Se a vida se resumisse à sobrevivência, como explicaríamos a beleza das cores, dos sons e das fragrâncias? Somos seres estéticos, entretanto, não é isso que prova a existência da beleza. De fato, ela existe porque Deus é Seu autor. Os traços da beleza divina podem ser contemplados na criação. Ao formar a Terra, o Senhor poderia ter criado apenas o que é funcional, mas Ele foi cuidadoso ao espalhar a beleza em tudo aquilo que criou.

A pureza de um sorriso infantil, a poesia de um entardecer, o jogo de cores de uma paisagem natural, o charme dos animais selvagens e toda a beleza que desfila à nossa vista deveriam nos atrair e elevar a mente ao Deus que é a fonte de toda beleza. Do caos inicial em que se encontrava a Terra, o Senhor criou todas as coisas belas que ainda encontramos em nosso planeta. Além do mais, Ele estampou a beleza de Seu caráter em Sua obra-prima: o ser humano.

Obviamente, depois de milênios de degradação provocada pelo pecado, coisas horríveis também podem ser encontradas. Ao mesmo tempo, é essencial que admiremos e nos demoremos naquilo que é belo, porque “todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a Sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito” (2Co 3:18).

Nosso comportamento é influenciado pelo que contemplamos. Portanto, se almejamos um coração parecido com o de Cristo, contemplaremos “tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama” (Fp 4:8). Que você contemple o que há de mais belo – o caráter de Cristo – e reflita a beleza de que o mundo mais precisa: a beleza de um coração bom e de olhos puros e cheios de compaixão. Essa é a beleza que só provém de pessoas resgatadas e transformadas por Jesus Cristo.