Lição 4
15 a 21 de abril
Temam a Deus e deem glória a Ele
Sábado à tarde
Ano Bíblico: RPSP: Jó 21
Verso para memorizar: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12).
Leituras da semana: Ap 14; Gn 22:12; Ec 12:13, 14; Cl 3:1, 2; Hb 12:1, 2; 1Co 3:16, 17

O autor dinamarquês Søren Kierkegaard contou uma parábola sobre o tempo do fim que dizia mais ou menos assim: Um incêndio começou nos bastidores de um grande teatro. Um palhaço, que tinha feito parte da performance, foi avisar o público: “Saiam! O lugar está pegando fogo!” O público pensou que aquilo não passava de uma grande piada, parte do show, nada mais, e apenas aplaudiu. Ele repetiu o aviso: “Saiam! Saiam daqui!” Mas, quanto mais enfaticamente ele os advertia, mais fortes eram os aplausos. Para Kierkegaard, é assim que o mundo vai acabar; isto é, com os aplausos gerais de pessoas que acreditam que o fim é uma piada.

O fim do mundo e os eventos que levam a isso não são, como sabemos, piada. O mundo enfrenta a crise mais grave desde o dilúvio. Na verdade, o próprio Pedro usou a história do dilúvio como símbolo do fim, alertando que, assim como o mundo antigo foi destruído pela água, no fim dos tempos “os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo fogo. Também a Terra e as obras que nela existem desaparecerão” (2Pe 3:10). Uma vez que fomos avisados sobre o que está por vir, precisamos estar preparados.

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Domingo, 16 de abril
Ano Bíblico: RPSP: Jó 22
Temam a Deus

O objetivo do livro do Apocalipse para nossa geração é preparar um povo para o breve retorno de Jesus e incentivar a união a Ele para dar Sua mensagem final ao mundo. O Apocalipse revela os planos de Deus e desmascara os planos de Satanás. Apresenta o apelo final de Deus, Sua mensagem urgente, eterna e universal a toda a humanidade.

1. Leia o apelo urgente do apóstolo João em Apocalipse 14:7. (Veja também Gn 22:12; Sl 89:7; Pv 2:5; Ec 12:13, 14; Ef 5:21). Que instrução específica ele nos dá?

A palavra grega do NT para o verbo “temer” (Ap 14:7) é phobeo. É usada aqui não no sentido de ter medo de Deus, mas no sentido de reverência, temor e respeito. Ela transmite a ideia de lealdade absoluta ao Criador e total rendição à Sua vontade. É uma atitude mental centrada em Deus e não em si mesmo. É o oposto da atitude de Lúcifer em Isaías 14:13, 14, quando ele disse em seu coração: “Subirei ao Céu, exaltarei o meu trono acima das estrelas e me assentarei no monte da congregação, nas extremidades do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”.

O verdadeiro temor foi visto na atitude de Cristo, que, embora “existindo na forma de Deus [...] Ele Se humilhou, tornando-Se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2:6, 8).

A essência do grande conflito gira em torno da submissão a Deus. Lúcifer era egocêntrico. Ele se recusava a se submeter a qualquer autoridade. Em vez de se submeter Àquele que estava no trono, Lúcifer desejava o trono. Em termos mais simples, temer a Deus é colocá-Lo em primeiro lugar em nosso pensamento. É renunciar ao nosso egocentrismo e orgulho e viver inteiramente para Ele.

E obviamente isso deve ser importante, pois são as primeiras palavras que saíram da boca do primeiro anjo. Portanto, devemos considerá-las atentamente.

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Como tem sido sua experiência de temer a Deus? Como explicar a alguém que “o temor a Deus” é algo bom?
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Segunda-feira, 17 de abril
Ano Bíblico: RPSP: Jó 23
Temer e obedecer a Deus

O que mais a Bíblia nos ensina sobre o que significa temer a Deus? O temor do Senhor está ligado com a Palavra de Deus e com a Sua lei.

2. Leia Deuteronômio 6:2; Salmo 119:73, 74; Eclesiastes 12:13, 14. De acordo com esses textos, qual é o resultado de “temer a Deus”?

Essas passagens revelam que há uma ligação entre temer a Deus e guardar Seus mandamentos. Temer a Deus é uma atitude de respeito reverente que nos leva à obediência. O apelo urgente do Céu é que os salvos pela graça sejam obedientes aos mandamentos divinos (Ef 2:8-10). A graça não nos liberta de obedecer à lei de Deus. O evangelho nos liberta da condenação da lei, não de nossa responsabilidade de obedecer à lei.

A graça não só nos livra da culpa do nosso passado, mas nos dá poder para viver de forma piedosa e obediente no presente. O apóstolo Paulo declarou que, “Por meio Dele viemos a receber graça e apostolado por amor do Seu nome, para a obediência da fé, entre todos os gentios” (Rm 1:5).

