Segunda-feira
31 de agosto
A liberdade do evangelho
Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão. Gálatas 5:1

É livre de fato somente quem aceitou a libertação conquistada por Jesus. Ele veio nos trazer a mais profunda liberdade. Livrou-nos da condenação do pecado, da culpa e dos fardos do legalismo.

Paulo ordenou aos gálatas que não abrissem mão de sua liberdade em Cristo. O tom do apóstolo é muito forte ao ensinar isso! É como se dissesse: “Ei, pessoal, estamos livres! Não aceitem mais viver como escravos!” Paulo queria que esse verso fosse o resumo de sua carta aos gálatas. No verso de hoje, o verbo traduzido por “nos libertou” está num tempo verbal que indica uma ação única no passado, que foi consumada, como uma carta de alforria assinada e carimbada do modo mais definitivo possível.

A metáfora que Paulo tem em mente equivale a um documento, escrito e assinado por Deus, declarando que, em Cristo, deixamos de ser escravos. Somos livres. Agora precisamos aprender a viver com todos os direitos e privilégios dessa nova posição.

Não é fácil para um servo viver como livre e herdeiro. Durante toda a vida, a pessoa foi escrava, sem nenhum direito legal. Ela não sabe como lidar com a liberdade. Além disso, na época, havia uma crença de que uma divindade poderia comprar sua liberdade. Então, o escravo levava o dinheiro à tesouraria do templo para se tornar livre. Na prática, o processo era fictício, pois o escravo passava a pertencer legalmente ao deus. Foram encontradas quase mil inscrições no templo da sacerdotisa de Apolo, em Delfos, que datam de 201 a.C. a 100 d.C.: “Para a liberdade, Apolo, o deus do templo de Delfos, comprou de Sosibus de Amfissa uma escrava cujo nome é Niceia […]. No entanto, em troca da liberdade, Niceia, a escrava adquirida, se dedicou a Apolo” (Ben Witherington, Grace in Galatia, p. 340, em Lição da Escola Sabatina Adultos/Professor, 3o trimestre, p. 136).

Há uma diferença fundamental entre a liberdade em Cristo e aquela que os escravos experimentavam na antiguidade: nós não pagamos o preço da compra. O apóstolo Pedro explica: “Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos […], mas pelo precioso sangue de Cristo” (1Pe 1:18, 19).

Jesus fez o que jamais poderíamos fazer e pagou a penalidade de nossos pecados. Foi assim que Ele nos libertou da condenação. Louve a Deus por isso. Você está livre!