Antigamente, os pais escolhiam os cônjuges dos filhos. Foi assim com Abraão e Isaque. O pai enviou um criado à terra de Harã para encontrar lá a futura esposa do filho. Isaque gostou da noiva. Rebeca não foi escolhida só por ser uma “linda princesa”, mas por ter certas qualidades que as mulheres pagãs da região dificilmente teriam. Ela era a “pessoa certa”.

A “pessoa certa” para um cristão nunca será alguém infalível, mas estará disposta a servir a Deus e a amá-Lo, apesar das dificuldades. E a religião dela faz diferença? A menos que decida ignorar a Deus, você precisa levar isso em conta. A Bíblia não só adverte contra a promiscuidade e o desamor (Pv 6:20-7:27; 1Co 6:12-20; Ef 5:21-33). Apela para entregarmos o primeiro lugar em nosso coração a Jesus, para que haja equilíbrio e felicidade no relacionamento.

Certa vez, numa igreja, eu (Júlio) reencontrei uma jovem que não via fazia muito tempo. Notei que na ocasião ela estava sem o namorado. Então a jovem me contou que tinham terminado. “Cinco anos para nada”, ela me disse com tristeza. “Não tinha futuro, pastor. Eu não quero ter os problemas que minha mãe enfrentou.” Eu conhecia bem a história daquela família. Um homem ateu e uma mulher cristã. Durante anos conviveram em aparente harmonia, tentando conciliar o irreconciliável. O divórcio da mãe e o namoro interrompido da filha mais uma vez me mostraram que o idealismo humano não é tão forte quanto a sabedoria divina.

Ao escolher o amor da sua vida, você pode querer evitar a opinião enviesada da mãe ou o critério rígido e preconceituoso do pai. Pode achar que seus parentes e amigos não devem se intrometer e que você não precisa de conselhos, porque já é maduro o suficiente. Acaso Salomão não era? Acaso Sansão não foi abençoado por Deus desde o ventre materno? Você acha que será diferente com você? Reflita. Que conselho de amor Jesus lhe daria caso você pedisse? Isaque escutou a voz de Deus, a do pai dele e a do próprio coração. Deus nunca erra. Se ficar atento à direção Dele, você também não vai errar.