Lição 13
21 a 27 de setembro
O Senhor ressuscitado
Sábado à tarde
Ano Bíblico: RPSP: Lc 9
Verso para memorizar: “Ele, porém, lhes disse: – Não tenham medo! Vocês procuram Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; Ele ressuscitou, não está aqui; vejam o lugar onde O tinham colocado” (Mc 16:6).
Leituras da semana: Mc 15:42-47; 16:1-20; Cl 2:10-12; 1Co 15:1-8; Dn 9:24-27; Jo 20:11-18

A crucifixão de Jesus foi como um toque fúnebre para as esperanças e a fé dos discípulos. Foi um fim de semana sombrio para eles, pois não apenas se debatiam com a morte de seu Mestre, mas também temiam por sua vida (Jo 20:19).

Em Marcos 16, o último capítulo desse evangelho, estudaremos o que aconteceu após a morte de Jesus. Em primeiro lugar, veremos o momento de Sua ressurreição e por que as mulheres foram ao túmulo naquela manhã de domingo. Às vezes, os adventistas evitam o tema da manhã da ressurreição, por causa da maneira pela qual ela é mal utilizada para apoiar a santificação do domingo. Em vez disso, descobriremos como podemos nos alegrar na ressurreição ocorrida no domingo, apesar da falsa teologia que, infelizmente, surgiu a partir dela.

Em segundo lugar, estudaremos os primeiros versos de Marcos 16, ligando o texto a um tema que permeia o livro.

Em terceiro lugar, encerrando a semana, examinaremos o restante de Marcos 16 e consideraremos a missão que o capítulo coloca diante de nós. Este estudo terminará com um desafio para que o leitor de Marcos leve o evangelho por todo o mundo.

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Domingo, 22 de setembro
Ano Bíblico: RPSP: Lc 10
Alegrando-se na ressurreição

1. Leia Marcos 15:42-47; 16:1-6. O que aconteceu nessa passagem e por que essa história é tão relevante para a narrativa da ressurreição? 

Os quatro evangelhos dizem que Jesus morreu no “dia da preparação” (Mt 27:62; Mc 15:42; Lc 23:54; Jo 19:14, 31, 42). A maioria dos comentaristas entende que essa é uma referência ao período que vai do pôr do sol de quinta-feira ao pôr do sol de sexta-feira. Jesus morreu no fim da tarde de sexta-feira e foi sepultado antes do pôr do sol. 

No sábado, o Senhor descansou na sepultura, e os discípulos fizeram o mesmo (Lc 23:56). Essa seria uma declaração bastante estranha se Jesus tivesse diminuído, pelo menos na mente de Seus seguidores, a obrigação de guardar o quarto mandamento. 

No sábado à noite, as mulheres compraram especiarias e, no domingo de manhã, foram ao túmulo com o desejo de completar o processo típico de sepultamento. Contudo, evidentemente, Jesus não estava lá! 

Já no 2o século d.C., muitos cristãos viam significado no fato de Jesus ter ressuscitado no domingo. Isso se tornou a base para a santificação desse dia. Mas é isso que o NT ensina? 

2. Segundo o NT, qual é o memorial da ressurreição de Jesus? Cl 2:10-12 

Não há sequer um verso na Bíblia sugerindo a santificação do domingo como memorial da ressurreição. Esse memorial é o batismo: “Fomos sepultados com Ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida” (Rm 6:4). 

Apesar da teologia equivocada a respeito do domingo, devemos nos alegrar na ressurreição de Jesus ocorrida nesse dia. Por Sua morte e ressurreição, Ele triunfou sobre a morte, e, em Sua ressurreição, obtemos a certeza de nossa própria ressurreição. 

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“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a Sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo” (1Pe 1:3). Como ter essa certeza de Pedro sobre a ressurreição de Cristo?
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Segunda-feira, 23 de setembro
Ano Bíblico: RPSP: Lc 11
Pedra removida

3. O que essas passagens têm em comum? Mc 16:1-8; 1Co 15:1-8 

A história da ressurreição é mencionada em cada um dos evangelhos. Cada escritor apresenta a história de uma perspectiva diferente, mas todos contêm os elementos centrais mencionados também em 1 Coríntios 15:1 a 8. 

Quatro ideias ocorrem várias vezes: Jesus 1) morreu, 2) foi sepultado, 3) ressuscitou e 4) foi visto vivo. Marcos se refere a uma reunião que aconteceria na Galileia e acrescenta: “Lá vocês O verão” (Mc 16:7; Mt 28:7, 10; Jo 21). 

Algumas pessoas acham absurdo que os cristãos acreditem em um Senhor ressuscitado. Mas a evidência da Sua ressurreição é bastante sólida e racional. 

Primeiro, basta crer que Deus é o Criador (Gn 1; 2). A partir daí, a ideia de um milagre como a ressurreição se torna plausível. O Deus que criou o Universo, e depois a vida na Terra, teria o poder, se quisesse, de ressuscitar Jesus. Naturalmente, a existência de Deus não torna a ressurreição de Jesus inevitável, mas apenas possível. 

