Lucas 5:17-26 apresenta muitas ilustrações de como Deus ajuda os necessitados. Às vezes, Deus usa outros para nos ajudar, ou nos usa para ajudar outros. Esse trabalho pode ser desafiador, mas traz grandes recompensas. Ao ajudar os necessitados, agimos segundo o ministério de Jesus Cristo. Às vezes é fácil saber quem está precisando de ajuda; outras vezes é difícil. Seja qual for a situação, somos chamados a ser ajudantes de Deus para todos os que necessitam, independentemente de sua origem.
A Bíblia nos encoraja a nos aproximarmos de estranhos e, ao conquistar a confiança deles, podemos aprender melhores maneiras de ajudá-los a encontrar Jesus.
A lição desta semana mostra que Deus tem um plano para alcançar aqueles que estão passando por diferentes necessidade s, as quais podem ser físicas, emocionais, financeiras ou mesmo sociais, isto é, alguns podem ser excluídos em sua comunidade ou família. Sejam quais forem as necessidades, devemos estar prontos para fazer o que pudermos a fim de ajudar. Essa é uma parte central do que significa ser um cristão ; e a missão deve incluir esse amor ao próximo na prática.
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Uma história poderosa dos evangelhos revela o que alguns homens enfrentaram para levar uma pessoa necessitada, provavelmente um amigo, a Jesus. Nesse relato aprendemos que às vezes ajudar os necessitados requer trabalho árduo.
1. Leia Lucas 5:17-26 (ver também Mt 9:1-8; Mc 2:3-12). Quais são algumas lições sobre missão e ministério que tiramos dessa história?
Ao levar o amigo a Jesus, aqueles homens assumiram a responsabilidade de cuidar dele. Deus nos chama para ser como os amigos daquele homem, conduzindo necessitados a Jesus. Esse trabalho requer fé, ação, paciência e disposição para agir de modo incomum, se necessário. Eles foram a Jesus, mas havia barreiras. Não podiam levar o amigo desamparado ao Mestre pelos meios tradicionais. Não desistiram. Em vez disso, encontraram um jeito inovador de levar o homem a Cristo: desceram seu amigo pelo telhado! No entanto, Jesus aprovou o que fizeram (Lc 5:20).
O desejo de Jesus é que levemos nossos amigos desamparados a Ele. A Bíblia se refere a Jesus como o Grande Médico, que anseia perdoar e curar aqueles que estão sofrendo, seja quem for.
Ellen G. White nos desafia a ajudar os desamparados: “Não esperem que se lhes diga qual o seu dever. Abram os olhos e vejam quem está ao seu redor; familiarizem-se com os desajudados, afligidos e necessitados. Não se escondam deles e não fechem a porta às suas necessidades. Quem dará as provas mencionadas em Tiago, de possuir religião pura e incontaminada de egoísmo e corrupção? (Tg 1:27). Quem está ansioso de fazer tudo que estiver em seu poder para ajudar no grande plano da salvação?” (Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 2, p. 28).
O próprio Jesus demonstra como ajudar os desamparados e nos chama a fazer o mesmo. Primeiro, nos tornamos amigos deles; então aprendemos sobre suas necessidades; e, finalmente, os conduzimos a Jesus, O único que pode ajudá-los. Foi isso que os homens dessa história fizeram; precisamos fazer o mesmo em qualquer situação. Ajude a levar as pessoas ao Único que pode salvá-las: Jesus.
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2. O que as histórias a seguir nos ensinam sobre o ministério aos necessitados?
João 5:1-9
Marcos 1:23-28
Ellen G. White apresentou um processo de cinco etapas do método de Jesus sobre como ministrar aos necessitados: “Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador Se misturava com as pessoas como Alguém que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por elas, ministrava-lhes às necessidades e conquistava a confiança delas. Então ordenava: ‘Siga-Me’” (A Ciência do Bom Viver [CPB, 2021], p. 78).
Primeiro, devemos nos misturar com os desamparados, passar tempo conhecendo-os e entendendo suas necessidades com a intenção de fazer-lhes o bem. Veja o que Jesus fez com o paralítico junto ao tanque de Betesda. Jesus estava bem ali, em meio à “multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos” (Jo 5:3).
Em segundo lugar, precisamos mostrar compaixão. Isso é desafiador em alguns casos devido à desconfiança, e porque às vezes as pessoas usam a bondade como um meio de ganhar a confiança de alguém só para depois tirar algum proveito. No entanto, Deus está nos chamando a mostrar solidariedade sem esperar nada em troca.
O terceiro passo é ministrar às necessidades das pessoas. Isso envolve mais do que palavras. É preciso agir para suprir as necessidades dos amigos ou estranhos. Jesus falou com o paralítico, perguntou o que ele queria e então operou um milagre em seu favor. Na história do homem possuído por um “espírito imundo”, Jesus assumiu o controle da situação, fazendo pelo homem o que ele não podia fazer por si mesmo.