Há pessoas que têm a estranha ideia de que a salvação pela graça de alguma forma invalida a lei de Deus ou minimiza a necessidade de obediência. Acreditam que qualquer conversa sobre obediência seja legalismo. Declaram: “Tudo o que quero é Jesus”. A pergunta é: Que Jesus? Um Jesus criado por mim ou o Jesus das Escrituras? Cristo nunca nos faz minimizar Sua lei, que é a transcrição de Seu caráter. O Cristo das Escrituras nunca nos leva a minimizar as doutrinas da Bíblia, que revelam mais claramente quem Ele é e qual é o Seu plano para este mundo. Nunca nos leva a reduzir Seus ensinamentos a chavões dispensáveis. Cristo é a personificação de toda a verdade doutrinária. Jesus é a verdade encarnada. Ele é o cumprimento da doutrina.

O apelo final do Apocalipse é para que aceitemos, mediante a fé em Jesus, a plenitude do que Ele oferece. Chama-nos a “temer a Deus”, temor demonstrado pela fé em Seu poder redentor para nos capacitar a viver de forma piedosa e obediente.

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“Não temam os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; pelo contrário, temam Aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10:28). Essas palavras de Jesus nos ajudam a entender o que significa temer a Deus?
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Terça-feira, 18 de abril
Ano Bíblico: RPSP: Jó 24
Uma vida centrada em Deus

Em uma era de consumismo, quando os valores seculares tornaram o eu o centro, o apelo do Céu é que deixemos a tirania do egocentrismo e a escravidão da vanglória e tornemos Deus o centro de nossa vida. Para alguns, o dinheiro é o mais importante. Para outros, é o prazer ou o poder ou ainda esportes, música ou entretenimentos. A mensagem do Apocalipse é um chamado alto e claro a temer, respeitar e honrar a Deus como o verdadeiro centro da vida.

3. Leia Mateus 6:33, Colossenses 3:1, 2 e Hebreus 12:1, 2. O que essas passagens nos dizem sobre fazer de Deus o centro da nossa vida?

A questão central no conflito final da Terra é uma batalha pela mente. É, de fato, uma batalha pela lealdade, autoridade e compromisso com a vontade de Deus.

A batalha final do grande conflito é entre o bem e o mal para controlar nossos pensamentos. O apóstolo Paulo nos advertiu: “Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar de Cristo Jesus” (Fp 2:5). A mente é a cidadela do nosso ser, é a fonte de nossas ações. A palavra “tenham”, nessa passagem, significa “permitam” ou “escolham”. Trata-se de um ato que exprime vontade. A escolha de ter a mente de Cristo é a escolha de permitir que Jesus modele nosso pensamento preenchendo nossa mente com as coisas da eternidade. Nossas ações revelam nosso modo de pensar. Temer a Deus é torná-Lo o primeiro em nossa vida.

É fácil, em certo sentido, controlar nossos pensamentos, pelo menos quando estamos cientes de que precisamos controlá-los. Muitas vezes, o problema é que, a menos que façamos um esforço consciente para pensar nas coisas certas, nas “coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra” (Cl 3:2), nossa mente, caída e pecaminosa como é, naturalmente tenderá para as coisas indignas do mundo. Por isso, precisamos, como Paulo disse, escolher proposital e deliberadamente pensar nas coisas celestiais, usando o dom sagrado do livre-arbítrio.

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Leia Filipenses 4:8. Como cumprir a instrução de Paulo nessa passagem?
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Quarta-feira, 19 de abril
Ano Bíblico: RPSP: Jó 25
Dando glória a Ele

Um estudo do uso da expressão “deem glória a Ele” (Ap 14:7) no AT mostra que ela, curiosamente, muitas vezes (mas nem sempre) aparece no contexto do juízo divino (Js 7:19; 1Sm 6:5; Jr 13:15, 16; Ml 2:2), assim como no caso da mensagem do primeiro anjo (Ap 14:7). Essa ideia também é vista em Apocalipse 19:1, 2: “Aleluia! A salvação, a glória e o poder são do nosso Deus, porque verdadeiros e justos são os Seus juízos”.

4. Leia 1 Coríntios 3:16, 17; 6:19, 20 e 10:31. Como essas passagens nos ajudam a entender um modo pelo qual podemos glorificar a Deus?

