Como adventistas do sétimo dia, somos cristãos protestantes que creem que a salvação ocorre somente pela fé no que Jesus Cristo realizou pela humanidade. Não precisamos de uma igreja nem de uma hierarquia da igreja para receber os benefícios do que Cristo fez por nós. O que obtemos de Cristo, obtemos diretamente Dele, como nosso substituto na cruz e nosso Sumo Sacerdote mediador no santuário celestial.
No entanto, a igreja é uma criação de Deus e Ele a colocou aqui para nós, não como um meio de salvação, mas como um instrumento para nos ajudar a expressar e manifestar essa salvação ao mundo. A igreja é uma organização criada por Jesus para a propagação do evangelho ao mundo. A organização é importante na medida em que solidifica e torna possível a missão da igreja. Sem a organização da igreja, a mensagem da salvação em Cristo não poderia ser comunicada aos outros de maneira tão eficaz. Os líderes da igreja também são importantes, desde que promovam a unidade e deem o exemplo de Jesus.
Nesta semana estudaremos por que a organização da igreja é crucial para a missão e como ela pode promover a unidade da igreja.
Como já vimos em uma lição anterior, a igreja é representada no Novo Testamento pela metáfora do corpo. A igreja é o corpo de Cristo. Essa metáfora faz alusão a vários aspectos da igreja e à relação entre Cristo e Seu povo. Como o corpo de Cristo, a igreja depende Dele para existir. Ele é o cabeça (Cl 1:18; Ef 1:22) e a fonte da vida da igreja. Sem Ele, não haveria igreja.
A igreja também deriva de Cristo sua identidade, pois Ele é a fonte, o fundamento e o originador de suas crenças e ensinos. No entanto, por mais cruciais que sejam as crenças e ensinos à identidade da igreja, ela é mais do que isso. Cristo e Sua Palavra revelada nas Escrituras determinam o que é a igreja. Portanto, ela obtém de Cristo sua identidade e significado.
1. Em Efésios 5:23-27, Paulo usou a relação entre Cristo e Sua igreja para ilustrar o relacionamento que deve haver entre marido e mulher. Quais são as principais ideias dessa relação entre Cristo e Sua igreja?
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Embora haja resistência ao conceito de submissão, por causa da maneira pela qual os líderes nos séculos passados abusaram dele, a igreja deve estar sujeita ao cabeça, Cristo, e à Sua autoridade. Nosso reconhecimento de Cristo como o cabeça da igreja faz com que nos lembremos de que nossa lealdade suprema deve pertencer ao próprio Senhor e a ninguém mais. A igreja deve ser organizada, mas essa organização deve sempre estar subordinada à autoridade de Jesus, o verdadeiro líder da igreja.
“A igreja é edificada tendo Cristo como seu fundamento; deve obedecer a Cristo como sua cabeça. Não tem que confiar em homem, nem ser por homem controlada. Muitos pretendem que uma posição de confiança na igreja lhes dá autoridade para ditar o que outros hão de crer e fazer. Essa pretensão não é sancionada por Deus. O Salvador declara: ‘Todos vós sois irmãos’. Todos estão expostos à tentação e sujeitos ao erro. Em nenhum ser finito podemos confiar quanto à direção. A Rocha da fé é a presença viva de Cristo na igreja. Nela pode confiar o mais débil, e os que mais fortes se julgam se demonstrarão os mais fracos, a não ser que façam de Cristo Sua eficiência” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 414).
Durante Seu ministério com os discípulos, Jesus repetidamente vivenciou momentos em que ficou aborrecido pela aparente cobiça que eles tinham por poder. Os apóstolos pareciam estar ansiosos para se tornar líderes poderosos do reino de Jesus (Mc 9:33, 34; Lc 9:46). Mesmo enquanto os discípulos tomavam a última ceia juntos, esses sentimentos de dominação e supremacia eram evidentes entre eles (Lc 22:24).
2. Durante uma dessas ocasiões, Jesus expressou claramente Suas ideias sobre liderança espiritual entre Seu povo. Quais princípios aprendemos com a exortação de Jesus em Mateus 20:25-28? Como podemos manifestá-los em nossa vida, especialmente em nossas igrejas? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Os que desejam ser grandes e poderosos devem servir aos outros.
B.( ) Quem deseja ser o maior deve se valer do autoritarismo.
“Nessa passagem concisa, Jesus nos apresentou dois modelos de autoridade. O primeiro é a ideia romana de autoridade. Nesse modelo, a elite se posiciona hierarquicamente acima dos outros. Ela tem o poder de tomar decisões e espera submissão das pessoas abaixo dela. Jesus rejeitou claramente esse modelo de autoridade quando afirmou: “Não é assim entre vós”. Em vez disso, Ele apresentou aos discípulos um modelo de autoridade incrivelmente novo, uma rejeição completa ou inversão do modelo hierárquico com o qual eles estavam familiarizados” (Darius Jankiewicz, “Serving Like Jesus: Authority in God’s Church”; Adventist Review, 13 de março de 2014, p. 18).
