Lição 2
04 a 10 de janeiro
O amor da aliança
Sábado à tarde
Ano Bíblico: RPSP: 2CO 9
Verso para memorizar: “Jesus respondeu: – Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra; e o Meu Pai o amará, e viremos para ele e fare- mos nele morada” (Jo 14:23).
Leituras da semana: 2Pe 3:9; Dt 7:6-9; Rm 11:22; 1Jo 4:7-20; Jo 15:12; 1Jo 3:16

Alguns ensinam que a palavra grega agape se refere ao amor exclusivo de Deus, enquanto outros termos, como phileo, seriam associados a tipos inferiores de amor. Há também quem entenda agape como um amor unilateral, que apenas dá mas nunca recebe nada em troca, sendo um amor independente da resposta humana. 

No entanto, uma análise mais atenta do amor divino nas Escrituras revela que essas ideias, embora comuns, estão equivocadas. Primeiramente, o termo grego agape não se refere apenas ao amor de Deus, mas também ao amor humano, às vezes até mesmo ao amor humano mal orientado (2Tm 4:10). Em segundo lugar, nas Escrituras, vários outros termos, além de agape, são empregados para descrever o amor de Deus. Por exemplo, Jesus disse: “O próprio Pai os ama [phileo], visto que vocês Me amam [phileo]” (Jo 16:27). O termo grego phileo é usado para indicar não apenas o amor humano, mas também o amor de Deus pelos seres humanos. Assim, nesse caso, phileo não se refere a um tipo inferior de amor, mas ao próprio amor de Deus. 

As Escrituras também ensinam que o amor de Deus não é unilateral, mas profundamente relacional. Faz diferença para o Senhor se os seres humanos refletem ou não Seu amor de volta tanto para Ele quanto para os outros. 

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Domingo, 05 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: 2CO 10
O e terno amor de Deus

As Escrituras são claras: Deus ama a todos. O verso mais conhecido da Bíblia, João 3:16, ensina essa verdade: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” 

1. Leia Salmo 33:5; 145:9. O que esses versículos ensinam sobre até onde a bondade e a misericórdia de Deus alcançam? 

Algumas pessoas podem achar que não são dignas de amor, ou que Deus pode amar a todos, menos a elas. No entanto, a Bíblia ensina repetidas vezes que cada pessoa é amada por Deus. Não há ninguém a quem Ele não ame. E, pelo fato de amar a todos, Deus também deseja que todos sejam salvos. 

2. Leia 2 Pedro 3:9; 1 Timóteo 2:4; Ezequiel 33:11. O que esses textos ensinam sobre o desejo de Deus de salvar todas as pessoas? 

O verso que vem depois de João 3:16 diz: “Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3:17). Se dependesse unicamente de Deus, todos aceitariam Seu amor e seriam salvos. Mas Ele não força Seu amor sobre ninguém. Podemos aceitá-lo ou rejeitá-lo. 

E mesmo que muitas pessoas rejeitem esse amor, Deus nunca deixará de amá-las. Em Jeremias 31:3, o Senhor diz ao Seu povo: “Com amor eterno Eu a amei; por isso, com bondade a atraí.” Em outras passagens, a Bíblia ensina repetidamente que o amor de Deus dura para sempre (veja, por exemplo, o Salmo 136). O amor de Deus nunca acaba; é eterno. Isso é algo difícil para nosso entendimento, já que muitas vezes achamos fácil deixar de amar os outros, não é verdade? 

No entanto, se nós, como indivíduos, conseguíssemos aprender a experimentar a realidade desse amor, ou seja, conhecer por nós mesmos o amor de Deus, poderíamos viver e tratar os outros de forma bem diferente. 

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Se Deus ama a todos, isso significa que Ele ama pessoas de caráter questionável, certo? O que isso nos ensina sobre como nos relacionarmos com elas?


Segunda-feira, 06 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: 2CO 11
Amor da a liança

A Bíblia frequentemente retrata o relacionamento de amor especial que Deus tem conosco usando metáforas ligadas à família, como o amor entre marido e mulher ou da mãe por seu filho. Essas metáforas são usadas para descrever o relacionamento entre Deus e o povo da aliança. Essa é uma relação de amor pactual, que envolve não apenas o amor de Deus por Seu povo, mas também expectativas de que as pessoas aceitem esse amor e, em contrapartida, amem o Senhor (e umas às outras). 

3. Leia Deuteronômio 7:6-9. De acordo com esses versículos, qual é a relação entre as alianças feitas por Deus e a Sua misericórdia? 

Deuteronômio 7:9 descreve um tipo especial de amor que Deus tem pelo povo da aliança, um relacionamento que depende em parte da fidelidade deles. O amor de Deus não é condicional, mas a relação de aliança com Seu povo é. 

