como milhões que não entendem o estado dos mortos poderão ser iludidos com a ideia de que os mortos continuam a viver após a morte. 

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De quais enganos estamos protegidos quando entendemos que os mortos dormem?


Quinta-feira, 06 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Os 13
Espiritualismo nos últimos dias: parte 2

Nossa esperança de salvação está em Cristo. Suas mãos manchadas de sangue nos convidam a aceitar o sacrifício oferecido a um custo infinito. Em breve Cristo voltará para reivindicar os Seus. A segunda vinda de Cristo é a “bendita esperança” (Tt 2:13). 

O objetivo de Satanás é destruir essa esperança. Ele realizará maravilhas e qualquer coisa que leve as pessoas para longe da verdade e da salvação em Cristo. 

“Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12). Na luta final, Satanás tentará impedir que as pessoas guardem os “mandamentos de Deus” ou tenham “a fé em Jesus”. Precisamos ter cuidado com qualquer ensinamento que, mesmo acompanhado de sinais e milagres, nos afaste de alguma dessas duas características do remanescente. 

8. O que a Bíblia nos diz sobre o poder enganador e a maneira de operar de Satanás? Mt 24:23-27; 2Co 11:13, 14; 2Ts 2:9-12 

Nos últimos momentos da história, Satanás promulgará seu engano final: “Terríveis cenas de caráter sobrenatural logo se manifestarão nos céus como indício do poder dos demônios que realizarão milagres. Os espíritos diabólicos irão aos reis da Terra e ao mundo inteiro para mantê-los no engano e forçá-los a se unir a Satanás em sua última luta contra o governo do Céu. […] Surgirão pessoas dizendo ser o próprio Cristo e reivindicando o título e a adoração que pertencem ao Redentor do mundo. Farão milagres extraordinários de cura, afirmando terem recebido do Céu revelações que contradizem o testemunho das Escrituras. 

“Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará a Cristo. Há muito tempo, a igreja diz considerar o advento do Salvador como a concretização de suas esperanças. […] Em várias partes da Terra, Satanás se manifestará entre as pessoas como um ser majestoso [...] semelhante à descrição do Filho de Deus dada por João no Apocalipse” (Ap 1:13-15; Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 518, grifo nosso). 

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Entender a verdade sobre a volta de Cristo e o estado dos mortos nos livra do engano?


Sexta-feira, 07 de junho
Ano Bíblico: RPSP: Os 14
Estudo adicional

O livro de Lee Strobel, The Case for Heaven [Em defesa do Céu], traz a premissa de que, na morte, os mortos permanecem vivos em algum tipo de existência consciente, tendo como parte da “prova” as “experiências de quase morte”. Um exemplo: “Outra menina, que teve uma ‘experiência de quase morte’ durante uma cirurgia cardíaca, disse que encontrou seu irmão na vida após a morte – o que a surpreendeu, pois ela não tinha irmão. Quando voltou à consciência e contou a seu pai, ele revelou a ela pela primeira vez que ela, de fato, tinha um irmão, mas ele havia morrido antes de ela nascer” (Lee Strobel, The Case for Heaven [Grand Rapids, MI: Zondervan Books, 2021], p. 69). Strobel luta, no entanto, para harmonizar a ideia de vida após a morte com o ensino bíblico de que somente quando Cristo voltar os fiéis receberão sua recompensa. 

“Muitos terão que encarar espíritos de demônios personificando parentes ou amigos queridos e declarando as mais perigosas heresias. Esses visitantes apelarão para nossos mais profundos sentimentos e realizarão milagres para apoiar suas declarações. Devemos estar preparados para resistir a eles com a verdade bíblica de que os mortos nada sabem e de que os que aparecem dessa maneira são espíritos de demônios. […] 

“Todos aqueles cuja fé não estiver firmemente estabelecida na Palavra de Deus serão enganados e vencidos. Satanás age com “todo engano de injustiça” (2Ts 2:10) para obter domínio sobre os filhos dos homens; e seus enganos aumentarão continuamente. [...]. Os que buscam sinceramente o conhecimento da verdade e se esforçam para purificar o coração pela obediência, fazendo o que está ao seu alcance para se prepararem para o conflito, encontrarão refúgio seguro no Deus da verdade” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 465, 466). 