O quarto passo é ganhar a confiança. Quando ministramos às pessoas, quando as ajudamos, elas aprenderão a confiar em nós e no que lhes dizemos, e assim quando falarmos com elas sobre Jesus, estarão mais abertas a ouvir. Jesus não queria apenas curá-las fisicamente; Ele queria que tivessem a vida eterna Nele (ver Jo 10:10).
O último passo é ajudar a levas as pessoas a Jesus, um ato que requer fé dos que ajudam e dos que são ajudados.
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O tema dos imigrantes e refugiados é muito debatido, especialmente porque há muitos hoje em dia. Sejam desalojados pela guerra, desastres naturais ou pela esperança de melhores condições econômicas, milhões de pessoas em todo o mundo foram arrancadas de seus lares e precisam desesperadamente de ajuda.
Mateus 2:13, 14 mostra que Jesus foi um refugiado. Seus pais terrenos, José e Maria, foram forçados a fugir de Belém à noite e buscar refúgio no Egito para escapar da mão assassina de Herodes. A Bíblia não diz nada sobre sua experiência no Egito, mas não é difícil imaginar que houve desafios, talvez alguns dos mesmos que os refugiados enfrentam no presente. A experiência da família de Jesus deve ter sido semelhante à situação dos que buscam asilo em terras estrangeiras, entre os quais estão os muçulmanos, budistas, hindus, cristãos e pessoas não religiosas.
É mais fácil fazer amizade com pessoas de nossa cultura e idioma, visto que temos muitas coisas em comum. Contudo, é desafiador encontrar algo em comum com imigrantes e refugiados com aparência diferente da nossa, que não compartilham os mesmos valores religiosos e não comem alimentos semelhantes aos nossos. O evangelho nos chama a sair da zona de conforto étnica, nacional e cultural e alcançar os necessitados, independentemente de serem diferentes de nós.
3. Leia Deuteronômio 10:19; Salmo 146:9; Romanos 12:13; Levítico 23:22. Qual é o tema destacado nesses versos do qual devemos nos lembrar?
Como ajudar os imigrantes e refugiados? É difícil porque, em alguns países, pode não ser politicamente correto se socializar com essas pessoas nem as ajudar. No entanto, devemos fazer de tudo para ajudar essas pessoas, que passaram por momentos difíceis e precisam de auxílio.
Ore e busque informações sobre imigrantes e refugiados. Existem organizações que cuidam deles. Você pode trabalhar com uma das organizações, ou talvez a Escola Sabatina da igreja possa iniciar um ministério para imigrantes ou refugiados.
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Quem já não sentiu que este mundo é doloroso? Não importa se vivem na riqueza e materialismo, ou na pobreza e com necessidades materiais, as pessoas estão machucadas, sofrendo, lutando. Para entender que apenas a riqueza material não chega nem perto de garantir a felicidade ou a paz, basta ler sobre a impressionante quantidade de dinheiro gasto com antidepressivos no mundo ocidental a cada ano.
4. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele Me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lc 4:18). O que Jesus fez e o que nós também, em nossa própria esfera, devemos fazer pelos necessitados?
Deus nos chama para atender às necessidades de todos, apesar de não sabermos se algum dia aceitarão Jesus. Embora alcançar pessoas para Jesus seja o fundamento de nossa missão, precisamos ajudar os necessitados puramente porque precisam de ajuda. Nós os ajudamos porque aceitamos Jesus como nosso Senhor, e é isso que Ele nos chama a fazer.
O exemplo de Jesus de tentar satisfazer as necessidades de todos é um princípio bíblico a seguir. Nem todos a quem Ele ajudou O aceitaram.
Para ajudar os outros, precisamos estar cientes de suas necessidades. Cada cultura tem sua própria maneira de mostrar como tratar um amigo. Na Índia, é costume servir comida ou bebida ao entreter os visitantes. É mais fácil dar dinheiro a um estranho do que confortar um amigo que acabou de perder um ente querido. Talvez seu amigo precise de algo mais do que dinheiro ou coisas físicas. Muitas vezes, seu apoio solidário durante o período de uma grande perda é muito mais útil.
O princípio importante de ser o ajudante de Jesus para com nossos amigos começa primeiro com o objetivo de mostrar amor altruísta a eles, entendendo suas necessidades antes de tentar oferecer ajuda. Então ofereça a ajuda de que eles precisam, mesmo que não estejam prontos a seguir a Jesus.
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Como sabemos, as necessidades nunca acabam. Se você estiver disposto a ajudar os outros, terá muitas oportunidades. Sejam amigos próximos ou refugiados distantes, as pessoas têm necessidades, e devemos fazer o que pudermos para ajudar. Durante o Seu ministério, Jesus ajudou os desamparados. Em alguns casos, tomou a iniciativa e foi até os necessitados; em outros, como aconteceu com os homens que desceram o paralítico pelo telhado para levá-lo até Jesus, amigos tomaram a iniciativa.