Segundo, a tumba ficou vazia. Os historiadores ateus aceitam esse fato. Se não estivesse vazia, a alegação de que Jesus ressuscitara teria sido rejeitada desde o início, pois a presença de Seu corpo no local destruiria a afirmação de que Ele tinha ressuscitado. 

A explicação de que os discípulos roubaram o Seu corpo não é verdadeira. Os discípulos não poderiam ter passado pelos guardas. E mesmo que tivessem feito isso e conseguido o corpo, por que não foram presos por roubá-lo? A resposta é que os líderes religiosos sabiam que os discípulos não tinham feito isso. 

Muitos viram o Cristo ressuscitado. Alguns, inclusive os discípulos, inicialmente não creram. Paulo, um inimigo da fé cristã, não apenas afirmou ter visto o Senhor ressuscitado, mas essa experiência mudou a sua trajetória de maneira radical. 

Finalmente, como explicar o surgimento da igreja cristã, fundada por pessoas que afirmavam ter visto o Senhor ressurreto? Por que essas pessoas morreriam pelo que soubessem ser mentira? O testemunho delas, logo após a morte de Jesus (At 3:15), e algumas décadas mais tarde (1Pe 1:3), traz evidências da ressurreição. 

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“Quais são as evidências da ressurreição de Cristo?” Qual seria a sua resposta?
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Terça-feira, 24 de setembro
Ano Bíblico: RPSP: Lc 12
Mulheres junto ao túmulo

As mulheres que estiveram ao pé da cruz de Cristo esperaram, atentas, que passassem as horas de sábado. [...] Não pensavam em Sua ressurreição. O sol de suas esperanças havia desaparecido e tornara-se noite em seu coração. [...] Relembravam entre si as obras de misericórdia realizadas por Cristo, bem como Suas palavras de conforto. Entretanto, não se lembravam destas outras palavras: ‘Eu os verei outra vez’” (Jo 16:22, NVI; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 633). 

4. O que aconteceu e como as mulheres reagiram inicialmente? Mc 16:1-8 

Desde o início, o Evangelho de Marcos declara que Jesus é o Messias. Mas a primeira pessoa não endemoninhada que proclamou que Ele era o Messias foi Pedro, em Marcos 8:29. E essa profissão de fé só acontece na metade do livro! 

Em Marcos, Jesus dizia às pessoas que ficassem em silêncio sobre quem Ele era ou sobre as curas que Ele tinha feito, como ocorreu no caso da cura do leproso e da ressurreição da filha de Jairo (Mc 1:44; 5:43). Ele disse a um grupo que não dissesse a ninguém sobre a cura de um homem surdo e mudo (Mc 7:36). E ordenou aos Seus discípulos que não contassem às pessoas que Ele era o Messias (Mc 8:30; 9:9). Sem dúvida, a principal razão pela qual Jesus fazia esse pedido era ter o tempo necessário para concluir Seu ministério, de acordo com a profecia de Daniel 9:24-27. 

Agora, nessa cena, mesmo depois de terem sido informadas da ressurreição de Jesus, as mulheres, com medo e maravilhadas, fugiram do túmulo e, pelo menos no início, também não falaram sobre o que tinha acontecido. 

O silêncio, porém, não durou muito. Quando chegamos ao fim do livro de Marcos, o que lemos? “E eles foram e pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Mc 16:20). 

Assim, é quebrado o silêncio sobre Jesus e sobre quem Ele era e o que Ele fazia. O livro termina com Seus seguidores pregando “por toda parte”. 

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Por que não devemos ficar calados sobre Jesus e o que Ele fez? A quem você pode contar hoje sobre Jesus e o plano da salvação?
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Quarta-feira, 25 de setembro
Ano Bíblico: RPSP: Lc 13
Aparecendo a Maria e a outros

5. O que o texto de Marcos 16:9-20 acrescenta à história da ressurreição? 

Quase todo o relato de Marcos 16:9-20 tem paralelos com outras passagens do NT: Maria Madalena vê Jesus no túmulo (Mt 28:1, 9, 10; Jo 20:11-18; Lc 8:2); dois homens O veem no campo (Lc 24:13-35); os onze discípulos são designados a pregar (Mt 28:16-20; Lc 24:36-49; Jo 20:19-23). 

A primeira pessoa a ver Jesus vivo foi Maria Madalena (Jo 20:11-18). Outras mulheres também O viram (Mt 28:8-10). É significativo que as primeiras pessoas a verem o Senhor ressurreto foram mulheres. Como no mundo antigo as mulheres não tinham posição elevada como testemunhas, se essa história fosse inventada, homens teriam sido apontados como as primeiras testemunhas. Mas não foram homens, nem sequer os onze discípulos, mas uma mulher. Ela contou a boa notícia aos discípulos, mas, como era de se esperar, eles não acreditaram no seu testemunho, provavelmente porque parecia fantástico e, também, infelizmente, porque Maria era uma mulher. 