O conceito de autoridade que Jesus apresentou nessa história está fundamentado em duas palavras-chave: “servo” (diakonos) e “escravo” (doulos). Em algumas traduções, a primeira palavra, servo, muitas vezes é traduzida como “ministro”, e a segunda, como “servo”. Portanto, ambas as palavras perdem grande parte da força do significado dado por Jesus. Embora Cristo não desejasse abolir todas as estruturas de autoridade, Ele desejava enfatizar que os líderes da igreja devem, antes de tudo, ser servos e escravos do povo de Deus. Sua posição não deve servir para exercer autoridade sobre as pessoas, dominá-las e dar a si mesmos prestígio e reputação. “Cristo estava estabelecendo um reino sobre princípios diferentes. Chamava os homens, não à autoridade, mas ao serviço, e os fortes a sofrer as fraquezas dos fracos. Poder, posição, talento, educação colocavam seus possuidores sob maior dever de servir aos semelhantes” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 550).
3. Leia 2 Timóteo 2:15 e Tito 1:9. De acordo com os conselhos de Paulo a Timóteo e Tito, quais tarefas essenciais são da responsabilidade de um líder e ancião fiel?
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Observe a grande ênfase de Paulo em manter as doutrinas e os ensinamentos puros. Isso é essencial para a unidade, especialmente porque, mais do que qualquer outra coisa, nossos ensinos são o que une a nossa igreja. Como adventistas, tendo diferentes trajetórias na vida, culturas e origens, nossa unidade em Cristo se encontra na compreensão da verdade que Ele nos deu. Se nos tornarmos confusos quanto a esses ensinos, o resultado será o caos e a divisão, especialmente à medida que nos aproximamos do fim.
“Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por Sua manifestação e por Seu Reino, eu o exorto solenemente: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos” (2Tm 4:1-4, NVI).
Com essas palavras, Paulo concentrou seus pensamentos inspirados na segunda vinda de Cristo e no dia do juízo. O apóstolo usou toda a sua autoridade dada por Deus (veja 1Tm 1:1) para dar a Timóteo esse importante conselho. No contexto dos últimos dias, com os abundantes ensinamentos falsos e o aumento da imoralidade, Timóteo devia pregar a Palavra de Deus. Esse era o ministério para o qual ele havia sido chamado.
Como parte de seu ministério de ensino, Timóteo devia repreender, corrigir e exortar. Esses verbos lembram a orientação dada pelas Escrituras (2Tm 3:16). Evidentemente a obra de Timóteo era seguir, ensinar e implementar o que ele tinha encontrado nas Escrituras com longanimidade e paciência. Repreensões duras e severas raramente levam um pecador a Cristo. Ao seguir o que Paulo havia escrito, e fazendo isso sob a orientação do Espírito Santo e com uma atitude de um líder que servia, Timóteo foi uma poderosa força unificadora na igreja.
Um dos principais problemas da organização da igreja é lidar com a disciplina. A maneira pela qual a disciplina preserva a unidade às vezes é uma questão delicada e pode ser mal interpretada. Contudo, da perspectiva bíblica, a disciplina está centrada em duas áreas importantes: preservar a pureza da doutrina e preservar a pureza da vida e da prática.
Como vimos, o Novo Testamento confirma a importância de preservar a pureza do ensino bíblico diante da apostasia e do falso ensino, especialmente no fim dos tempos. O mesmo vale para a preservação da respeitabilidade da comunidade, protegendo-a contra a imoralidade, a desonestidade e a depravação. Por isso, Paulo disse que a Bíblia é “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3:16).
4. De acordo com Mateus 16:19 e 18:15-20, quais princípios Jesus deu à igreja em relação à disciplina e exortação dos culpados?
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A Bíblia apoia o conceito de disciplina e de nossa responsabilidade de uns para com os outros em nossa vida espiritual e moral. De fato, uma das marcas distintivas da igreja é sua santidade ou separação do mundo. Certamente encontramos na Bíblia muitos exemplos de situações difíceis que exigiram que a igreja atuasse de maneira decisiva contra comportamentos imorais. Os padrões morais devem ser mantidos na igreja.
5. Leia Mateus 7:1-5 e Gálatas 6:1, 2. Quais princípios devemos adotar ao tratar de questões difíceis na igreja? Assinale “V”para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Não devemos julgar as pessoas. Devemos corrigi-las com espírito de brandura, levando as cargas uns dos outros.
B.( ) Devemos expor o pecado do que está em erro.
