Lição 13
18 a 24 de setembro
O descanso supremo
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Os 10-14
Verso para memorizar: “Mas, como está escrito: ‘Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam’” (1Co 2:9).
Leituras da semana: Ap 1:9-19; Mt 24:4-8, 23-31; Ap 14:6-12; Hb 11:13-16; Fp 4:4-6

Você já se sentiu no meio de uma grande batalha, uma luta entre o bem e o mal? Muitos, mesmo as pessoas seculares, percebem isso. E nos sentimos assim porque essa luta é real. Estamos em uma grande batalha entre o bem e o mal, entre Cristo (o bom) e Satanás (o mau).A vida, então, realmente acontece em dois níveis. O grande conflito entre Cristo e Satanás está ocorrendo em escala global – na verdade, até mesmo em nível cósmico, pois tudo começou no Céu (Ap 12:7). No entanto, na confusão dos eventos, podemos facilmente perder a visão geral do plano de fuga de Deus para este mundo. Guerras, agitação política e desastres naturais podem nos manter em um desamparado terror. Mas a orientação profética nos ajuda a ter em mente o panorama geral do destino aonde estamos indo e como chegaremos lá.

O grande conflito também ocorre em um nível muito mais pessoal. Todos nós, individualmente, enfrentamos desafios de fé em nossa vida cotidiana e, se não vivermos até a segunda vinda de Jesus, também enfrentaremos a morte. Nesta semana, veremos como podemos descansar em Jesus diante da agitação global e do nosso desconhecido futuro, pelo menos em curto prazo. Em longo prazo, as coisas parecem muito promissoras, de fato!



Domingo, 19 de setembro
Ano Bíblico: Joel
Uma visão do fim

O discípulo sobrevivente mais idoso que tinha estado com Jesus estava agora exilado em uma rochosa ilha-prisão, longe de tudo o que ele estimava! O que deve ter passado na mente de João enquanto ele se encontrava preso naquela ilha deserta? Como ele tinha ido parar ali daquele jeito? Afinal, ele havia visto Jesus partir e os dois anjos ali, dizendo: “Homens da Galileia, por que vocês estão olhando para as alturas? Esse Jesus que foi levado do meio de vocês para o Céu virá do modo como vocês O viram subir” (At 1:11). Contudo, isso tinha acontecido havia muitos anos, e Jesus ainda não havia retornado. Os outros apóstolos que estiveram presentes naquele dia já haviam morrido, a maioria deles martirizados por seu testemunho sobre Jesus. A jovem igreja havia passado por uma mudança de geração e estava enfrentando uma terrível perseguição externa e estranhos movimentos heréticos de dentro da igreja. João deve ter se sentido sozinho, cansado e inquieto. Então ele teve uma visão.

1. Em sua opinião, que conforto João obteve com essa visão? Ap 1:9-19

Jesus tinha dito aos Seus seguidores: “Eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28:20). Essas palavras devem ter encorajado João ao enfrentar seu solitário exílio. Essa visão, essa “revelação” de Jesus, deve ter sido um grande conforto para ele, sabendo que Cristo, “o Alfa e o Ômega”, o “primeiro e o último”, estava agora Se manifestando de maneira especial para o apóstolo exilado.

Os versos seguintes são visões do futuro do mundo. Um incrível panorama da História foi retratado diante dele, basicamente o que, para nós, é a história da igreja, mas, para João, era o futuro da igreja. No entanto, em meio às provações e tribulações que viriam, foi mostrado a João como tudo terminaria. “E vi novo céu e nova Terra, pois o primeiro céu e a primeira Terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do Céu, da parte de Deus, preparada como uma noiva enfeitada para o seu noivo” (Ap 21:1, 2).

A grande visão apocalíptica que João registrou em Apocalipse o ajudou a descansar com confiança nas provisões e promessas de Deus.

Apesar das dificuldades, temos fé ao saber que Deus conhece o futuro e que tudo será melhor?


Segunda-feira, 20 de setembro
Ano Bíblico: Am 1-4
A contagem regressiva

No Monte das Oliveiras, Jesus descreveu a História em linhas gerais ao responder às perguntas dos discípulos: “Diga-nos quando essas coisas vão acontecer e que sinal haverá da Sua vinda e do fim dos tempos” (Mt 24:3). O famoso sermão de Jesus, registrado em Mateus 24, abrange a linha do tempo ininterrupta e histórica desde Seus dias até Sua segunda vinda e além.

Jesus queria dar ao Seu povo através dos séculos um esboço do cronograma profético do tempo do fim, de modo que as pessoas se preparassem para o evento final. Ele desejava que descansássemos em Seu amor, mesmo quando tudo estivesse desmoronando.

Os adventistas conhecem bem a descrição de um “tempo de angústia, como nunca houve, desde que existem nações” (Dn 12:1). Jesus quer que estejamos preparados para esse evento, que antecederá Sua segunda vinda.