5. “Ninguém tem amor maior do que este: de alguém dar a própria vida pelos seus amigos” (Jo 15:13). Como aplicamos esse princípio em nosso ministério às pessoas?
Uma família missionária serviu seis anos em Trinidad e Tobago. Nos primeiros três anos, viveram em uma comunidade predominantemente hindu e muçulmana. Os hindus reclamavam que os cristãos recusavam seu convite para o culto anual de ação de graças. Um dia, aquela família missionária participou de um culto de ação de graças de um novo amigo hindu. Fizeram isso seguindo o exemplo de Jesus: Ele visitava Seus amigos quando eles O convidavam para suas celebrações especiais. De fato, o hinduísmo ensina que os visitantes ou amigos trazem bênçãos para a casa do anfitrião.
Faça uma amizade nesta semana, sendo uma bênção para alguém. Pesquise seu contexto, comunidade ou cidade. Sabe de algum refugiado ou imigrante na região? Conhece os moradores da sua rua? Fazer amizade com um estranho não é fácil. Oremos e peçamos ajuda a Deus. Ele conhece a pessoa de quem você deseja ser amigo. Lembre-se: o objetivo é ser amigo dela para ajudá-la e levá-la para Deus.
Desafio: Aprenda sobre estrangeiros ou não cristãos que vivem em seu país. Joshuaprojects.net é um bom site para pesquisar grupos de pessoas não alcançadas em sua cultura.
Desafie-se: Identifique alguém dentro de sua esfera de influência. Comece a orar regularmente pela pessoa depois de responder às seguintes perguntas: (1) Essa pessoa é minha amiga, de acordo com o modelo de amizade de Jesus? (2) Eu conheço suas necessidades? (3) Como posso levá-la a Jesus para ser curada?
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Leia, de Arthur White, Ellen G. White: The Australian Years: 1891-1900, v. 4, p. 100-104 (“A Few Days at Long Point”).
Jesus procurou construir pontes com pessoas de outras culturas, a fim de salvá-las do cativeiro associado a essas culturas (Mt 8:28-34; Mc 5:1-20). De igual forma, somos chamados a fazer amigos e ministrar a pessoas de outras culturas. A morte de Cristo foi por todos, não importando a etnia, nacionalidade, riqueza ou origem. Este é um ponto de que não devemos nos esquecer: “Ele é a propiciação pelos nossos pecados – e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro” (1Jo 2:2).
“Homens e mulheres não estão cumprindo os desígnios de Deus quando expressam afeição apenas pelos próprios membros do seu círculo familiar, […] ao passo que excluem de seu amor aqueles a quem poderiam confortar e abençoar ao aliviar as suas necessidades. […]
“Quando o Senhor nos manda fazer o bem a outros fora de nosso lar, Ele não pretende com isso que nossas afeições pelo lar sejam diminuídas, e que amemos menos nossos familiares ou nosso país porque Ele deseja que ampliemos nossa solidariedade. Não devemos, porém, confinar nossa afeição e compaixão dentro de quatro paredes, enclausurando assim as bênçãos que Deus nos tem dado, de maneira que outros não sejam beneficiados conosco em desfrutá-las” (Ellen G. White, Beneficência Social, p. 159).
Jesus nos chamou para ser uma bênção aos que estão fora da nossa zona de conforto, por razões culturais ou sociais. Essa obra é inegociável (At 1:8; Mc 11:17).
Perguntas para consideração
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Qual é a sua zona de conforto? Por que você deve sair dela quando necessário?
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Jesus foi chamado de “glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores” (Mt 11:19). O que motivou essa acusação, e o que isso nos ensina sobre missão?
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Até que ponto os cristãos podem se envolver com os incrédulos? Como fazer isso sem comprometer os princípios bíblicos?
Respostas e atividades da semana: 1. Ajudar pessoas requer iniciativa e esforço para levá-las a Jesus. 2. Assim como Jesus fazia, devemos nos socializar com as pessoas e demonstrar compaixão para com suas necessidades e fazer todo o possível para ajudá-las. 3. Deus Se importa com os estrangeiros. Devemos também cuidar deles e ajudá-los. 4. Jesus procurou ajudar a todos em suas necessidades. Devemos fazer o mesmo. 5. Precisamos estar sempre dispostos a ajudar, a conhecer pessoas e suas necessidades e, finalmente, conduzi-las a Cristo.
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ESBOÇO
É inegável que o Antigo Testamento enfatiza a responsabilidade do povo de Deus de ajudar os necessitados. De fato, a Bíblia Hebraica possui centenas de referências (e regu- lamentos ou leis) que asseguram e protegem os direitos de viúvas, órfãos, estrangeiros, pobres e outros grupos marginalizados.