Os apologistas destacam o fato de que as mulheres foram as primeiras a ver Jesus como evidência da veracidade da história da Sua ressurreição. 

6. O que seria estranho se o relato da ressurreição de Jesus fosse inventado? Mc 16:14 

Se os seguidores de Jesus tivessem inventado a história da ressurreição por que teriam representado os discípulos dessa forma? Jesus os repreendeu por sua “dureza de coração” (Mc 16:14). Desde a prisão de Jesus até Suas aparições após a ressurreição, os evangelhos retratam Seus seguidores de maneira negativa: fugindo, negando e duvidando. Isso não faria sentido se a história fosse inventada. 

Entretanto, a proclamação posterior, ousada e inabalável, do Cristo ressuscitado, e a esperança que ela oferece, são evidências da veracidade de suas afirmações. 

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Como evitar a armadilha da incredulidade? Por que devemos nos ligar ao Cristo vivo?
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Quinta-feira, 26 de setembro
Ano Bíblico: RPSP: Lc 14
Vão por todo o mundo

7. O que significam para nós as palavras de Jesus em Marcos 16:14-20? 

As primeiras palavras de Jesus aos discípulos são registradas em citação indireta (Mc 16:14). A questão da incredulidade não é um problema novo. Os primeiros discípulos de Jesus se debatiam com dúvidas (Mt 28:17; Jo 20:24-29), mesmo que tenham se relacionado com Jesus em carne e osso e visto, várias vezes, Seus milagres. 

Jesus demonstrou-lhes a realidade de Sua ressurreição. O testemunho deles, combinado com as evidências (ver lição de segunda-feira), fundamentam nossa fé. 

O Senhor então designou os discípulos para levarem o evangelho ao mundo inteiro, a todas as criaturas. Jesus explicou os resultados positivos e negativos do trabalho deles: os que cressem seriam salvos, e os que não cressem seriam condenados. 

Jesus também descreveu sinais que acompanhariam o trabalho dos discípulos: expulsar demônios, falar novas línguas, ser protegidos de perigos e curar os enfermos. Alguns interpretam Marcos 16:18 de modo equivocado, como se fosse uma ordem para que os cristãos demonstrem a fé segurando cobras venenosas. Mas esse texto não autoriza ações presunçosas. O que Jesus prometeu foi que, quando alguém estivesse envolvido em missão, seria protegido, como ocorreu com Paulo em Atos 28:3-6. 

A Bíblia não ensina que os cristãos sempre serão protegidos do mal. Às vezes, Deus acha adequado operar um milagre para promover a causa do evangelho. Mas, às vezes, os cristãos sofrem por causa do seu testemunho. Nessas circunstâncias, a perseverança e a paciência são outro sinal aos incrédulos do poder da fé. 

Depois de falar com os discípulos, Jesus “foi recebido no Céu e sentou-Se à direita de Deus” (Mc 16:19), o lugar de poder supremo, pois havia derrotado o mal. 

Os discípulos iam “por toda parte” pregando o evangelho, mas não iam sozinhos, pois o Senhor cooperava “com eles”, “confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Mc 16:20). Jesus estava com os discípulos naquela época e promete estar conosco hoje, enquanto continuamos o trabalho que eles iniciaram. 

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“E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28:20). Que conforto temos nessa promessa enquanto proclamamos o evangelho “por toda parte”?
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Sexta-feira, 27 de setembro
Ano Bíblico: RPSP: Lc 15
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 627-632 (“Sepultura vazia”), e p. 656-666 (“A grande comissão”). 

“Para aquele que crê, Cristo é a ressurreição e a vida. Em nosso Salvador, a vida que se perdeu por causa do pecado é restaurada, pois Jesus possui vida em Si mesmo, para concedê-la a quem Ele quiser. Está investido do direito de conceder a imortalidade. A vida que Ele entregou como ser humano, reassumiu e concedeu à humanidade” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 632). 

Historiadores ateus, que não aceitam a ressurreição, admitem que Jesus morreu e que, depois de Sua morte, muitos afirmaram ter visto o Cristo ressuscitado e, como resultado disso, deram início ao núcleo do que se tornaria a igreja cristã. Alguns, na tentativa de explicar por que os discípulos afirmavam isso, argumentam que Jesus tinha um irmão gêmeo ou que os primeiros discípulos tiveram alucinações, pensando que viram Jesus. Outros concluem que Jesus não morreu realmente, mas apenas desmaiou e, mais tarde, reviveu. Um autor chegou a afirmar que extraterrestres desceram e levaram o corpo de Jesus. Para uma análise desses argumentos, veja Clifford Goldstein, Risen: Finding Hope in the Empty Tomb [Nampa, ID: Pacific Press, 2021]; David Marshall, “Jesus realmente ressuscitou?”, em A Lógica da Fé: Respostas Inteligentes Para Perguntas Difíceis Sobre Nossas Crenças [CPB, 2014, p. 73-81]. 