2. Como será a vinda de Cristo? Como podemos nos prevenir de ser enganados? Mt 24:4-8, 23-31

A vinda de Jesus será um evento literal. Considerando o espaço dado na profecia para Seu retorno, e até mesmo nos sermões de Jesus, esse evento é muito importante!

A última vez em que houve um evento mundial culminante, apenas oito pessoas em todo o mundo estavam preparadas para ele. Jesus comparou a imprevisibilidade da segunda vinda àquele evento – o Dilúvio (Mt 24:37-39). Mas, embora ninguém saiba o dia nem a hora da segunda vinda de Cristo (Mt 24:36), Deus nos deu uma contagem regressiva profética, a qual podemos observar acontecendo no mundo ao nosso redor.

3. Qual é a nossa função nesse drama profético? Mt 24:9-14

No conflito cósmico, somos mais do que expectadores. Devemos participar da pregação do evangelho até os confins do mundo, o que significa que enfrentaremos perseguição.

O que significa “perseverar até o fim”? Como fazer isso? Quais escolhas precisamos fazer todos os dias para não cair, como muitos fizeram e como muitos farão?


Terça-feira, 21 de setembro
Ano Bíblico: Am 5-9
Ordens para marchar

O grande quadro profético da História não nos permite ficar sentados e não fazer nada enquanto os eventos se desenrolam, fatos que não controlamos. Nossa atitude pode ser: “Bem, os eventos finais acontecerão conforme o previsto, então o que podemos fazer a esse respeito, senão simplesmente aceitá-los e seguir com nossa vida? Afinal, o que posso fazer sozinho?” Mas não é assim que os cristãos devem se relacionar com o mundo e, especialmente, com os eventos finais. Apocalipse 14 revela que nosso propósito neste momento da história é falar aos outros sobre o juízo de Deus e ajudá-los a se prepararem para a volta de Jesus.

4. O que é ensinado em Apocalipse 14:6-12 e o que devemos proclamar ao mundo? Por que essa mensagem é tão urgente?

A “verdade presente” (2Pe 1:12) encontra-se nesses versos (Ap 14:6-12), “as três mensagens angélicas”, onde encontramos a essência de nosso chamado neste tempo.

O texto começa com o “evangelho eterno”, a notícia da morte e ressurreição de Cristo, sobre a qual está a esperança de salvação. Há também a mensagem de que “é chegada a hora em que Ele vai julgar” (Ap 14:7), um marco que aponta para o fim dos tempos. Em seguida, há o chamado para adorar Aquele “que fez o céu, a Terra, o mar e as fontes das águas”, em contraste com a terrível advertência sobre os que, permanecendo em Babilônia, adoram “a besta e a sua imagem”. Finalmente, é descrito o povo de Deus do tempo do fim: “aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.

5. O que aprendemos sobre a falta de descanso dos adoradores da besta? Ap 14:11

Não haverá descanso, nem de dia nem de noite, para os que adoram a besta e a sua imagem. Embora existam várias ideias sobre o que isso significa, todos concordam que essas pessoas não experimentarão o tipo de descanso oferecido por Deus aos fiéis.

Por que a primeira mensagem trata do “evangelho eterno”? É importante manter essa verdade diante de nós, ao pregarmos essas mensagens? Qual é a relação do evangelho com o descanso?


Quarta-feira, 22 de setembro
Ano Bíblico: Obadias e Jonas
Descanse em paz

Há muitos séculos, os cristãos aguardam a volta de Cristo. Ela é a culminação das nossas esperanças – e não apenas das nossas, mas das esperanças dos fiéis ao longo da História.

6. Qual é a grande promessa em Hebreus 11:13-16, não apenas para as pessoas da antiguidade, mas também para nós?

Esses versos não teriam sentido se a versão popular da morte fosse verdadeira. Do que trata essa passagem bíblica ao dizer que essas pessoas “não obtiveram as promessas”? De modo equivocado, muitos pensam que, após a morte, os fiéis estão supostamente no Céu com Jesus, desfrutando da recompensa. Por exemplo, após a morte de Billy Graham, repetidamente ouvimos que ele estava agora no Céu com Jesus.

Há uma ironia nessa visão, porque muitas vezes, quando alguém morre, ouvimos: “Que descanse em paz”. Mas o que está acontecendo? As pessoas estão descansando em paz ou estão no Céu fazendo o que deveriam fazer lá (talvez observando a vida aqui na Terra)?

7. Como Jesus descreveu a morte? Jo 11:11

A ideia do descanso “em paz” é a verdade sobre o que acontece na morte, não é mesmo? Os mortos estão em repouso. “Para aquele que crê, a morte é de pouca importância. Cristo fala dela como possuindo pouco valor. ‘Se alguém guardar a Minha palavra, nunca verá a morte’, ‘nunca provará a morte’ (Jo 8:51, 52, ARC). Para o cristão, a morte é apenas um sono, um período de silêncio e escuridão. A vida está escondida com Cristo em Deus, e ‘quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então, vós também sereis manifestados com Ele, em glória’” (Cl 3:4; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 787).