Não podemos negar o ensino bíblico sobre a necessidade de disciplina na igreja. Não podemos ser fiéis à Palavra sem ela. Mas observe o caráter redentivo em muitas dessas exortações. Na medida do possível, a disciplina deve trazer salvação. Também precisamos lembrar que somos todos pecadores e que todos necessitamos da graça de Deus. Portanto, quando administramos a disciplina, devemos fazê-lo com humildade e com profunda consciência de nossas falhas.
Como vimos ao longo deste trimestre, e vale a pena repetir, fomos organizados e unificados como igreja para a missão e a evangelização. Não somos apenas um clube que reúne pessoas de mentalidade semelhante com o objetivo de reafirmar suas crenças, embora isso também seja importante. Fomos reunidos para compartilhar com o mundo a verdade que passamos a amar.
6. Em Mateus 28:18-20, Jesus deu aos Seus discípulos as instruções finais para a missão deles no mundo. Identifique as palavras-chave da ordem de Jesus. O que essas palavras sugerem para a igreja hoje?
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A grande comissão de Jesus a Seus discípulos inclui quatro conceitos principais: ir, fazer discípulos, batizar e ensinar. De acordo com a gramática grega, o conceito principal está na expressão “fazer discípulos”, e os outros três verbos indicam como isso pode ser feito. Fazem-se discípulos quando os cristãos vão a todas as nações para pregar o evangelho, batizam pessoas e lhes ensinam a observar o que Jesus disse.
À medida que a igreja responde a essa comissão, o reino de Deus é ampliado e cada vez mais pessoas de todas as nações se juntam às fileiras dos que aceitam Cristo como Salvador. Sua obediência aos mandamentos de Jesus para serem batizados e observarem Seus ensinos cria uma nova família universal. Os novos discípulos também recebem a certeza da presença de Jesus todos os dias ao fazerem mais discípulos. A presença de Cristo é uma promessa da presença de Deus. O Evangelho de Mateus começa com o anúncio de que o nascimento de Jesus significa a presença de “Deus conosco” (Mt 1:23) e termina com a promessa de Sua contínua presença conosco até Sua segunda vinda.
“Cristo não disse a Seus discípulos que sua obra seria fácil [...]. Assegurou-lhes que estaria com eles e, se fossem avante com fé, seriam protegidos pelo Onipotente. Ordenou-lhes que fossem valorosos e fortes, pois Alguém mais poderoso que os anjos – o General das hostes celestiais – estaria em suas fileiras. Ele tomou completas providências para a continuação de Sua obra, e assumiu a responsabilidade de seu êxito. Enquanto obedecessem Sua Palavra e trabalhassem em harmonia com Ele, não fracassariam” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 29).
Leia, de Ellen G. White, “A Responsabilidade Individual e a Unidade Cristã”, p. 485-505, em Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos; “Unidade na Diversidade”, p. 483-485, e “Disciplina da Igreja”, p. 498-503, em Obreiros Evangélicos. Leia os artigos “Church”, p. 707-710, e “Church Organization”, p. 712-714, em Ellen G. White Encyclopedia.
“Princípios de boa liderança se aplicam em todas as formas de sociedade, inclusive a igreja. No entanto, o líder na igreja deve ser mais que um líder. Ele também deve ser um servo.
“Existe uma aparente contradição entre ser um líder e ser um servo. Como é possível liderar e servir ao mesmo tempo? O líder não ocupa uma posição de honra? Ele não manda e espera que os outros lhe obedeçam? Como, então, ele ocupa a posição mais baixa de um servo, de receber ordens e cumpri-las?
“Para resolver o paradoxo, devemos olhar para Jesus. Ele representou de maneira suprema o princípio da liderança servidora. Toda a Sua vida foi de serviço. E, ao mesmo tempo, Ele foi o maior líder que o mundo já conheceu” (G. Arthur Keough, Our Church Today: What It Is and Can Be; Washington, D.C. e Nashville: Review and Herald, 1980, p. 106).
Perguntas para discussão
1. Reflita sobre o líder que serve. Conhece líderes assim no mundo?
2. Leia Mateus 20:25-28. Como Deus entende o significado da palavra grande (Mt 20:26)? Como o mundo a compreende?
3. Se uma das funções dos líderes é preservar a unidade, o que fazer quando os líderes da igreja vacilam, quando sua humanidade os impede de ser um exemplo perfeito?
4. Por que é importante administrar a disciplina com um espírito de graça e amor em relação aos que erram? Por que Mateus 7:12 deve estar em nossa mente nesse processo?
Resumo: A boa organização da igreja é essencial para sua missão e para a unidade dos cristãos. Cristo é o cabeça da igreja, e os líderes devem seguir Seu exemplo ao conduzi-la. A unidade é preservada pelo ensino fiel da Palavra e pela fidelidade a ela.