Perguntas para consideração 

  1. Que influências espiritualistas Satanás usa? Que papel têm a mídia? 

  2. Como você compartilharia sua fé com alguém que perdeu um ente querido e acredita que essa pessoa foi para o Céu? O que é apropriado dizer? 

Respostas e atividades da semana: 1. Deus pode destruir a alma. Portanto, a alma é mortal. 2. A morte é como um sono totalmente inconsciente; não devemos buscar comunicação com os mortos. 3. Os mortos dormem, descansam. 4. Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão. 5. O AT e o NT usam o sono como símbolo da morte. 6. O diabo fará “sinais e maravilhas” para enganar multidões. 7. Comente com a classe. 8. Satanás se disfarça de anjo de luz. Ele faz sinais e prodígios da mentira, com todo engano de injustiça.

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Resumo da Lição 10
Espiritualismo exposto

TEXTO-CHAVE: 1 Tessalonicenses 4:16, 17 

FOCO DO ESTUDO: Mt 10:28; Ec 9:5; Is 8:19, 20; Jo 11:21-25; 1Ts 4:16, 17; Mt 24:23-27; Ap 16:13, 14; 2Ts 2:9-12 

ESBOÇO 

Introdução: O espiritualismo faz parte do esquema do maligno para promover a teoria diabólica de que somos deuses e podemos viver sem Deus. Sendo assim, ele é um artifício para manter a humanidade do lado do mal no grande conflito. Para promover o espiritua- lismo, Satanás mudou a definição bíblica de morte e o ensino bíblico sobre a natureza da humanidade. Essas falsas doutrinas estabelecem as bases para o ensino espúrio de que somos eternos e indestrutíveis e que continuamos a existir mesmo após a morte. Como consequência, esse engano abre a porta para a perigosa crença de que, após a morte, pode- mos continuar a nos comunicar com outras pessoas e até mesmo com seres angelicais. 

O movimento do Iluminismo europeu empreendeu uma extensa e árdua batalha no intuito de eliminar todas as manifestações de espiritualismo associadas à era medieval, o que englobava inclusive a prática de comunicação com os mortos. Apesar dos esforços do movimento, este não obteve sucesso na empreitada. De acordo com a profecia bíblica, acredita-se que o espiritualismo se intensificará consideravelmente entre os seres humanos nos tempos finais, preparando a humanidade para o último grande engano do grande conflito. É por isso que o povo de Deus é chamado a proclamar à humanidade a verdadeira natureza e as intenções do espiritualismo, bem como os ensinamentos bíblicos sobre a natureza humana, a natureza da morte e a verdadeira esperança da humanidade, que não se baseia na noção errônea de uma alma imortal, mas na certeza da ressurreição de Jesus Cristo e em um relacionamento eterno com Ele. 

Temas da lição: Este estudo centra-se em três grandes temas: 

  1. A verdadeira essência e intenções do espiritualismo no contexto do grande conflito é enganar a humanidade para que ela se envolva com as forças demoníacas. 

  2. A Bíblia ensina que os seres humanos são unitários e integrados, pois a primeira morte é comparada a um sono temporário, enquanto a segunda representa a extinção completa, o que é também o sentido bíblico do conceito de inferno. 

  3. A verdadeira esperança que a Palavra de Deus nos concede é a ressurreição do ser humano inteiro e um relacionamento eterno com Deus.

COMENTÁRIO 

Designações e contexto histórico 

O espiritualismo moderno se refere à crença de que a morte não é o fim da existência. Em vez disso, ele afirma que o espírito sobrevive como uma alma etérea, imaterial, eterna e imortal. Após a morte, essas almas ou espíritos continuam a se desenvolver e evoluir, avançando para outras dimensões e níveis de existência e conhecimento. Os seres humanos que ainda estão em seus corpos podem entrar em contato com esses espíritos que partiram, pedindo ajuda e orientação. Os contatos podem ser feitos por meio de médiuns. Ou pode-se entrar em contato por meio do estudo e da prática. 

Acredita-se que o espiritualismo moderno tenha se originado em Hydesville, Nova York, em 31 de março de 1848, com as irmãs Fox, que afirmavam que um espírito se comunicava com elas por meio de batidas misteriosas. Em 1888, uma das irmãs revelou que as batidas eram uma farsa, mas em 1889 ela retirou sua confissão. Apesar dos escândalos de fraude, o espiritualismo se espalhou. No fim do século 19, milhões de norte-americanos de classe média e alta se consideravam espiritualistas. 

