Quarta-feira
18 de julho
A bicicleta retorcida
O Anjo do Senhor cerca com sua proteção os que O temem e os livra. Salmo 34:7, BV

Há muitos anos, meu esposo, Cyril, e eu morávamos em uma vila rural. Ele precisava percorrer onze quilômetros de bicicleta até a escola cada dia e, naturalmente, onze quilômetros outra vez, de volta, após lecionar o dia inteiro.

Um dia – perto do fim do semestre letivo, quando tanto os professores quanto os alunos estavam cansados – eu esperava que Cyril voltasse para casa a tempo para o chá. Eu olhava pela porta da frente quando vi algo um tanto incomum: um chapéu alto, pontudo, que se movia devagar do outro lado da nossa alta cerca. Pude identificar que o chapéu pertencia a um policial, porque o distintivo policial estava colado na frente do capacete. Um policial estava atrás da nossa cerca da frente.

Um momento depois, um segundo policial passou pela entrada até o jardim e caminhou em minha direção, andando pela calçadinha do jardim.

Ele me cumprimentou cortesmente e disse: “Seu esposo sofreu um acidente. No momento, está no Hospital Peace Memorial em Watford (a dez quilômetros de distância). Infelizmente, colidiu com um grande caminhão-tanque de combustível.” Enquanto eu visualizava meu esposo colidindo com um caminhão transportando petróleo em seu enorme tanque circular, perguntei ansiosamente por seu estado de saúde. Como resposta ao meu choque e às perguntas, o policial continuou: “Seu esposo não apresenta fraturas.”

Àquela altura da conversa, um policial muito alto surgiu por detrás da cerca – aquele cujo chapéu eu havia visto se movendo por trás e acima dela. Ele estava carregando os restos retorcidos da bicicleta do meu esposo. Na verdade, ela estava partida em duas metades.

Dei uma olhada naquele emaranhado e me perguntei como meu esposo, andando naquela bicicleta, pôde ter sobrevivido ao impacto do acidente. Então percebi que o policial alto estivera escondendo os destroços da bicicleta para que eu não desmaiasse com o choque, antes de saber o restante da história. Embora Cyril não estivesse com ossos fraturados, ele apresentava um grande calombo na cabeça. Depois de passar quinze horas dormindo, ele despertou e pôde erguer-se, amparado. Poucos dias depois, voltou para casa. Como nos sentimos gratos, todos, pela proteção de Deus!

Você não se sente feliz por Seus anjos se acamparem ao seu redor hoje?

Mônica Vesey