Vários anos atrás, a revista Guide publicou uma história infantil muito interessante. Denis, um menino órfão, era filho adotivo de uma família da Idade Média. Denis odiava o rei daquela região, porque, quando seus pais ficaram doentes, os soldados do rei levaram-no embora e ele nunca mais os viu. Depois, ele descobriu que o rei os havia separado para salvá-los de todos os horrores da Peste Negra. A verdade sobre o rei libertou Denis do ódio que ele havia alimentado durante quase toda a sua vida. Aquele rei sempre agiu por amor ao seu povo.
Muitas pessoas veem Deus da mesma forma que Denis considerava o rei. O mal que testemunharam ou experimentaram os leva a odiar ou rejeitar a Deus. Onde está o Senhor quando há sofrimento? Se Ele é bom, por que existe tanto mal? O conflito cósmico nos ajuda a compreender melhor essa questão crucial, mas várias questões permanecem em aberto. No entanto, quando todas as nossas tentativas de obter respostas não satisfazem, podemos olhar para Jesus na cruz e, por meio Dele, perceber que podemos confiar em Deus, mesmo com todas as perguntas que permanecem sem resposta por enquanto.
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Embora um inimigo esteja em ação, a quem o próprio Cristo Se refere como o “príncipe [usurpador] deste mundo”, o verdadeiro Rei do Universo é Jesus Cristo. Jesus conquistou a vitória por nós, e Nele podemos obter a vitória, mesmo em meio às dificuldades e ao sofrimento. Em cada etapa de Sua obra, Cristo combate o inimigo.
As Escrituras descrevem o diabo como:
1) Aquele que, desde o princípio, engana o mundo inteiro (Ap 12:9; Mt 4:3; Jo 8:44; 2Co 11:3; 1Jo 3:8);
2) Aquele que lança acusações contra Deus e Seu povo nas cortes celestiais (Ap 12:10; 13:6; Jó 1; 2; Zc 3:1, 2; Jd 9); e
3) O príncipe usurpador deste mundo (Jo 12:31; 14:30; 16:11; At 26:18; 2Co 4:4; Ef 2:2; 1Jo 5:19).
1. O que João 18:37 nos diz sobre a obra de Cristo em combater os enganos do inimigo? O que significa dizer que Jesus é Rei?
Embora as Escrituras ensinem que Satanás é o arquienganador, caluniador, acusador e príncipe usurpador deste mundo, elas também dizem que Jesus é o Vencedor que derrotou Satanás em todos os aspectos:
1) Jesus veio “ao mundo [...] a fim de dar testemunho da verdade” (Jo 18:37).
2) Por meio da cruz, Jesus demonstrou de forma suprema a justiça e o amor perfeitos de Deus (Rm 3:25, 26; 5:8), refutando assim as acusações do diabo (Ap 12:10, 11).
3) Cristo finalmente destruirá o reino do diabo, que sabe “que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12; veja Rm 16:20), e então “reinará para todo o sempre” (Ap 11:15).
No fim, não importa o que Satanás faça, ele já é um inimigo derrotado, e o segredo é reivindicar a vitória de Cristo em nosso favor todos os dias, momento a momento, e também reivindicar as promessas que recebemos por meio da cruz.
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Em cada ocasião, a obra de Cristo desfaz a obra do diabo. Cristo veio a este mundo “para destruir as obras do diabo” (1Jo 3:8) e para destruir “aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo” (Hb 2:14). No entanto, a derrota completa do governo do inimigo ocorre em duas fases. Primeiro, por Sua obra realizada na cruz, Cristo refutou as acusações de Satanás. E, no futuro, Satanás e o seu reino serão destruídos.
2. Leia Romanos 3:23-26; 5:8. O que essas passagens revelam sobre a forma como Cristo destruiu as alegações do diabo?
Como vimos, o inimigo afirma que o Criador não é totalmente justo e amoroso. Contudo, em Cristo, Deus proporciona a manifestação suprema de Seu amor e justiça, e Ele fez isso por meio da cruz.
Após a morte de Jesus, “Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o universo celestial. Havia se revelado um assassino. Derramando o sangue do Filho de Deus, Satanás perdeu completamente a simpatia dos seres celestiais” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 612, 613).
3. Leia Apocalipse 12:10-12 à luz de Gênesis 3:15. Essa passagem ajuda a compreender o significado cósmico da vitória de Cristo na cruz?
A história da redenção apresenta amplas evidências para termos confiança de que o Senhor sempre age para, no fim, alcançar o que é bom para todos os envolvidos. O Deus das Escrituras sempre faz o que é bom e preferível, dentro daquilo que está disponível para Ele no grande conflito (Dt 32:4; 1Sm 3:18; Sl 145:17; Dn 4:37; Hc 1:13; Ap 15:3; Gn 18:25).