Nessa mesma época, na década de 1850, Hippolyte Léon Denizard Rivail, professor francês conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec, desenvolveu o espiritismo. Essa crença ensina que os seres humanos são encarnações e reencarnações de espíritos imortais que povoam uma esfera transcendente. Assim, enquanto o espiritismo acredita na reencarnação da alma eterna, o espiritualismo acredita na eternidade da alma sem aceitar o conceito de reencarnação. Embora todos os espíritas sejam espiritualistas, nem todos os espiritualistas são espíritas. Ainda que haja discordância entre esses movimentos, eles estão unidos por uma crença: a imortalidade da alma e a possibilidade de se comunicar com os espíritos após a morte. Na segunda metade do século 19, um número crescente de elites da Europa abraçou tanto o espiritualismo quanto o espiritismo, desenvolvendo o ocultismo ocidental. Organizaram-se em numerosas sociedades e associações, publicando uma enorme quantidade de livros e artigos sobre conhecimento esotérico e magia. 

A imortalidade da alma 

Os espiritualistas não afirmam que sua crença na imortalidade da alma é nova. Em vez disso, eles admitem que esse “conhecimento” vem dos “antigos”. O conceito da imortalidade da alma remonta à tentação da serpente. Essa falsa teologia se espalhou pelo mundo, permeando culturas e criando religiões como xamanismo, xintoísmo, hinduísmo, budismo, vodu, etc. 

A imortalidade da alma foi o fundamento da filosofia grega, especialmente do pitagorismo, platonismo, aristotelismo, platonismo médio e neoplatonismo. O maniqueísmo e o gnosticismo também se basearam no mesmo conceito. Tragicamente, por meio de um sincretismo com a filosofia grega, o cristianismo também foi influenciado com o conceito da imortalidade da alma. Por essa razão, mesmo que muitas denominações cristãs tenham condenado o espiritismo, qualquer igreja que continua a se apegar ao conceito da imortalidade da alma é vulnerável a ele e ao ocultismo. Como resultado, algumas igrejas, como a Católica Romana e a Ortodoxa, desenvolveram um culto aos santos, que supostamente ouvem orações e respondem por meio da proteção e orientação aos que apelam a eles. Os reformadores rejeitaram o culto dos santos. No entanto, o conceito da imortalidade da alma está arraigado na maioria das denominações, abrindo-as para influências espiritualistas. 

Duas observações adicionais são importantes. Em primeiro lugar, o espiritualismo moderno surgiu durante o mesmo período em que o adventismo milerita se originou, na década de 1840, e na mesma área geográfica em que este surgiu, o nordeste dos Estados Unidos. Esse surgimento foi a tentativa do diabo de antecipar e desacreditar a obra de Deus de proclamar a segunda vinda de Jesus e as três mensagens angélicas. Deus tem proclamado essas mensagens por meio da igreja remanescente, que foi confirmada pelo dom profético. Uma das crenças fundamentais adventistas consiste no chamado à rejeição da crença pagã da imortalidade da alma. A igreja também tem apelado ao mundo pelo retorno ao ensino bíblico sobre a natureza unitária do ser humano. Os adventistas têm encorajado a humanidade a depositar sua esperança na vida após a morte, não na ideia de sobreviver à morte como uma alma imortal, mas na ressurreição na volta de Jesus. 

Em segundo lugar, o Iluminismo europeu ou modernismo, com sua ênfase na ciência e na educação científica e na tecnologia, prometia à humanidade o extermínio das superstições, da magia, da feitiçaria e de qualquer contato com o sobrenatural. Talvez o único sucesso do modernismo a esse respeito tenha sido minar a crença no Deus cristão entre os ocidentais. Além disso, o modernismo nunca conseguiu erradicar o sobrenatural da sociedade ocidental. Pelo contrário, a sociedade ocidental tornou-se secular e ateia, sem se livrar do espiritualismo. Assim, a segunda metade do século 19 é conhecida como um dos maiores avivamentos da história do espiritualismo, espiritismo, ocultismo, feitiçaria e magia. No fim do século 20, o próprio modernismo lutava pela sobrevivência, enquanto as crianças pós-modernas eram inundadas com histórias ocultistas – na forma de livros, desenhos animados e filmes – repletas de poderes sobrenaturais, magia, feitiçaria e comunicações com os mortos. 