Respostas e atividades da semana: 1. Cristo ama a igreja, é o líder dela e Salvador do corpo; a igreja é submissa a Cristo e purificada por Sua palavra para ser apresentada a Ele santa e sem defeito. A submissão é fruto do amor. 2. A. 3. Comente com a classe. 4. Jesus deu autoridade à igreja para aplicar a disciplina; a disciplina deve ter o objetivo de redenção, começando entre as duas partes envolvidas e, se necessário, envolvendo testemunhas e a igreja. Embora a disciplina seja necessária, ela deve ser aplicada com amor e misericórdia. 5. V; F. 6. Ir, fazer discípulos, batizar e ensinar. Incentive a dedicar a vida ao cumprimento da missão de acordo com seus dons espirituais.
TEXTO-CHAVE: Mateus 20:26
O ALUNO DEVERÁ
Conhecer: As características da estrutura organizacional e hierárquica da igreja que ajudam a estimular a unidade.
Sentir: Alimentar atitudes de humildade, amor e submissão voluntária em vez de buscar apenas os próprios interesses.
Fazer: Apoiar tentativas de estimular a unidade na igreja.
ESBOÇO
I. Conhecer: Autoridade e unidade
A. Reconhecer a Cristo como o cabeça da igreja afeta as decisões e a autoridade da liderança humana?
B. Por que Jesus insistia tanto em que os líderes espirituais não fossem nada parecidos com os do mundo romano que os cercava?
C. Como a prática da igreja de disciplinar demonstra amor ao mesmo tempo em que preserva a pureza doutrinária e a unidade?
II. Sentir: Humildade versus orgulho
A. Que qualidades e atitudes da liderança promovem a unidade?
B. Como essas atitudes afetam a motivação e a prática da disciplina na igreja?
C. Como podemos encorajar as atitudes de humildade e submissão para com outros em lugar do orgulho e egoísmo?
III. Fazer: Encorajar a unidade
A. Que passos você precisa dar para auxiliar a liderança a manter a unidade da igreja?
B. Como você pode usar seus dons espirituais para a edificação da igreja e para promover a unidade?
RESUMO: Os crentes reconhecem Cristo como o cabeça da igreja. Contudo, uma medida de organização humana é essencial para a missão e a unidade. Os líderes encorajam a unidade servindo com humildade, defendendo a verdade, aplicando disciplina redentiva e organizando a igreja para a missão.
CICLO DO APRENDIZADO
Motivação
Focalizando as Escrituras: Mateus 20:25-28
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A estrutura organizacional da igreja auxilia a missão e a unidade quando se honra a direção de Cristo e quando os líderes demonstram amor, humildade e fidelidade.
Para o professor: O conceito de líderes exercendo poder sobre outras pessoas não está de acordo com o modelo de autoridade que Jesus demonstrou a Seus discípulos. Um líder cristão deve ser um servo humilde. Ao dar início à lição, enfatize o valor da liderança servidora e da humildade.
Discussão inicial: Mahatma Gandhi lutou pela independência da Índia da Grã-Bretanha nos primeiros anos do século 20. Como hindu devoto, valorizava e buscava a igualdade para todas as etnias e classes de pessoas. Vestia-se com uma simples tanga e tinha uma vida de voluntária pobreza, servindo os mais pobres e identificando-se com eles. Ofereceu-se para tratar aqueles que outros evitavam, como leprosos e portadores da peste pneumônica. Dedicado à resistência passiva, ele demonstrava humildade nas interações com os demais. Gandhi foi atraído à vida de Jesus, mas rejeitou o cristianismo, pois os cristãos não viviam como o Cristo da Bíblia.
Os cristãos foram chamados a servir. Embora Gandhi não fosse um cristão, ele praticava a liderança servidora ao servir os outros e colocar as necessidades deles antes das suas próprias.
Perguntas para discussão
O que tornou a liderança de Gandhi tão poderosa? Por que ele praticava a liderança servidora? Como a liderança servidora chama a atenção para a causa que o indivíduo representa?
Compreensão
Para o professor: Cada aspecto da estrutura hierárquica da igreja oferece uma oportunidade para se demonstrar amor, humildade e fidelidade que encorajem a unidade da igreja. Enfatize a importância da liderança de Cristo e da Sua disposição para servir ao examinar o papel dos líderes na igreja.
COMENTÁRIO BÍBLICO
I. Estruturas hierárquicas
(Recapitule com a classe Ef 5:23-27; Mt 20:25-28.)