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Em meio ao conflito cósmico, Deus manifesta Seu amor e justiça de maneiras surpreendentes. No entanto, alguns podem perguntar: “Deus poderia ter feito mais do que fez para prevenir ou eliminar o mal?” O conflito indica que o Senhor agiu de forma a respeitar o livre-arbítrio que era necessário para o desenvolvimento máximo das relações de amor entre Ele e a humanidade. Além disso, Deus aparentemente age dentro de restrições morais, ou regras de engajamento, no contexto de uma disputa cósmica sobre Seu caráter, que só pode ser resolvida pela demonstração de Seu amor.
4. Quem está falando em Isaías 5:1-4? A quem o texto se refere? Quem representa a vinha e o dono da vinha? O que significa o que o dono da vinha fez em favor dela? Quais são as consequências disso?
Isaías entoa ao seu Amado um cântico a respeito de uma vinha. O dono da vinha é o próprio Deus, e a vinha representa o Seu povo (veja, por exemplo, Is 1:8; Jr 2:21). Mas esse texto também pode ser aplicado à atuação mais ampla de Deus neste mundo. De acordo com esses versículos, o dono da vinha (o Senhor) fez tudo o que se podia esperar para que Sua vinha se desenvolvesse. A vinha devia ter produzido bons frutos, mas produziu apenas “uvas bravas”, que outras versões bíblicas chamam de “uvas azedas” (NTLH, NVI). Na verdade, o texto hebraico pode ser traduzido literalmente como “frutas podres”. Isso é tudo o que a vinha de Deus produziu.
A partir de Isaías 5:3, é o próprio Deus quem fala, convidando as pessoas para “que julguem” entre Ele e Sua vinha. No versículo 4, o Senhor faz uma pergunta importantíssima: “Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu não lhe tenha feito? E como, esperando Eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas?” O que mais Ele poderia ter feito? É incrível que Deus chega a pedir às pessoas que julguem o que Ele fez.
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Na parábola de Mateus 21, Jesus desenvolve o que é dito em Isaías 5, lançando mais luz sobre o caráter e as ações que o dono da vinha realiza em favor dela.
5. Leia Mateus 21:33-39 tendo em mente a pergunta de Isaías 5:4. O que mais Deus poderia ter feito além do que já fez?
Grande parte de Mateus 21:33 é praticamente uma citação de Isaías 5:1 e 2. Depois, segundo Jesus, o proprietário “arrendou” a sua vinha a “uns lavradores” e “ausentou-se do país”. No entanto, quando o dono da vinha enviou duas vezes os seus servos (que representam os profetas) para recolher a produção, os lavradores espancaram e mataram os servos. Finalmente, o proprietário enviou o próprio filho (que simboliza Jesus), dizendo: “O meu filho eles respeitarão” (Mt 21:37). Mas eles também mataram o filho dele.
O que mais Deus poderia ter feito? O Pai nos amou tanto que nos deu Seu Filho amado (Jo 3:16). O conflito cósmico não poderia ter sido resolvido prematuramente pelo exercício do poder divino, mas exigiria primeiro uma demonstração pública do caráter de Deus. Essa demonstração foi apresentada, de forma suprema e definitiva, na obra de Cristo na cruz (Rm 3:25, 26; 5:8). O que mais poderíamos pedir senão que Deus (em Cristo) Se entregasse para morrer por nós? Por meio da cruz, Ele pode nos conceder a justificação, sem comprometer Sua justiça e Seu amor perfeitos.
O evento da cruz demonstra que Deus fez todo o possível para reduzir e eliminar o mal, mas sem destruir o contexto necessário para que o amor autêntico se desenvolva. Se houvesse outra forma disponível para alcançar isso, será que o Senhor não a teria escolhido? Mesmo experimentando sofrimento no conflito cósmico, devemos lembrar que o próprio Deus é quem mais sofre. Quando olhamos para a cruz, vemos quanto sofrimento e dor o pecado Lhe trouxe. No entanto, a liberdade inerente ao amor era tão sagrada que Cristo Se dispôs a suportar tudo isso em nosso favor.
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Em última análise, o nome de Deus é vindicado em todos os aspectos. Pela obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo no plano da redenção, o perfeito amor e justiça de Deus são manifestados além de todo questionamento (veja Rm 3:25, 26; 5:8).
6. Como Deus será vindicado no conflito cósmico? Rm 3:1-4; Is 5:3, 4
O Senhor (em algum sentido limitado) convida meras criaturas para julgar Seu caráter, mesmo que não tenhamos o direito de fazê-lo. No fim, quando os “livros” celestiais forem abertos, veremos todas as evidências de que Deus é perfeitamente justo e reto. Ele será totalmente vindicado diante de todas as criaturas inteligentes.