A palavra hebraica h.esed, que geralmente é traduzida como “misericórdia” (NAA) ou “amor leal” (NVI), ilustra o aspecto do amor divino relacionado à aliança (embora contenha outros elementos). O termo h.esed é frequentemente usado para descrever a grandeza da misericórdia, da bondade e do amor de Deus. Dentre outras características, refere-se à lealdade e ao amor inabalável por outra pessoa dentro de uma relação de amor recíproco. Além disso, h.esed sugere que alguém inicia esse relacionamento com a expectativa de receber o mesmo em retorno. 

O h.esed de Deus, ou Seu amor, é extremamente confiável, constante e duradouro. No entanto, ao mesmo tempo, a recepção dos benefícios do h.esed é condicional, pois depende da disposição do povo em obedecer e cumprir seu papel dentro desse relacionamento (2Sm 22:26; 1Rs 8:23; Sl 25:10; 32:10; 2Cr 6:14). 

O constante amor divino é a base dos relacionamentos humanos, e jamais conseguiremos igualar esse amor. Deus não apenas nos concedeu existência por Sua vontade, mas, em Cristo, Ele Se entregou por nós (Jo 15:13). Sem dúvida, a maior expressão do amor de Deus foi revelada quando o Senhor “Se humilhou, tornando-Se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2:8). 

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Como manter o amor de Deus em seus pensamentos? É importante fazer isso?


Terça-feira, 07 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: 2CO 12
Relacionamento condicional

Deus convida cada pessoa a desenvolver um relacionamento de profundo amor com Ele (Mt 22:1-14). Responder a esse convite de modo adequado envolve obedecer ao mandamento de amar a Deus e aos outros (Mt 22:37-39). Para desfrutar os benefícios desse relacionamento com Deus, precisamos aceitar voluntariamente Seu amor. 

4. É possível rejeitar o amor de Deus e até mesmo perder o acesso aos benefícios desse amor? Os 9:15; Jr 16:5; Rm 11:22; Jd 21 

Os benefícios do relacionamento de amor com Deus estão condicionados à resposta humana ao Seu amor. No entanto, não devemos cometer o erro de pensar que Deus deixa de amar alguém. Seu amor é eterno. É verdade que, em Oseias 9:15, Deus diz a respeito do Seu povo: “Não os amarei mais”. Contudo, é importante lembrar que, no mesmo livro, Ele declara sobre Seu povo: “Eu [...] os amarei com generosidade” (Os 14:4, NVI). Portanto, Oseias 9:15 não pode significar que Deus deixa de amar completamente Seu povo. Em vez disso, esse verso deve se referir à condicionalidade de algum aspecto ou benefício específico do relacionamento de amor com Deus. E a nossa resposta ao Seu amor é crucial para a continuidade desse relacionamento. 

Jesus disse aos discípulos: “Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado por Meu Pai, e Eu também o amarei e Me manifestarei a ele” (Jo 14:21). E acrescenta: “O próprio Pai os ama, visto que vocês Me amam e creem que Eu vim da parte de Deus” (Jo 16:27). 

A manutenção dos benefícios do relacionamento salvífico com Deus depende de aceitarmos Seu amor (o que envolve a disposição de sermos veículos desse amor). Isso não significa que o amor de Deus acaba. Não podemos impedir que o Sol brilhe, mas podemos evitar os seus raios. Não podemos deter o amor eterno de Deus, mas podemos, em última instância, rejeitar um relacionamento com Ele e, assim, desligar-nos daquilo que Deus oferece, especialmente a promessa da vida eterna. 

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Quarta-feira, 08 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: 2CO 13
Misericórdia perdida

O amor de Deus é eterno e sempre imerecido. No entanto, podemos aceitá-lo ou rejeitá-lo, mas isso ocorre apenas porque Deus nos ama voluntariamente, com Seu amor perfeito e eterno, antes mesmo de fazermos qualquer coisa (Jr 31:3). Nosso amor por Deus é uma resposta ao que já recebemos, mesmo antes de pedirmos. 

5. Leia 1 João 4:7-20, com ênfase nos versículos 7 e 19. O que esse texto nos diz sobre a prioridade do amor de Deus? 

O amor de Deus sempre vem em primeiro lugar. Se Ele não nos amasse primeiro, não poderíamos amá-Lo em retorno. Embora Deus nos tenha criado com a capacidade de amar e ser amados, Ele próprio é a base e a fonte do amor. No entanto, temos a escolha de aceitar esse amor e, em seguida, refleti-lo na vida. Essa verdade é exemplificada na parábola do servo que não queria perdoar (Mt 18:23-35). 

Na parábola, era impossível o servo pagar o que devia. Ele devia ao senhor dez mil talentos. Um talento equivalia a cerca de seis mil denários. E um denário era o que um trabalhador recebia por um dia de trabalho (Mt 20:2). Um trabalhador levaria seis mil dias para ganhar um talento. Descontando os dias de folga, ele conseguiria trabalhar 300 dias por ano e, assim, ganhar 300 denários. Levaria cerca de 20 anos para pagar um talento, que consistia em seis mil denários (seis mil dividido por 300 é igual a 20). Para juntar dez mil talentos, então, um trabalhador médio teria que trabalhar 200 mil anos. Em resumo, o servo jamais conseguiria pagar a dívida. Mesmo assim, o senhor sentiu compaixão do servo e perdoou generosamente a sua enorme dívida. 