A igreja é criação e propriedade de Deus, e tem Cristo como cabeça. Atua como representante de Deus na Terra com uma missão específica de demonstrar o caráter divino. A oração de Jesus em João 17 indica que a unidade entre os crentes contribui para o êxito da missão da igreja (Jo 17:20-23). A direção de Cristo é crucial tanto para a unidade quanto para a missão da igreja. Como cabeça do corpo (Cl 1:18), Jesus lhe confere identidade e é sua Fonte de vida. Portanto, dependemos Dele para existir e prosseguir como igreja. A metáfora da igreja como um corpo também nos recorda de que a cabeça dirige e governa a igreja. Sem ela, as outras partes do corpo não funcionam em conjunto, pois é ela que une e coordena a ação do corpo para cumprir sua missão.
Contudo, Cristo delegou parte de Sua autoridade à igreja, que funciona de forma mais eficaz quando há líderes humanos. Ellen G. White argumentou que a “ordem evangélica” dentro da igreja era “indispensável para levar a igreja à unidade da fé” (Primeiros Escritos, p. 100). Inicialmente, ela manifestou suas opiniões num momento crítico da história adventista, quando havia pouca organização dentro do movimento. A igreja existia em grupos congregacionais bem desconectados que careciam até da mais básica estrutura hierárquica. Isso criou um problema para a unidade e missão da igreja. A vulnerabilidade aos falsos ensinos era uma preocupação particular devido a mestres que tinham intenções peculiares e pessoais. Portanto, fazia-se necessário um chamado à ordem evangélica a fim de proteger a unidade.
No entanto, deve-se ter cuidado para entender o papel que os líderes desempenham na igreja. Eles são chamados a pôr em prática uma forma de autoridade que adota o serviço aos outros em lugar da dominação. Embora nem sempre esteja evidente nas traduções da Bíblia, Paulo e outros escritores do Novo Testamento evitaram descrever o papel dos líderes da igreja nos termos gregos comumente usados para delinear a função daqueles que tinham papéis de liderança no contexto secular. Além disso, os discípulos foram advertidos de forma específica a não liderar como os gentios (Mt 20:25-28).
O modelo de liderança servidora contribui para a harmonia e a unidade da igreja precisamente porque é humilde, altruísta e dá poder a outros. Líderes servidores dão o tom ouvindo e servindo em vez de exigirem que se faça tudo a seu modo. Seu foco está na missão da igreja e não em sua glória própria (ver 1Pe 5:2, 3). Líderes cristãos também contribuem para a unidade da igreja ao permanecerem em comunhão com Cristo, mantendo a verdade que nos une e valorizando relacionamentos saudáveis.
O texto de 2 Timóteo 2:15 também sugere que líderes precisam ser genuínos e corretos tanto no ensino da Palavra quanto na conduta. Devem manter-se firmes e fiéis à verdade, mas, ao mesmo tempo, precisam agir de acordo com o evangelho que pregam. O verdadeiro serviço se manifesta a partir de um relacionamento autêntico com Deus, firmado na verdade do evangelho.
Pense nisto: De que forma a autoridade de Cristo é visível na Igreja Adventista do Sétimo Dia? O que a liderança de Cristo sugere sobre o papel dos líderes humanos? Como a liderança servidora promove a missão da igreja?
II. Disciplina e unidade
(Recapitule com a classe Gl 6:1, 2; Mt 18:15-20.)
Mesmo com a melhor liderança servidora, ainda há momentos em que a disciplina se faz necessária para o bem do indivíduo e da igreja. Embora a disciplina na igreja pareça ter se tornado menos popular no século 21, ela desempenha um papel importante na manutenção da unidade.
Em seu livro Church Discipline: How the Church Protects the Name of Jesus [Disciplina na Igreja: Como a Igreja Protege o Nome de Jesus (Wheaton, Ill.: Crossway, 2012), Jonathan Leeman identifica quatro formas nas quais a disciplina é uma atitude de amor que protege a unidade da igreja enquanto ela avança em sua missão. Primeira: a disciplina na igreja demonstra amor pelo indivíduo ao ajudá-lo a reconhecer o erro e sua necessidade de arrependimento. A disciplina é redentiva por natureza e não meramente punitiva. Segunda: a disciplina demonstra amor pela igreja, pois tem como objetivo proteger do prejuízo e da tentação os novos ou fracos na fé. Terceira: a disciplina na igreja demonstra amor pelo mundo além de seus muros, ao permitir que a igreja proteja uma testemunha que demonstre de forma mais fidedigna o poder transformador do evangelho. Finalmente, a disciplina na igreja mostra amor por Cristo por meio da obediência e da salvaguarda de Sua reputação.
Pense nisto: Quando a disciplina é necessária? Por que algumas igrejas são reticentes em aplicá-la? Você concorda com a sugestão de Jonathan Leeman de que a disciplina é uma resposta de amor que protege o nome de Jesus? Por quê? De que forma a disciplina na igreja influencia a missão?
Aplicação
Para o professor: As perguntas para reflexão permitem que os professores enfatizem uma das duas áreas: (1) liderança servidora ou (2) a relação entre disciplina na igreja e amor.