De acordo com Paulo, nosso corpo é um santuário, morada do Espírito de Deus, um templo santificado pela presença divina. As Escrituras nos fazem um chamado alto e claro para glorificar a Deus em todos os aspectos da vida. Quando Deus é o centro da nossa existência, nosso único desejo é dar glória a Ele, com nossa alimentação, nosso modo de vestir, nosso entretenimento e nossa interação com os outros. Glorificamos a Deus ao revelar Seu caráter de amor ao mundo por meio de nosso compromisso de fazer Sua vontade. Isso é ainda mais importante à luz do juízo final da Terra.

5. Que apelo fez Paulo em relação às nossas escolhas? Rm 12:1, 2

A palavra grega do NT para corpo nessa passagem é somata, cuja tradução mais adequada é a totalidade de quem somos – corpo, mente e emoções. A tradução NAA da Bíblia traz a expressão “culto racional”, ou seja, um ato de adoração inteligente. Em outras palavras, quando fazemos um compromisso total de temer a Deus e glorificá-Lo em tudo, dando nossa mente, nosso corpo e nossas emoções a Ele, isso é um ato de adoração inteligente. E, à luz do juízo, priorizar a obediência é uma boa ideia.

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Pense no que você faz com seu corpo. Como você pode ter certeza de que está, de fato, glorificando a Deus com ele?
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Quinta-feira, 20 de abril
Ano Bíblico: RPSP: Jó 26
Os vencedores do Apocalipse

“Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Ap 14:12, ARC versão 1969). Essa é a representação do povo fiel de Deus nos últimos dias. No entanto, a única maneira de guardarmos os mandamentos de Deus, em qualquer época, é por meio da fé em Jesus. O texto não traz a expressão “fé em Jesus”, embora ela seja extremamente importante, mas a expressão “a fé de Jesus”, o que indica algo mais. Foi a fé que permitiu que Cristo vencesse as mais ferozes tentações de Satanás. A fé é um dom concedido aos crentes. Quando exercemos a fé que o Espírito Santo coloca em nosso coração, ela cresce. Vencemos, não pela nossa força de vontade, mas pelo poder do Cristo vivo que atua em nós. Vencemos não por causa de quem somos, mas por causa de quem Ele é.

Podemos vencer porque Ele venceu. Podemos ser vitoriosos porque Ele foi vitorioso. Podemos triunfar sobre a tentação porque Ele triunfou sobre a tentação.

6. Leia Hebreus 4:14-16 e 7:25. Como podemos vencer e viver temendo a Deus e dando glória a Ele?

Jesus venceu as artimanhas do diabo. Enfrentou tentações confiando nas promessas de Deus, entregando Sua vontade à vontade do Pai e dependendo do poder Dele. Confiando Nele também podemos ser vitoriosos. Jesus é nosso tudo em tudo, e as mensagens dos três anjos são sobre Ele. A mensagem do Apocalipse é de vitória, não de derrota. Fala de um povo que vence pela graça de Cristo e pelo poder Dele.

A palavra “vencer” é usada 11 vezes no Apocalipse, de diferentes formas. Na visão das sete igrejas, que representam a igreja cristã do primeiro século até nossa época, houve crentes em todas as gerações que “venceram”. No fim, o “vencedor” herdará todas as coisas (Ap 21:7). Isso não é legalismo. É a vitória por meio de Jesus, cuja vida perfeita de perfeita justiça, e somente essa vida justa, é o que nos garante a vida eterna. É fé em ação. É a graça milagrosa e transformadora que muda vidas.

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Há coisas que você deseja vencer? Como transformar seus desejos em ação? Que passos práticos você pode dar para fazer parte dos “vitoriosos” do Apocalipse?
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Sexta-feira, 21 de abril
Ano Bíblico: RPSP: Jó 27
Estudo adicional

Jesus, nosso Sumo Sacerdote, “pode salvar totalmente os que por Ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:25). Em grego, a palavra para “totalmente” significa “máximo, completo”. Jesus nos salva; devemos nos render a Ele, reivindicando Sua vitória para nós. Nossa fé deve estar Nele, não em nós mesmos.

“Podemos resumir a força da expressão ‘temam a Deus’ como o último chamado de Deus à humanidade para escolhê-Lo como seu glorioso Deus, [...] que será vitorioso sobre o mal, que se opõe a Ele e a Seu plano para a raça humana (Ap 14:9-11). Esse temor não se manifesta, pelo menos por enquanto (Ap 6:14-17), em terror e tremor, mas em alegre e amorosa submissão à lei de Deus e em adoração exclusiva a Ele. Nenhum outro poder deve ser reconhecido como digno de tal devoção e lealdade. Não há outras opções, porque o que se mostra no horizonte do conflito cósmico são ações de poderes demoníacos destinados à extinção (Ap 16:13, 14; 17:14; 20:11-15). O temor do Senhor é, portanto, um convite divino [...] para estar do lado de Deus no conflito, a fim de estar diante de Sua presença gloriosa, preenchido de alegria em eterna comunhão com Ele” (Ap 21:3, 4; 22:3-5; Ángel Manuel Rodríguez, The Closing of the Cosmic Conflict: Role of the Three Angels’ Messages, manuscrito não publicado, p. 27).