Porém, quando o servo perdoado se recusou a perdoar a dívida muito menor de 100 denários de um de seus conservos e o lançou na prisão por causa da dívida, o senhor ficou indignado e anulou seu perdão. O servo perdeu o acesso ao amor e ao perdão de seu senhor. Embora a compaixão e a misericórdia de Deus jamais se esgotem, podemos rejeitar e até mesmo perder o acesso aos benefícios dessas dádivas.

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Já pensou em tudo aquilo que Deus já lhe perdoou e no custo do perdão? O que isso deve lhe ensinar sobre perdoar os outros?


Quinta-feira, 09 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: GL 1
Vocês receberam de graça, deem de graça

Assim como o servo jamais conseguiria quitar sua dívida (Mt 18:21-35), nós também nunca seríamos capazes de pagar a Deus, conquistando ou merecendo o Seu amor (Rm 5:8). O amor de Deus é incrível (1Jo 3:1). 

No entanto, o que podemos e devemos fazer é refletir o máximo possível o amor de Deus aos outros. Se recebemos grande compaixão e perdão, quanto mais deveríamos conceder compaixão e perdão aos outros? Lembre-se de que o servo perdeu o acesso à compaixão e ao perdão de seu senhor porque não os concedeu ao seu conservo. Se amamos a Deus, não deixaremos de refletir Seu amor aos outros. 

6. Qual é a ligação entre o amor de Deus, o nosso amor por Ele e o amor pelos outros? Jo 15:12; 1Jo 3:16; 4:7-12 

Logo depois de João 15:12, Jesus disse aos discípulos: “Vocês são Meus amigos se fazem o que Eu lhes ordeno” (Jo 15:14). E o que Ele lhes ordenou? Entre outras coisas, Jesus os instruiu (assim como a nós) a amar os outros como Ele nos amou. Nesse e em outros textos, o Senhor nos ordena a amar a Deus e uns aos outros. 

Em resumo, devemos reconhecer que recebemos o perdão de uma dívida infinita, que jamais conseguiríamos quitar, que foi paga na cruz por nós. Portanto, devemos amar e louvar a Deus e transmitir amor e graça aos outros. Aquele a quem muito é perdoado ama muito, mas “aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama” (Lc 7:47). E quantos de nós falhamos em perceber o quanto fomos perdoados? 

Se amar a Deus implica amar os outros, devemos compartilhar com urgência a mensagem do amor de Deus, tanto em palavras quanto em atos. Devemos ajudar as pessoas na vida diária delas, aqui e agora, e também sermos canais do amor de Deus, conduzindo as pessoas para Aquele que lhes oferece a promessa de vida eterna em um novo céu e uma nova Terra – uma criação inteiramente diferente deste mundo que está profundamente marcado e devastado pelo pecado e pela morte, ambos frutos dolorosos da rejeição do amor de Deus. 

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Que ações você pode realizar para amar a Deus amando os outros, mostrando às pessoas o amor de Deus e convidando-as a desfrutar a promessa da vida eterna?


Sexta-feira, 10 de janeiro
Ano Bíblico: RPSP: GL 2
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, Caminho a Cristo [CPB, 2024], p. 59-66 (“O privilégio de falar com Deus”). 

“Leve suas necessidades, alegrias, tristezas, preocupações e temores a Deus. Você não conseguirá sobrecarregá-Lo nem deixá-Lo cansado. Aquele que conta os fios de cabelo de sua cabeça não é indiferente às necessidades de Seus filhos. [...] Seu coração repleto de amor se enternece com nossas tristezas e expressões de pesar. Entregue a Ele todas as coisas que perturbam sua mente. Nada é grande demais para Ele suportar, pois é Ele quem mantém os mundos e governa o Universo. Nada daquilo que, de alguma forma, diz respeito à nossa paz é pequeno demais para que Ele perceba. Não há um só capítulo de nossa existência que seja escuro demais para Ele ler, nem dificuldade alguma tão complicada para Ele resolver. Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma que lhe perturbe a alma, nenhuma alegria que possa ter, nenhuma oração sincera que lhe escape dos lábios, sem que seja observada pelo Pai celestial, ou sem que Lhe desperte imediato interesse. [...] As relações entre Deus e cada pessoa são tão particulares e plenas que é como se não houvesse nenhuma outra por quem tivesse dado Seu amado Filho” (Caminho a Cristo, p. 63, 64). 

Perguntas para consideração 

1. “As relações entre Deus e cada pessoa são tão particulares e plenas que é como se não houvesse nenhuma outra por quem tivesse dado Seu amado Filho.” Essa verdade lhe traz conforto? Como você deve viver sabendo que Deus está ao seu lado? Como viver à luz dessa promessa? O que ocorrerá se crermos nisso de todo o coração? 