Perguntas para reflexão
1. Os conceitos de autoridade e serviço são compatíveis?
2. O que motiva a liderança servidora?
3. Como conciliar as instruções de Jesus sobre não julgar outros com a necessidade de disciplina na igreja?
4. Qual é a sua opinião sobre a prática da disciplina na igreja? O que você tem observado condiz com as atitudes de amor esboçadas acima? Como podemos nos certificar de que a disciplina está sendo usada de forma redentiva?
5. Que diferenças deve haver na forma de lidar com pecados públicos e privados?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: É fácil limitar nossa reflexão a respeito da liderança servidora àqueles que possuem cargos, mas todos os membros são chamados a usar seus dons espirituais para servir à igreja. Fale sobre a função dos dons espirituais na edificação da igreja. Ajude a classe a compreender a necessidade de que todos os membros sirvam de maneira voluntária.
Atividades
Ouça uma seleção de músicas sobre servir aos outros e reflita sobre as letras. Em seguida, considere como você pode servir sua igreja e sua comunidade de forma prática. Há muitas músicas cristãs que falam do tema serviço, principalmente relacionado ao mundo além da igreja. Você pode analisar, por exemplo, hinos como “Se Cristo For Comigo”, “Hoje Ajuda a Alguém”, “Que Faria Cristo?” e “Mãos” (Hinário Adventista, 303, 315, 296, 324), e o cântico “Faz-me um Servo”.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
Oração por uma irmã desaparecida
Ann nunca pensou em se tornar cristã. Vivendo com a mãe, ela meditava regularmente no templo em um vilarejo perto da fronteira com Laos. Ela participava das atividades do templo e, algumas vezes, até dormia ali.
Então, decidiu estudar na Faculdade Missionária (atualmente Universidade Internacional do Pacífico-Asiático), instituição adventista localizada a 15 horas de viagem de sua casa. Ela soube por um aluno que um programa de trabalho da faculdade cobria os custos da mensalidade. “Não temos dinheiro e eu preciso estudar”, disse Ann à mãe. “Quero ir para este lugar.”
Na Faculdade Missionária, Ann se dedicou inteiramente aos estudos e ao trabalho. Frequentou a Escola Sabatina para aprimorar seu inglês – e ouviu pela primeira vez sobre o poder da oração. “Deus pode operar milagres na vida de todos”, disse o professor. “Somente precisamos confiar Nele. Se confiamos, obedecemos e oramos, Ele nos abençoará; se orarmos de todo o coração, Deus responderá.” Ann não acreditou.
Primeira oração
Durante as férias de verão, Ann se perdeu no shopping center perto do vilarejo. Ela deveria se encontrar com a mãe às 16h30 para ir ao ponto de ônibus em direção à Faculdade Missionária, mas, por algum motivo, não conseguiu encontrar o ponto de ônibus. Ann procurou freneticamente pela mãe até as 17 horas e, muito preocupada, lembrou-se das palavras do professor da Escola Sabatina sobre a oração. Ela tentou orar.
“Senhor, se queres que eu volte e desejas que eu Te conheça mais, envia minha mãe”, ela pediu.
Quando abriu os olhos, a mãe estava bem à sua frente. Além disso, não perdeu o ônibus. Quando chegou à estação rodoviária, soube que a partida havia sido adiada devido a problemas mecânicos.
“Fiquei espantada”, disse Ann. “Essa foi a primeira vez que experimentei o poder de Deus!” Nem assim, Ann quis converter-se ao cristianismo.
Segunda oração
A mãe de Ann se mudou para Bangkok, a fim de ficar mais perto da filha, e levou a irmã mais nova de Ann. Certo dia, a mãe lhe telefonou em prantos.
“Sua irmã desapareceu”, ela disse. “Não sei o que fazer!” Ann recebeu permissão para faltar as aulas e o professou orou antes de levá-la ao terminal de ônibus. “Continue orando e confiando em Deus. Ele encontrará a solução para esse problema”, ele disse.
Ann orou ininterruptamente até chegar em Bangkok. Ao chegar, descobriu que a irmã havia desaparecido depois de uma discussão com a mãe. “Você pode procurá-la?”, a mãe perguntou. “Procurei em todos os lugares durante o dia!” Durante três dias, Ann também procurou pela irmã. No fim do terceiro dia, já sem esperança, não queria chegar em casa muito cedo e entristecer a mãe. Enquanto voltava, parou para olhar algumas roupas em um bazar ao ar livre, quando uma mulher tocou em seu ombro.
“Vou para casa”, disse Ann a si mesma.