Perguntas para consideração

  1. Deus é maior e mais poderoso do que nós. Esse Deus amoroso nos julgará. Esses fatos nos ajudam a entender a ideia do “temor a Deus” e do que isso significa?
  2. Como evitar o legalismo em relação aos conceitos de santidade, superação e vitória? É importante entender que somente a vitória de Cristo na cruz é a base da esperança de salvação, independentemente das nossas vitórias e fracassos?
  3. Mesmo com todas as promessas de vitória sobre o pecado, por que não satisfazemos o padrão de justiça que Jesus exemplificou? Que erros cometemos em não permitir que Deus faça a obra que Ele prometeu fazer em nós?

Respostas e atividades da semana: 1. Temam a Deus e deem glória a Ele. 2. Guardar os mandamentos, o que resulta em vida longa e alegria. Esse é o dever de cada pessoa. 3. Devemos: (A) Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas as coisas nos serão acrescentadas; (B) Buscar as coisas lá do alto, onde Cristo vive, e pensar nas coisas lá do alto, não nas que são da Terra; (C) Livrar-nos de todo peso do pecado e correr com perseverança a carreira cristã, olhando para Jesus. 4. Podemos glorificar a Deus em nosso corpo, que é o santuário de Deus. Devemos comer, beber e fazer tudo para a glória de Deus. 5. Ofereçamos a Deus nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável, e não vivamos conforme os padrões deste mundo, mas deixemos que Deus nos transforme pela renovação da mente. 6. Confiando em Jesus, olhando para Ele e acreditando Nele podemos ser vitoriosos.

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Resumo da Lição 4
Temam a Deus e deem glória a Ele

PARTE I – VISÃO GERAL

As três mensagens angélicas incluem, coletivamente, uma mensagem divina enviada do Céu, cujo propósito é preparar o mundo para a segunda vinda de Jesus. Essas mensagens são projetadas por Deus para ter um impacto prático em nossa vida. Elas revelam o plano de Jesus para a vida no tempo do fim. As mensagens dos três anjos são muito mais do que doutrinas teóricas que têm pouca influência sobre nosso dia a dia. Embora elas levem aos não convertidos uma advertência solene que não pode ser ignorada, seu propósito principal é nos aproximar de Jesus.

A lição desta semana se concentra em duas frases da mensagem do primeiro anjo: Primeiro, a expressão “temam a Deus”, e segundo, “deem glória a Ele”. Como descobriremos em nosso estudo desta semana, temer a Deus se refere a respeito, temor e admiração por Sua infinita sabedoria, Seu incrível poder e Sua maravilhosa graça. Temer a Deus também é um estado de espírito leal a Deus. Em uma época de importância exagerada do eu, consumismo e egocentrismo, o primeiro anjo nos chama a viver uma vida focada em Deus, em vez de uma vida egocêntrica. Dar glória a Deus está relacionado à nossa maneira de viver. Dar glória a Deus afeta todas as áreas da nossa vida, desde o que comemos e bebemos, até o que levamos à nossa mente e os lugares aonde vamos. Dar glória a Deus influencia as coisas que lemos e o que vemos na internet ou na televisão.

Nossa lição examinará de perto essas duas frases para descobrir o impacto que elas têm em nossa vida no século 21. Vamos explorar juntos como a compreensão do evangelho de Jesus Cristo nos permite tanto “temer a Deus” quanto “dar glória a Ele”.

PARTE II – COMENTÁRIO

“Temer a Deus” significa viver uma vida centrada Nele. Em vez de nos restringir, frustrar nossa alegria e limitar nossa felicidade, fazer de Deus o centro da nossa vida é o fundamento da identidade autêntica, do propósito verdadeiro e da alegria genuína. Jesus claramente conecta conhecer e fazer a vontade Dele com a nossa felicidade.

Em João 13:17, o Senhor declara: “Se vocês sabem estas coisas, bem-aventurados serão se as praticarem”. Uma vida voltada para a satisfação do eu é realmente muito limitada. Ficar trancado na prisão de nosso comportamento egocêntrico é um modo miserável de viver. Conhecer a Cristo, obedecer a Ele, viver por algo maior do que nós mesmos traz a maior alegria da vida. Aquele que nos criou nos projetou para viver, realmente viver, para as alegrias de Seu reino. O Salmo 16:11 afirma: “Tu me farás ver os caminhos da vida; na Tua presença há plenitude de alegria, à Tua direita, há delícias perpetuamente”.