2. Como você entende o Salmo 103:17 e 18? Ainda que o amor de Deus seja eterno, os benefícios do relacionamento com Ele dependem de aceitarmos Seu amor? 

3. Entender essa verdade faz diferença em seu relacionamento com Deus? Essa realidade influencia sua maneira de pensar sobre as dificuldades dos outros? 

Respostas às perguntas da semana: 1. A bondade e a misericórdia de Deus alcançam tudo o que Ele criou. 2. Deus deseja que todas as pessoas sejam salvas, mas, para isso, é necessário que elas se arrependam e se convertam. 3. A misericórdia do Senhor é a base do relacionamento de aliança que Ele estabelece com o Seu povo. 4. Quando as pessoas rejeitam a bondade e o amor de Deus, rompem o relacionamento que tinham com Ele e perdem os benefícios desse amor. 5. Primeiro o amor de Deus nos alcança. Só podemos amar os outros quando compreendemos e aceitamos o amor de Deus por nós. Se recebemos o amor de Deus, devemos refleti-lo. 6. Ao recebermos o amor que Deus manifestou em Cristo, passamos a amar a Deus e os outros. 

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Resumo da Lição 2
O amor da aliança

TEXTO-CHAVE: João 14:23

FOCO DO ESTUDO: Deuteronômio 7:9; Salmo 145:9; Ezequiel 33:11; Mateus 18:23-25; 2 Pedro 3:9; Judas 21

ESBOÇO 

Introdução: O amor de Deus é profunda- mente relacional. Um relacionamento de amor e intimidade com Deus não poderia existir sem a reciprocidade humana em res- posta à Sua amorosa benevolência. 

Temas da lição: A lição desta semana se concentra em três ideias principais. 

  1. O amor de Deus é incondicional – Deus ama a todos e deseja estabelecer uma re- lação de vínculo mútuo. A manifestação de Seu amor não depende das ações humanas nem se limita a determinado tipo de pes- soas. O Senhor enxerga valor em cada pessoa e todos são objetos de Suas bênçãos benevolentes. 

  2. O amor de Deus tem o objetivo de iniciar um relacionamento condicional – A benevolência amorosa de Deus é universal e incondicional, mas Ele deseja ter um relacionamento específico e profundo com os seres humanos, o que envolve condicionalidade. Ou seja, o Senhor espera uma resposta ao amor que as pessoas recebem Dele, um amor espontâneo correspondente que se manifesta em forma de obediência e fidelidade. 

  3. O amor de Deus deve se refletir nas relações humanas – Deus procura ter uma relação de amor recíproco com todas as pessoas, mas o desenvolvimento de um relacionamento profundo requer uma resposta humana adequada. Dentro do contexto da aliança entre o Senhor e Seu povo, o lado humano do amor envolve guardar os manda- mentos divinos e amar uns aos outros, que são atividades humanas capacitadas pelo amor de Deus. 

  4. Aplicação para a vida: Deus deseja desenvolver um relacionamento de amor com os seres humanos, mas esse relacionamento requer uma resposta autêntica e obediência de nossa parte. Peça aos membros da classe que reflitam silenciosamente sobre o que pode estar comprometendo a relação de amor pactual deles com Deus (e com os outros). 

COMENTÁRIO 

O amor de Deus é incondicional

O Salmo 145:8 e 9 destaca a realidade impressionante e abrangente do amor de Deus: “O Senhor é misericordioso e com- passivo, tardio em irar-Se e grande em amor leal. O Senhor é bom com todos; a Sua com- paixão alcança tudo o que Ele fez” (NVI). 

Nessa passagem, a ideia de amor é expressa em termos de misericórdia, compaixão, paciência, lealdade e bondade. Essa lista remete à revelação da glória e do caráter de Deus feita a Moisés em Êxodo 34:6. No Salmo 145:8, o termo hebraico chesed, que também ocorre em Êxodo 34:6, é traduzido como “amor leal” pela Nova Versão Internacional Revisada. Outras versões bíblicas traduzem essa palavra como “misericórdia” (NAA), “benevolência” (Antigo Testamento Interlinear Hebraico-Português) e “amor inabalável” (English Standard Version, New Revised Standard Version). O termo chesed transmite as ideias de lealdade, fidelidade, bondade e misericórdia (Ludwig Koehler et al., The Hebrew and Aramaic Lexicon of the Old Testament [Brill, 1994-2000], v. 1, p. 336, 337) e pertence ao domínio semântico de amor leal ou fiel (James Swanson, Dictionary of Biblical Languages with Semantic Domains: Hebrew [Old Testament] [Logos Research Systems, 1997]). 