Deuteronômio 15:4 afirma: “Assim, não deverá haver pobre algum no meio de vocês, pois na terra que o Senhor, o seu Deus, está dando a vocês como herança para que dela tomem posse, Ele os abençoará ricamente” (NVI). No entanto, alguns versículos depois é dito: “Pois nunca deixará de haver pobres na terra. Por isso, Eu ordeno a vocês que, livre- mente, abram a mão para o seu compatriota, para o necessitado, para o pobre que vive na terra de vocês” (Dt 15:11).
Como podemos harmonizar esses dois versículos (Dt 15:4, 11)? Como resolver essa apa- rente contradição? Em essência, a Bíblia está nos dizendo que, pelo fato de que Deus con- cede os recursos que obtemos, Ele deseja nos usar para ajudar os necessitados, como fez Jesus. O ensino bíblico como um todo não considera a pobreza como parte “normal” da vida, mas como uma exceção ao plano divino e que existe no contexto do pecado. O que é considerado “normal” é a preocupação que leva as pessoas a revelar bondade para com os necessitados. “Quando esses textos [Dt 15:4, 11] são lidos no contexto mais amplo da tradição bíblica, no entanto, não é a pobreza, mas a preocupação mútua que deve ser um padrão normal da vida em comunidade” (Leslie J. Hoppe, There Shall Be No Poor Among You: Poverty in the Bible [Abingdon Press, 2004], p. 173).
COMENTÁRIO
“Deus interveio em favor do Seu povo [necessitado]” (Lc 7:16, NVI)
Em Lucas 7, lemos que uma grande multidão reconheceu o que Jesus tinha acabado de fazer. As pessoas não apenas O reconheceram como profeta, e um grande profeta, mas, cheias de admiração e louvor a Deus, declararam que Deus tinha vindo para ajudá-las. Jesus foi o Profeta da benevolência e da compaixão, Aquele que veio proclamar as boas-novas do Pai. Mas Ele veio também para proclamar liberdade aos cativos e anunciar que o Reino de Deus estava próximo (Mc 1:14, 15; ver também Lc 4:18, 19). Jesus dedicou a maior parte de Seu tempo e energia durante Seu ministério terreno em favor dos mais necessitados e negligenciados. Seu coração era constantemente tocado pelo sofrimento e miséria dos seres humanos mais pobres, carentes e desfavorecidos.
Entre os oprimidos e necessitados havia muitas mulheres, e Jesus tinha considera- ção especial por elas. As mulheres marginalizadas pela sociedade foram graciosamente recebidas pelo Salvador, que expressou o Seu cuidado por elas; assim, foram libertadas de suas angústias e doenças. Jesus constantemente demonstrava compaixão e atos misericordiosos para com essas mulheres.
O encontro de Jesus com a mulher samaritana no poço de Jacó serve de exemplo para todos os que trabalham em favor das mulheres, onde quer que estejam e seja qual for a condição delas: pobres, marginalizadas, pecadoras, viúvas, mães, prostitutas ou oprimidas pelo diabo. Dando à mulher samaritana a água da vida, Jesus a libertou de sua opressão e culpa, permitindo que ela desfrutasse de uma vida melhor e capacitando-a a se tornar uma de Suas testemunhas (Jo 4:1-26). A mulher samaritana estava com sede, era pobre, tinha que carregar sua própria água, estava exausta e necessitada, e Jesus supriu suas necessidades físicas, sociais e espirituais.
A maneira como Jesus lidou com a situação da mulher surpreendida em adultério e com a situação de muitas outras mulheres indica Seu interesse em ajudar as mulheres e restaurar a dignidade delas, e mostra que Seu amor não tem preferência por nenhuma classe social. Jesus cruzou barreiras culturais e até mesmo Se opôs a fortes tradições religiosas a fim de curar, salvar e desenvolver os dons e a vida das mulheres para o Seu Reino. O amor de Jesus não conhece limites nem barreiras, e é concedido a todas as mulheres necessitadas. Note os seguintes exemplos de mulheres que receberam o amor do Salvador: a mulher cananeia ou siro-fenícia (Mt 15:21-28; Mc 7:24-30); Sua própria mãe (Jo 19:25-27); Maria e Marta, a quem Ele confortou (Jo 11:17-37); e a viúva de Naim, cujo filho ressuscitou dentre os mortos (Lc 7:11-17). Jesus foi ungido por uma mulher pecadora e perdoou os pecados dela (Jo 12:1-11; Mt 26:6-13; Mc 14:3-9; Lc 7:36-50); curou uma mulher enferma e conversou com ela (Lc 8:43-48; Mt 9:20-22; Mc 5:25-34); libertou mulheres de espíritos malignos e doenças (Lc 8:1-3); curou uma mulher que tinha deficiência física (Lc 13:10-13); observou e elogiou a viúva que deu uma pequena oferta (Mc 12:41-44; Lc 21:1-4); e apareceu a Maria Madalena após Sua ressurreição (Jo 20:10-18).