7. Por que o nome de Deus será vindicado no fim? Ap 15:3; 19:1-6
Deus revela profundo interesse por Seu nome (isto é, o Seu caráter). Por quê? Não podemos ter um relacionamento profundo de amor com alguém em cujo caráter não confiamos. Se alguém contasse ao seu cônjuge ou futuro cônjuge mentiras horríveis sobre o seu caráter, você faria todo o possível para contestar essas acusações, porque se o seu parceiro acreditasse nelas, isso acabaria com o seu relacionamento.
Deus é vindicado na cruz e por todo o plano da redenção. No juízo pré-advento investigativo, o Senhor é vindicado diante do Universo, que O observa.
Então, no juízo pós-advento, durante o qual os salvos irão julgar o “mundo” e os “próprios anjos” (1Co 6:2, 3), Deus será vindicado, pois eles terão a oportunidade de revisar os registros e ver por si mesmos por que Ele agiu como o fez. Os remidos concluirão que todos os juízos divinos sempre foram perfeitamente justos e amorosos. Qual de nós não tem inúmeras perguntas que precisam ser respondidas? Antes que a história chegue ao fim, todas essas perguntas serão respondidas (veja 1Co 4:5).
No fim, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor (Fp 2:10, 11). Tudo isso faz parte da vindicação do caráter de Deus.
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Leia, de Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 9, p. 222-224 (“A recompensa do esforço diligente”).
“Tudo quanto nos tem confundido sobre as providências de Deus será esclarecido no mundo futuro. As coisas difíceis de serem compreendidas terão então explicação. Os mistérios da graça nos serão desvendados. Naquilo em que nossa mente finita só via confusão e promessas desfeitas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito dispôs as experiências que nos pareciam as mais difíceis. Ao reconhecermos o terno cuidado Daquele que faz todas as coisas contribuírem para o nosso bem, nós nos alegraremos com júbilo inexprimível e repleto de glória” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 223).
Perguntas para consideração
1. Você já ficou perplexo ao tentar entender as providências de Deus? Sente-se confortado em saber que, no fim, tudo será esclarecido?
2. Reflita sobre o que Cristo renunciou ao Se tornar humano e morrer pelo mundo. Podemos confiar no amor de Deus? O que mais Ele poderia ter feito para nos salvar?
3. Por que o “nome” de Deus é tão importante? Qual é a relevância dele? Os cristãos têm trazido descrédito ao nome de Cristo? O que podemos fazer em nossas igrejas locais para mostrar às pessoas o que significa seguir a Cristo em termos práticos?
4. No fim, mesmo nossas melhores “respostas” ao problema do mal são incompletas. O que fazer, na prática, para nos aproximarmos dos que experimentam sofrimentos e sermos agentes que aliviam o sofrimento neste mundo enquanto aguardamos a solução final e escatológica que só Deus pode trazer para o problema do mal?
5. Pense mais no fato de que Cristo suportou nossas “enfermidades” e nossas “dores” (Is 53:4). O que aconteceu na cruz, em nível coletivo, que nos ajuda a compreender o plano da salvação e o que custou a Deus nos salvar?
Respostas às perguntas da semana: 1. Cristo é e sempre foi o verdadeiro Rei deste mundo e o poderoso Vencedor, que possui completo domínio. Ele veio para vencer os enganos de Satanás por meio da verdade. 2. Na cruz, Cristo destruiu as alegações de Satanás ao mostrar que Deus é justo e amoroso. 3. Na cruz, Deus cumpriu a promessa de que derrotaria o tentador. 4. O profeta Isaías entoou um cântico a respeito de Deus (o dono da vinha) e o Seu povo (a vinha). O Senhor fez tudo o que era possível em favor do Seu povo, mas este O rejeitava, o que privou os infiéis das bênçãos da aliança. 5. Deus não podia fazer mais nada para salvar as pessoas, pois, além de enviar profetas e mensageiros, entregou Seu próprio Filho. 6. Mesmo que não tenham direito, Deus convida as pessoas a julgar as Suas ações na história da salvação. Ficará comprovado que Deus é justo e misericordioso. 7. No fim, todas as criaturas reconhecerão que Deus é vitorioso no conflito com o mal, e que Seu caráter é justo e amoroso.
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TEXTO-CHAVE: João 18:37
FOCO DO ESTUDO: Isaías 5:1-4; Mateus 21:33-41; Romanos 3:25, 26; 5:8; Apocalipse 15:3; 19:2
ESBOÇO
Introdução: Somos convidados a reconhecer e proclamar a justiça de Deus e Suas intenções amorosas para com Seu povo.
