A missão da igreja de Cristo é salvar os pecadores que estão perecendo. É divulgar o amor de Deus aos seres humanos, conquistando-os para Cristo pela eficácia daquele amor. A verdade para este tempo deve ser levada aos tenebrosos recantos da Terra, e essa obra pode começar em casa. Os seguidores de Cristo não devem viver de modo egoísta; antes, imbuídos do Espírito de Cristo, precisam trabalhar em harmonia com Ele.
Há motivos para a frieza e incredulidade atuais. O amor do mundo e os cuidados da vida separam nosso coração de Deus. A água da vida precisa estar em nós, de nós fluindo, jorrando para a vida eterna. Devemos realizar exteriormente aquilo que Deus realiza no interior. Caso o cristão queira fruir a luz da vida, precisa aumentar seus esforços para levar outros ao conhecimento da verdade. Sua vida deve caracterizar-se pelo esforço e sacrifício para beneficiar a outros; então, não haverá queixa de falta de satisfação.
Os anjos estão sempre empenhados em trabalhar pela felicidade dos outros. Esse é seu prazer. Aquilo que seria considerado serviço humilhante por parte de corações egoístas – servir aos que são indignos e considerados inferiores em caráter e posição – é a obra dos puros e inocentes anjos nas cortes celestiais. O espírito de abnegado amor de Cristo é o que domina no Céu, constituindo a própria essência de sua bem-aventurança.
Os que não experimentam nenhum prazer especial em ser uma bênção aos outros, em trabalhar, mesmo com sacrifício, para lhes fazer bem, não podem ter o espírito de Cristo nem do Céu; pois não têm união com a obra dos santos anjos, nem podem participar da bem-aventurança que lhes comunica elevada alegria. […] Se a satisfação dos anjos é ver os pecadores se arrependerem, não será a alegria dos pecadores, salvos pelo sangue de Jesus, ver outros se arrependerem e voltarem para Cristo por intermédio deles? Em trabalhar em harmonia com Cristo e os santos anjos, experimentaremos uma alegria que não pode ser sentida senão nessa obra.
Os princípios da cruz de Cristo levam aqueles que creem à rigorosa obrigação de negarem a si mesmos, comunicarem luz aos outros e darem de seus recursos para difundir a luz. Se eles se acharem em comunhão com o Céu, vão empenhar-se na obra em harmonia com os anjos (Testemunhos Para a Igreja, vol. 3, p. 381, 382).