De acordo com os evangelhos, o ministério de cura de Jesus em favor de todos aqueles que precisavam de Sua ajuda, amenizando seus sofrimentos e libertando-os de suas doenças, indica que “nenhum dos que a Ele se achegavam saía desatendido. Dele emanava uma corrente de poder restaurador, deixando as pessoas sãs física, mental e moralmente” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver [CPB, 2021], p. 8). Encontramos Jesus curando a sogra de Pedro de uma febre alta (Mt 8:14, 15; Mc 1:29, 30; Lc 4:38, 39); Ele curou um homem com lepra dizendo: “Fique limpo!” (Mt 8:2-4; Mc 1:40-44; Lc 5:12, 13); curou (e perdoou) um paralítico declarando: “Homem, os seus pecados estão perdoados” (Lc 5:20) e acrescentando: “Eu digo a você: Levante-se, pegue o seu leito e vá para casa” (Lc 5:24; ver também Mt 9:2-8, Mc 2:3-12).
Jesus encontrou grande fé em um centurião cujo servo estava doente e prestes a morrer, e recompensou a fé do centurião curando o servo dele (Lc 7:1-10; Mt 8:5-13). Foi também por tamanha fé que uma mulher que sofria de fluxo de sangue por 12 anos tocou em Jesus e foi curada imediatamente por Seu poder. O Salvador confirmou a fé da mulher dizendo: “Filha, a sua fé a curou! Vá em paz” (Lc 8:48, NVI; ver também Mt 9:20-22; Mc 5:25-34).
Jesus não apenas curava aqueles que iam ou eram levados até Ele, mas com frequência demonstrava Seu amor ao ver uma pessoa necessitada. Por exemplo, Ele estava ensinando em uma sinagoga no sábado quando Se deparou com uma mulher que estava encurvada e não conseguia se endireitar. Jesus lhe disse: “Mulher, você está livre da sua enfermidade” (Lc 13:12). Que alívio ser libertada depois de ter sido oprimida por um espírito maligno durante 18 anos! O texto bíblico diz que Jesus impôs as mãos sobre a mulher, e ela imediatamente se endireitou e começou a louvar a Deus por sua recém-descoberta liberdade.
Jesus curou muito mais pessoas do que a Bíblia registra, mas é suficiente mencionar o que é relatado pelos escritores inspirados dos evangelhos. Muitos outros enfermos, com inúmeras doenças, foram curados pelo Médico dos médicos. Um oficial de Cafarnaum tinha um filho doente e pediu a Jesus que o curasse. Ele graciosamente atendeu ao pedido do oficial, dizendo: “Vá, o seu filho vai viver” (Jo 4:50).
O apóstolo Paulo escreveu: “Vocês conhecem a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por amor de vocês, para que, por meio da pobreza Dele, vocês se tornassem ricos” (2Co 8:9). A identificação de Cristo com os pobres é claramente indicada pelo apóstolo. Jesus era rico, mas abriu mão de Suas posses e Se tornou pobre para que a pobre humanidade pudesse herdar as riquezas das bênçãos temporais, bem como da salvação eterna.
Verdadeira comunhão na igreja apostólica
A comunidade cristã apostólica era caracterizada pela verdadeira comunhão. Essa comunhão era a marca registrada dos apóstolos e dos novos crentes. Eles decidiram permanecer em unidade com Cristo e uns com os outros, tendo tudo em comum (At 2:42-44) e, acima de tudo, tendo um só coração e mente. O desejo de cada um deles era repartir os bens que possuíam para que fossem distribuídos aos necessitados. Foi por causa dessa prática que “não havia nenhum necessitado entre eles” (At 4:34). O ato de compartilhar seus bens foi o que tornou possível aos novos crentes atender às necessidades daqueles que estavam em dificuldade (At 4:32-47).
Tiago destaca a ligação entre ouvir a Palavra e praticá-la, entre o amor e a sua manifestação em palavras e em ações. O que, afinal, é a religião verdadeira? Ele responde: “A religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se incontaminado do mundo” (Tg 1:27). Tiago parece estar refletindo as palavras de Jesus: “Porque tive fome, e vocês Me deram de comer; tive sede, e vocês Me deram de beber; Eu era forasteiro, e vocês Me hospedaram; Eu estava nu, e vocês Me vestiram; enfermo, e Me visitaram; preso, e foram Me ver” (Mt 25:35, 36). As viúvas e os órfãos necessitados sofrem uma aflição que alcança o coração do Pai; por isso, aqueles que vivem uma religião verdadeira garantem o “direito dos órfãos” e defendem a “causa das viúvas” (Is 1:17).