Temas da lição: A lição desta semana enfatiza três pontos principais.
1. Precisamos reconhecer a justiça de Deus – Somos convidados a reconhecer que Deus é justo. A parábola da vinha ilustra a justiça de Deus por meio de símbolos e fi guras de linguagem, que foram bem compreendidos pelo público. Jesus contou essa parábola de maneira que os ouvintes pudessem reconhecer que as ações do dono de terras eram justas, ao contrário da insensatez dos lavradores.
2. Precisamos reconhecer as intenções amorosas de Deus – Em Mateus 21:33 a 41, o público reconhece que o dono de terras fez tudo o que podia antes de executar o juízo. Além disso, em Isaías 5, o próprio Deus aponta que fez tudo o que podia pelo Seu povo: “Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu não lhe tenha feito?” (Is 5:4). Nessa pergunta, o Senhor convida os ouvintes a reconhecer as intenções e ações amorosas que Ele demonstra em favor do Seu povo.
3. Precisamos proclamar a justiça e as intenções amorosas de Deus – A Bíblia nos convida não apenas a reconhecer a justiça de Deus e Suas ações amorosas, mas a proclamar que Ele é perfeitamente justo e reto. Em Apocalipse 15:3, os santos proclamam: “Grandes e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações!”
Aplicação para a vida: Como podemos reconhecer e proclamar a justiça e as intenções amorosas de Deus em nossa vida diária e em nossas conversas sobre Ele?
COMENTÁRIO
Precisamos reconhecer a justiça de Deus
De acordo com as Escrituras, nós, como criaturas imperfeitas e limitadas, não estamos em posição de julgar as ações de Deus (veja os discursos do Senhor no fi m do livro de Jó, nos capítulos 38 a 42; veja também Rm 9:20). Ao mesmo tempo, somos convidados a reconhecer que Ele é justo. Em Romanos 3:26, Paulo afirma que o sangue de Cristo é uma demonstração (em grego, endeixis) da justiça de Deus, porque Ele, em Sua paciência, não levou em consideração os “pecados anteriormente cometidos” (Rm 3:25). Portanto, o sangue de Cristo mostra que Deus não apenas perdoa (justifica), mas também é justo. O substantivo grego endeixis é traduzido como “demonstração” (Almeida Século 21), “manifestação” (NAA), “demonstrou” (NVI) ou “revelar” (NVT). Essa palavra transmite a ideia de “algo que leva inevitavelmente à aceitação, seja mental ou emocionalmente; demonstração, prova” (Frederick W. Danker et al., A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature [University of Chicago Press, 2000], p. 332).
Portanto, o uso desse substantivo em Romanos 3:26 ressalta que Deus não apenas é justo, mas pretende demonstrar, mostrar ou provar que é justo. Thomas Schreiner argumenta que nessa passagem encontramos o “desejo de Deus de demonstrar Sua justiça”. O autor acrescenta: “Ao demonstrar Sua justiça que salva e julga, Deus vindica Seu nome diante do mundo” (“Romans”, Baker Exegetical Commentary of the New Testament [Baker, 1998], p. 198, 199).
A parábola da vinha apresenta a justiça de Deus de maneira simbólica, que foi bem compreendida pelo público (Mt 21:33- 41; veja também Mc 12:1-12; Lc 20:9-19). Na sequência da narrativa da parábola, Jesus apresenta uma série de decisões sensatas tomadas pelo proprietário da vinha em resposta às atitudes injustificadas dos lavradores aos quais havia arrendado a vinha. Como o proprietário estava ausente do país, era razoável que enviasse seus servos para receber os frutos da vinha perto da época da colheita. No entanto, foi absurdo que os lavradores maltrataram os servos de modo violento duas vezes e até mataram um deles. Novamente, era plausível que o dono de terras enviasse seu filho, esperando que os lavradores o respeitassem. Mas numa reação ainda mais insensata, os lavradores também mataram insanamente o filho para se apossarem da herança.
Jesus contou essa parábola de maneira que o público pudesse acompanhar e gradualmente reconhecer que as ações do dono de terras eram justas, ao contrário da insensatez dos lavradores. Jesus até conseguiu extrair a conclusão da parábola diretamente dos próprios ouvintes. Ele perguntou: “Quando, pois, vier o dono da vinha, que fará àqueles lavradores?” E os Seus ouvintes responderam: “Fará perecer horrivelmente aqueles malvados e arrendará a vinha a outros lavradores que lhe entregarão os frutos no tempo certo” (Mt 21:40, 41).