Jesus comparou com um sono inconsciente a condição da pessoa entre a morte e a manhã da ressurreição (Jo 11:11, 14), mas também enfatizou que os salvos e os perdidos receberão sua recompensa após a ressurreição (Jo 5:28, 29). Ele destacou a necessidade de estarmos preparados para a morte.

Que conforto obtemos ao saber que nossos queridos falecidos estão descansando agora?


Quinta-feira, 23 de setembro
Ano Bíblico: Mq 1-4
Alegrem-se sempre no Senhor

Entre os recursos mais usados nos smartphones estão os aplicativos de mapas. Os métodos utilizados antes dos mapas com base no sistema de GPS ficaram para trás. Atualmente não ficamos mais nervosos ao nos dirigir a um lugar desconhecido, pois, com os aplicativos de mapas no celular, podemos nos aventurar com segurança e encontrar o caminho em qualquer cidade estrangeira. Essa confiança ilustra o descanso que Deus deseja nos dar com Seu cronograma profético. Contudo, podemos colocar o endereço errado no aplicativo, ou decidir não seguir as instruções porque achamos que conhecemos um atalho. Nesses casos, podemos ir a lugares em que não gostaríamos de estar e, definitivamente, não estaremos com o espírito tranquilo.

8. Como obter paz e descanso neste mundo atormentado e doloroso? Fp 4:4-6

Paulo não disse para nos alegrarmos, sempre, em todas as provações. Ele disse: “Alegrem-se sempre no Senhor”. Não importa nossa situação atual nem as provações que enfrentamos, se meditarmos demoradamente em Deus, em Sua bondade, Seu amor e Seu sacrifício na cruz por nós, podemos nos alegrar Nele e ter paz em nosso cansado coração.

O próprio “tom” do texto sugere descanso, paz e uma esperança que transcende as coisas deste mundo.

Imagine o descanso que teríamos no coração se não nos preocupássemos com “coisa alguma”. Isso não parece algo realista neste mundo, mas saber que um Deus amoroso está, no final das contas, no controle e que Ele nos salvará para Seu reino, certamente nos ajuda a colocar nossas preocupações na perspectiva adequada.

“Perto está o Senhor”. Ou seja, Ele está sempre próximo de nós, e assim que fecharmos os olhos e descansarmos no sono da morte, a próxima coisa que veremos será a volta de Cristo.

A vida é cheia de tensões, provações e lutas. Ninguém escapa dessas coisas; certamente o apóstolo Paulo também não escapou (veja 2Co 11). No entanto, o objetivo do apóstolo é nos dizer que, mesmo com tudo o que suportamos hoje, podemos nos alegrar com o que recebemos em Cristo e, de fato, encontrar descanso para nosso coração hoje.

Leia Filipenses 4:4-6. Como você pode aplicar essas palavras maravilhosas à sua experiência, nas provações e tribulações que estiver enfrentando?


Sexta-feira, 24 de setembro
Ano Bíblico: Mq 5-7
Estudo adicional

Desejamos respostas imediatas e diretas às nossas orações, e somos tentados a ficar desanimados quando a resposta é adiada ou vem da maneira que não esperávamos. Mas Deus é demasiadamente sábio e bom para atender nossas petições sempre justamente no tempo e do modo que desejamos. Ele fará mais e melhor por nós do que realizar sempre os nossos desejos. E, como podemos confiar em Sua sabedoria e Seu amor, não devemos pedir que nos conceda a nossa vontade, mas buscar identificar-nos com Seu desígnio, e cumpri-lo. Nossos desejos e interesses devem-se fundir com Sua vontade” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 219).

“Dentro de pouco tempo Jesus virá para salvar Seus filhos e dar-lhes o toque final da imortalidade [...]. As sepulturas se abrirão, e os mortos sairão vitoriosos, clamando: ‘Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?’ (v. 55). Nossos queridos, que dormem em Jesus, sairão revestidos da imortalidade” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 350).

Perguntas para consideração

1. Como você vê o grande conflito no mundo? E em sua vida? Ele é real? É mais real do que muitos pensam, pois não creem em um diabo literal. Entender o grande conflito é importante para compreender o estado de nosso mundo? É reconfortante saber que o conflito terminará?

2. As profecias podem ser uma distração se tentarmos ir além do que está revelado. Muitas vezes os cristãos fizeram previsões sobre eventos que acabaram não ocorrendo ou acreditaram em previsões que não se cumpriram. Como nos protegermos dessa armadilha?

3. Os adoradores da besta não terão descanso. O que isso significa? (Ap 14:9-11).

4. Temos alguma função em relação ao tempo do retorno de Cristo? Seja qual for nossa opinião sobre esse assunto, por que ainda é muito importante que participemos ativamente na propagação da mensagem do retorno de Cristo ao mundo?