A abrangência do amor de Deus é destacada especificamente no Salmo 145:9, que ressalta que “o Senhor é bom com todos”. O alcance universal da bondade divina, conforme apresentado nesse versículo, indica que o amor de Deus é incondicional, ou seja, não depende de ações ou reações humanas. Nesse mesmo Salmo, a linguagem universal é usada no versículo 12 para se referir aos “filhos dos homens”, ou seja, “todos os povos” (NTLH), que deveriam ouvir sobre os feitos maravilhosos de Deus. Além disso, o versículo 15 retrata os “olhos de todos” se voltando para o Senhor com expectativa e recebendo Dele o “alimento no devido tempo” (NVI). O versículo seguinte acrescenta: “Abres a mão e satisfazes os desejos de todos os viventes.” Por último, o salmo 

conclui com um convite geral: “Que todos os seres vivos louvem o Seu santo nome, para todo o sempre” (Sl 145:21). Essa linguagem universal destaca a realidade abrangente do amor de Deus e a natureza incondicional dele, uma vez que todas as criaturas são objeto de Suas bênçãos benevolentes. 

Esse retrato do amor incondicional de Deus está em harmonia com a ideia de que o Senhor não tem “prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva” (Ez 33:11). A mesma verdade é apresentada em 2 Pedro 3:9, que afirma que Deus não deseja “que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento”. Como diz 1 Timóteo 2:4, o Senhor “deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”. 

O amor de Deus tem o objetivo de iniciar um relacionamento condicional 

Embora o Salmo 145 enfatize a realidade abrangente e incondicional do amor de Deus, ele também distingue entre fiéis (Sl 145:10, 11) e ímpios (Sl 145:20). Além disso, o capítulo destaca que Deus possui um relacionamento mais específico e condicional com aqueles que O buscam e O servem: “Perto está o Senhor de todos os que O invocam, de todos os que O invocam em verdade. Ele satisfaz o desejo dos que O temem; ouve o seu clamor e os salva” (Sl 145:18, 19, grifo acrescentado). É interessante observar que, de acordo com o versículo 20, a principal distinção entre os fiéis e os ímpios é que o primeiro grupo é formado por aqueles que amam a Deus: “O Senhor protege todos os que O amam; porém todos os ímpios serão exterminados.” Essa distinção revela que, embora a benevolência amorosa de Deus seja universal e incondicional, Ele deseja ter uma relação de amor com os seres humanos individualmente, e essa relação implica condicionalidade – ou seja, não pode ser estabelecida sem uma resposta humana amorosa ao amor de Deus. Sem dúvida, o amor benevolente de Deus é incondicional e abrange todas as pessoas. Mas uma relação de amor com Ele é condicional, já que uma relação como essa não pode existir realmente se os seres humanos não responderem com amor à benevolência que receberam de Deus. Em outras palavras, um autêntico relacionamento de amor envolve algum nível de reciprocidade. 

A ideia de que, em um relacionamento de amor verdadeiro, existe alguma medida de reciprocidade é essencial para compreender a relação de aliança que Deus mantém com Seu povo. Em primeiro lugar, essa aliança se baseia no amor incondicional de Deus. Deuteronômio 7:6 a 8 explica a respeito de Israel: “O Senhor, seu Deus, os escolheu, para que, de todos os povos que há sobre a terra, vocês fossem o Seu povo próprio. O Senhor os amou e os escolheu, não porque vocês eram mais numerosos do que outros povos, pois vocês eram o menor de todos os povos. Mas porque o Senhor os amava”. No entanto, embora o amor de Deus não dependesse daquilo que Israel fosse ou fizesse, a relação de aliança entre o Senhor e Seu povo exigia algum nível de reciprocidade amorosa como resposta ao amor divino. Deus certamente cumpre Sua aliança com fidelidade e misericórdia. A resposta apropriada dos seres humanos é amar a Deus e observar os Seus mandamentos. Como Deuteronômio 7:9 enfatiza, Ele é o “Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e cumprem os Seus mandamentos”. 

O amor de Deus deve se refletir nas relações humanas 

O amor de Deus em si mesmo é eterno (Jr 31:3). No entanto, se o relacionamento com o nosso Deus amoroso é condicional, então esse amor pode ser perdido, levando-se em conta a parte humana do relacionamento. Por exemplo, por causa do mal e da impiedade de Israel, Oseias 9:15 destaca que o relacionamento de amor que eles tinham com Deus não existia mais. Vemos uma ideia parecida em Jeremias 16:5. Além disso, Romanos 11:22 afirma que a continuidade do relacionamento de amor com Deus depende dos seres humanos, que devem permanecer “nessa bondade”. Nessa perspectiva abrangente, Judas 21 apela aos crentes: “Mantenham-se no amor de Deus.” Um relacionamento de amor com Deus envolve, por parte dos seres humanos, guardar os Seus mandamentos (Jo 14:21) e amar uns aos outros (1Jo 4:7). Essas não são ações meramente humanas, mas atividades humanas possibilitadas pelo amor de Deus, que nos amou primeiro (1Jo 4:19; ver 1Jo 4:7). 