Assim, o público que ouviu a parábola entendeu que o proprietário fez tudo o que podia. Ficou claro para todos que ele agiu de maneira justa ao lidar com os lavradores. Por isso, quando chegou a hora, todos o consideraram justo ao punir os lavradores maus, como era de se esperar. Uma vez que essa parábola utiliza imagens simbólicas para ilustrar a justiça de Deus, concluímos que Ele não é apenas justo, mas é reconhecido como justo. Ao concluir a parábola de forma interativa, parece que a intenção de Jesus foi enfatizar essa percepção. O público reconheceu a justiça do proprietário de terras ao perceber que ele havia feito tudo o que podia para manter um relacionamento apropriado com aqueles que se comportaram de forma perversa, antes de ter que executar sobre eles um juízo tão severo.
Precisamos reconhecer as intenções amorosas de Deus
Na parábola da vinha, contada por Jesus em Mateus 21:33 a 41, a conclusão dos ouvintes revela que eles reconheceram que o dono de terras havia feito tudo o que podia antes de executar o juízo. Já em Isaías 5, no cântico do “Amado [...] a respeito da Sua vinha”, o próprio Deus demonstra ter feito tudo o que podia pelo Seu povo. Na parábola contada por Jesus, o problema estava com os lavradores, que eram uma referência simbólica aos “principais sacerdotes e [...] fariseus” (Mt 21:45). Mas no cântico de Isaías 5, o problema estava com a própria vinha, que se refere, em termos figurados, à “casa de Israel” (Is 5:7), aos “homens de Judá” (Is 5:3, 7).
Assim como o proprietário de terras da parábola, que fez tudo o que pôde para manter um relacionamento adequado com os lavradores, o Amado do cântico (ou seja, o próprio Deus) fez tudo o que estava ao Seu alcance para que a vinha produzisse boas uvas. Mais especificamente, Ele escolheu uma “colina fértil” (Is 5:1), “cavou a terra, tirou as pedras e plantou as melhores mudas de videira”. Em seguida, “construiu uma torre e fez também um lagar” (Is 5:2). Todas essas ações preparatórias foram realizadas com a expectativa positiva de que a vinha “desse uvas boas”, mas infelizmente “deu uvas bravas” (Is 5:2). Em outras palavras, Deus “esperava retidão” entre o Seu povo, mas o que Ele viu foi “opressão”. Procurou por “justiça”, mas o que ouviu foi um “clamor por causa da injustiça” (Is 5:7).
Enquanto Jesus pediu aos Seus ouvintes que respondessem qual seria a ação mais adequada do dono de terras depois de tudo o que ele havia feito no contexto da parábola, o Senhor convida o povo de Judá, em Isaías, a julgar entre Ele e a Sua vinha (Is 5:3). Esse julgamento devia levar em conta a seguinte pergunta: “Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu não lhe tenha feito?” (Is 5:4).
Essa pergunta retórica devia levar à conclusão inevitável de que Deus havia feito tudo o que podia para que Seu povo produzisse “bons frutos”. Portanto, essa pergunta é, em última análise, um convite para que as pessoas reconheçam todas as intenções, ações e expectativas amorosas de Deus.
Além disso, Deus não só ama o Seu povo, como destaca Romanos 5:8, mas também demonstra esse amor. Quando um fato é manifestado, podemos reconhecê-lo mais facilmente. Como já vimos, Romanos 3:26 diz que Deus, por meio do sangue de Cristo, fez a demonstração (endeixis) de que Ele é justo. Romanos 5:8 utiliza vocabulário semelhante ao descrever a morte de Cristo por nós. O verbo grego syníst?mi (“prova”, ou “demonstra”), que ocorre nesse versículo, transmite a ideia de apresentar “evidências de uma característica ou reivindicação pessoal por meio da ação; demonstrar, mostrar, trazer à tona” (A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature, p. 973). Diferentes versões bíblicas enfatizam essa ideia usando palavras semelhantes: “Deus prova o Seu próprio amor para conosco” (NAA); “Deus demonstra o Seu amor por nós” (NVI); “Deus nos mostrou o quanto nos ama” (NTLH).
Precisamos proclamar a justiça e as intenções amorosas de Deus
A Bíblia não apenas nos convida a reconhecer a justiça de Deus e as Suas intenções amorosas para com o Seu povo. Também devemos proclamar aquilo que reconhecemos em Deus. Por exemplo, encontramos esse tipo de proclamação cantada pelos santos no Apocalipse: “Grandes e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus, TodoPoderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações!” (Ap 15:3). Da mesma forma, em Apocalipse 19:2, uma grande multidão no Céu diz em alta voz: “Verdadeiros e justos são os Seus juízos, pois julgou a grande prostituta que corrompia a Terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos Seus servos.”