Respostas e atividades da semana: 1. A visão do Cristo glorificado confortou o coração solitário de João. 2. Sua vinda será universal, como “o relâmpago” que “sai do Oriente e brilha até o Ocidente”. Todos verão Cristo voltar. Não podemos acreditar no aparecimento de falsos profetas e falsos cristos que surgem por aí. 3. Nossa função é pregar o evangelho a todo o mundo. 4. As três mensagens angélicas. Elas são urgentes porque precedem o juízo de Deus. 5. “A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre. E os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do nome da besta não têm descanso nenhum, nem de dia nem de noite”. 6. Teremos, na vinda de Cristo, a vida eterna, uma pátria superior. 7. Como um sono. 8. Descansamos no Senhor quando, por meio de orações, pedimos e agradecemos. Devemos nos alegrar no Senhor.



Resumo da Lição 13
O descanso supremo

ESBOÇO

O título da lição desta semana indica que nosso descanso aqui é temporário. Nós descansamos em Cristo hoje, mas sempre no contexto de um mundo de sofrimento, tristeza e doença. Chegará o dia em que entraremos no descanso eterno. Todas as dores de cabeça da vida acabarão. Doença, desastre e morte desaparecerão para sempre.

Jesus deu ao idoso apóstolo João, exilado na Ilha de Patmos, uma visão de Si mesmo. Essa visão de Cristo deu a João encorajamento e esperança. Em revelações proféticas, João viu a história da igreja cristã e os eventos culminantes no final da história da Terra. O livro do Apocalipse termina com um novo céu e uma nova Terra, inaugurando o descanso definitivo.

Antes desse descanso final, haverá sinais específicos apontando para o retorno de Jesus. Em Mateus 24, Jesus descreve os eventos do tempo do fim que ocorrerão com frequência crescente antes de Sua segunda vinda gloriosa. Ao longo dos tempos, os patriarcas e profetas aguardaram o retorno do Senhor sem experimentar o “descanso supremo” que Cristo prometeu. Eles morreram na expectativa de um evento que viria, morreram na esperança. Em Apocalipse 14:6-12, três anjos proclamam a mensagem celestial dos últimos dias para preparar o mundo para a volta de Cristo.

Enquanto a batalha entre o bem e o mal é travada em escala global, Cristo nos convida a “vigiar” e “estar prontos” para Sua breve vinda e a entrar em Seu descanso eterno.

COMENTÁRIO

João nos informa que recebeu as visões que compõem o livro do Apocalipse quando estava em Patmos, uma pequena ilha no Mar Egeu, entre as costas da Turquia e da Grécia, com cerca de 14 quilômetros de comprimento. Na época de João, era uma colônia penal romana estéril e rochosa, onde os prisioneiros eram exilados. Também havia ali uma pequena comunidade de mineração.

João era um homem idoso. Tinha em torno de 90 anos quando recebeu as visões do Apocalipse. Ele teve uma longa vida a serviço de seu amado Mestre. Provavelmente morava em Éfeso antes de ser exilado em Patmos. Encontrava-se distante de amigos e familiares, estava frágil e duvidava de que algum dia sairia dessa pequena ilha isolada. Então, em um clarão glorioso, Jesus revelou a João a verdade divina que iluminaria e encorajaria o povo de Deus ao longo dos séculos. As verdades acerca dos últimos dias revelam os acontecimentos que se darão em breve neste mundo para preparar o povo de Deus para o que está por vir. Às vezes, é nas maiores provações que o Senhor fala conosco com mais clareza. Quando nos sentimos sozinhos e desanimados, Jesus nos visita assim como fez com João e nos enche com o calor de Sua presença.

O livro do Apocalipse fala sobre o Jesus que intervém. Ele não Se senta meramente em Seu trono no Céu, mas envolve-Se nas questões da Terra. Ele ministra a nós na dor, na tristeza do coração e nas decepções que enfrentamos. Quando Jesus desceu para falar com Seu discípulo amado, Ele iluminou a rochosa e árida Patmos com Sua glória. Não há lugar que esteja além do alcance de Deus. Ele irá encontrá-lo onde quer que você esteja. A revelação está cheia de esperança. Aquele que está conosco por meio de Seu Espírito Santo logo virá em glória para nos levar para casa. João declara: “Eis que Ele vem com as nuvens, e todo olho O verá” (Ap 1:7).

Sinais da volta de Jesus

Jesus falou aos Seus discípulos sobre uma época em que Jerusalém seria cercada, atacada por um exército e destruída (Lc 21:20). Isso aconteceu em 70 d.C., quando Tito, general romano, invadiu Israel e sitiou a cidade. O historiador judeu Flávio Josefo descreveu os efeitos devastadores do cerco. Ele diz que as pessoas famintas “frequentemente brigavam por causa de um pequeno pedaço de pão; as crianças costumavam arrancar a comida da boca dos pais. Nem irmão nem irmã tinham misericórdia um do outro. Um alqueire de milho era mais precioso do que ouro” (D. J. Muehlenbruch, trad. The Destruction of Jerusalem [Concordia Publishing House, 1922]). Durante o cerco, houve casos em que os pais cozinharam seus filhos mortos e os comeram. Josefo continua: “Impelidos pela fome, alguns comeram esterco; alguns, as cintas de suas selas; alguns, o couro retirado de seus escudos; alguns ainda tinham feno na boca quando seus corpos foram encontrados”. Os efeitos do ataque romano a Jerusalém foram horríveis e devastadores. Antes que tudo acabasse, o fogo começou, e outros milhares morreram nas chamas.