O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia faz uma profunda observação sobre a expressão “temam a Deus”, de Apocalipse 14:7: “O apelo para temer a Deus é feito na hora crucial, quando as pessoas estão adorando os deuses do materialismo, do prazer e muitos outros criados por elas mesmas” (v. 7, p. 915).

“Uma série de estudos [...] publicada na revista Motivation and Emotion (T. Kasser et al., ‘Changes in Materialism, Changes in Psychological Well-being: Evidence From Three Longitudinal Studies and an Intervention Experiment’. Motivation and Emotion 38, 2014, p. 1-22) revelou que à medida que as pessoas se tornam mais materialistas, a sensação de bem estar e propósito delas diminui e, se elas se tornam menos materialistas, a sensação aumenta. Embora o materialismo seja bom para a economia, alimentando o crescimento, ele pode ter impacto negativo no âmbito pessoal, levando à ansiedade e à depressão. O consumismo também pode prejudicar relacionamentos, comunidades e o meio ambiente” (Kirstie Pursey, How Consumerism and Materialism of Modern Society Make Us Unhappy, Lonely, and Unconfident, disponível em: www.learning-mind.com/consumerism-and-materialism-unhappy).

O apelo de Apocalipse 14:7 para “temer a Deus” é para encontrar nossa verdadeira felicidade em fazer a vontade do Pai. Esse texto de Apocalipse é um apelo para acharmos em Cristo o nosso maior deleite e a mais profunda alegria. Quando entregamos nossa vida a Jesus, a obediência brota naturalmente do coração. O dever se torna um prazer e o sacrifício pela causa de Cristo um deleite.

Ellen G. White coloca desta forma: “Toda verdadeira obediência vem do coração. E do coração procedia também a obediência de Cristo. E, se permitirmos, Ele Se identificará de tal forma com nossos pensamentos e propósitos, moldará de tal maneira nosso coração e mente em conformidade com Sua vontade, que, quando Lhe obedecermos, estaremos apenas seguindo nossos próprios impulsos. A vontade, renovada e santificada, encontrará seu maior prazer em fazer Seu serviço. Quando conhecermos a Deus como temos o privilégio de conhecê-Lo, nossa vida será de contínua obediência. Por meio do reconhecimento do caráter de Cristo, mediante a comunhão com Deus, o pecado se tornará abominável para nós” (O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 537).

“Dar glória” a Deus significa honrar a Deus em nosso estilo de vida. Dar glória a Deus envolve o reconhecimento de que somos embaixadores de Cristo. Nós somos a luz do mundo, o sal da Terra. A palavra usada para “glória” em Apocalipse 14:7 é doxa. Essa palavra é usada com frequência no Novo Testamento e pode ter dois significados. O primeiro significado indica honra, fama ou reconhecimento. Nesse sentido, dar glória a Deus significaria dar-Lhe a honra ou o reconhecimento que Ele merece, e com razão, pois Ele nos criou. Ele nos salva. Ele nos mantém vivos a cada dia e em breve voltará para nos buscar. Ao mesmo tempo, há outro aspecto da palavra doxa que muitas vezes é esquecido. Em alguns casos, no Novo Testamento, doxa pode significar brilho ou aparência gloriosa. De acordo com o apóstolo Paulo, a glória de Deus resplandeceu na face de Jesus Cristo (2Co 4:6). “À medida que essa glória de Deus, revelada em Cristo, resplandece a partir do evangelho, para o coração e a mente do crente, ela o transforma em ‘luz no Senhor’ (Ef 5:8). Assim, ‘todos nós, com rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória’” (2Co 3:18; Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 550). O objetivo de cada cristão deve ser incorporar esse duplo significado, honrando a Deus e protegendo Sua reputação enquanto deixamos o brilho de Sua glória reluzir em nossa vida.

Esse significado duplo nos leva a algumas questões básicas: Podemos dar glória a Deus se deixarmos de cuidar do nosso corpo? É possível honrar a Deus quando violamos deliberadamente Seus princípios de saúde? Que relação nossos hábitos de vida têm com a nossa saúde espiritual?

Em 1 Coríntios 6:19, 20, o apóstolo Paulo dá uma resposta a essas perguntas: “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (ARC).

O apóstolo amplia a nossa compreensão do que significa glorificar a Deus: “Portanto, se vocês comem, ou bebem ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31). Quando entregamos nossa vida a Cristo, nosso corpo se torna o templo do Espírito Santo. Um incrédulo certamente pode ser impressionado pelo Espírito, convencido pelo Espírito e movido pelo Espírito, mas o Espírito Santo passa a habitar na vida do crente comprometido. Nosso corpo se torna a morada do Espírito de Deus. Essa habitação é realmente um pensamento impressionante: a terceira Pessoa da Divindade passa a residir na vida dos crentes. Assim, contaminar nosso corpo e violar voluntariamente as leis da saúde é desonrar nosso Criador. Somos de Cristo porque Ele nos criou e nos redimiu.

