Por muito tempo, tive uma visão excessivamente romântica da fé. Acreditava que, com fé, tudo daria certo. Quando as coisas davam errado, pensava que havia algum problema com minha fé. Essa situação fazia com que surgissem sentimentos de culpa e insegurança em meu coração. Estudando a vida de Jesus, o exemplo máximo de fé, percebi que, humanamente falando, nem tudo deu certo para Ele. Cristo foi traído, abandonado, condenado injustamente e morto em uma cruz. No Getsêmani, enquanto agonizava, orou pedindo ao Pai que O livrasse, mas recebeu uma resposta negativa. Foi então que entendi o verdadeiro sentido da fé.

Ter fé não é simplesmente acreditar que Deus fará algo que pedimos ou crer que tudo dará certo. Ter fé é continuar acreditando, ainda que tudo dê errado, mas com a convicção de que nada foge do controle de Deus. Por isso, se sua fé não tem movido montanhas, não se martirize. O problema é quando sua fé não move você; ou seja, quando ela não o conduz para o centro de gravidade da vontade de Deus.

Hebreus 11:1 define fé como “a confiança daquilo que esperamos e a certeza das coisas que não vemos”. Essa certeza não é a de que seremos bem-sucedidos em tudo o que fizermos, mas, como disse Ellen G. White, é “crer que [Deus] nos ama e conhece perfeitamente o que é para o nosso bem” (Educação, p. 180 [253]).

Ter fé na sabedoria divina e no amor de Deus por nós é a atitude mais racional que podemos ter. Vivemos em um mundo no qual muitas coisas escapam do nosso controle e, por vezes, não sabemos como conduzir nossos passos adequadamente. Diante dessa realidade, não há atitude mais lógica do que depositar nossa vida inteiramente nas mãos de Deus. A convicção de que estamos seguros nas mãos do Todo-Poderoso traz paz ao coração.

Você deseja experimentar essa paz hoje?