Hoje, o que também é conhecido como Experiências de Quase-Morte (EQM) são apenas outra manifestação desse mesmo princípio. E, infelizmente, até mesmo muitos cristãos os veem como prova de que os mortos vivem de modo imediato em outro reino de existência. 

Espiritualismo e o grande conflito 

Qual é o papel do espiritualismo na estratégia do maligno em meio ao grande conflito? Ao promovê-lo, Satanás pretende explicar e confirmar seu engano fundamental que deu início ao grande conflito, ou seja: 

  • Deus não é o único Deus, mas todos nós somos deuses; 

  • Temos vida que está em nós e é nossa; 

  • Temos um componente (a alma) do nosso ser que é espiritual (imaterial, etéreo), indestrutível, imortal e eterno; e 

  • Somos moralmente autônomos. 

A queda da humanidade no pecado trouxe sofrimento incomensurável, destruição e morte, provando empiricamente que o diabo estava errado. Nessa situação, os humanos duvidariam com razão da tese de Satanás em que ele afirmou que a rebelião contra Deus não levaria à morte, mas a outro nível divino de existência e consciência. O espiritualismo em várias formas, então, é a tentativa do maligno de redefinir a morte e afirmar que só o corpo morre e que a alma transita para uma forma superior de vida. 

Satanás usa o espiritualismo para atrair as pessoas ou levá-las a um encontro consigo mesmo e seus demônios. A Bíblia ensina que por trás dos fenômenos espiritualistas, como no caso da idolatria, estão os próprios demônios (1Co 10:20). Esses encontros são perigosos não apenas porque são enganosos (Jo 8:44) e geram impureza (Mc 5:2), mas também porque levam à possessão demoníaca, uma situação na qual os demônios controlam e escravizam pessoas. Por várias razões e como parte de sua estratégia, eles não podem possuir ou controlar todos da mesma forma. No entanto, as forças demoníacas estão constantemente planejando uma grande gama de armadilhas para capturar o maior número possível de pessoas para apoiá-las no grande conflito. Pedro nos adverte que nosso adversário “anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5:8, NVI). 

O poder de Cristo 

Apesar dos esforços de Satanás, a cura que Cristo concede às pessoas possuídas por demônios (Lc 8:26-33; Mt 12:45) demonstram Seu poder para nos libertar do controle do maligno. Os adventistas do sétimo dia proclamam a vitória de Cristo não apenas no fim do grande conflito, mas aqui e agora. A crença fundamental número 11, denominada “Crescimento em Cristo”, destaca de modo preciso esse ponto: 

“Com Sua morte na cruz, Jesus triunfou sobre as forças do mal. Aquele que durante Seu ministério terrestre subjugou os espíritos demoníacos, quebrou o poder do maligno e confirmou sua condenação final. A vitória de Jesus nos dá a vitória sobre as forças do mal que ainda procuram controlar-nos ao andarmos com Ele em paz, alegria e com a certeza de Seu amor” (Nisto Cremos: As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia [CPB, 2018], p. 167). 

Inicialmente, essa crença fundamental era necessária devido à situação em algumas partes do mundo, como Ásia e África, em que os cristãos, em geral, e até mesmo alguns adventistas, não tinham certeza de que as Escrituras rejeitam todas as práticas ocultistas. Além disso, mesmo que os adventistas nessas áreas entendessem que a Bíblia se opõe a todas as práticas espíritas, eles hesitavam em livrar-se das práticas e ensinamentos porque temiam a retaliação dos espíritos. Outro ponto é que o espiritualismo, o espiritismo e o ocultismo são realidades difundidas, não apenas na África e na Ásia, mas em todo o mundo. Sendo assim, a Crença Fundamental 11 é para todos. Independentemente de nossas origens culturais e sociais, todas as pessoas precisam da mesma mensagem do evangelho: “As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz; Eu as conheço, e elas Me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da Minha mão” (Jo 10:27-29, NVI). 