A parábola do servo impiedoso (Mt 18:23-35) indica que o relacionamento amoroso de Deus conosco pode ser desfeito caso o Seu amor, oferecido primeiramente a nós, não seja refletido em nosso relacionamento com os outros. Na parábola, há uma comparação entre o ato misericordioso de perdão do senhor para com o servo e a surpreendente falta de misericórdia e perdão, em escala muito menor, desse servo para com um conservo. Tendo em mente esse contraste, Jesus ensina que o perdão amoroso de Deus, que recebemos Dele primeiro, está condicionado à atitude de perdão que oferecemos para os outros. Em outras palavras, o relacionamento de amor com Deus deve ser refletido nas relações humanas (veja Jo 15:12; 1Jo 3:16; Jo 4:7-12). Caso contrário, nosso relacionamento de amor com Deus será desfeito. Não devemos considerar essa triste possibilidade como uma atitude fria da parte do Senhor, o que tornaria Seu amor condicional, mas como uma grave falta de compreensão, por parte dos seres humanos, da profundidade do amor e da misericórdia de Deus. Como diz Lucas 7:47, ao expressarmos nosso amor, demonstramos nosso reconhecimento do quanto fomos perdoados por Deus. Assim, quando não expressamos amor aos outros, isso prova que ainda não compreendemos nem valorizamos de fato a profundidade do amor de Deus para conosco. 

APLICAÇÃO PARA A VIDA 

Deus ama a todos de maneira incondicional. À medida que aceitamos e respondemos ao Seu amor, no sentido de desenvolver um relacionamento de amor com Ele, sentimos também, como efeito prático desse relacionamento com Deus, o desejo de estabelecer um relacionamento de amor com as outras pessoas. Portanto, Deus não apenas concede Seu amor às criaturas, mas também permite que elas respondam livremente (seja em termos positivos ou negativos) ao Seu amor. Além disso, o Senhor está disposto a capacitar cada um de nós a expressar amor a Ele e aos outros. Com base nessa ideia, discuta as seguintes questões: 

  1. Como podemos demonstrar amor e respeito incondicionais a todas as pessoas ao nosso redor, independentemente de sua posição social, características individuais ou conquistas pessoais? 

  2. Pense numa história que exemplifique a diferença entre amor (que é incondicional) e um relacionamento de amor (que é condicional). Como esse exemplo ilustra os aspectos de incondicionalidade e condicionalidade que vimos no estudo sobre o amor de Deus e Seu relacionamento de amor conosco? 

  3. Nosso relacionamento de amor com Deus nos leva a desejar fazer o bem aos outros e a ter prazer nisso, o que é o oposto de ser indiferente para com as necessidades das pessoas. Como nosso relacionamento com Deus muda a maneira pela qual vivemos e nos relacionamos com os outros na família, no trabalho e na vizinhança? 

  4. Como você pode amar incondicionalmente alguém que não tem respeito e amor para com você? Você acha que oferecer amor incondicional contínuo pode levar essa pessoa a mudar de ideia? Explique. 

  5. Como podemos criar laços mais profundos e demonstrar amor incondicional, respeito e apoio aos jovens e adolescentes da igreja? Apresente sugestões de como desenvolver conexões positivas entre as diferentes gerações a fim de estimular um relacionamento mais amoroso com os jovens.

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Algo diferente

Mongólia | Tsomo

Tsomo nunca teve interesse pelo cristianismo. Não era a religião tradicional da Mongólia. Além disso, ele não acreditava em nenhum Deus. Ele era ateu.

Então, sua tia visitou uma Igreja Adventista do Sétimo Dia na capital da Mongólia, Ulan Bator. Querendo aprender inglês, ela havia ido a reuniões evangelísticas lideradas por um orador convidado da Austrália. Algo sobre a Igreja Adventista era diferente, e ela convidou seu sobrinho de 18 anos para vir junto. "Este é um lugar muito agradável", disse ela. "Há muitos jovens como você."

"Ah não, tia", disse Tsomo. "Essa não é nossa religião tradicional. É uma religião estrangeira."

Mas ela ainda continuou convidando-o para a igreja. Ela falou sobre os jovens e como eles tocavam violão e cantavam.

"Eles são legais", ela disse.

Tsomo foi à igreja com sua tia. Ele gostou do orador australiano e de seus companhei­ros. Ele nunca tinha conhecido estrangeiros antes, e eles eram interessantes. Além disso, ele gostou da música. Foi tão bom. Como sua tia, ele percebeu algo diferente na igreja. Ele sentiu algo que nunca havia sentido antes. "Essas pessoas são realmente legais", pensou ele. "Elas estão sempre sorrindo."

Tsomo voltou à igreja várias vezes depois da primeira visita. Ele se tornou adventista. Cresceu em seu coração um desejo de com partilhar seu a mor por Jesus. Mas como?

Um ano após se tornar adventista, Tsomo foi ao interior para visitar amigos. Todos os adolescentes locais o conheciam e notaram que algo estava diferente.

"Você está tão diferente comparado a antes", disse uma garota.

"Você mudou", disse um garoto. "O que aconteceu?"

Eu conheci Deus", disse Tsomo.

Os adolescentes riram. Eles não eram cristãos e não acreditavam em Deus.

Naquela época, não chovia na região havia seis meses. A grama estava marrom e seca.