Foi na cidade de Antioquia que os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos pela primeira vez (At 11:26). O texto continua: “Os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram mandar uma ajuda aos irmãos que moravam na Judeia. E eles o fizeram, enviando essa ajuda aos presbíteros por meio de Barnabé e Saulo” (At 11:29, 30). Nesse contexto, “mandar uma ajuda” (em grego, eis diakonian) pode significar fornecer recursos (dinheiro, bens) para serem usados por pessoas carentes que viviam em dificuldade.
APLICAÇÃO PARA A VIDA
Os pobres e necessitados ocupam um lugar especial no ministério de Jesus, porque é a eles que é pregado o evangelho (as boas-novas, o Reino de Deus; Mt 11:5; Lc 4:18). Outras passagens bíblicas confirmam que esses pobres não se tratam apenas de pobres no sentido espiritual, mas também no sentido material (Mt 5:3; Lc 6:20). A história da oferta da viúva pobre ilustra bem essa realidade.
Olhando ao redor, Jesus percebeu que os ricos lançavam seu dinheiro na caixa de ofertas do templo. Então viu uma viúva pobre colocar ali duas moedas muito pequenas. “Então Jesus disse: ‘Em verdade lhes digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos esses deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento’” (Lc 21:3, 4; ver também Mc 12:41-44; 2Co 8:9, 12).
A história não diz que a mulher tinha parentes para cuidar dela; em vez disso, menciona que era uma viúva pobre e deu tudo o que tinha para viver. A referência de Jesus a essa viúva pobre é interessante porque, novamente, a Sua atenção se voltou para os mais pobres dentre os pobres, não só no sentido espiritual, mas também no sentido material: “Ela, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento” (Mc 12:44).
Quando pessoas necessitadas, como a viúva pobre, olham para você e para sua igreja, de que maneira elas enxergam Jesus Cristo, bem como a cura e ajuda abrangentes que Ele concede por meio de Sua igreja?
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Encontrando a escola certa
Gana | Nusrat
Nusrat de apenas dez anos de idade não conseguia entender por que uma mulher com diabetes vinha regularmente à sua casa para fazer um curativo.
"Você gosta da mulher e por isso está sempre ajudando-a e fazendo curativo em seu ferimento?", ela perguntou à avó.
"Esta é minha responsabilidade como enfermeira", respondeu a avó. "É isso que eu faço."
Nusrat gostava do trabalho da avó. Ela queria ser como a avó e ajudar as pessoas. Ela começou a sonhar em se tornar uma enfermeira em sua terra natal, Gana.
A avó recomendou várias escolas de enfermagem depois de Nusrat se formar no Ensino Médio, mas Nusrat não tinha dinheiro para se matricular. A mãe de Nusrat já estava ajudando sua irmã mais velha a estudar para se tornar professora e não conseguiria ajudar Nusrat a se tornar enfermeira.
Três a nos se passaram. Parecia que o sonho de Nusrat era uma realidade distante.
Um dia, Nusrat disse a um tio que estava visitando sobre seu desejo de se tornar enfermeira. O tio Nurideen já era enfermeiro.
Tio Nurideen viu uma solução. Ele havia conseguido seu diploma de enfermagem na Universidade Valley View, que pertence à Igreja Adventista do Sétimo Dia, e disse que a educação adventista era de preço acessível.
Nusrat ficou intrigada, mas também preocupada. Ela, seu tio e o resto da família pertenciam a outra religião. Quando criança, ela havia estudado em uma escola cristã e havia se sentido muito desconfortável.
"Eu sempre me senti como uma estranha porque não sabia as músicas e não entendia como eles estavam orando", ela disse.
Tio Nu rideen respondeu que as escolas adventistas não eram como as outras escolas cristãs.
"Eu me sentia completamente livre para adorar como quisesse na Universidade ValleyView", disse ele. "Não havia nenhuma discriminação."
Ele reconheceu que se sentiu um pouco deslocado na primeira vez que entrou em uma Igreja Adventista. "Mas eles me disseram para lembrar que eu estava na presença de Deus, não em uma igreja", disse ele. "Isso ajudou bastante. Eles me fizeram entender que a abordagem para adorar era diferente, mas eu estava na presença de Deus."
Tio Nurideen disse que foi a todos os programas da igreja na universidade, mas ninguém o impediu de orar de acordo com suas crenças pessoais.
Nusrat foi encorajada pelo relato de seu tio. "Seria legal ir a uma escola onde você pode adorar como deseja e se sente bem-vinda", disse ela. "Esse seria o melhor I uga r para se estar."
A Universidade ValleyView era longe, e Nusrat procurava uma escola adventista mais perto de casa. Ela encontrou a Escola Adventista do Sétimo Dia de Formação em Enfermagem e Obstetrícia.
Hoje, Nusrat está terminando seu primeiro ano.