Perguntas para consideração 

  1. Por que os discípulos mentiriam sobre a ressurreição de Jesus, sendo que foram odiados por causa de sua crença? O que eles teriam ganhado inventando essa história? 
  2. Que evidência da ressurreição de Jesus é mais convincente para você? 
  3. Segundo Paulo, que esperança a ressurreição de Jesus oferece (1Co 15)? 

Respostas e atividades da semana: 1. A morte de Jesus foi confirmada pelos romanos; José de Arimateia sepultou Jesus num túmulo escavado na rocha; uma grande pedra foi colocada na entrada do túmulo; um anjo rolou a pedra do túmulo no momento da ressurreição de Jesus; as mulheres e os discípulos viram Jesus ressurreto e os anjos. 2. O batismo. Somos sepultados nas águas e ressurgimos para uma nova vida. 3. As duas passagens mostram que Jesus 1) morreu; 2) foi sepultado; 3) ressuscitou; e 4) foi visto vivo. 4. As mulheres foram ao túmulo e viram que a pedra havia sido removida; entrando no túmulo viram o anjo e receberam a notícia de que Jesus tinha ressuscitado; elas ficaram com medo. 5. Jesus apareceu a Maria Madalena, que anunciou a notícia aos discípulos, os quais não acreditaram nela; então, Jesus apareceu aos discípulos e deu-lhes a missão de pregar o evangelho ao mundo. 6. O fato de Jesus ter repreendido os discípulos pela incredulidade e dureza de coração, pois não acreditaram no relato dos que tinham visto Jesus ressuscitado. 7. Comente com a classe.

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Resumo da Lição 13
O Senhor ressuscitado

TEXTO-CHAVE: Marcos 16:14-16 

FOCO DO ESTUDO: Marcos 16 

ESBOÇO 

Introdução: Marcos 15 termina destacando a contribuição de um notável membro da sociedade israelita, que colocou a vida e os recursos à disposição do reino de Deus quando Jesus morreu. As mulheres que seguiam Jesus também expressaram o desejo de participar dos ritos funerários do Salvador. Diante disso, a questão é: Onde estavam os discípulos? Como eles reagiram à morte de Jesus? E como reagiram às notícias sobre Sua ressurreição? Marcos dá atenção especial aos discípulos ao encerrar o evangelho. Também inclui as instruções especiais que Jesus lhes deu na comissão de pregar o evangelho a todo o mundo. 

Temas da lição: Os temas desta semana incluem uma discussão sobre a experiência dos discípulos em crer em Jesus Cristo como o Senhor ressuscitado. Nosso estudo será dividido em duas partes: 

1. A importância e o impacto da crença. Esta seção examina a relutância dos discípulos em crer na ressurreição de Jesus e como, em última análise, Ele desarmou as dúvidas de Seus seguidores e fortaleceu a fé deles. 

2. “Vão por todo o mundo.” Esta seção inclui a Grande Comissão dada por Jesus aos Seus discípulos, bem como a abrangência da missão e o objetivo do evangelho. 

COMENTÁRIO 

A importância e o impacto da crença 

O evento da morte de Jesus foi devastador para Seus seguidores. Embora estivesse predita nas profecias bíblicas, e embora Jesus já os tivesse avisado sobre as provações que enfrentaria antes de Sua morte, as ideias preconcebidas dos discípulos sobre o Messias os impediram de compreender o pleno significado das palavras de Cristo. Com isso, eles estavam despreparados para serem impactados pelas palavras do Salvador. 

Imediatamente após a crucifixão, os discípulos demonstraram que ainda não compreendiam o plano divino ou, pelo menos, tinham esquecido as palavras de Jesus, que lhes teriam sido um conforto naquele momento de perda. Assim, Marcos diz que eles “estavam tristes e choravam” (Mc 16:10) após a morte de Jesus. 

Podemos nos perguntar, com boas razões, se os discípulos e amigos de Jesus compreenderam o propósito de Sua morte. Como muito provavelmente não tinham uma concepção clara do propósito desse evento, também não é difícil compreender a resistência deles em crer que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. Esse último fator é ressaltado na primeira parte de Marcos 16, o foco do estudo desta semana. 

Para começar, em Marcos 16:6 a 8, os anjos anunciam às mulheres que Jesus havia ressuscitado. Além disso, os anjos incentivam as mulheres a anunciar também as boas-novas. Contudo, “não contaram nada a ninguém, porque estavam com medo” (Mc 16:8, grifo nosso). Você acha que as mulheres tiveram medo de crer no anúncio surpreendente dos visitantes celestiais? 

Numa segunda cena, o próprio Jesus aparece a Maria Madalena. Depois disso, “partindo ela, foi anunciá-lo àqueles que, tendo sido companheiros de Jesus, estavam tristes e choravam. Estes, ouvindo que Ele vivia e que tinha sido visto por ela, não acreditaram” (Mc 16:10, 11, grifo nosso). Maria comunicou a mensagem, mas seu público não estava disposto a crer nas boas-novas. 