APLICAÇÃO PARA A VIDA
Romanos 3:26 destaca que Deus não apenas é justo, mas também pretende demonstrar, mostrar ou provar que é justo. Com essa ideia em mente, discuta as seguintes questões com a classe:
1. Deus faz de tudo para demonstrar Sua integridade e justiça em favor de Seu povo. Quanto conforto essa verdade traz ao seu coração? Como isso afeta seus sentimentos sobre Ele?
2. Reconhecer a justiça de Deus e Suas amorosas intenções em favor de Seu povo nos ajuda a proclamar Sua justiça aos outros? De que maneira podemos enfatizar melhor esse reconhecimento ao pregarmos o evangelho?
3. Como podemos demonstrar nosso amor a Deus de forma intencional, inclusive nos momentos difíceis?
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"Eu não posso viver assim!"
Coreia do Sul | Jin-seok
Jin-seok tinha apenas 2 anos quando seu pai faleceu. Ele não tem memórias de seu pai.
O pai era pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Coreia do Sul, e a mãe criou Jin-seok e seu irmão sozinha. Sua fé era a mesma de Jin-seok - até que ele chegou à adolescência.
Então Jin-seok começou a pensar por si mesmo e se recusou a acreditar em Deus.
Ele pensou: "Se Deus existe, por que Ele permitiu que meu pai morresse?"
O menino disse a Deus: "Se você existe, você também pode me matar. Eu não posso viver assim!"
Quando tinha 15 anos, Jin-seok decidiu que já era o bastante.
Durante o culto familiar, ele se levantou abruptamente e rasgou sua Bíblia ao meio.
"Mãe, não me peça para acreditar em Deus", disse ele.
Com isso, ele largou a escola e saiu de casa.
Nos 10 anos seguintes, Jin-seok fumou, bebeu e se misturou com amigos mundanos.
Ele não tinha uma Bíblia e odiava os cristãos, especialmente os adventistas.
Um dia, ele acabou acidentalmente no campus de uma universidade adventista na capital da Coreia do Sul, Seul. Ele estava acompanhando um amigo que tinha assuntos a tratar na Universidade Sahmyook.
Enquanto esperava pelo amigo, ele queria fumar, mas fumar era proibido na universidade. Então, ele procurou um lugar onde pudesse fumar sem ser descoberto.
Encontrando uma área remota parecida com um parque com árvores e arbustos, ele sentou-se em um banco e acendeu um cigarro.
Enquanto fumava, ele olhou ao redor e viu um versículo da Bíblia gravado em uma pedra. Ele percebeu subitamente que estava no jardim de oração da universidade.
Um mar de emoções invadiu seu coração. Ele não tinha lembranças de seu pai, mas lembrava que o pai havia estudado na mesma universidade para se tornar pastor. O pai provavelmente havia orado no mesmo jardim de oração.
Então, os pensamentos de Jin-seok se voltaram para sua mãe. Ele se lembrou de ter ouvido que a mãe estava muito doente. Várias pessoas haviam lhe dito que ela morreria em breve.
A tristeza tomou conta de seu coração. O pai faleceu quando ele tinha 2 anos, e agora a mãe estava morrendo quando ele tinha 25.
"Não posso viver dessa forma!" ele exclamou.
Agora Jin-seok começou a sentir pena de sua mãe. Ele pensou: "Mamãe perdeu o marido. Ela tem dois filhos, mas também me perdeu. Estou partindo o coração dela, e agora ela vai morrer."
Lágrimas escorreram por suas bochechas.
No jardim de oração da universidade, com um cigarro aceso entre os dedos, ele falou com Deus pela primeira vez em anos.
"Deus, se você existe, por favor, me ajude", disse ele. "Por favor, ajude a mamãe. Se você fizer isso, eu lhe entregarei meu coração. Darei minha vida a você."
Não muito tempo depois dessa oração, a mãe se recuperou, e Jin-seok cumpriu sua promessa. Ele se tornou pastor assim como seu pai. Ele se formou na Universidade Sahmyook assim como seu pai.
Sua mãe ficou emocionada!
Mas a história não acabou aí. Jin-seok se casou, teve uma filha e agora está ajudando a criar quatro meninos de lares de mães solo. Lembrando-se de como cresceu sem um pai, ele começou a cuidar dos quatro meninos com o apoio dos membros da igreja que ele pastoreia na zona rural da Coreia do Sul.
Os meninos, que agora são adolescentes, estão levando vidas muito diferentes daquela que Jin-seok teve na idade deles porque testemunham o amor de Jin-seok e sabem que têm um Pai celestial que os ama ainda mais. Todos os quatro meninos entregaram seus corações a Jesus no batismo.
Jin-seok espera enviá-los para uma escola adventista de ensino médio em Seul um dia. Ele espera que eles se tornem missionários.
Já se foram os dias em que Jin-seok exclamava: "Não posso viver assim!" Ele descobriu que vale a pena viver com Deus e espera ansiosamente encontrar seu pai na breve vinda de Jesus.