APLICAÇÃO PARA A VIDA 

  1. O que as pessoas em sua cultura pensam sobre a natureza humana e a morte? Como você pode compartilhar com elas a verdade sobre a morte? 

  2. O que você pode fazer para promover a compreensão bíblica sobre o inferno?

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Uma música para cantar

Bielorrússia | Viktor

Viktor nasceu com paralisia cerebral na Bielorrússia. Seu cérebro não se desenvolveu normalmente durante a gravidez, e a desordem congênita exigiria um tratamento de longo prazo, incluindo fisioterapia, remédios e possivelmente uma cirurgia. Os tratamentos poderiam ajudar, mas os médicos disseram que sua condição não tinha cura.

Ele também sofria de ataques epilépticos.

O garoto recebeu o diagnóstico de "Inválido, grupo l". Era a forma mais severa de deficiência reconhecida pelo país.

Viktor encarava um futuro sombrio que parecia crescer mais sombrio ainda quando sua mãe o abandonou. Ele foi mandado para viver em um orfanato.

Em outro lugar da Bielorrússia, uma mãe adventista acordou certa noite com o choro de um bebê no hospital. Ela ouvia o choro, o silêncio, e então o choro novamente. O choro tocou seu coração. Ela se levantou para procurar o bebê. Uma enfermeira mostrou o pequeno DaniiI na enferma ria infantil e disse que ele havia sido abandonado pela mãe.

A mãe sentiu compaixão pelo bebê e ligou para o marido pela manhã.

"Há um bebê aqui", disse ela. "Venha vê-lo."

Ele foi vê-lo. O casal foi ver o garoto pela segunda vez. Então, começaram a pensar em adotá-lo.

Pai e mãe já tinham cinco filhas, e Daniil, de um ano, tornou-se o primeiro filho.

Pouco tempo depois, eles começaram a conversar sobre adotar uma segunda criança. Eles descobriram que Daniil tinha um irmão deS anos com paralisia cerebral. Eles levaram Viktor do orfanato para casa e o adotaram.

Viktor ouviu pela primeira vez sobre Deus com sua nova família. Ele aprendeu a ler a Bíblia e a orar. Ele ia à igreja com sua família todos os sábados.

À medida em que ia crescendo, ele foi percebendo que era um milagre de Deus. Era um milagre que ele tivesse uma família e estivesse vivo. Ele começou a buscar cumprir a vontade de Deus em sua vida.

Com o passar dos anos, Viktor ficou mais alto e mais forte. Mas ele ainda tinha o diagnóstico médico de "Inválido, grupo l".

Quando terminou o nono ano, ele não tinha muitas opções para continuar seus estudos. O médico lhe deu duas opções: ele poderia consertar sapatos ou vender frutas e vegetais. Seu diagnóstico médico o impedia de se engajar em trabalho pesado e em muitas outras atividades.

Viktor não queria consertar sapatos nem vender produtos frescos. Ele orou para que Deus interviesse.

Pouco tempo depois, Deus agiu da forma mais inesperada. De repente, os médicos declararam que ele não tinha mais o diagnóstico de "Inválido, grupo 7". Na verdade, os médicos disseram que ele não era mais deficiente. Ele era alto, forte e não tinha mais ataques epilépticos. Foi um milagre!

O pai sugeriu que Viktor considerasse a carreira musical. Ele amava cantar, e com frequência cantava a música especial na igreja.

Para a alegria de Viktor, ele foi aceito na escola de música. Em pouco tempo, ele não apenas estava cantando, mas também aprendendo a compor músicas, escrever letras e tocar piano. Pouco tempo depois, ele organizou um concerto de sua própria música.

Hoje, Viktor não tem certeza do que acontecerá quando ele se formar na escola de música. Mas gostaria de continuar seus estudos na escola de música da Universidade Adventista de Zaoksky na Rússia. De qualquer forma, ele não está preocupado. Ele tem certeza de que Deus tem um plano. '"Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro"' (Jeremias 29:77, NVI).

"O que Deus tem planejado para mim é um mistério, mas eu sei que Ele fará tudo para melhor", disse ele.

Parte das ofertas deste trimestre ajudará a abrir um centro de influência para os jovens em Minsk, Bielorrússia.