Uma terceira cena retrata a persistente incredulidade entre os discípulos. Marcos descreve a cena da seguinte maneira: “Depois disso, Jesus manifestou-Se em outra forma a dois deles que estavam a caminho do campo. E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito” (Mc 16:12, 13, grifo nosso). 

É interessante que Jesus não usou alguém do Seu círculo de amigos para anunciar a notícia sobre a ressurreição. A notícia foi transmitida a eles por meio de uma mulher e por outras duas pessoas que não faziam parte dos Seus onze discípulos escolhidos a dedo. 

Numa quarta cena, o próprio Jesus aparece aos discípulos. “Finalmente, Jesus apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não deram crédito aos que O tinham visto já ressuscitado” (Mc 16:14, grifo nosso). 

Por que os discípulos não estavam dispostos a crer? Eles, assim como muitos outros em Israel, tinham uma concepção distorcida do reino de Deus. Lucas registra claramente a natureza desse equívoco para nós nas próprias palavras dos discípulos: “Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir Israel. Mas, depois de tudo isto, já estamos no terceiro dia desde que essas coisas aconteceram” (Lc 24:21). O que os discípulos queriam dizer com as palavras “redimir Israel”? A palavra grega traduzida como “redimir” é lytro?, que tem o significado básico de “libertar-se de uma situação opressiva” (William Arndt, F. W. Gingrich e Frederick W. Danker, eds., A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature [Chicago, IL: University of Chicago Press, 2000], p. 606). Assim, para os discípulos, a morte de Jesus significou a morte das suas aspirações terrenas, pois entendiam a redenção em termos de libertação da opressão romana. 

Como vimos no início do trimestre, Marcos inicia o evangelho afirmando que “o tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo”; por isso, as pessoas ouviram este convite: “Arrependam-se e creiam no evangelho” (Mc 1:15, grifo nosso). Infelizmente, no fim do relato do evangelho de Marcos (Mc 16), as pessoas ainda tinham o coração incrédulo. Essas pessoas não eram os sacerdotes, nem os líderes de Israel, nem o governador romano. Eram os próprios discípulos de Jesus. 

É interessante notar que Lucas também registra uma cena com os dois discípulos mencionados em Marcos 16. No relato de Lucas, os dois inicialmente não creem nas notícias relativas à ressurreição de Jesus. Mas, no evangelho de Marcos, os dois discípulos são apresentados entre aqueles que creram no Jesus ressuscitado. Como aconteceu essa transição da incredulidade para a fé? O que Jesus fez para ajudá-los? Lucas acrescenta algo em seu relato que Marcos não inclui no seu. Jesus repreende os discípulos pela sua incredulidade e dureza de coração (Mc 16:14; compare com Lc 24:25). Mas, logo após a repreensão, Jesus os esclarece perguntando de maneira retórica: “Não é verdade que o Cristo tinha de sofrer e entrar na Sua glória? E, começando por Moisés e todos os Profetas, explicou-lhes o que constava a respeito Dele em todas as Escrituras” (Lc 24:26, 27). Que estudo bíblico intensivo os discípulos devem ter recebido naquele dia! Desde Gênesis até o último livro da Bíblia hebraica, ao longo de toda a Escritura, Jesus expôs as profecias messiânicas diante de Seus dois seguidores. 

Ellen G. White escreveu sobre as instruções que Jesus deu mais tarde aos Seus seguidores: “Antes de deixar os discípulos, Cristo apresentou claramente a natureza de Seu reino. Trouxe-lhes à memória o que lhes havia dito anteriormente a respeito desse reino. Disse-lhes também que não era Seu propósito estabelecer no mundo um reino civil, mas espiritual. Não governaria como rei terrestre no trono de Davi. Novamente lhes explicou as Escrituras, mostrando que tudo que havia sofrido tinha sido determinado no Céu, nas reuniões entre Seu Pai e Ele próprio. Tudo fora predito por homens inspirados pelo Espírito Santo. Disse-lhes: ‘Vejam que tudo o que Eu havia revelado a vocês sobre Minha rejeição como o Messias se cumpriu. Tudo o que tinha dito a respeito da humilhação que Eu devia suportar e da morte pela qual Eu devia passar aconteceu. No terceiro dia, ressuscitei. Examinem com mais dedicação as Escrituras e verão que, em todas essas coisas, os detalhes da profecia a Meu respeito se cumpriram’” (O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 658). 