Parte da oferta deste trimestre irá para a Academia Hankook Sahmyook, onde Jin-seok espera enviar seus filhos adotivos para estudar, em Seul, Coreia do Sul. Sua oferta apoiará a abertura de um centro de treinamento missionário e de um ginásio na escola.
Obrigado por sua oferta generosa.
Por Andrew McChesney
Dicas para a história
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Mostre Seul, Coreia do Sul, no mapa.
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Pronuncie Jin-seok como: GIN-see-ok.
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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2025
Tema geral: O amor e a justiça de Deus
Lição 11 – 8 a 15 de março
“O que mais Eu poderia ter feito?”
Autor: Erico Tadeu Xavier
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Esther Fernandes
O inimigo se apresenta de muitas formas e age de muitas maneiras para fazer o mal e se opor ao caráter de Deus. Vamos enumerar algumas das obras do maligno.
As obras da Diabo
1) Pecado – rebelião (Gn 3; 2Co 11:3).
2) Obras das trevas, incluindo perversão sexual e sedição moral (Ef 5:11; 6:12; At 16:18; Rm 1).
3) Obras más (Cl 1:21).
4) Cegueira espiritual (2Co 4:4).
5) Rouba a Palavra de Deus (Mt 13:19).
6) Engana (2Co 11:14; 1Tm 4:1).
7) Mata e destroi (Jo 10:10).
8) Semeia o joio, tenta e peneira os santos (Mt 4:3; 13:25; Lc 22:31).
9) Forja adoração e milagres (2Ts 2:8-12; 1Co 10:20).
10) Causa tempestades (Jó 1:18, 19; Ef 2:2).
11) Governa nações (Mt 4:8, 9; Dn 10).
12) Executa a morte (Hb 2:14, 15).
13) Acusa os irmãos (Ap 12:10).
14) Obstrói orações (Dn 10:12-21).
15) Oposição ao evangelho (Ef 6:10-18).
16) Causa doenças (Mt 4:23, 24; 9:32, 33; 15:22; At 10:38; Mt 8:17; Lc 13:16; Jo 10:10).
17) Causa loucura e perturbação (Mt 4:23, 24; 17:14-21; Mc 5:1-18).
18) Alimenta desejos malignos (Jo 8:44; Ef 2:1-3).
19) Propaga falsas doutrinas (1Tm 4; 2Tm 4; 2Ts 2; Ap 13).
20) Oprime o homem e persegue os cristãos (At 10:38; Ef 6:10-18; 1Pe 5:8, 9).
Jesus veio para desfazer as obras do Diabo
Embora tivesse permissão para continuar suas atividades na Terra, Satanás é um inimigo derrotado. Pouco antes de Jesus ser condenado e crucificado, por saber que estava a caminho da cruz, disse: “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (Jo 12:31). Referindo-se a esse mesmo evento no Calvário, Jesus profetizou que o Espírito Santo convenceria do juízo. A seguir, explicou: “do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado” (Jo 16:11). Mediante Sua morte na cruz, Jesus destruiu “aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo” (Hb 2:14).
Se a vitória sobre Satanás foi tão triunfante no Calvário, podemos indagar por que ele ainda está em cena, sendo-lhe permitida liberdade para perturbar a igreja de Cristo. Mesmo depois da cruz, Satanás continua sendo chamado de “príncipe da potestade do ar” (Ef 2:2) e “deus deste século” (2Co 4:4). Existe uma enorme diferença entre um julgamento e a execução da sentença. Não há dúvida do juízo sobre Satanás na cruz, mas, por boas razões que só Deus conhece, o Senhor decidiu permitir ao inimigo certo grau de liberdade por certo tempo. Certamente não foi por falta de poder que Deus ainda não encerrou a atuação do diabo definitivamente. O momento de sua aniquilação final virá, a hora já foi marcada. O inimigo já está no corredor da morte (Ap 12:12).
No início do milênio, Satanás ficará preso no abismo. Os exércitos demoníacos ficarão ali com ele, pois foram expulsos do Céu em sua companhia (Ap 12:9). Portanto, deverão ficar presos com ele no abismo. Depois de terminados os mil anos, Satanás será solto por algum tempo, ocasião em que conduzirá sua última campanha de engano. O exército rebelde que reunirá será destruído pelo fogo do Céu enviado por Deus (Ap 20:7-9).
Armas contra o inimigo
Recentemente, um general queniano da reserva deu uma declaração explicando como conseguiu desarmar milhares de jovens rebeldes na Libéria. Ele fez isso sem usar nenhuma arma. Fiquei pensando como ele conseguiu cumprir sua missão sem que os rebeldes levantassem “um dedo” contra ele.
