A parte final da parábola das bodas mostra o momento em que o rei foi ver os convidados. Entre eles havia um sem a vestimenta apropriada. Por causa disso, ele foi expulso da festa.
À primeira vista, podemos ser levados a pensar que o rei foi injusto. Expulsar alguém apenas por não estar vestido a caráter parece uma atitude um tanto extrema. Porém, ela pode ser compreendida à luz do contexto cultural dos dias de Cristo.
Naquela época, o convite para uma festa real era acompanhado da roupa apropriada para a ocasião. Assim, temos nessa parábola alguém que recebeu a roupa para se apresentar diante do rei, mas decidiu ir como bem lhe parecia, ou seja, desdenhou do anfitrião.
Segundo Ellen G. White, “a parábola das bodas nos apresenta uma lição da mais elevada importância. Pelas bodas é representada a união da humanidade com a Divindade; a veste nupcial simboliza o caráter que precisa possuir todo aquele que há de ser considerado um convidado digno para as bodas” (Parábolas de Jesus, p. 180 [307]).
Na prática, penso que é possível ser rejeitado nas bodas do Cordeiro de dois modos. Primeiro, por aceitar o convite e achar que não é necessário desenvolver um caráter puro para estar nela. Segundo, por acreditar ser capaz de desenvolver sozinho o caráter digno para participar da festa, a despeito do convite do Rei.
Cristo tem enviado a todos tanto o convite, escrito com Seu precioso sangue, quanto as vestes, tecidas com a Sua justiça. Ele deseja que compareçamos à grande festa da salvação. Para isso, precisamos aceitar Seu sacrifício e permitir que, por meio do Espírito Santo, Sua justiça seja comunicada a nós, a fim de termos o caráter transformado.