Vão por todo o mundo 

Após o encontro dos discípulos com o Senhor ressuscitado, a experiência de incredulidade foi transformada em fé ativa. Eles, por sua vez, tornaram-se testemunhas vivas de Jesus, o Ressurreto. Agora os discípulos já não tinham medo; em vez disso, estavam dispostos a viajar longas distâncias para dizer aos outros que, “de fato, o Senhor ressuscitou [...]!” Agora, eles estavam dispostos a contar a todos “o que lhes tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido o Senhor no partir do pão” (Lc 24:34, 35). Posteriormente, Jesus comissionou os primeiros discípulos e os discípulos de todos os tempos: “Vão por todo o mundo e preguem o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). Assim, o evangelho devia ser pregado não apenas em Israel, mas “até os confins da terra” (At 1:8). Comentando a Grande Comissão, Ellen G. White escreveu: “Não devemos nos esquecer da ordem: ‘Ide por todo o mundo’ (Mc 16:15). Somos chamados a erguer os olhos para as terras distantes. Cristo derruba o muro divisório, os separadores preconceitos de nacionalidade, ensinando amor para toda a família humana. Ele ergue as pessoas do estreito círculo de egoísmo; apaga todas as fronteiras territoriais e as distinções artificiais de classe. Não faz diferença entre vizinhos e estrangeiros, amigos e inimigos. Ensina-nos a olhar a toda pessoa necessitada como nosso irmão, e o mundo como nosso campo de trabalho” (O Desejado de Todas as Nações, p. 661).

Os discípulos são ordenados a testemunhar de sua fé a outras pessoas. O objetivo do evangelho, de acordo com Marcos, é formar e batizar pessoas que creem. Por isso, o evangelho do reino é anunciado (Mc 1:14). Aceitar o reino de Deus no coração, e Jesus como nosso Salvador e Rei, é essencial para a salvação e para sermos libertos da condenação (Mc 16:16). Quem crê Nele pode ter “vida em Seu nome” (Jo 20:31). 

APLICAÇÃO PARA A VIDA 

Sendo pessoas que creem em Cristo, como podemos evitar conceitos equivocados e falsas explicações sobre Deus e a salvação, que, por sua vez, levam a uma experiência errada? Peça aos alunos que leiam o seguinte conselho enquanto refletem sobre essa questão: “Construindo Seu raciocínio a partir das Escrituras, Cristo deu aos discípulos uma ideia correta do que Ele devia ser na humanidade. Eles haviam sido enganados pela expectativa de um Messias que ocuparia Seu trono e o poder de rei segundo os desejos humanos. Essa compreensão os impediria de perceber que Ele tinha descido da mais alta à mais baixa posição que podia ser ocupada. Cristo desejava que as ideias de Seus discípulos fossem puras e verdadeiras em todos os sentidos” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 640). 

Você já pensou em servir no campo missionário, longe de casa? O que o impede de assumir esse compromisso? Ou talvez você deseje iniciar um projeto missionário, mas sente receio de fazê-lo? Que temores estão impedindo você de seguir em frente? Leia a seguinte promessa inspirada: “Cristo deu aos discípulos sua missão. Tomou plenas providências para a sequência da obra, assumindo Ele próprio a responsabilidade do sucesso dela. Enquanto obedecessem à Sua palavra e trabalhassem em ligação com Ele, não poderiam falhar. ‘Ide a todas as nações’, ordenou-lhes. ‘Ide às mais longínquas partes habitadas do globo, mas saibam que Minha presença estará ali. Trabalhem com fé e confiança, pois nunca chegará o tempo no qual Eu os abandonarei’” (O Desejado de Todas as Nações, p. 659). 

Talvez você já esteja envolvido em um projeto missionário numa comunidade próxima. Nesse caso, qual é o seu projeto e quais desafios você enfrenta? Como a última citação motiva você em seu ministério? Que esperança e força esse texto lhe dá?

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Orando por três

Costa Rica | Stephanie

Quando Stephanie e seu futuro marido começaram a conversar sobre ter uma família na Costa Rica, seu país natal, perceberam que compartilhavam algo em comum. Ambos queriam ter dois filhos biológicos e adotar uma terceira criança.

No entanto, cinco anos após o casamento, o casal não teve filhos. Então, eles decidiram adotar um bebê.

A agência de adoção da Costa Rica informou que isso não seria fácil. Eles teriam que esperar em uma longa fila, e não havia garantia de que receberiam um bebê. A criança oferecida para adoção poderia ser um adolescente.

Alguns meses depois, Stephanie engravidou de uma menina. Três anos depois, ela deu à luz a um menino. Nove anos se passaram, e eles se lembraram do desejo de adotarem uma criança. Mas quem? Quando? Onde? E como?

“Sem problemas, eu vou orar”, disse Stephanie ao marido. “Eu vou pedir a Deus que faça a criança vir até nos em vez de nós procurarmos por ela”.

Stephanie orou. E então, esqueceu-se do assunto.

Um sábado, Stephanie ofereceu estudos bíblicos a uma visita que havia ido à igreja pela primeira vez aquele dia.

A mulher concordou dizendo: “Venha até a minha casa. Eu sou mãe de 10”.

