Em um sábado pela manhã, em meados da década de 90, acordei e me dei conta de que era o sábado do Ministério da Mulher. Uma mulher pregaria em minha igreja. Na verdade, eu não estava com grande expectativa de ouvir, fosse quem fosse. Eu e minha família nos preparamos, fomos para a Escola Sabatina e depois para o culto. Rose Otis, na época, editora do devocional da mulher, foi a oradora. Não me lembro exatamente do título do seu sermão, mas o tema recorrente foi: “Senhor, torna-me uma mulher que possas usar.”
A despeito da minha atitude apática ao entrar no santuário, eu me vi repetindo aquelas palavras, muitas vezes, nos dias que se seguiram. Por fim, elas se tornaram a minha oração a cada manhã – meu tema, na verdade: “Senhor, torna-me uma mulher que possas usar.” E Deus começou a trabalhar na minha vida, mas por um ângulo muito diferente daquele que eu sempre teria dito que queria, se isso me fosse perguntado.
Um ou dois anos depois, meu esposo chegou certo dia do trabalho e me disse que queria voltar a estudar contabilidade. Um dia depois, ele me informou que Deus, por outro lado, o estava chamando para o ministério. Ele começou a estudar e, para encurtar uma história longa, vários anos mais tarde, ele se tornou pastor de um pequeno distrito de três igrejas em Virgínia Ocidental.
Eu não estava entusiasmada. Não queria sair da minha casa. Não queria me mudar para um lugar novo. Sentia-me confortável onde estava. Não queria deixar meus amigos e fazer novas amizades. Gostava da vida que eu tinha. Estava envolvida em minha igreja. Lecionava para meus filhos em casa e participava ativamente de um grupo de magistério doméstico. Gostava da minha vida e não queria ser esposa de pastor. Não me senti feliz e deixei que todos, inclusive meu esposo (e Deus) soubessem. Entretanto, apesar dos meus resmungos e lamúrias, as coisas aconteceram rapidamente. Colocamos a casa à venda. Alguém fez uma oferta por ela. Tudo isso no espaço de oito dias. Deus não estava prestando atenção às minhas queixas.
Ou estaria? Ao longo de toda a turbulência da mudança, continuei a repetir: “Senhor, torna-me uma mulher que possas usar”, sem perceber que era exatamente isso que Ele estava fazendo.
Kathy Pepper