“Você não mais precisa procurar a pessoa a quem está procurando”, a estranha disse. Ann olhou para ela. “Não estou procurando ninguém”, respondeu. “Estou indo para casa.” A mulher ficou em silêncio por um momento. “Em dois ou três dias, ela voltará para casa”, disse. “Não precisa procurá-la”. “Não estou procurando ninguém”, Ann insistiu. A mulher sorriu e se sentou na calçada.
Dois dias depois, Ann voltou de sua busca e encontrou a irmã em casa. Ann correu para o bazar ao ar livre, tentando achar a estranha, mas não a encontrou. Ann voltou ao mercado no dia seguinte; novamente não conseguiu encontrar a mulher.
As respostas à oração sensibilizaram o coração de Ann que, posteriormente, foi batizada e se tornou professora missionária. Atualmente, ela é diretora da Escola Adventista Missionária Internacional, uma escola de Ensino Fundamental com 150 estudantes na cidade tailandesa de Korat.
Parte da oferta deste trimestre ajudará essa escola a construir um novo campus, permitindo instituir o Ensino Médio, abrindo oportunidades para mais estudantes. Muito obrigado por sua oferta missionária.
Dicas
- O nome completo de Ann é Saengsurin Phongchan
- Korat é o apelido dado para a cidade de Nakhon Ratchasima.
- Assista ao testemunho de Ann no link: bit.ly/Ann-miracles
- Encontre fotos desta história no link: bit.ly/fb-mq
Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2018
Tema Geral: Unidade em Cristo
“Organização e unidade da igreja”
Lição 12: 15-22 de dezembro
Autor: Fernando Beier
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega
Sábado
Na Bíblia, a palavra igreja é uma tradução direta do grego ekklesia, que significa “chamado para fora”. Trata-se de uma expressão que era frequentemente usada para qualquer reunião em que pessoas se agrupassem para um encontro.
Já a Septuaginta (versão grega do hebraico do Antigo Testamento) fez uso do termo ekklesia para traduzir a palavra hebraica qahal, que significa “reunião” ou “congregação”.
As Escrituras retratam a igreja como uma instituição de origem divina, e a chama de “igreja de Deus”. Jesus colocou sobre a igreja uma autoridade cuja origem está no Criador, tornando-a um instrumento de salvação para um mundo pecador, bem como um lugar em que é oferecida nutrição espiritual.
A igreja não pode cumprir tamanho ideal sem uma organização mínima. Ou seja, quando os cristãos estão reunidos e organizados, a igreja obtém mais força e dinamismo.
Domingo, 16 de dezembro
O apóstolo Paulo fez uso de uma metáfora bastante interessante para situar o cristão dentro da igreja. Ele disse que somos o corpo de Cristo. Todos estão conectados, tendo a mesma importância para o bem-estar do grupo.
Entretanto, a cabeça desse corpo não envolve o poder humano – a cabeça é Cristo. Deveríamos lembrar disso quando somos tentados a criticar a maneira pela qual a igreja é dirigida. Os homens podem cometer erros, mas Deus ainda está na direção. Os homens podem atrapalhar o andamento das coisas, mas Deus ainda está no comando.
A menos que acreditemos nessa verdade, nossa expectativa acerca do que deveria ser será contaminada pelo nosso próprio julgamento limitado. Quem disse que eu sei exatamente como a igreja deve ser?
Há ainda outro erro que vai no caminho oposto e que também deve ser evitado: achar que podemos colocar nossa fé na liderança dos homens. A Bíblia diz que o braço humano falha. O único infalível é Jesus Cristo. Por isso, devemos nos unir em torno do Mestre, obedecendo os Seus reclamos e exaltando Sua Palavra.
Segunda-feira, 17 de dezembro
Ao longo de muitos anos como líder espiritual, algo ficou muito claro em minha experiência com a igreja – a única maneira pela qual um cristão pode se sentir completo dentro do corpo de Cristo é seguindo o exemplo de Jesus: servindo aos outros. Qualquer outra atitude levará ao egoísmo ou ao desânimo.
Jesus deixou muito claro o que espera de nós: “Vós todos sois irmãos”; “o maior dentre vós será vosso servo” (Mt 23:8, 11). Ou seja, os membros de uma igreja devem se relacionar uns com os outros com base na igualdade, ministrando em favor das necessidades dos perdidos, conduzindo-os ao Salvador.
Fico impressionado toda vez que me lembro de que Deus nivela todos nós não pelas virtudes que as pessoas possam ter, mas pelo desamparo e necessidade que têm de Sua graça. Somos pecadores que precisam da misericórdia de Deus; e uma vez recebido o bálsamo do evangelho, somo convidados pelo grande Médico a servir outros, não importa quem seja.
A pergunta mais importante é: estamos cumprindo esse ideal de Deus?