Acontece que a mulher era uma cuidadora em um orfanato. O orfanato era composto de 15 casas com 10 crianças em cada casa. Uma cuidadora cuidava de cada casa.

Stephanie foi até o orfanato e deu estudos bíblicos para a cuidadora e suas 10 crianças. A cuidadora entregou seu coração a Jesus e foi batizada.

O diretor do orfanato, ao ver que os estudos bíblicos tiveram um impacto positivo na cuidadora e em seu trabalho, pediu a Stephanie para dar estudos bíblicos para as outras 14 casas do orfanato. Stephanie levou o pedido à comissão de sua igreja, e a igreja enviou membros da igreja para cada uma das 14 casas. Stephanie foi designada para a casa número 7. Michelle, de 11 anos, morava na casa 7.

Desde o primeiro dia, Michelle chamou a atenção de Stephanie. Ela carregava a bolsa de Stephanie. Ela era atenta e participava dos estudos bíblicos. A mulher e a menina formaram um vínculo estreito.

Com a permissão do orfanato, Stephanie levou Michelle para reuniões evangelísticas e ela foi batizada. Então a menina começo a perguntar: “Por que você não me adota?”

Stephanie pensou: “Por que eu não a adoto?”. Em casa, ela contou ao marido sobre o pedido. O casal se perguntou se Michelle não seria a criança que eles haviam orado para adotar. Eles pediram a confirmação de Deus.

Então, Stephanie lembrou-se de uma experiência que acontecera três ou quatro anos antes, muito antes de conhecer Michelle. Ela havia convidado uma mulher para compartilhar seu testemunho pessoal na igreja. A mulher estava visitando várias igrejas para contar sua história sobre a prisão, a perda de seus seis filhos para o serviço social e o fato de ter se tornado adventista depois de ouvir a rádio adventista na prisão. A mulher nunca tinha ido à igreja de Stephanie, e Stephanie havia perdido o contato com ela.

Agora, Stephanie se perguntava o que havia acontecido com a mulher. Ela olhou nas redes sociais e viu que a mulher havia deixado a igreja adventista. Ao olhar a linha do tempo da mulher, ela viu uma foto de Michelle com essas palavras: “Meu bebê”.

Stephanie ficou chocada. A mulher era a mãe de Michelle no orfanato.

Alguns dias depois, Stephanie viu Michelle em uma festa de aniversário na casa número 7. Durante a festa, Michelle perguntou se poderia pegar emprestado o celular de Stephanie, dizendo: “Você gostaria de ver a minha mãe?” Quando Stephanie assentiu, a menina encontrou uma foto de sua mãe on-line e mostrou para Stephanie. Era a mulher que Stephanie tinha convidado para falar em sua igreja.

Para Stephanie, essa era toda a confirmação de que ela precisava. Ela estava convencida de que Deus havia enviado Michelle à sua família para adotá-la.

Stephanie conversou com o diretor do orfanato sobre a adoção. Ela garantiu ao diretor que não sabia que sua amiga nas redes sociais era a mãe de Michelle quando ela chegou no orfanato. O diretor garantiu a Stephanie que não haveria problema se ela não entrasse mais em contato com a mãe.

Em pouco tempo, Michelle se mudou para sua nova casa. Ela tinha 12 anos. Seriam necessários mais 4 anos para que ela fosse oficialmente adotada, mas isso não importava. Ela estava em casa.

Hoje, Stephanie não poderia estar mais feliz. Seu sonho se tornou realidade. Ela tem dois filhos biológicos e uma filha adotada.

Essa história missionária fornece uma visão interna da vida na Costa Rica e dos desafios missionários do país. Obrigado por sua oferta generosa que ajudará a abrir um centro de influência onde o amor de Jesus poderá ser compartilhado com crianças que estão em risco, incluindo os órfãos.

Por Andrew McChesney

Dicas para a história

  • Mostre a Costa Rica no mapa.
  • Assista a um vídeo curto no YouTube sobre Michelle: bit.ly/ Michelle-IAD.
  • Baixe as fotos desta história pelo Facebook: bit.ly/fb-mq
  • Compartilhe publicações missionárias e fatos rápidos sobre a Divisão Interamericana: bit.ly/iad-2024

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 3º Trimestre de 2024

Tema geral: O Evangelho de Marcos

Lição 13 – 21 a 28 de setembro

“O Senhor ressuscitado”

Autor: Natal Gardino

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

 

O sábado entre a morte e a ressurreição de Jesus foi muito significativo. Todos os Seus discípulos passaram aquele sábado com um nó na garganta, em um clima amargo e dolorido de derrota. Eles não entendiam que Jesus precisava morrer para nos salvar e que Ele veio para isso. O que eles pensavam que seria uma derrota foi a vitória de Cristo. Contudo, essa vitória com Sua morte só se tornou concreta em Sua ressurreição.