Há outra razão pela qual é de vital importância para Deus que Lhe demos glória em nossas práticas de saúde. Espiritualidade e saúde estão profundamente ligadas. O Espírito Santo Se comunica conosco por meio das faculdades espirituais do nosso cérebro. Se o cérebro for nutrido por má qualidade de sangue por causa de maus hábitos de saúde, seremos menos capazes de discernir a voz do Espírito Santo. Nossa compreensão do plano de salvação e da verdade bíblica ficará obscurecida e comprometida. Se estivermos destruindo nosso corpo devido a deliberada negligência com nossa saúde, nosso testemunho ao mundo certamente não será aquele que dará glória a Deus. Esse princípio se aplica não apenas aos nossos hábitos de saúde, mas também às coisas que assistimos na televisão e que lemos em revistas e livros, bem como ao conteúdo que nos ocupa na internet e a uma série de outras práticas de estilo de vida.

Temer a Deus é um convite para viver uma vida centrada Nele, dando-Lhe glória em tudo o que fazemos. Esse convite é o apelo da hora do juízo, um apelo que preparará um povo para a vinda de Jesus. Por meio de Sua graça e pelo Seu poder, podemos dar glória a Ele, honrar Seu nome e brilhar como luzes neste mundo de trevas. Uma vida assim é o nosso chamado e o nosso destino.

PARTE III – APLICAÇÃO À VIDA

Leia e reflita: Vários anos atrás, o pastor Mark Finley estava ajudando uma mulher idosa a parar de fumar. Eles estudaram a Bíblia juntos, ele a aconselhou e oraram, mas nada parecia funcionar. Ela simplesmente não tinha motivação para parar de fumar. Na verdade, ela gostava de fumar e não tinha vontade suficiente para parar. Certo dia, quando o pastor Finley visitou essa vovó, ela tinha um grande sorriso no rosto e exclamou: “Pastor Finley, eu parei, eu parei! Eu não fumo há vários dias!” Ansioso para descobrir o que a fez mudar, o pastor perguntou: “O que a motivou?” Ela apenas respondeu: “Minha neta de 7 anos”. Então, explicou: “Certa noite, eu estava sentada na minha cadeira favorita, fumando, e minha neta subiu no meu colo e disse: ‘Vovó, quando eu ficar grande, quero fumar como você’. Foi por isso, pastor. Eu parei de fumar por causa dela”.

Se uma avó pode parar de fumar por causa de sua neta, não podemos, pela graça de Deus e pelo poder de Seu Espírito, abandonar qualquer hábito que não esteja em harmonia com a Sua vontade, por amor a Cristo? O diabo diz que é impossível vencer nossos maus hábitos e tendências pecaminosas. Mas, Jesus afirma: “Ao vencedor, darei o direito de se alimentar da árvore da vida. [...] Seja fiel até a morte, e Eu lhe darei a coroa da vida” (Ap 2:7-10). Jesus nos promete a força para vencer a batalha contra o mal.

Pergunte aos alunos:

  1. Por que a tríplice mensagem angélica representa um chamado à obediência e a um viver santo nesse período de crise da história da Terra?
  2. De que maneira Jesus, nosso Salvador e Senhor, nos dá motivação e poder para vencer?

 


Presa no aeroporto

Carmen

Espanha | 15 de abril

Dois dias antes de embarcar em um voo internacional, Carmen se ajoelhou ao lado de sua cama para pedir a proteção de Deus. A jovem, recém-saída da adolescência, não orava havia anos. Ela não tinha certeza porque se sentiu compelida a orar naquele momento, mas estava cheia de desespero e derramou todo o seu coração em sua oração.

“Deus, por favor, proteja-me e cuide de mim”, Carmen orou. “Guie-me porque eu estou fazendo isso por uma necessidade desesperada. Por favor, não permita que a polícia me pegue.” Naquela noite, ela teve um sonho. Ela sonhou que a polícia a prendeu e a algemou. Quando acordou, ela considerou o sonho como sem importância. Um dia depois, ela embarcou no avião para um longo voo do Brasil para a Espanha.

Carmen tremeu durante as 12 horas do voo. Ela estava apavorada. Ela lembrou que havia tentado fazer a viagem um mês antes, mas as coisas não haviam dado certo. Ela lembrou que sua mãe havia lhe dito muitas vezes: “Volte para Deus agora enquanto ainda há tempo”. Ela orou sem parar durante as 12 horas. “Por favor, dê-me paz”, ela orava. “Proteja-me. Acalme meu coração.” Ela pedia que Deus a orientasse. “Por favor, seja feita Sua vontade em minha vida”, dizia ela.