Na década de 1970, os arqueólogos descobriram a casa de uma família aristocrática que foi totalmente destruída pelas chamas durante o cerco. Essa casa é um testemunho notável da intensidade das chamas e do grau de total devastação e absoluta destruição.

As perguntas dos discípulos

Quando Jesus falou aos Seus discípulos sobre esse desastre que se aproximava, eles pensaram que algo tão destrutivo só poderia acontecer no fim do mundo. Por essa razão, pediram: “Diga-nos quando essas coisas vão acontecer e que sinal haverá da Sua vinda e do fim dos tempos” (Mt 24:3).

Os discípulos fizeram duas perguntas diferentes. A primeira foi: “Quando essas coisas vão acontecer?” Essa questão se refere à queda de Jerusalém e à destruição do templo. A segunda foi: “Que sinal haverá da Sua vinda e do fim dos tempos?” Em Sua resposta, conforme registrado em Mateus 24, Jesus combinou os dois eventos. Falou sobre acontecimentos que levariam à destruição de Jerusalém em 70 d.C. e que serviriam como uma prévia do que aconteceria pouco antes de Sua segunda vinda. Em Mateus 24, Jesus mencionou os sinais que precederiam Seu retorno. Esses sinais revelam a proximidade de Sua vinda.

O Salvador não nos deu uma data para Sua volta, mas nos falou sobre os sinais que nos permitiriam saber quando ela estaria próxima. O sermão de Jesus sobre os sinais dos últimos dias concentra-se em quatro áreas específicas: (1) sinais no âmbito religioso, (2) assuntos internacionais, (3) natureza e (4) sociedade. Esses sinais incluem falsos reavivamentos espirituais, conflitos globais, guerras, fomes, desastres naturais, pestes, pandemias, aumento do crime, aumento da violência, diminuição da moralidade e, finalmente, a rápida propagação do evangelho para todo o mundo.

Mateus 24 descreve os sinais do retorno de Cristo; Apocalipse 14 é um apelo urgente para estarmos prontos para Sua vinda.

Mensagem dos últimos dias

Em Apocalipse 14, três anjos apresentam a João as últimas mensagens divinas rapidamente proclamadas a cada nação, tribo, língua e povo para preparar o mundo para o breve retorno de Cristo. É a mensagem do “evangelho eterno” da incrível graça de Deus para todo o planeta. É um chamado à luz do evangelho para uma vida obediente, que glorifique a Deus em tudo o que fizermos. É um apelo para adorá-Lo como Criador em uma era de filosofias evolucionistas. É uma mensagem de esperança para o tempo do fim.

Jesus nos defenderá no juízo e apresentará Sua vida justa no lugar de nossa vida injusta. O apóstolo João nos encoraja: “Se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2:1). O julgamento final de Deus é justo. Ele pode representar apenas aqueles que entregam a vida a Ele e pela fé aceitam Sua vida e morte em favor deles. Ele Se levantará em favor de todos os que não se envergonham de testemunhar de sua fé.

Alegrem-se sempre no Senhor

Preso em Roma, o apóstolo Paulo escreveu uma carta encorajadora aos crentes em Filipos. Alguns comentaristas da Bíblia rotularam o livro de Filipenses como a epístola da alegria. Nessa curta carta de quatro capítulos, Paulo usa as palavras “alegria” ou “regozijo” repetidamente. O tema do capítulo 1 é “Alegria nas provações”; o tema do capítulo 2 é “Alegria na humildade”; o tema do capítulo 3 é “Alegria na rendição”, e o tema do capítulo 4 é “Alegria na gratidão”.

Paulo aprendeu a viver na alegria de Cristo porque descobriu como descansar Nele. Ele cria que Cristo o fortaleceria em todas as situações e supriria Suas necessidades (Fp 4:13, 19). A sua confiança estava fixada na realidade divina de que “nossa pátria está nos Céus” e que, um dia, Cristo “transformará o nosso corpo de humilhação para ser igual ao corpo da Sua glória”. Ele aguardava ansiosamente a vinda do Salvador Jesus Cristo (Fp 3:20, 21). Ele podia “alegrar-se sempre no Senhor (Fp 4:4) porque tinha absoluta confiança no cuidado de Cristo no presente e no cumprimento do Seu plano eterno no futuro. Ele declarou: “perto está o Senhor”. Essa certeza deu-lhe a “paz de Deus, que excede todo o entendimento” (Fp 4:5, 7). Assim como o apóstolo Paulo, podemos nos alegrar porque nunca enfrentamos uma situação em que Cristo não nos ofereça auxílio imediato e esperança para o amanhã, bem como a promessa de descanso final no Senhor por toda a eternidade.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

