Nós, mulheres, geralmente temos uma rotina bem sobrecarregada. Muitas trabalham fora, cuidam do lar, dos filhos, do marido. Algumas ajudam nas atividades da igreja, entre outras coisas. Comigo não era diferente. Mas, durante minha rotina, percebi que eu estava perdendo minhas forças ao fim do dia, chegando a ter dificuldade para respirar.
Procurei um médico que logo aumentou a dose do meu hormônio para tireoide. Contudo, o problema persistia. Nesse ínterim, eu me mudei de Rondônia para o Amazonas. Fui trabalhar com mais de 20 mil mulheres, motivando-as para a missão.
Em uma das ações da abertura dos 10 Dias de Oração de 2016, ao subir uma ladeira, passei mal e fiquei sem forças para respirar e para deixar o corpo firme. Não consegui dirigir. Precisei ser ajudada pela equipe que estava comigo. Mas logo melhorei. Achei que fosse sobrecarga de trabalho.
Um mês depois, estava em outra atividade do Ministério da Mulher. E, ao terminar a programação, subimos novamente uma ladeira. Pelo esforço que fiz, senti muita dor no peito e fiquei sem forças para falar. Minhas companheiras me levaram ao Hospital Adventista de Manaus. Enquanto aguardávamos os exames, o meu quadro foi só piorando, e minhas pernas e braços foram ficando paralisados. Não conseguia sustentar o pescoço. Fiquei com dificuldade para engolir e falava embolado.
Os neurologistas começaram a estudar o meu caso e me diagnosticaram com miastenia gravis, uma doença autoimune, em que os anticorpos atacam o neurotransmissor responsável pelos movimentos; por isso, a falta de força, inclusive para respirar, que me levou à UTI.
Fiquei internada por 27 dias e, em todo esse tempo, fiquei sem andar, por falta de força para erguer a perna. Todo esforço em fisioterapia parecia ser em vão, pois, após cada sessão, eu parava de mexer novamente e voltava para o oxigênio. Eu sabia que todos os meus amigos e amigas de diversos lugares estavam em uma campanha de oração por mim. Confiante no poder dessas orações, eu sentei na cama com esforço e orei a Deus pedindo forças para me levantar. Naquele dia, não só levantei sozinha, como dei os primeiros passos novamente. Que emoção! As múltiplas orações foram ouvidas, e a vontade de Deus foi feita. De lá para cá eu só melhorei, podendo levar uma vida normal e continuar cumprindo minha missão. Eu creio no poder da oração!
Neila Rabelo Reis