Ao desembarcar na capital da Espanha, Madri, Carmen entregou seu passaporte para um funcionário da imigração e passou pelo controle de passaportes sem nenhum problema. Mas quando ela pegou sua mala na área de retirada de bagagens, a polícia a deteve.

“Siga-nos”, disse um policial.

Carmen seguiu os policiais até uma sala, onde lhe disseram que sua mala havia sido inspecionada e que algo ilegal havia sido encontrado dentro dela. Carmen foi algemada.

“Você está presa”, disse um policial.

Carmen lembrou-se de seu sonho. Ela silenciosamente pediu perdão a Deus, mas não havia mais nada que ela pudesse fazer. A polícia a levou diretamente do aeroporto para uma cela de prisão. O julgamento durou quatro meses, e Carmen foi condenada a seis anos de prisão.

Ela não tinha família na Espanha, não tinha amigos, não conhecia ninguém. Ela perguntou a si mesma: “Por que essas coisas aconteceram comigo? Por que estou aqui?” Foi uma experiência dolorosa. Ela e muitas outras prisioneiras pensavam que estavam na prisão porque Deus as estava castigando. Era muito difícil ter esperança.

Um dia, uma colega da prisão convidou Carmen para estudar a Bíblia. “Pessoas boas de uma igreja estão nos visitando”, disse a colega. “Elas estão oferecendo estudos bíblicos. Venha conosco!”

Carmen foi para o estudo bíblico e conheceu Julia e Santosa, duas mulheres adventistas do sétimo dia de um grupo de dez pessoas que visitavam a prisão regularmente. Foi sua primeira reunião com os adventistas.

Carmen gostou das mulheres adventistas. Ela se sentiu bem-vinda e aceita. Ela sentiu uma sensação de proteção. Enquanto elas liam a Bíblia juntas, ela começou a sentir a presença de Deus em sua vida. Ela gostava muito de ler: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam” (Sl 23:1-4, NAA).

Carmen sentiu que não estava sozinha. Ela começou a ter esperança. Depois que os estudos bíblicos começaram, sua vida foi melhorando. Ela recebeu um cobiçado trabalho na prisão e, antes que percebesse, foi libertada por bom comportamento. Ela havia cumprido apenas três dos seis anos de sentença.

“Agora estou livre”, diz Carmen. “Minha vida foi restaurada. Estou estudando em uma universidade e seguindo em frente com minha vida. Eu sempre colocarei minha confiança em Deus, porque Deus vem em primeiro lugar em minha vida.”

Carmen retorna regularmente à prisão para encorajar uma colega encarcerada. Ela lhe diz: “Você deve se apegar a Deus sempre, porque tudo é possível com Ele”.

Carmen agradece a Deus por ter sido enviada à prisão. Ela diz que Deus ouviu suas orações assustadas no voo de 12 horas para a Espanha. Embora Deus não tenha mantido Carmen fora da prisão, Ele respondeu ao apelo dela para cumprir Sua vontade na vida dela. Ele a levou a um relacionamento íntimo com Ele.

“Sinto muita vergonha de meus erros, mas quero que minha história sirva de lição para outros”, diz ela. “Quando você pedir a Deus que Sua vontade seja feita em sua vida, espere pacientemente que Ele responda, porque Ele responderá.”

Parte das ofertas do décimo terceiro sábado de três anos atrás foi para o Colégio Adventista de Sagunto, onde os estudantes também dão estudos bíblicos para prisioneiros. Obrigado por sua oferta missionária que ajuda a espalhar esperança.

Por Andrew McChesney

Dicas para a história

  • Saiba que Carmen é um pseudônimo usado para proteger sua privacidade enquanto ela constrói uma nova vida com Deus. A foto com a história mostra a mão de Carmen.
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  • Baixe as publicações e os principais fatos rápidos da missão da Divisão Intereuropeia: bit.ly/eud-2023.

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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 2º Trimestre de 2023

Tema Geral: As três mensagens do Apocalipse

Lição 4 – 15 a 22 de abril

Temam a Deus e deem glória a Ele

 

Autor: Moisés Mattos

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Rosemara Santos

Introdução

Muitas das coisas que mais nos tiram a paz e nos impõem medo jamais aconteceram. Essa é uma verdade incômoda: somos capazes de criar nossos próprios medos e perdemos um bem precioso: a paz.

Com o medo adquirimos a ansiedade. Ela é um mal insidioso que rouba a paz interior, debilita as energias físicas, perturba o sono e produz depressão e angústia. O processo funciona como uma cadeira de balanço. Você a agita, mas ela não sai do lugar. As preocupações não alteram as circunstâncias.