Qualquer pessoa que esteja lutando numa guerra sabe muito bem que os combatentes precisam se munir de armas apropriadas. Quando Satanás perdeu a guerra no Céu, foi expulso para a Terra. Posteriormente, ele se voltou contra “os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap 12:17, ARA).
Como seguidor de Cristo, estamos cientes dessa guerra. Para nos proteger dos ardilosos estratagemas do inimigo e combatê-lo, precisamos de armas eficazes. A primeira arma que temos é o sangue do Cordeiro. Cristo derramou Seu sangue na cruz para nos salvar. A morte de Jesus nos assegura o perdão dos pecados (Rm 8:31-34). Sim, sou pecador, mas Satanás, o acusador, sabe que o sangue do Cordeiro me cobre. Meus pecados foram cravados na cruz do Calvário e Deus não os considera mais contra mim. Além disso, o sangue do Cordeiro me concede poder para vencer qualquer cilada que o inimigo armar contra mim.
Minha segunda arma é o testemunho de Jesus Cristo. Essa arma se refere às minhas palavras e aos meus atos. Somos chamados para ser a luz do mundo e o sal da Terra (Mt 5:13-16). Devemos deixar nossa luz brilhar através de nossas palavras e atos.
A terceira arma que posso usar contra o inimigo é o espírito de abnegação. A Bíblia ensina que os santos que morreram estavam dispostos a renunciar tudo por Cristo. Renunciaram seus bens materiais, seus familiares e até a própria vida. Eles preferiram morrer a ser infiéis ao seu Salvador (Pastor Silas Onyango, Dagoretti, Nairóbi, Quênia).
A vindicação do nome (caráter) de Deus
“O plano da redenção, porém, tinha um propósito ainda mais vasto e profundo do que a salvação da humanidade. Não foi para isso apenas que Cristo veio à Terra; não foi simplesmente para que os habitantes deste pequeno mundo pudessem considerar a lei de Deus como devia ser considerada, mas foi também para reivindicar o caráter de Deus perante o Universo. Para esse resultado de Seu grande sacrifício, ou seja, a influência dele sobre os seres de outros mundos, bem como sobre o ser humano, o Salvador olhou antecipadamente quando, antes de Sua crucifixão, declarou: ‘Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim mesmo’ (Jo 12:31, 32). O ato de Cristo, ao morrer pela salvação do homem, não somente tornaria o Céu acessível à humanidade, mas também justificaria perante todo o Universo a maneira de Deus e Seu Filho lidarem com a rebelião de Satanás. Estabeleceria a perpetuidade da lei de Deus e revelaria a natureza e os resultados do pecado.
“Desde o princípio, a grande controvérsia fora a respeito da lei de Deus. Satanás procurara provar que Deus era injusto, que Sua lei era defeituosa e que o bem do Universo exigia que ela fosse mudada. Atacando a lei, ele visava subverter a autoridade de seu Autor. Seria mostrado no conflito se os estatutos divinos eram deficientes e passíveis de mudança ou perfeitos e imutáveis.
“Quando Satanás foi expulso do Céu, resolveu fazer da Terra seu reino. Quando tentou e venceu Adão e Eva, achou que havia tomado posse deste mundo; ‘porque’, dizia ele, ‘escolheram a mim como seu príncipe’. Alegava que era impossível ser concedido o perdão ao pecador e, portanto, a raça decaída constituía legítimos súditos seus, e seu era também o mundo. Mas Deus dera Seu amado Filho – igual a Ele mesmo –, a fim de suportar a pena da transgressão, e assim proveu um caminho pelo qual pudessem voltar ao favor de Deus e ser de novo trazidos ao seu lar edênico. Cristo Se encarregou de redimir a humanidade e livrar o mundo das garras de Satanás. O grande conflito iniciado no Céu devia ser decidido no próprio mundo, no próprio campo que Satanás alegara como seu” (Ellen White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 44, 45).
Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Erico Tadeu Xavier é Pós-doutor em Teologia Sistemática e Missão Integral pela FAJE (Faculdade de Filosofia e Teologia Jesuíta de BH), Doutor em Ministério pela FTSA, Faculdade Teológica Sul-Americana e Doutor em Teologia pela PUC (Pontifícia Universidade Católica do RJ). Iniciou seu ministério em 1991 como pastor distrital e atuou em três diferentes regiões. Foi professor do Seminário Adventista de Teologia na Universidade Adventista da Bolívia, da Faculdade Adventista da Bahia (antigo IAENE), e da FAP (antigo IAP), no Paraná. É casado com Noemi Pinheiro Xavier, Doutora em Educação. O casal tem dois filhos: Aline (psicóloga) e Joezer (designer gráfico).