Por Andrew McChesney

Dicas para a história

  • Mostre a localização da Bielorrússia no mapa. Depois mostre Minsk, a capital, onde parte da oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre será destinada a abrir um centro de influência para os jovens.
  • Zaokskyse pronuncia como: za-OK-ski.
  • Ouça Viktorcantando, "Bondade" (Ao6poTa) no YouTube: bit.lyNiktorl-ESD.
  • Ouça Viktor cantando "Quantos Caminhos" (CKonbKO aopor), composição dele com letra e música, no YouTube: bit.ly/Viktor2-ESD.
  • Baixe as fotos desta história no Facebook: bit.ly/fb-mq.
  • Compartilhe publicações missionárias e fatos rápidos sobre a Divisão Euro-Asiática: bit.ly/esd-2024.

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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2024

Tema Geral: O grande conflito

Lição 10 – 1º a 8 de junho

Espiritualismo exposto

Autor: Eleazar Domini

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos


Introdução

Um dos temas mais comuns e aceitos no meio cristão e em todas as religiões do mundo é a imortalidade da alma. Poucos ramos religiosos são os que creem que o homem volta ao pó e aguarda a ressurreição. A Igreja Adventista do Sétimo Dia se destaca por ter em seu corpo doutrinário a crença na ressurreição dos mortos por ocasião da segunda vinda de Jesus Cristo, rejeitando, portanto, a imortalidade da alma.

Alguns creem que ao morrer a alma vai para o Céu ou o para o inferno, dependendo de sua vida na Terra. Outros creem que vai para o purgatório, outros entendem que vai para o limbo e ainda há os que acreditam que há uma reencarnação. Existem variadas crenças sobre o destino da alma após a morte. A maioria pensa que a alma pode ir para diversos lugares, menos para o lugar indicado no ensino da Bíblia: o pó da terra. “O mesmo que acontece com os filhos dos homens acontece com os animais: como morre um, assim morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego de vida, e o ser humano não tem nenhuma vantagem sobre os animais. Porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó voltarão” (Ec 3:19, 20).

I – Ecos da serpente

“Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis” (Gn 3:4).

Desde que Eva cedeu sob a tentação de Satanás e comeu o fruto proibido por Deus, a crença na imortalidade da alma permeia o pensamento da humanidade. Há evidências de que civilizações antigas, tais como Babilônia, Egito e outras antes delas criam na existência de uma alma imaterial e imortal que deixava o corpo por ocasião da morte.

Conquanto a serpente tenha dito à mulher que ela não morreria, as palavras de Deus foram claras o suficiente para que ela soubesse o resultado da desobediência: “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16, 17).

A serpente enganou Eva dizendo que Ela seria como Deus. Esse era exatamente o desejo de Lúcifer no Céu: ser como Deus. Nenhuma criatura, entretanto, pode ser como Deus. A Divindade possui atributos inerentes que a distingue de Suas criaturas. Deus é onisciente, onipresente e onipotente. Deus é imortal. Conquanto a Bíblia mencione que Deus dará a imortalidade a Seus filhos como um presente para que os salvos estejam diante Dele por toda eternidade, a imortalidade não é inerente ao ser humano, nem aos anjos, mas é um atributo divino. A imortalidade será concedida ao ser humano por ocasião da segunda vinda de Cristo, quando os ressuscitados se unirão aos justos vivos e serão transformados num abrir e fechar de olhos. Se ao morrer o ser humano possui uma alma imortal, temos dois problemas:

1. Essa teoria afrontaria a teologia bíblica que afirma que Deus é o único imortal, pois o ser humano também teria uma imortalidade natural.

2. A ressurreição perderia seu valor, uma vez que o homem já seria imortal antes do evento da ressurreição. Nesse caso, não teria sentido ressuscitar seres que já estaria desfrutando da imortalidade.

II – Imortalidade x ressurreição

O maior problema da humanidade desde que o pecado entrou no mundo é a morte. A morte é a mais dura de todas as sentenças. Ela não escolhe status social, cor da pele, sexo, etnia, altura, quantidade de dinheiro na conta bancária, nada disso. A morte nivela todos os pecadores.