Pensando em tudo isso, temos um problema com um palavra repetida nas Escrituras. A expressão bíblica “temer a Deus” traz, não raras vezes, dúvidas à mente do leitor. Além disso, o conceito de que a preparação para o fim envolve temer a Deus e dar-Lhe glória. Então, o que significa temer a Deus? Seria algo semelhante aos nossos medos e ansiedades?

I – O que é temer a Deus?

Embora a palavra grega phobeo (temer) deu origem à nossa palavra fobia (medo), o sentido bíblico é amplo. Na verdade, na Bíblia, “temer” significa obedecer a Deus. O famoso texto de Eclesiastes 12:13 faz uma clara conexão entre temer e obedecer: “Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e guarde os Seus mandamentos, pois isso é o essencial para o homem” (NVI). Amar a Deus, temor e obediência, fazem parte de um todo inseparável.

“Durante todos os dias da sua vida vocês, os seus filhos, e os filhos dos seus filhos temam o Senhor, seu Deus, e guardem todos os Seus estatutos e mandamentos que eu lhes ordeno, e para que os seus dias sejam prolongados. […] Escute, Israel, o Senhor , nosso Deus, é o único Senhor . Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força” (Dt 6:2, 4, 5).

Temer a Deus também pode ser explicado como a atitude de alguém que tem submissão a Deus. Jesus é o exemplo disso, pois Ele Se submeteu à vontade divina, assumindo a forma humana (Fp 2:5-8). A atitude de Jesus se contrasta com a atitude de Satanás, que pretendeu usurpar o trono de Deus (Is 14:13, 14). Contemplando a atitude dos dois (Cristo e Satanás), podemos entender na prática o que é temer a Deus. Um foi submisso e obedeceu, ao passo que o outro fez sua própria vontade. E os resultados do mal estão aí para provar as consequências de não temer a Deus.

II – O que significa dar glória a Deus?

Dar glória a Deus não significa conceder-Lhe algo que Ele não tem, mas reconhecer a honra que Lhe é devida. Dar glória a Deus significa reconhecer (At 12:23) ou exaltar (Lc 2:14) aquilo que já é uma realidade.

Glorificar a Deus é um ato inteligente de adoração. “Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês” (Rm 12:1).

Nós somos o templo do Espirito Santo, e por essa razão devemos glorificar a Deus em tudo. “Portanto, se vocês comem, ou bebem ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31).

Glorificamos a Deus ao revelar Seu caráter de amor ao mundo por meio de nosso compromisso de fazer Sua vontade. Isso é ainda mais importante à luz do juízo final da Terra. Glorificamos a Deus não somente quando cantamos ou falamos “Glória a Deus”, mas quando obedecemos à Sua vontade.

O grupo dos verdadeiros adoradores é vencedor e guarda os mandamentos de Deus (Ap 14:12). No fim, como vencedores, herdarão todas as coisas (Ap 21:7).

Isso não é legalismo. Ao contrário, é a proclamação da vitória por meio de Jesus, cuja vida de perfeita justiça nos garante a vida eterna. É fé em ação, a graça milagrosa e transformadora que muda vidas.

Conclusão

Como temer a Deus e dar-Lhe glória evitando o legalismo?

Essa é uma pergunta que nos desafia a questionar nossa própria conversão, além de revisar nossa caminhada de santificação. Glorificar e temer a Deus envolve obedecer a Ele. Todavia, tudo isso deve ser feito com nossa vontade convertida e orientada pela graça de Deus (Ef 2:8-10).

Ellen White escreveu: “Só precisa compreender a verdadeira força da vontade. Este é o poder que governa a natureza do homem: o poder de decidir, escolher. Tudo depende da ação correta da vontade. O poder de escolha que Deus deu ao ser humano deve ser exercitado. Você não pode mudar o próprio coração, nem, por si mesmo, entregar suas afeições para Deus, mas pode escolher servir a Deus. Você pode dar- Lhe sua vontade. Ele então operará em você o querer e o fazer, segundo Sua graça. Desse modo, toda sua natureza estará sob o controle do Espírito de Cristo; suas afeições ficarão centralizadas Nele, e seus pensamentos estarão em harmonia com Ele” (Caminho a Cristo, p. 47).

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pr. Moisés Mattos é mestre em Teologia e pós-graduado em gestão empresarial. Serve à Igreja Adventista há mais de 30 anos em diferentes funções. Atualmente exerce sua atividade como pastor na Igreja Central de São Carlos, SP, e produz os comentários da Lição da Escola Sabatina para o canal Classe de Professores, no YouTube. Casado com a professora Luciana Ribeiro de Mattos, é pai de Thamires e Lucas.