Quarta-feira
01 de dezembro
A pior decisão
Quando Paulo se pôs a discorrer acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo vindouro, Félix teve medo e disse: “Basta, por enquanto! Pode sair. Quando achar conveniente, mandarei chamá-lo de novo”. Atos 24:25

Deixar algo para depois pode ser um argumento bem-intencionado de pessoas que pretendem levar a vida de forma mais leve. De fato, algumas coisas podem ser deixadas para amanhã. Isso é aceitável quando se trata de algo trivial. No entanto, quando há decisões que alteram a organização e o rumo da vida, deixar para depois pode ser a pior decisão.

Certa ocasião, Paulo foi preso ilegalmente e levado à noite para Cesareia. Ele teve que comparecer diante do governador Félix. Fazendo sua defesa, apresentou de forma clara e convicta os planos de Deus e da salvação. Félix ficou impressionado o suficiente com Paulo para desejar aprender algo com ele. Mas ficou aterrorizado diante da ideia de encarar Deus no juízo final. Sua vida contrariava os princípios do reino do Céu.

Em vez de perguntar a Paulo sobre o remédio, o evangelho, Félix ordenou a Paulo que se calasse. Recusou-se a ouvi-lo mais, porém fica claro que isso o incomodou. O verso seguinte diz que ele continuou mantendo contato com Paulo, que certamente não mudou seu discurso.

Podemos endurecer nossa consciência, fazendo de tudo para suprimir ou reprimir a voz de Deus, mas não podemos destruí-la. Podemos correr dela e até silenciar aqueles que a transmitem, mas como Hamlet, de Shakespeare, compreendeu: “A consciência nos torna a todos covardes”.

Félix estava diante do maior teólogo evangelista que já havia conhecido. Paulo lhe expôs as coisas de Cristo. O Espírito Santo o tocou, e ele tremeu, reconhecendo sua necessidade de arrependimento pelos pecados e a oferta divina de perdão. Contudo, ele adiou o momento de praticar o arrependimento e de aceitar a verdadeira dádiva divina.

Você pode adiar qualquer coisa e ter consequências negativas. Mas nenhum adiamento é tão trágico quanto deixar para depois a decisão de aceitar a Cristo, de se arrepender e de tomar posse do perdão divino e da salvação que só Ele pode conceder. Isso tem a ver com seu destino eterno. Félix não rejeitou explicitamente a salvação. Apenas a postergou e o tempo acabou.

Estamos no último mês do ano. O Espírito Santo está sensibilizando você a decidir algo que tenha a ver com a sua salvação? Não deixe passar a oportunidade. Ouça agora a voz mansa e gentil que está lhe falando.