"Aprendemos hinos juntos na Escola Sabatina e vamos à igreja juntos", diz ela. "Eu acabei gostando de adorar no sábado."
Pouco tempo depois, ela disse que ao tio Nurideen que sua impressão da educação adventista estava correta.
O que você me disse é verdade", disse ela. "Não há discriminação."
Tio Nurideen ficou feliz em ouvir o relato.
"Eu sabia que você fica ria confortável lá", disse ele.
Sua oferta ajudará a expandir a Escola Adventista do Sétimo Dia de Formação em Enfermagem e Obstetrícia com a construção de novas salas de aula e dormitórios. A escola abriu com 22 alunos em 207Se agora tem 770 alunos.A demanda é alta, e a escola não tem capacidade para receber novos alunos. Essa é uma verdadeira escola missionária, onde apenas30 por cento dos alunos são adventistas. Vários alunos entram para a igreja a cada ano. Obrigado por suas generosas ofertas.
Por Andrew McChesney
Dicas para a história
A lição da Escola Sabatina dos adultos desta semana desafia os leitores a explicarem de uma maneira prática o que Jesus quis dizer quando Ele disse: "Ame o seu próximo como você ama a si mesmo" em Lucas 10:27 (ver terça-feira, 14 de novembro). Pergunte à classe como o tio Nurideen experimentou tal amor na universidade adventista. Como Nusrat experimenta tal amor na faculdade de enfermagem? Como a classe da Escola Sabatina pode mostrar o mesmo amor esta semana?
Baixe as fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.
Baixe publicações e fatos rápidos sobre a Divisão Africana Centro-Ocidental: bit.ly/wad-2023.
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2023
Tema geral: Missão de Deus, minha missão
Lição 8 – 18 a 25 de novembro
Missão em favor dos necessitados
Objetivo geral: Destacar o plano de Deus no resgate e auxílio de pessoas através dos métodos de Jesus Cristo.
Objetivos específicos:
- Apontar os passos que envolvem o árduo trabalho de auxiliar os mais necessitados e desvalidos, utilizando-se dos cinco métodos de Cristo.
- Compreender os desafios de se trabalhar no auxílio de refugiados e imigrantes, ou com os que estão passando por algum tipo de vulnerabilidade.
- Desafiar os irmãos a ser instrumentos nas mãos de Deus para abençoar pessoas necessitadas, indo ao seu encontro e identificando os pontos de contato.
Introdução
Quem nunca se sentiu bem ao auxiliar pessoas? Apesar de nossa natureza egoísta, encontramos satisfação quando nos sentimos úteis ajudando pessoas em situação de fragilidade. Ellen White chega a afirmar que a existência de pessoas vulneráveis é a oportunidade que muitos têm de exercitar os atributos do amor e da misericórdia divina em sua própria vida e serem beneficiados por isso (Beneficência Social, p. 17).
Boa parte do ministério de Jesus neste mundo foi dedicado aos rejeitados e necessitados. Seu tempo foi direcionado em grande medida a aliviar o sofrimento humano, levando esperança ao curar feridas físicas e emocionais das pessoas. Nota-se que em pleno século 21 a situação não foi alterada quando comparada com a época de Cristo, pois ainda encontramos uma enorme quantidade de pessoas vivendo em condições miseráveis. A lição desta semana aborda esse interessante tema e levará o leitor a compreender nosso papel como discípulos de Cristo e o que está por trás dos Seus métodos na conquista de pessoas para o Reino de Deus.
Conhecendo os métodos de Cristo – parte 1
O ministério da compaixão é muito gratificante, mas se demonstra muito trabalhoso. Auxiliar os desvalidos muitas vezes exige um grau de envolvimento tão grande que alguns irmãos não estão dispostos a pagar o preço, sendo muito mais fácil deixar de mostrar interesse e simpatia pelos nossos semelhantes mais desafortunados e pobres.
Talvez o primeiro e grande desafio esteja na falta de vontade de se relacionar com pessoas que vivam uma realidade social diferente da nossa. Quando nos deparamos com problemas das mais variadas ordens, interpretamos que não compete a nós resolver essas dificuldades ou simplesmente terceirizarmos essas ações sociais ao Estado e a outras instituições.
A melhor estratégia ao alcançar pessoas para Jesus está em Seus métodos, conforme apresentados por Ellen White (A Ciência do Bom Viver, p. 78). A profetisa aponta que Jesus Se misturava com as pessoas, muitas das quais eram pobres, carentes física e emocionalmente, além do aspecto da fragilidade espiritual. Jair Miranda apresenta a forte necessidade de cristãos que sejam embaixadores de Jesus e que vivam um ministério de relacionamento, não de indiferença: “Muitas pessoas clamam, hoje em dia, por uma mão acolhedora, um sorriso sem fingimento, um toque de ajuda, uma palavra amiga. Porém, nem sempre isso acontece. Em vez disso, os seres humanos se esquecem uns dos outros, como se fossem de espécies diferentes” (ver livro Igreja em missão: como tornar sua igreja relevante na comunidade, p. 34).