Algum tempo atrás, um amigo compartilhou esta história comovente. Seu filho de oito anos estava morrendo de uma rara doença no sangue. Pessoas em todo o país oraram sinceramente pela recuperação do menino. Eles buscaram a Deus por uma cura milagrosa. A criança piorou progressivamente. Nos últimos dias de sua vida, a mãe assentava-se sempre ao lado de sua cama segurando sua mão e acariciando suavemente seu cabelo. Quando ficou claro que ele tinha apenas algumas horas de vida, ela o tomou nos braços e se sentou em uma cadeira de balanço, cantando suavemente as canções do Céu. Algum tempo depois de sua morte, estávamos conversando, e ela declarou: “Embora haja uma dor latejante e profunda em meu coração, Deus me deu uma paz que excede todo o entendimento”. Quando perguntei o que era essa paz, ela simplesmente respondeu: “Mesmo quando você não entende, você ainda pode descansar no amor e no cuidado de Cristo”.

Ao chegar ao fim desta série de lições de estudo da Bíblia, não importa o que esteja acontecendo em sua vida, Jesus deseja lhe dar uma “paz que excede todo o entendimento”. Ele está com você hoje, amanhã e para sempre. Os planos Dele são maiores do que você pode imaginar. Lembre-se das palavras de Jesus: “Aquele, porém, que ficar firme até o fim, esse será salvo” (Mc 13:13). Confie na força Dele para enxergar além dos desafios e estar em paz.

 


Programa do Décimo Terceiro sábado

Porção da verdade

Estava próximo à hora do almoço e o líder da equipe telefonou para buscar Niang em Maryville, Tennessee. Ela estava faminta, pronta para usufruir de almoço, enquanto conversava com outros colportores sobre as experiências daquela manhã. Então, ela viu uma senhora colocando mantimentos no carro no estacionamento de uma loja de descontos. Havia tempo suficiente para conversar com mais uma pessoa antes do almoço.

Com um largo sorriso, Niang se aproximou da senhora. “Olá senhora”, ela disse. “Meu nome é Niang, sou estudante e estou trabalhando para manter meus estudos. Neste verão queremos promover os valores familiares e ajudar a comunidade.” Em seguida, pegou um livro sobre saúde de sua mochila que ensina as pessoas a usar plantas de forma natural.

A senhora tomou o livro e deu uma olhada rápida na capa. Ao ver que ela permanecia em silêncio, Niang pegou um livro de receitas. “Você gosta de cozinhar?”, perguntou. Em seguida, mostrou um livro devocional, uma versão do livro clássico de 13 capítulos de Ellen White, Caminho a Cristo. A senhora olhou os três livros em suas mãos e parecia muito interessada. “Mas, você me encontrou no dia errado”, ela disse. “Não tenho talão de cheques nem dinheiro neste momento.”

“Você pode usar o cartão se for conveniente”, Niang sugeriu. “Não quero usar meu cartão de débito porque meu esposo não vai gostar”, foi a resposta da senhora, que continuava segurando os livros. Ela parecia não querer devolvê-los. Niang mostrou vários livros, incluindo O Desejado de Todas as Nações e O Grande Conflito, também de Ellen White. Quando soube que ela tinha filhos, mostrou muitos livros para crianças. “Todos os livros são tão bons”, a senhora disse. Parecia impossível conseguir escolher um livro, e disse: “Quer saber? Vou levar todos os livros.”

Ela se apresentou como Cindy e usou seu cartão de débito para aquisição dos livros. Terminada a transação, Niang perguntou se poderia orar em favor dela. “Vou gostar muito!”, Cindy respondeu. Então, Niang orou:

“Querido Pai celestial, muito obrigada por mais um dia de vida e por esta oportunidade de conhecer Cindy. Seu tempo é perfeito. Perdoe nossos pecados e falhas. Obrigada por proteger Cindy e sua família em meio a todas as coisas que estão acontecendo no mundo. Oro para que lhes dê paz e conforto em meio a todo este cenário. Se Cindy houver algum pedido no coração, por favor, conceda. Ajude-a a encontrar esperança e confiança em Ti através de Jesus Cristo. Amém.”

O rosto de Cindy transparecia alegria depois da oração. E disse que a família estava passando por um momento difícil depois, de experimentar enfermidade e morte. Ela estava procurando um significado mais profundo e queria conhecer a Deus. Logo depois de orar para que Cindy saciasse sua fome espiritual por meio das verdades contidas nos livros, Niang satisfez a fome física almoçando com os outros colportores estudantes.