Terça-feira, 18 de dezembro
Quando alguém diz que as formalidades e a desunião da igreja afetam sua espiritualidade, há duas escolhas possíveis: abandonar a igreja ou procurar fazer a diferença dentro dela. Se a casa está em desordem, quem mais pode resolver o problema, senão aquele que vive nela? Isso significa que, apesar de alguém culpar a igreja por seu desânimo, a mesma igreja pode oferecer a solução. Mas entenda: quando digo igreja, estou falado primeiramente de mim mesmo, como membro do corpo de Cristo. Se eu tomar a decisão de mudar, a igreja pode começar a mudar.
Conheci uma senhora que me contou a seguinte experiência: certo dia, depois de estar afastada da igreja, ela passou de carro em frente ao templo e viu as pessoas saindo do culto. Ela se lembrou dos defeitos da igreja, mas isso parecia não afetar aquelas pessoas, pois todas estavam sorridentes. A imagem do sorriso delas na porta da igreja a incomodou a ponto de perder o sono. “Meu Deus, o que estou fazendo aqui?”, ela ponderou. “A igreja é o lugar em que devo estar!” Ela, de fato, voltou à igreja e nunca mais saiu dela. Sua conclusão foi: “Aprendi que os defeitos da igreja são exatamente os meus defeitos. Deus ama Sua igreja, e isso significa que estou incluída nesse amor. Devo levar essa mensagem adiante. A igreja precisa de mim tanto quanto eu dela”.
Quarta-feira, 19 de dezembro
Lidar com os erros públicos dos membros da igreja sempre envolve muita preocupação, bem como um certo desgaste. Nem todos são tão rápidos em reconhecer suas faltas, e o orgulho pode resultar em abandono da comunhão.
Contudo, a disciplina eclesiástica é algo necessário, e tem fundamento bíblico. Deus espera que a igreja implemente os princípios disciplinares sempre que for necessário. Dessa forma, será mantido o espetacular chamado que ela recebeu para ser um “sacerdócio santo” (Mt 18:15-18).
A disciplina na igreja não visa a exclusão de pessoas, mas arrependimento e restauração. Rejeitar essa disciplina significa apartar-se da sabedoria e autoridade que Jesus concedeu ao Seu corpo. O desligamento de um membro do livro oficial da igreja visa remover o mal, bem como apresentar o remédio oferecido pela graça de Deus, através do reconhecimento do erro cometido. Tudo isso, no fim, é feito para manter a unidade da igreja de Deus.
Quinta-feira, 20 de dezembro
A igreja foi estabelecida por Deus para ser uma bênção na vida daquele que crê em Seu poder. Necessitamos de Jesus Cristo, mas também precisamos uns dos outros. Quando um intérprete da Lei abordou Jesus perguntando qual era o grande mandamento, o Mestre disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento [...] Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:37, 38). Em que outro lugar encontraremos força e motivação para cumprir o propósito de Deus, se não na igreja, a coluna e baluarte da verdade? (1Tm 3:15).
Se existe uma diferença clara entre a igreja e o restante do mundo, ela se encontra no ideal dos seus membros de viver mais para Deus e menos para si mesmos. Tal ideia pode ser representada pela coragem de cada um para carregar “a sua cruz” (Mt 10:38), como ensinou o próprio Jesus. Para alguns, esse ideal parece absurdo demais. Contudo, nenhum cristão deveria se esquecer de que Cristo em nenhum momento pediu alguma coisa sem apresentar a contrapartida de Seu auxílio e poder. Primeiro, Ele roga que entremos em um relacionamento com Ele, e depois nos ajuda em nossa peregrinação. A jornada de cada cristão envolve inevitavelmente a vida em comunidade.
A unidade da igreja depende da nossa alegria em Cristo, e de nosso desejo de servir. Dessa união virá o poder para levar ao mundo a mensagem da salvação.
Sexta-feira, 21 de dezembro
Não há como negar: somente quando houver séria e competente organização na igreja, junto com a união de seus membros, ela cumprirá todos os imperativos da Palavra de Deus. Podemos fazer nossa parte, lembrando sempre dos seguintes pontos:
• Cada crente deve buscar diariamente uma comunhão mais substancial com Jesus Cristo.
• Nosso objetivo principal dentro da igreja deve ser o serviço. Não estamos ali para ser expectadores, mas protagonistas no amor ao próximo.
• Apesar dos erros que todos cometemos, Deus não nos abandona. Dentro da família de Deus, os pecados devem ser tratados com o método de Cristo: graça e justiça.
Deus nos chamou para a salvação e em seguida arregimentou Sua igreja para o serviço. Nossa parte nisso tudo é avançar, com organização e unidade. Assim fazendo, a vitória estará garantida pelo poder que vem de Cristo.
Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Fernando Beier é Mestre em Teologia, escritor e conferencista. Autor dos livros Crise Espiritual e Experimente um Recomeço, ambos da CPB. É pastor na Associação Paulista Sudoeste.