Portanto, não poderá haver trabalho missionário eficiente se não houver um grau de comprometimento com base no relacionamento e contato com as pessoas a serem alcançadas. Sem essa importante ferramenta os outros métodos de Jesus ficam comprometidos.
Conhecendo os métodos de Cristo – parte 2
Somente quando nos relacionamos com as pessoas é que passamos para a fase seguinte do plano salvífico de Cristo. Jesus Se misturava com as pessoas e não Se portava de forma indiferente ao sofrimento humano. Pelo contrário, demonstrava enorme compaixão por Suas criaturas. Talvez, uma das grandes barreiras a serem vencidas para o sucesso na obra do Senhor seja a indiferença. Alguns até tentam se aproximar daqueles que clamam por ajuda, mas não são tocados de forma sincera pelas condições que levaram alguém àquela situação.
Compadecer-se é sofrer junto, é desenvolver um grau profundo de empatia pelo próximo e tomar o sofrimento alheio como sua própria dor. As pessoas assistidas por Jesus sentiam isso do Mestre, percebiam que Jesus realmente Se importava com elas sem julgá-las e que Ele não estava ali por outros interesses. É possível fazer o bem com intenções inescrupulosas? É claro que sim! Jesus disse que isso seria possível quando apresentou hipócritas em Seu tempo que tentavam fazer coisas boas motivadas por razões torpes. Pessoas, cuja maior preocupação não era aliviar o sofrimento, mas obter benefícios próprios fazendo o bem (Mt 6:2-4).
Quando nos relacionamos com os desvalidos e conhecemos suas necessidades, chega o momento de exercitar o terceiro método de Jesus, que é o de ministrar a essas necessidades já identificadas pelo relacionamento e pelo envolvimento. A criação e promoção de ministérios voltados para o atendimento das necessidades das pessoas, sejam elas da igreja ou amigos da comunidade, também é essencial. Esses ministérios deveriam estar ligados diretamente aos dons espirituais dos irmãos, possibilitando que um grande número deles pudesse atuar como agentes de esperança e salvação.
Somente agindo assim alcançamos o penúltimo método de Cristo, que é a conquista da confiança. Por mais verdades que um cristão possa conhecer e queira passar adiante, as pessoas nunca aceitarão a nossa mensagem se não conquistarmos o coração delas antes de apresentarmos evidências para a sua razão. Ninguém aceita verdades ditas por um inimigo, por mais lógicas que elas pareçam, mas quando essas mesmas verdades são proferidas e ensinadas por alguém que já alcançou o coração por meio da amizade e relacionamento, então chega o momento de simplesmente replicar o que Jesus fazia e dizer: Siga-O!
Conclusão
Quem são os desamparados que estão ao alcance de sua igreja? Quais são as principais carências que a comunidade local tem, e que podem ser trabalhadas pelos diversos ministérios de compaixão em sua igreja? Essas perguntas precisam de respostas, pois o mundo geme em sofrimento e há pessoas no mundo que aguardam o conforto físico, mental e espiritual.
Atualmente, nosso país recebe uma grande quantidade de estrangeiros, pessoas que saíram de seu país de origem por diversas situações de vulnerabilidade. Elas se encontram não somente fragilizadas pela diferença do idioma, mas pela falta de emprego e pela distância de seus entes queridos. A igreja deve acolhê-las e pode fazer isso, sendo para eles um lar em uma terra estranha.
Outro ponto a ser destacado nesse trabalho comissionado por Jesus é que não devemos confundir assistencialismo com beneficência. Mais importante que atender as necessidades prementes daqueles que estão sofrendo, é ensinar essas pessoas a encontrar seu próprio sustento. Ellen White escreveu sobre isso: “Em vez de incentivar os pobres a pensarem que podem receber sua comida e bebida de graça, ou quase de graça, precisamos colocá-los em situação de ajudarem a si mesmos. Devemos esforçar-nos por prover-lhes trabalho e, se necessário, ensiná-los a trabalhar” (Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 6, p. 222).
Todo trabalho beneficente promovido pela igreja deve ter em mente a intencionalidade de salvar pessoas. Muitos estão cheios de boas intenções, buscam atender as necessidades das pessoas por meio de um assistencialismo barato e não se preocupam em restaurar de forma integral o ser humano. Dando-lhes assim o mais importante, que é chance de transformação por meio da Palavra de Deus e da ação do Espírito Santo em sua vida. Nenhuma obra em benefício dos outros está verdadeiramente completa se utilizarmos apenas as cunhas de entrada e não aproveitarmos as brechas que elas promovem para a entrada do evangelho.