Quinta-feira
20 de janeiro
A força da multidão
Ouvindo isto, ficaram furiosos e começaram a gritar: — Grande é a Diana dos efésios! Atos 19:28, NAA

É grande a força de um grupo. A história tem mostrado que, quando indivíduos motivados se unem com um objetivo, nada os detém. Manifestações populares resultaram na Revolução Francesa e na queda da monarquia absolutista. Um “motim” causou a queda do muro de Berlim, pôs fim à guerra fria e desestabilizou a União Soviética. No mundo inteiro, movimentos revolucionários levaram vários países colonizados à independência.

Quando as pessoas se reúnem, mudanças acontecem. No entanto, o clamor da maioria nem sempre representa o que é certo. Um exemplo disso foi a aglomeração dos contemporâneos de Jesus perante o pórtico de Pôncio Pilatos, governador da Judeia. A turba gritava eufórica: “Crucifica-O! Crucifica-O!” Pensando tratar-se de um criminoso, os amotinados levaram à morte o Filho de Deus. Por isso Jesus, antes de morrer, exclamou: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lc 23:34).

A multidão se levantou, na cidade de Éfeso, para defender o culto à deusa grega Diana. O povo, instigado por Demétrio e outros fabricantes de estatuetas e miniaturas do templo, se opôs à mensagem dos apóstolos de Cristo. A razão? Os novos conversos, se fossem muitos, poderiam pôr em “risco” o ofício dos artesãos. Lá, o comércio de ídolos era a principal fonte de renda. Naquela cidade tão devota, o que falava mais alto não era a fé, mas o lucro.

A verdade é que a multidão grita e se exalta, porém nem sempre pensa no que faz. Poucos, numa multidão agitada, saberiam explicar o porquê de seus atos. Há pessoas que relatam ter passado mais de 72 horas sem comer nem dormir, imersas no frenesi de um show de música ou desfilando atrás de um trio elétrico. Curtem o momento, levantam bandeiras, repetem frases feitas, participam de rituais, fazem gestos simbólicos, apoiam causas… tudo isso sem pensar nas razões nem medir as consequências.

Cuidado com a carreata que conduz à perdição. Não siga as pessoas; siga a Pessoa. Em vez de palavras de ordem, prefira a Palavra de Deus. Lembre-se: você não é massa de manobra. Você é único e especial. Não se deixe levar por quem não leva Jesus a sério. Use a cabeça. Seja cabeça. É isso que o Pai espera de você hoje. Pense nisso!