Agradecemos pelas ofertas trimestrais de 2011, que ajudaram crianças refugiadas como Niang a frequentar as escolas adventistas na Divisão Norte-Americana. Niang, cuja família imigrou de Mianmar, frequentou escolas adventistas desde a sétima série. Agora, está terminando seus estudos na Southern Adventist University. Ela planeja se tornar uma dentista missionária.

Parte da oferta trimestral ajudará novamente as crianças refugiadas a obterem uma educação adventista. A oferta também ajudará a Divisão Norte-Americana a construir moradias para os missionários da Escola Adventista de Palau, em Palau, no Oceano Pacífico, a concluir a segunda fase de um ginásio poliesportivo na Escola Adventista de Holbrook, no estado americano do Arizona, e para abrir uma Igreja Adventista do Sétimo Dia e um centro comunitário na remota cidade de Igloolik, no norte do Canadá. Muito obrigado por sua oferta generosa para ajudar a espalhar o evangelho na Divisão Norte-Americana.

Ofertas

Informações adicionais

• Pronúncia de Niang

• Incentive a congregação a seguir o exemplo de Niang, procurando fazer amizade com as pessoas e lhes oferecer oração.

• Faça o download das fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.

• Para outras histórias e informações sobre a Divisão Norte-americana acesse: bit.ly/NAD-2021.

Esta história ilustra os componentes seguintes do plano estratégico do “I Will Go”, da Igreja Adventista: Objetivo de crescimento espiritual nº 1 – “reavivar o conceito de missão mundial e sacrifício pela missão como um modo de vida envolvendo não apenas pastores, mas todos os membros da igreja, jovens e idosos, na alegria de testemunhar por Cristo e fazer discípulos”, através do “aumento do número de membros da igreja que participam em iniciativas evangelísticas pessoais e públicas com o objetivo de Envolvimento Total dos Membros” (KPI 1.1). Objetivo de Crescimento Espiritual No. 5 – “discipular indivíduos e família a terem uma vida espiritual” através “de aumento de crianças adventistas em nossas instituições” (KPI 5.9). Objetivo de Crescimento Espiritual No. 6 – “aumentar a adesão, retenção, recuperação e participação de crianças, jovens e adultos” através “do aumento de envolvimento da igreja em comunhão e serviço, tanto na igreja como na comunidade local” (KPI 6.1). Conheça mais sobre o plano estratégico em IWillGo2020.org.

Futuros projetos do Décimo Terceiro Sábado

A oferta do trimestre ajudará a Divisão Pacífico Norte-Asiático nos seguintes projetos:

• Centro de Estilo de Vida Adventista em Ulaanbaatar, Mongolia (MM)

• Centro de Cuidado às Crianças Imigrantes em Ansan, Coreia do Sul (NSD)

• Centro Missionário de Yeongnam em Daegu, Coreia do Sul

• Três Centros Urbanos de Influência em Taipei, Tainan, e Kaohsiung, Taiwan.

• Programa de evangelismo pela Internet visando à geração Y no Japão.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º Trimestre de 2021

Tema Geral: Descanso em Cristo

Lição 13 – 18 a 24 de setembro

O descanso supremo

Autor: Weverton Castro

Editoração: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Introdução

Uma bela música, composta por Jader Santos, intitulada Pés na Terra, Olhos no Céu, nos lembra de que a jornada cristã é marcada por um anseio pela pátria celestial. Todo seguidor de Cristo sabe que está apenas de passagem neste planeta. Sua casa não é este mundo. Na última lição deste trimestre, o autor nos convida a olhar para as profecias do Apocalipse e do evangelho de Mateus, para nos lembrarmos da grande esperança da volta de Jesus. Além disso, ao citar o apóstolo Paulo e sua resiliência, mesmo em meio às provações, o autor nos recorda de que, enquanto Jesus não vem, já devemos viver neste mundo segundo a ética da nova pátria.

1. A visão de Patmos

Para uma leitura mais proveitosa de qualquer livro bíblico, sempre é importante a análise do contexto histórico que o cerca. Devemos perguntar: Quem escreveu? Quando escreveu? Por que escreveu? Para quem escreveu? Essas perguntas nos ajudam a ter uma compreensão mais exata da intenção original do que foi escrito.

O livro do Apocalipse contém um contexto histórico muito rico em detalhes. Quanto à autoria, além da declaração presente logo no início do próprio livro afirmando que João o escreveu, o testemunho dos Pais da Igreja também indica o mesmo. Nomes como Policarpo, Ireneu, Clemente de Alexandria, Tertuliano, Eusébio e Jerônimo confirmam que o apóstolo João foi exilado em Patmos por volta de 90 d.C. sob o governo do imperador romano Domiciano. Nesse período ele escreveu o livro do Apocalipse.

Sendo uma das muitas ilhas que compõem o arquipélago grego do Dodecaneso, a Ilha de Patmos está localizada na extremidade leste do Mar Egeu. Com cerca de 13 Km de comprimento e 7 Km de largura, a ilha tem um formato que lembra a “meia lua”.