Isso era um problema. A grama era necessária para alimentar os cavalos, vacas, ovelhas, cabras e camelos dos quais os mongóis dependem para alimentação, lã e transporte.

Um milagre era necessário para acabar com a seca, e os adolescentes decidiram testar o Deus de Tsomo.

"Se o seu Deus realmente existe, você deveria orar por eh uva", disse um menino.

Outros concordaram.

"Vamos ver o que o seu Deus pode fazer", disse outro menino.

Tsomo reuniu todos os adolescentes.

OK, vamos nessa", disse ele. "Vamos orar juntos."

Ele orou a Deus por eh uva.

Na manhã seguinte, a chuva veio. As gotas de chuva caíram suavemente no início, mas então os céus se abriram e choveu.

Os adolescentes ficaram muito surpresos! Eles foram correndo até Tsomo, exclaman­do: "Está chovendo! Está chovendo!"

Alguns deles começaram a crer em Deus.

"Uau! O seu Deus é real",disse um.

Eu gostaria de saber mais", disse outro.

Tsomo formou um pequeno grupo de 10 adolescentes. Ele leu a Bíblia para eles, orou com eles e ensinou-lhes canções cristãs. O grupo se reuniu todos os dias durante um mês. Então Tsomo voltou para sua casa na cidade.

Vários anos se passaram desde a chuva milagrosa. Tsomo tornou-se pastor adventista e atualmente atua na capital da Mongólia, Ulan Bator. Nenhuma igreja adventista foi estabelecida na região onde o milagre aconteceu. Mas os jovens que testemunharam a chuva permanecem fiéis a Deus. Vários dos pais deles também aceitaram a Deus.

"Não há igreja lá, e não há pastor lá, mas eles acreditam em Deus até hoje", disse Tsomo. Eles acreditam após presenciarem algo diferente sobre o Deus do Céu.

Parte da sua oferta do trimestre irá para um novo centro de recreação infantil na capital da Mongólia, Ulan Bator, onde as crianças e seus pais poderão aprender que algo é diferente sobre o Deus do Céu. Obrigado por planejar uma oferta generosa para os projetos deste trimestre.

Por Andrew McChesney

Dicas para a história

  • Mostrar Ulan Bator, Mongólia, no mapa.
  • Pronuncie Tsomo como: TSO-mo.
  • Saiba que Tsomo é um apelido. Seu nome completo é Tsolmonbayar.
  • Baixe as fotos desta história no Facebook: bit.ly/fb-mq.
  • Compartilhe as postagens do Informativo Mundial das Missões e os Fatos Rápidos da Divisão Norte-Asiática do Pacífico: bit.ly/nsd-2025.

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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2025

Tema geral: O amor e a justiça de Deus

Lição 2 – 4 a 11 de janeiro

“O amor da aliança”

Autor: Erico Tadeu Xavier

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

 

“É o amor de Cristo que faz o nosso Céu. Mas quando procuramos falar desse amor, a linguagem nos falha. Pensamos em Sua vida na Terra, em Seu sacrifício por nós; pensamos em Sua atuação no Céu como nosso Advogado; nas mansões que está preparando para os que O amam; e só podemos exclamar: ‘Oh, as alturas e profundezas do amor de Cristo!’ Ao nos demorarmos junto à cruz, alcançamos uma pálida concepção do amor de Deus, e dizemos: ‘Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados’ (1Jo 4:10). Mas em nossa contemplação de Cristo, estamos apenas demorando à beirada de um amor que é imensurável. Seu amor é qual vasto oceano, sem fundo nem praia” (Review and Herald, 6 de maio de 1902).

Deus é amor!

“Nisto conhecemos que permanecemos Nele e que Ele permanece em nós: pelo fato de nos ter dado do seu Espírito. E nós temos visto e damos testemunho de que o Pai enviou o Seu Filho como Salvador do mundo. Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele permanece em Deus. E nós conhecemos o amor e cremos neste amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele” (1Jo 4:16-19).

“‘Deus é amor’ está escrito em cada botão de flor que se abre e em cada folha que cresce no campo. Os belos pássaros, que alegram o ar com seus alegres cantos, as flores, perfeitas e delicadamente coloridas, que perfumam o ar, as árvores frondosas da floresta, com sua exuberante e viçosa folhagem — tudo dá testemunho do cuidado paternal do nosso Deus e do desejo que Ele tem de tornar Seus filhos felizes” (Caminho a Cristo [CPB, 2024], p. 7).

O amor de Deus é eterno (Jr 31:3)

“O plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Ele foi “a revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos” (Rm 16:25). Foi um desdobramento dos princípios que, desde os séculos da eternidade, têm sido o fundamento do trono de Deus. Desde o início, Deus e Cristo sabiam da apostasia de Satanás e da queda do ser humano mediante o poder enganador do rebelde. Deus não determinou a existência do pecado, mas previu-a e tomou providências para enfrentar a terrível situação” (O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2121], p. 11).