A vitória de Cristo na cruz e Sua ressurreição destronaram a morte e seu reino. A ressurreição de Cristo assegura a nossa ressurreição. O apóstolo Paulo escreveu: “Se não há ressurreição de mortos, então Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e é vã a fé que vocês têm” (1Co 15:13, 14). Ele declarou: “Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, na companhia dele, os que dormem” (1Ts 4:14). Note que a solução para a morte é a RESSURREIÇÃO. Biblicamente, não há outra solução para esse mal que nos assola. O inimigo, porém, criou a ideia de que somos imortais e que a morte não é o fim de todas as coisas. Essa falsa doutrina afronta diretamente a nossa crença na ressurreição dos mortos.

Pense comigo por um instante: Se os mortos na realidade não estão mortos, mas já estão em outro lugar (Céu, inferno, limbo, purgatório ou qualquer outro lugar) recebendo a recompensa, por que Deus fará um juízo somente após a ressurreição? Note que, em Apocalipse 20, há uma cena de juízo em que os ímpios são condenados e destruídos. Agora imagine que Caim morreu perdido e já esteja queimando no inferno por cerca de 6 mil anos. Deus o ressuscita e então o condena à morte eterna. Ele poderia muito bem questionar: “Mas Senhor, eu já estou queimando há cerca de 6 mil anos e só agora é que fui condenado?” Ou imagine que Lázaro, amigo de Jesus, ao morrer, foi direto para o Céu. Imagine que ele estivesse feliz na presença de Deus e dos anjos por 4 dias, quando, de repente, Jesus o chamou de volta. Imagine a tristeza dele ao voltar para este mundo sombrio. […] Essa visão está mais próxima do filme “A Alto da Compadecida” do que de uma teologia realmente bíblica.

Um dia, quando Jesus retornar, todos os que morreram em Cristo serão ressuscitados para a vida eterna porque a ressurreição de Jesus possibilitou a ressurreição de Seus filhos. A morte nivelou todos os pecadores, e a ressurreição de Jesus nivelou todos os salvos em Cristo.

III – Papel do espiritualismo nos últimos dias

Nos últimos dias da história da Terra o espiritualismo ganhará forças e será um dos últimos e mais potentes enganos de Satanás. Nos momentos finais da história deste mundo, ocorrerão até mesmo aparições de personagens bíblicos para contradizer o que a Palavra do Senhor nos ensina. A serva do Senhor nos adverte: “Os apóstolos, conforme personificam esses espíritos de mentira, são apresentados contradizendo o que escreveram, sob a inspiração do Espírito Santo, quando estavam na Terra. Negam a origem divina da Escritura Sagrada” (O Grande Conflito, p. 557). E diz mais: “Mediante os dois grandes erros — a imortalidade da alma e a santidade do domingo — Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma” (O Grande Conflito, p. 588).

Nossa única segurança está em nos apegarmos ao “Assim diz o Senhor”. Numa ocasião em que o engano será visto como verdade e a verdade será solapada como se fosse erro, nossa segurança deve estar na Palavra de Deus. Aqueles que hoje não estão alicerçados na Palavra da Verdade certamente abandonarão suas posições ao lado do Mestre para compor as fileiras do adversário. Permaneçamos firmes ao lado da verdade, ainda que caiam os céus.

Conclusão

Satanás tem buscado enganar a humanidade ao longo dos anos. Ele é especialista no engano e é pai da mentira. Nunca, porém, ele esteve tão empenhado em desencaminhar as almas do Reino de Deus como estará nos momentos finais da história terrestre. É seu desejo levar o máximo de pessoas possível ao engano e à perdição. Quando mais densas forem as trevas, entretanto, mais forte deve brilhar a nossa luz. Nos momentos de maior engano e perseguição, “quando a religião de Cristo for mais desprezada, quando Sua lei for mais desprezada, então nosso zelo deve ser mais ardoroso e nosso ânimo e firmeza mais inabaláveis. Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões — essa será nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição” (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 31).

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pr. Eleazar Domini é mestre em Teologia e apresentador do canal “Fala sério, pastor”, no YouTube. Serve à Igreja Adventista há mais de 14 anos e atuou em diferentes funções. Atualmente, exerce sua atividade como pastor nas igrejas de Danbury e Waterbury, Connecticut – EUA. É casado com Gisele Domini, farmacêutica, e é pai de Hannah e Isabella.