Nos tempos do apóstolo João, Patmos era uma ilha-prisão utilizada pelos romanos para onde eram enviados os prisioneiros mais perigosos. Ela era um tipo de prisão de segurança máxima da época, visto que não havia como escapar, já que estava cercada por água.

Nesse contexto de prisão e perseguição, João tinha todos os motivos para ficar triste ou decepcionado com Deus. Porém, ao pegar os pergaminhos e a pena, ele começou a escrever sobre esperança. Ele viu o Filho de Deus, não mais como Bebê indefeso, mas em Sua plena divindade, com poder e grande glória. João enxergou o futuro e viu a nova Jerusalém.

2. Mais importante do que o quando

A lição desta semana examina o texto de Mateus 24, uma passagem escatológica desse evangelho. O contexto desse capítulo é uma pergunta que os discípulos fizeram a Jesus logo após o anúncio de que o templo de Jerusalém seria destruído. Curiosos com o “quando”, eles questionaram: “Diga-nos quando essas coisas vão acontecer e que sinal haverá da Sua vinda e do fim dos tempos” (Mateus 24:3).

Ao longo do capítulo 24 de Mateus, Jesus falou de eventos que apontavam para Sua volta e para o fim do mundo. Porém, é interessante notar que logo após ter falado sobre a vinda do Filho do Homem, Jesus passou a contar cinco parábolas: a “Parábola da Figueira” (Mt 24:32-44), a “Parábola do Bom Servo e do Servo Mau” (Mt 24:45-51), a “Parábola das Dez Virgens” (Mt 25:1-13), a “Parábola dos Talentos” (Mt 25:14-30) e a “Parábola do Grande Julgamento” (Mt 25:31-46).

Essas cinco parábolas têm algo em comum: elas respondem à pergunta dos discípulos sobre “quando” seria a volta de Jesus. Porém, elas enfatizam “como” Seus filhos estariam quando tal evento acontecesse. Ou seja, mais importante do que o tempo em que Jesus voltará é como estaremos quando Ele regressar.

3. Alegria em qualquer situação

A lição também apresenta o ministério do apóstolo Paulo como um exemplo para os cristãos que enfrentam perseguições por causa do nome do Emanuel, o Deus conosco.

É interessante que, dentre as muitas cartas que Paulo escreveu às igrejas de seu tempo, um grupo de cartas é classificado como “cartas do cativeiro” ou “cartas da prisão”. Ele é composto pelas cartas a Filemon, aos filipenses, aos colossenses e aos efésios.

A carta de Filipenses, dentre todas as epístolas da prisão, tem uma característica importante. Alguns estudiosos entendem que, considerando que nela é mencionada a “guarda pretoriana” (Fp 1:13), sendo uma referência ao palácio imperial romano, provavelmente ela tenha sido escrita na prisão romana por volta do ano 63 d.C. Porém, mesmo aprisionado e distante de seus amigos, Paulo não enviou para as igrejas uma mensagem de desânimo nem de tristeza. Ao contrário, Filipenses é o livro do Novo Testamento em que mais vezes aparece a palavra “alegria”. “Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!” (Filipenses 4:4), recomendou o apóstolo à igreja de Filipos.

É interessante notar que as circunstâncias exteriores não afetavam a paz interior de Paulo. Ele conseguia ser feliz, mesmo em meio às dificuldades. “Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Filipenses 4:6).

A história de Paulo me faz lembrar da poetisa e compositora Fanny Jane Crosby, que nasceu em 24 de março de 1820, em Nova York. Quando ela estava com pouco mais de um mês de vida, sofreu uma infecção nos olhos, ficando permanentemente cega. Por influência de sua avó, Fanny teve contato com a Bíblia e com a mensagem da salvação.

Do coração dessa mulher, que tinha tudo para ter uma vida amargurada, foram escritos cerca de oito mil poemas e diversos cânticos cristãos. Dentre esses, um toca meu coração, pois fala de gratidão e fé: é o hino 240 do Hinário Adventista, intitulado “Bendita Segurança”. Relembre a letra desse lindo poema:

Que segurança! Sou de Jesus!

Eu já desfruto bênçãos da luz!

Sei que herdeiro sou de meu Deus;

Ele me leva à glória dos Céus!

Canta, minh’alma! Canta ao Senhor!

Rende-Lhe sempre honra e louvor!

Canta, minh’alma! Canta ao Senhor!

Rende-Lhe sempre honra e louvor!

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: Weverton de Paula Castro é pastor e professor de Teologia no Seminário Adventista da Faculdade Adventista da Amazônia (FAAMA). Ele é casado com a enfermeira Jozy Anne e é pai do pequeno André, nascido no início de 2021. Graduado em Teologia e Filosofia, tem mestrado intracorpus em Interpretação Bíblica (FADBA) e em Ciências da Religião (UEPA). Atualmente é doutorando em Educação Religiosa (Andrews University).