Cinco princípios do amor de Deus por nós

  1. Deus nos ama com amor infinito. O Seu amor não tem limites. Nada que façamos vai aumentar ou diminuir o amor que Deus tem por nós. Deus nos ama com amor eterno. Deus nos ama desde sempre e para sempre.
  2. Deus nos ama com amor pessoal. Deus nos chama pelo nome, “Tu és Meu”! (Is 43:1). Ele nos ama pessoalmente. Ele ama toda a humanidade, porém o Seu amor é especial em favor de cada pessoa.
  3. Deus nos ama com amor gratuito. Nós não precisamos fazer nada para que Deus nos ame, pois Deus é amor.
  4. Deus nos ama com amor incondicional. Ele não nos ama porque somos bons, mas porque Ele é bom.
  5. Deus nos ama com amor misericordioso. O Senhor é como o Pai misericordioso que acolhe o filho pródigo que volta.

Se Deus é amor, por que sofremos tanto? Por que a família está sendo atacada? Por que tantas pessoas passam fome? Por que tanta morte e destruição? Por causa do pecado.

O Plano de Deus = uma aliança de amor

Deus, em sua infinita bondade, criou um plano de salvação. Visto que Deus é amor, Seu plano é de amor. O Pai tem um amor infinito pelo Filho, e o Filho tem um amor infinito pelo Pai, e esse amor que os envolve é compartilhado com o Espírito Santo. Como fruto desse amor, Deus criou todas as coisas e quis selar um pacto, uma aliança de amor com a humanidade. Toda aliança possui promessas e exigências, como ocorre com a aliança matrimonial e com as alianças que Deus fez com Seu povo.

Durante a história da salvação, Deus fez várias alianças com a humanidade. Desde a aliança feita com Adão e Eva, passando por Noé, Abraão, Moisés, até chegar à nova e eterna aliança, anunciada pelos profetas e selada no sangue de Jesus. Na cruz, todos os nossos pecados foram redimidos, toda a nossa culpa foi apagada. Por amor, Deus Se fez Homem, assumiu nossa pequenez, e “Aquele que não conheceu o pecado, Deus O fez pecado por nós, para que Nele nós nos tornássemos justiça de Deus” (2Co 5:21).

Deus tem apenas um plano de amor e, nesse plano, todas as nossas histórias de vida estão inseridas. É um plano orgânico que se iniciou na criação da humanidade e vai até a eternidade. É bonito ver que a minha atitude se reflete na vida do outro por fazermos parte de um mesmo plano.

Mas, se o plano de Deus é um plano de amor, se a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável, nos vem novamente ao coração a mesma pergunta: Por que não vemos esse plano de amor acontecer de forma plena? Por que existe corrupção e violência?

O plano de Deus acontece dentro de um ambiente de liberdade. Nosso Deus não nos criou como marionetes para que Ele pudesse nos manipular, mas nos criou livres para aderir ou não ao Seu plano.

 

Ilustração

Bill tinha sido criado num lar cristão, e frequentara a escola da igreja. Embora cresse na mensagem, era descuidado em matéria de religião. Pouco depois do início da Segunda Guerra Mundial, ansiando por aventuras, alistou-se na Real Força Aérea do Canadá e se tornou piloto. Decidida a guerra, ele continuou voando, e se tornou piloto comercial, de maneira que transportava suprimentos, turistas, etc., para as diferentes partes do norte do país.

Um dia Bill visitou um antigo colega de escola, a quem chamaremos de Fred, e passaram horas juntos. Durante a conversação, Fred apelou para que Bill entregasse o coração a Jesus. Bill foi movido profundamente, mas havia em sua vida uma porção de coisas que o impediam de dar aquele passo. Embora Fred continuasse a apelar, mesmo estando profundamente impressionado Bill não fez sua entrega. Poucas semanas depois, o avião de Bill caiu num lago. Ele e seu companheiro procuraram escapar nadando para a praia. Mas Bill não conseguiu.

Conclusão

“Que ninguém deixe sua segurança para a eternidade depender do acaso. Não deixe que o assunto permaneça em perigosa incerteza. Pergunte a si mesmo sinceramente: Estou eu entre os salvos, ou entre os que não estão salvos?” (Testemunhos Para Ministros, p. 443).

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Erico Tadeu Xavier é Pós-doutor em Teologia Sistemática e Missão Integral pela FAJE (Faculdade de Filosofia e Teologia Jesuíta de BH), Doutor em Ministério pela FTSA, Faculdade Teológica Sul-Americana e Doutor em Teologia pela PUC (Pontifícia Universidade Católica do RJ). Iniciou seu ministério em 1991 como pastor distrital e atuou em três diferentes regiões. Foi professor do Seminário Adventista de Teologia na Universidade Adventista da Bolívia, da Faculdade Adventista da Bahia (antigo IAENE), e da FAP (antigo IAP), no Paraná. É casado com Noemi Pinheiro Xavier, Doutora em Educação. O casal tem dois filhos: Aline (psicóloga) e Joezer (designer gráfico).