Há alguns anos, visitei com minha família o Museu do 11 de Setembro, em Nova York, que fica exatamente no local em que estavam as duas torres gêmeas que desabaram no atentado terrorista de 2001.
Confesso que visitar aquele museu me trouxe forte emoção. Ao ver as fotos das vítimas e os destroços das torres e dos carros de bombeiros, voltei no tempo e lembrei exatamente as cenas a que assisti pela televisão no dia da tragédia. Eu estava no internato, cursando Teologia, e, no intervalo das aulas, corri para a recepção do dormitório masculino para ver as terríveis cenas.
Em meio a tantos artefatos daquele museu, um chamou a minha atenção: a exposição de uma janela do octogésimo segundo andar da Torre Sul que, acredite, ainda permanece intacta! Ela foi a única – dentre mais de 40 mil janelas dos dois edifícios – que não quebrou diante do impacto de dois jatos Boeing 767 e da implosão de dois edifícios de 110 andares.
Jan Szumanski, superintendente da Tully Construction, empresa que prestou serviços no local, foi quem descobriu o painel de vidro intacto. Com sua equipe de engenharia, conseguiu extrair a janela em perfeito estado e a entregou às autoridades a fim de ser exposta como símbolo de superação.
Quando vi aquela janela, logo me veio à mente a palavra “resiliência”, um termo usado em diversas áreas do conhecimento, como administração, física e psicologia. Quando se refere ao comportamento humano, resiliência significa a capacidade de suportar e superar as adversidades. É a qualidade do indivíduo que se mantém firme diante das crises, ainda que o mundo desabe ao seu redor.
No sentido espiritual, Jesus foi o único que não “quebrou” em meio ao terrorismo do pecado. Ele permaneceu “santo, inculpável, puro, separado dos pecadores” (Hb 7:26), enquanto todas as demais “janelas” estilhaçaram. Sua resiliência contra o mal é o único poder que temos para vencer.
Se você precisa hoje de forças e restauração, olhe para Cristo. Ele é o Caminho, a Porta e a única Janela que nos traz salvação.