Sábado
11 de dezembro
A lei do amor
Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa. Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. Mateus 5:38-41

Afastado de Deus, o ser humano sempre buscou exercer poder sobre o outro. Com esse fim, a violência e a brutalidade marcam a história humana. Além disso, gentileza e delicadeza às vezes são usadas estrategicamente para se alcançar domínio sobre o outro.

Como pecadores, conhecemos bem essa realidade. Ora dominamos, ora somos dominados. Mesmo sendo cristãos, corremos o risco de agir na base da busca pelo poder e de viver sob as leis desse jogo de vale-tudo.

Entretanto, o estilo de vida que Deus apresenta é muito diferente. Como entender, por exemplo, o verso de hoje? Ser cristão é fazer papel de bobo? A resposta a essa pergunta tem tudo a ver com quem estimula nossos atos. Essa é uma questão de filiação.

Somos filhos de Deus, e Ele espera que nossos atos sejam motivados pela lei do amor. De acordo com essa lei, quanto mais você ama, menos você manda. Quanto mais você manda, menos você ama. No papel do galã conquistador, por exemplo, essa prática fica clara. As mulheres se apaixonam, ele não. Quem controla quem? É assim que ele consegue tudo o que quer e depois vai embora. Por isso muitas pessoas têm medo de amar. Quanto mais amamos, menos poder e domínio exercemos.

Quando se fala em controlar o outro, é impossível falar de amor. O cristão verdadeiro é aquele que toma uma séria decisão: ele opera na base do amor e não na base do poder. É o amor de Deus que estimula suas ações, não as regras seculares de relacionamento.

Como li certa vez, todo servo quer ser chefe, todo chefe quer ser patrão, todo patrão quer ser rei, todo rei quer ser Deus. Mas só Deus quis ser servo. Ele “esvaziou-Se a Si mesmo, vindo a ser servo, tornando-Se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-Se a Si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fp 2:7, 8). O modelo de relação social que você deve seguir é o de Cristo. Ele Se esvaziou de glória e poder para agir com base no amor.