 A alegria da ressurreição

A ressurreição de Jesus é tão importante quanto Sua morte. Se Ele não tivesse ressuscitado, de nada teria valido Sua morte sacrifical. Paulo diz que, nesse caso, nós seríamos “as pessoas mais infelizes deste mundo” (1Co 15:19). Mas, continua ele, “de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem” (v. 20).

O sétimo dia da semana, o sábado, foi destacado de maneira especial para marcar a redenção do ser humano, assim como havia sido também na criação. Por isso, foi somente após o término do sábado que Jesus ressuscitou (Mc 16:1; Mt 28:1). Contudo, a ressurreição no primeiro dia da semana fez com que muitos cristãos enxergassem a intenção divina ao contrário: eles entendem que esse dia, depois chamado de “domingo”, teria se tornado um dia especial para celebrar a ressurreição de Jesus.

Entretanto, há apenas oito menções ao primeiro dia da semana em todo o Novo Testamento, e em nenhuma delas há qualquer evidência de que esse dia tenha se tornado especial ou sagrado para celebrar a ressurreição de Jesus. Por outro lado, encontramos nas mesmas Escrituras um memorial apropriado para evocar e celebrar a ressurreição de Jesus: o batismo (Cl 2:10-12). Nessa cerimônia cheia de significado a pessoa é simbolicamente “sepultada” na água e é “ressuscitada” em novidade de vida ao ser erguida e retirada da água. Essa cerimônia só é possível porque Jesus não somente morreu por nós, mas também porque Ele ressuscitou!

Mulheres como as primeiras testemunhas da ressurreição

  1. Warner Wallace, Josh McDowell e Lee Strobel, entre outros, são exemplos de pessoas que, ao pesquisar os fatos históricos para tentar “desmascarar” o cristianismo, diante do peso das evidências em favor de Cristo e de Sua ressurreição, acabaram se tornando cristãos apaixonados. Todos eles escreveram livros a respeito de suas descobertas, os quais valem muito a pena serem lidos.

Dentre as várias evidências textuais a favor da ressurreição, há também algumas evidências lógicas. Uma delas é o fato de que, se a ressurreição de Cristo fosse uma história inventada para enganar, os seus inventores teriam apresentado informações que dessem maior credibilidade a essa narrativa. Por exemplo, a primeira testemunha da ressurreição deveria ter sido algum dos 12 apóstolos, mas jamais uma mulher, muito menos Maria Madalena, “da qual [Ele] tinha expulsado sete demônios” (Mc 16:9). Depois dela, outras mulheres também foram as primeiras testemunhas do Cristo ressurreto, antes dos homens. Esse teria sido um problema, pois naquele tempo, as mulheres (infelizmente) não eram reconhecidas como boas testemunhas. Por isso, as pessoas não acreditaram a princípio no relato delas a respeito do que tinham visto e ouvido (Mc 16:10, 11; Lc 24:10, 11).

Outra grande evidência lógica da ressurreição de Jesus é o fato de que, se fosse uma mentira inventada pelos discípulos, ninguém aceitaria morrer por ela. Ninguém decide morrer por uma mentira sabendo que é mentira. No entanto, inúmeros cristãos preferiram ter seu sangue derramado e seu corpo queimado em vez de negarem sua ligação com o Cristo que havia morrido e ressuscitado e que agora vive para interceder pelos seres humanos que creem Nele.

 

A Grande Comissão

A certeza de que Jesus venceu em nosso favor nos move a pregar a Sua mensagem de salvação a outros. E é isso o que Ele espera de nós. Ele manifestou esse desejo com a ordem dada aos discípulos: “Vão por todo o mundo e preguem o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer, será condenado” (Mc 16:16). Esse texto é paralelo com o de Mateus 28:19 e 20, que chamamos de “A Grande Comissão”.

A missão de salvar a humanidade é de Jesus, mas Ele a compartilha conosco (daí o termo co-missão), incumbindo-nos com o dever de espalhar as boas-novas da salvação, não apenas como mensageiros, mas como testemunhas de sua veracidade. Então nos tornamos não apenas ouvintes, mas participantes do evangelho (1Co 9:23).

 

Conclusão

A morte e a ressurreição de Jesus são um fato. Muitas pessoas morreram por não poderem negar essa verdade. E todas elas ressuscitarão no dia final, assim como Ele ressuscitou. É com base nessas verdades do evangelho que somos transformados em novas criaturas, que recebemos poder do alto e testemunhamos a todos ao nosso redor. É o próprio Senhor da verdade que aguardamos ver em Pessoa no último dia da História deste mundo, com todos aqueles que O amam e aguardam a Sua vinda.

 Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Natal Gardino é mestre em Novo Testamento e doutor em Ministério pela Universidade Andrews. Iniciou seu ministério em 2003 como pastor distrital e atuou em quatro diferentes regiões. Desde 2022, é professor de Novo Testamento do Seminário Adventista de Teologia na FAP (antigo IAP), no Paraná. É casado com Irineide Gardino, psicóloga clínica. O casal tem dois filhos: Kaléo e Nicholas.